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Elêusis, Setembro de 2015, nº 196

O mito de Deméter e Perséfone


“ Uma f ilha, jovem e muit o amada, é rapt ada de pert o da sua mãe por um poderoso governant e, conhecido
pelos seus at os malvados. A mãe desesperada sai à procura da f ilha e descobre que o rapt o t inha result ado de um
acordo ent re o supremo chefe religioso e o rapt or, sendo que o primeiro era o pai da jovem e o segundo, seu t io
mat erno. Det erminada a buscar just iça, com a revolt a e a dor devast ando sua vida, a mãe inicia um longo e ef icient e
prot est o cont ra as aut oridades, que result a na volt a da f ilha, t raumat izada, mas viva e fort e o suf icient e para
t ransmut ar a sua dolorosa vivência, aceit ar e cuidar do seu f ilho, concebido na escuridão da sua prisão.”

Por Mirella Faur

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Est e relat o - de um fat o comum no nosso da raiva, do ódio e desespero para confront o, lut a e
cot idiano at ual - descreve a t rama mít ica de uma ant iga a busca de uma solução, culminando com a
hist ória grega, que deu origem a um complexo aceit ação e a t ransmut ação das forças do caos e da
rit ualíst ico pagão, iniciado no segundo milênio a.C. e mort e pela iniciação nos Seus Mist érios.
prat icado durant e pelo menos 1500 anos, at é mesmo O mit o das deusas Demét er e Perséfone, que
após o advent o do crist ianismo. A mãe descrit a no drama deu origem aos Mist érios Eleusínios – celebrados
era Demét er, a deusa dos grãos, cujas dádivas eram por t odos aqueles que falavam grego e não t inham
essenciais à sobrevivência humana; a filha era a donzela comet ido nenhum crime – preencheu uma universal
Kor e, r apt ada po r Had es, o Senho r do M undo e et erna necessidade humana: ult rapassar o t error
subt errâneo e que ret ornou como Perséfone, a “ Rainha p er ant e a m o r t e e nut r ir a esp er ança no
do M undo dos M ort os” . O dram a encenado e r enascim ent o . A im p o r t ância sim b ó lica do s
co n sag r ad o p el o s “ M ist ér io s El eu sín io s” n ão Mist érios foi resumida pelo poet a Homero nest a
represent ava apenas a felicidade do reencont ro e a frase: “ Feliz é aquele que dent re t odos os homens
recuperação de uma mãe e filha após um t rauma, mas a vivenciou os Mist érios. Aqueles que não foram
visão t ranscendent al da mort e e do renasciment o, iniciados, nem deles part iciparam, não irão usuf ruir
simbolizada pela volt a de Perséf one do mundo da mesma sort e quando vão morrer e mergulhar na
subt errâneo e sua t ransformação em Brimo , “ Senhora t eneb r osa escur id ão” . O poder sagrado dos
dos Mist érios” , grávida de Brimos, o filho da luz M ist érios era t ant o, que os ant igos gregos
concebido na escuridão. acredit avam que, sem a sua celebração anual, a vida
Para os povos ant igos est e mit o era a vívida e real iria se t ornar insuport ável e não apenas a Grécia,
dramat ização do conflit o e da oposição ent re vida e mas t oda a humanidade iria sucumbir.
m ort e e sua conciliação f inal pela aceit ação e N o i n íci o d o m i t o , Ko r e , al e g r e e
t ranscendência. A Mort e aparece como o rapt or e despreocupada, est ava colhendo flores, quando
violent ador da vida, que irrompe de repent e das ficou at raída por uma est ranha flor (o narciso), sem
prof undezas do mundo escuro e desconhecido, saber que ela era consagrada a Zeus e Hades. De
arrancando e levando consigo não apenas velhos e repent e, Hades apareceu em sua carruagem pret a
doent es, m as t am bém ceif ando vidas jovens e saindo das ent ranhas da t erra e a pegou à força,
promissoras. A dor e o desespero humano perant e as levando-a para seu reino, a fim de fazê-la sua
perdas são ret rat adas no lut o e na revolt a da Mãe Divina, consort e, sem buscar o consent iment o dela ou da
que segue um caminho longo, difícil e t ort uoso, saindo mãe. Ninguém ouviu os grit os de Kore além de

