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Fundamentos legais da BNCC

Diretrizes
Constituição 1996 Curriculares 2014
Nacionais

Lei de Plano
1988 Diretrizes e 1997-2013 Nacional de
Bases Educação

Fonte: Disponível em: http://movimentopelabase.org.br. Acesso em: 14 out. 2020.


Constituição de 1988
“Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos
para o ensino fundamental, de maneira a
assegurar formação básica comum e respeito
aos valores culturais e artísticos, nacionais e
regionais.
§ 1º O ensino religioso, de matrícula
facultativa, constituirá disciplina dos horários
normais das escolas públicas de ensino
fundamental.
§ 2º O ensino fundamental regular será
ministrado em língua portuguesa, assegurada
às comunidades indígenas também a
utilização de suas línguas maternas e
processos próprios de aprendizagem.”
LDB de 1996
De acordo com a LDB, é
responsabilidade da União, em
parceria com estados, Distrito Federal
e municípios, definir competências e
diretrizes para todas as etapas da
educação básica, desde a educação
infantil até o ensino médio.

Tais definições “nortearão os


currículos e seus conteúdos mínimos,
de modo a assegurar formação básica
comum” (LDB, 1996, art. 9º).
LDB de 1996
O Artigo 26 da LDB, com as alterações implementadas pela Lei
nº 12.796 de 2013, é o que fala mais precisamente sobre a
necessidade da BNCC. Outros artigos da LDB fazem referência à
questão do currículo.
“Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino
fundamental e do ensino médio devem ter base nacional
comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em
cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada,
exigida pelas características regionais e locais da sociedade,
da cultura, da economia e dos educandos.”
LDB de 1996
Em síntese, segundo o Artigo 26:
 os currículos da educação básica devem abranger,
obrigatoriamente, o estudo da Língua Portuguesa e da
Matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da
realidade social e política, especialmente do Brasil;
 o ensino da Arte, incluindo a Música e a Educação Física,
constituem componente curricular obrigatório, ressalvadas
algumas exceções para o caso da prática da Educação Física;
LDB de 1996
 o ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições
das diferentes culturas e etnias para a formação do
povo brasileiro;
 o ensino fundamental, a partir do sexto ano, deverá ofertar a
língua inglesa;
 os currículos do ensino fundamental e médio devem incluir os
princípios da proteção e defesa civil e a educação ambiental;
 a exibição de filmes de produção nacional constituirá
componente curricular complementar integrado à proposta
pedagógica da escola e
LDB de 1996
 os conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção de
todas as formas de violência contra a criança e o adolescente
serão incluídos, como temas transversais, nos currículos
escolares.

É importante mencionar ainda que o estudo da história e cultura


afro-brasileira e indígena passa a ser obrigatório nos
estabelecimentos públicos e privados de ensino fundamental e
médio (Art. 26-A).
LDB de 1996
 o Artigo 27 especifica diretrizes adicionais referentes ao
currículo para educação básica – difusão de valores referentes
aos direitos e deveres dos cidadãos, orientação para o
trabalho, etc.;
 o Artigo 28 fala das adaptações necessárias ao ensino na zona
rural e
 o Artigo 59 trata da obrigação de currículos específicos para
educandos com deficiência, transtornos globais de
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
Diretrizes Curriculares para a
Educação Básica

O currículo, neste documento, é


entendido “como o conjunto de
valores e práticas que
proporcionam a produção, a
socialização de significados no
espaço social e contribuem
intensamente para a construção
de identidades socioculturais
dos educandos” (art. 13).
Diretrizes Curriculares para a Educação
Básica
Mais detalhadamente, o Artigo 13 prevê o seguinte:

“§ 1º O currículo deve difundir os valores fundamentais do


interesse social, dos direitos e deveres dos cidadãos, do
respeito ao bem comum e à ordem democrática, considerando as
condições de escolaridade dos estudantes em cada
estabelecimento, a orientação para o trabalho, a promoção de
práticas educativas formais e não formais.
Diretrizes Curriculares para a Educação
Básica
§ 2º Na organização da proposta curricular, deve-se assegurar o
entendimento de currículo como experiências escolares que se
desdobram em torno do conhecimento, permeadas pelas
relações sociais, articulando vivências e saberes dos estudantes
com os conhecimentos historicamente acumulados e
contribuindo para construir as identidades dos educandos.
Diretrizes Curriculares para a Educação
Básica
§ 3º A organização do percurso formativo, aberto e
contextualizado, deve ser construída em função das
peculiaridades do meio e das características, interesses e
necessidades dos estudantes, incluindo não só os componentes
curriculares centrais obrigatórios, previstos na legislação e nas
normas educacionais, mas outros, também, de modo flexível e
variável, conforme cada projeto escolar [...]”
Diretrizes curriculares específicas para
etapas e modalidades
 Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil;
 Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental
de 9 (nove) Anos;
 Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio;
 Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional
Técnica de Nível Médio;
 Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas
do Campo;
Diretrizes curriculares específicas para
etapas e modalidades
 Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional
Especializado na Educação Básica, Modalidade Educação
Especial;
 Diretrizes Nacionais para a Oferta de Educação para Jovens e
Adultos em Situação de Privação de Liberdade nos
Estabelecimentos Penais;
 Diretrizes Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos –
EJA;
 Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar
Indígena;
Diretrizes curriculares específicas para
etapas e modalidades
 Diretrizes para o Atendimento de Educação Escolar de
Crianças, Adolescentes e Jovens em Situação de Itinerância;
 Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar
Quilombola;
 Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana;
 Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos e
 Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental.
Plano Nacional de
Educação de 2014
O Plano Nacional de Educação de
2014 define que a BNCC é uma
estratégia necessária para o alcance
de quatro metas:
 meta 1;
 meta 2;
 meta 3 e
 meta 7.
Plano Nacional de Educação de 2014
 as metas 1, 2 e 3 estão relacionadas à universalização do
atendimento às crianças e aos adolescentes de 4 a 17 anos,
público de escolaridade obrigatória, e
 a meta 7 diz respeito à melhoria da qualidade da educação por
meio tanto da construção de um melhor fluxo escolar quanto
do aumento da nota do Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (Ideb), para o ensino fundamental e o
ensino médio.
Conforme levantamento realizado por Vieira,
Vidal e Nogueira (2020), “há aproximadamente
dez outras estratégias que fazem referência à
questão do currículo.”
Plano Nacional de Educação de 2014
As autoras citam, em particular, uma delas, a estratégia 19.6,
segundo a qual é necessário:
“estimular a participação e a consulta de profissionais da
educação, alunos(as) e seus familiares na formulação dos projetos
político-pedagógicos, currículos escolares, planos de gestão
escolar e regimentos escolares, assegurando a participação dos
pais na avaliação de docentes e gestores escolares.”

Fazem isso em função da necessidade de participação dos


profissionais da educação na (re)elaboração dos projetos
político-pedagógicos das suas escolas, para que a implementação
da BNCC seja bem-sucedida.
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