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Hécat e, da sua grut a, e de Hélios, que t inha Perséfone e do desespero de Demét er represent a o esforço
presenciado o rapt o. Demét er, desesperada e sem colet ivo de uma ant iga cult ura para enfrent ar, mit igar e
saber o que t inha acont ecido com Kore, saiu do t ranscender o medo e o dilema humanos perant e a
Olimpo e iniciou uma busca incessant e por ela, inexorabilidade da mort e. Porém, ao mesmo t empo, ele
auxiliada por Hécat e e pergunt ando a t odos sobre descreve um event o hist órico acont ecido milhares de anos
seu paradeiro. at rás, que ainda repercut e em nossa exist ência at é hoje. O
Ent rist ecida e furiosa por não achar sua rapt o de Kore e o afast ament o forçado da sua Mãe Divina
amada filha, Demét er ret irou suas dádivas e ret rat am a usurpação e assimilação das religiões cent radas
bênçãos da humanidade, o que levou à aridez da no cult o à Deusa do Sul da Europa ant iga, pelas forças
t erra, à seca e à fome. Preocupado com a carest ia pat riarcais invasoras, vindo do Nort e e Lest e europeu,
dos humanos, que pararam de fazer seus sacrifícios t razendo consigo o poder da espada e os cult os dos deuses
e oferendas aos deuses, Zeus enviou Helios para guerreiros.
convencer Demét er a parar de chorar e se Dem ét er e Ko r e
lament ar, aceit ar Hades por ser um poderoso e rico p er t en ciam às m il en ar es
genro (além de ser seu irmão), permit ir à filha se t radições nat ivas mat rifocais
t ornar mulher e não mais mant ê-la dependent e de europeias, enquant o Zeus e
si. Had es f azi am p ar t e d a
Apesar dest a int imação, Demét er não hierarquia pat riarcal post erior
aceit o u ser co agida; p elo co nt r ár io , f ico u às conquist as. Ao longo de
enraivecida com a conivência de Zeus, pai de Kore, al g u n s m il ên io s, a No v a
com o rapt o, e cont inuou a busca, mant endo-se Religião, com seus deuses
firme na sua recusa de devolver a vida à t erra. dominant es e hierárquicos, se
Disfarçada em uma mulher idosa e após uma longa sobrepôs e depois assimilou
peregrinação, Demét er foi parar na cidade de mit os e símbolos da ant iga
Elêusis, na co r t e r eal, o nd e, ap ó s alguns t radição geocênt rica da Mãe
cont rat empos, revelou a sua condição divina, Divina. Em vários mit os est a
ensinou os segredos da agricult ura e deu ao povo a assim ilação f oi descrit a e
dádiva dos grãos, aconselhando a const rução de represent ada nas cenas de
um t emplo em Sua homenagem, para que nele rapt o, est upro, dominação e subordinação das deusas por
fossem celebrados os Seus Mist érios. deuses, que as t ransformaram em esposas ou amant es
Zeus acabou cedendo perant e a dor de submissas ou filhas dóceis servindo aos seus propósit os.
Demét er e as preces dos seres humanos e enviou Dest a maneira, o mit o de Demét er e Perséfone pode ser
Hermes para t razer Kore – agora t ransformada em int erpret ado como um drama descrevendo t ensões e
Perséfone – de volt a para a sua mãe. O encont ro oposições hist óricas, religiosas, sociais e cult urais, uma
das duas deusas é o pont o alt o do mit o, chamado vívida demonst ração dos conflit os de valores e conceit os
heuresis, assinalando o fim do sofriment o, o t riunfo ent re o Masculino e o Feminino arquet ípico.
de Demét er em resgat ar sua filha e a volt a da O imaginário e a dinâmica dest e mit o podem ser
abundância para a t erra. Porém, ant es de ela part ir, int erpret ados por duas perspect ivas opost as: pelo prisma
Hades deu-lhe (ou a obrigou) para comer algumas da permanência milenar dos valores mat riarcais ou como a
sem en t es d e r o m ã, escalada e o t riunfo do pat riarcado
considerada a “ frut a dos invasor, est abelecendo uma nova
mort os” , além de ser um ordem religiosa e social. O ângulo
símbolo da fert ilidade, fat o d ep en d e d o s co n ceit o s,
que selou a sua união e a n ecessid ad es e co m p en saçõ es
obrigou a volt ar psicológicas de quem o int erpret a,
anualment e para o mundo enf at izando alguns element os e
subt errâneo, lá passando omit indo out ros.
um t erço do ano como Na visão matriarcal – que é
c o n so r t e d e H a d e s e mais fidedigna ao significado original
“ Rainha dos Mort os” , os – a ê n f ase e st á n o p o d e r
r e st an t e s d o i s t e r ç o s t ransformador do Feminino, o pont o
acompanhando sua mãe no cent ral sendo a relação posit iva
m u n d o su p er io r , co m o ent re mãe e filha e excluindo o
deusas da veget ação. element o masculino, que aparece de
O mit o do rapt o de f o r m a v io l en t a e u su r p ad o r a,
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rompendo est e elo. A Deusa prevalece nest e drama, psicológico e comport ament al não se limit am
como Mãe resgat a a filha dos braços do invasor e do apenas aos períodos ou cult uras que lhes deram
reino da mort e; como Filha ela t ransf orma o origem. Assim como Jung demonst rou nas suas
usurpador, absorvendo na sua mat riz o element o obras, os ant igos padrões mít icos, os t emas e os
masculino, gest ando, t ransformando sua energia e dramas, bem como os símbolos arquivados no
dando à luz o filho, com uma nova forma de ser e agir. inconscient e colet ivo aparecem e se manifest am
Nest e processo, a t ransf ormação de Kore em nos sonhos, fant asias, criações art íst icas, hist órias
Perséfone e a presença de Hécat e ao lado de Demét er, das vidas e dos relacionament os humanos
confirmam a supremacia das faces int egradas da cont emporâneos.
Deusa Tríplice como filha, mãe e anciã. Mesmo que a sua origem e significados
Na visão patriarcal o t ema cent ral é a ascensão sejam ocult os ou enigmát icos para a nossa
do poder masculino, que se apropria de element os e compreensão, eles podem t er um grande impact o
at ribut os da Deusa e rompe para sempre os elos emocional sobre nós. Est e impact o é a marca sut il
mat rif ocais. Demét er é vist a como uma f igura de um arquét ipo, que at ua no nosso campo ast ral e
negat iva, neurót ica e possessiva, enquant o Hades é o emocional, influenciando nosso comport ament o e
libert ador da filha ingênua de uma dependência forma de agir ou reagir, mesmo que a nossa razão
mat erna limit ant e, despert ando-a sexualment e (o ou conheciment o int elect ual não alcancem seu
rapt o vist o como uma ” iniciação“ ), t ornando-a significado. Cada imagem ou padrão arquet ípico
consort e e rainha, e abrindo novos horizont es para a pode se manifest ar de forma sut il (nos sonhos ou
sua at uação. emoções) ou no nível racional (na dinâmica dos
Assim que a deusa se t orna mãe do filho do relacionament os pessoais ou colet ivos). Est a
conquist ador, t ermina a supremacia da Mãe e Filha e é manifest ação dualíst ica é import ant e ao est udar o
preparado o caminho para o nasciment o da Nova m it o d e Dem ét er e Per séf o n e, v en d o a
Religião, em que se honra por algum t empo a dupla m anif est ação d o s p er so nagens envo lvid o s
divina Mãe e Filho, subst it uídos depois pelo domínio (Demét er, Kore, Perséfone, Hades) como sendo
do Pai e Filho. Est e enfoque explica o predomínio dos aspect os, personas ou sombras de uma mesma
coment ários e das t eorias pat riarcais modernos – mulher; ou int erpret ar o drama no cont ext o de
hist óricos e psicológicos –, que muit as vezes dist orcem uma relação ent re duas mulheres (mãe e filha,
ou omit em aspect os do mit o original, para validar irmãs, parent es, amigas, parceiras, t erapeut a e
valores e conceit os que fort alecem as est rut uras client e, mest ra e discípula).
pat riarcais. No en t an t o , d ev em o s l ev ar em
O nosso mundo at ual enfrent a t ant o o medo da consideração a visão que os povos ant igos t inham
mort e – no sent ido lit erário ou psicológico – quant o as so b r e o s m i t o s, q u e e l e s v i a m c o m o
manif est ações nef ast as e dest rut ivas do poder represent ações de uma realidade espirit ual,
pat riarcal. A riqueza mít ica e a relevância no nível compat ível com as suas crenças e prát icas
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religiosas, os deuses sendo figuras mult ifacet adas para reiniciar e cont inuar o permanent e ciclo da vida.
da dimensão espirit ual. A deusa Demét er não era Ver -se co m o p ar t e d a Nat ur eza, aceit ar a
apenas uma simples mãe (de uma filha e dos dependência humana das Suas forças, part icipar no et erno
grãos), mas uma deusa t ríplice, cont endo os ciclo de t ransformação da vida em mort e e novament e em
aspect os de Chloe (a donzela da primavera) e de vida, proporcionava aos povos ant igos a vibrant e e
Ct honia (a anciã do mundo subt errâneo), t odos promet edora visão do dest ino humano. Os mort os eram
associados ao ciclo da vida veget at iva. “ plant ados” na t erra e chamados de “ povo de Demét er”
Os seus ensinament os eram os dons que a ( Demet eroi ), ou cremados para acelerar a t ransformação,
própria Nat ureza dava aos homens: como plant ar, suas cinzas sendo ent regues t ambém à t erra, para que a sua
colher, seguir os ciclos nat urais e das est ações. A decomposição e fert ilização do solo proporcionasse o
vida física não era opost a ao espírit o, as vicissit udes desabrochar de uma nova vida. Na Nat ureza t udo é
do corpo e da idade respeit adas como reflexos dos reciclado e modificado, nada permanece est át ico ou fixo, a
processos nat urais. Aquilo que acont ecia na única const ant e sendo a mudança que é a assinat ura da
Nat ureza t ambém se passava na vida humana. O cont inuidade. Não exist e um processo linear, nem um
fim do ciclo de vida de uma plant a era o paradigma começo ou um fim, nem a et ernidade da vida ou da mort e,
da mort e humana; a sement e abrigada na t erra por isso a t ransformação era a essência e a base das crenças
escura germinava e brot ava, podendo frut ificar espirit uais pagãs.
(assim como Perséfone se t ornou mãe), depois Para compreendermos de fat o a profundidade
definhava e apodrecia. Mas ao se t ornar compost o, simbólica e a complexidade do mit o grego de Demét er e
ela enriquecia e revit alizava o solo e dest a mort e Perséfone, devemos perceber e aceit ar a riqueza e fluidez
fért il nasciam novas sement es, que germinavam, dos conceit os mít icos e a sua at uação em nossa vida,
floresciam e frut ificavam, a vida cont ida no frut o procurando nos sint onizar com os ciclos nat urais, aceit ando
sendo liberada na sua mort e. Manifest ava-se assim as oposições, mudanças, cont rariedades, conf lit os e
o poder da Anciã, que recicla, sem parar, a mort e paradoxos que são inerent es à nat ureza humana.

Maria,
Agora seu bordado recebe os últ imos t ransmit ido a você; ant es, empenhe dedicada
pont os, exibindo enf im a imagem esboçada há at en ção p ar a aco l h er as o r i en t açõ es co m
t empos. São f lores de um jardim colhido em humildade e pront idão, fazendo valer o t empo
sonhos, e cujo signif icado veio se most rando invest ido. Deixe f icar no passado os rompant es de
d el icad am en t e, en q u an t o vo cê b o r d a. Fo i vaidade t ola, pois é chegado o t empo de se despir
cert ament e um t rabalho em parceria com o das desnecessidades.
t empo, que assist iu à t ransformação silent e do E, ao exibir com alegria o seu bordado
gest o, da rudeza dos primeiros pont os à leveza da complet o, est eja grat a a cada não-pont o que se
dança das mãos, em ínt ima cumplicidade com o
t ornou um f io de linha descart ado. Foi t ambém à
t ecido aninhado em seu colo.
cust a deles que despont ou a beleza de seu t rabalho!
Qu an t as v ezes f o i n ecessár i o
desfazer cost uras e subst it uir a linha que de t ão As ent relinhas desse jardim f lorido ecoam o t empo
f rágil se rompeu! Depois, a imperfeição do t ecido árido do t ecido sem cores, do esboço que t eimava
provocou sua criat ividade e um novo desenho se desaparecer, do t ropeço em nós inesperados, da
criou, cont ornando o desaf io e forjando harmonia. procura incessant e pela harmonia ideal. Pois assim
Pont o por pont o, o que era beleza idealizada foi se será quando você renascer, fort alecida pelas lições
manifest ando por int ermédio de seu t rabalho, sob su p er ad as, ex i b i n d o u m a b el eza l u m i n o sa
a t ut ela da mat riarca de severas maneiras e olhar aprendida pont o por pont o, nas cost uras de sua
at ent o. vida.
Assim você deve seguir t ecendo sua
hist ória, empenhando-se sincerament e no seu
Em bênçãos de nut rição e beleza,
aprendizado, que isso é como lançar sement es em
solo fért il e ant ecipar generosas Primaveras. Não
lam ent e o r igor com que o ensinam ent o é Aquela que é.

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Por Léa Beatriz

No início dest e mês de set embro, com a divulgação da fort e imagem do menino sírio cujo corpo foi
encont rado em uma praia da Turquia, t odos os corações, principalment e das mães, se aproximaram. Não havia
dist ância, raça ou sit uação capaz de cont er a união desses corações na dor que é a mort e de um filho.
Todas unidas nesse sent iment o fomos capazes de colaborar para o despert ar do mundo para uma visão mais
humana, para o cuidado com a vida e para o valor de cada ser humano. Ficou nít ida e clara a força que expressamos
ao dizer que “ a dor de uma mulher é a dor de t odas as mulheres” , olha como nossos laços femininos são fort es!
Temos uma ligação muit o int ensa com a Terra e com os ciclos da vida e, por isso, conseguimos perceber, cada vez
com mais clareza, que a vida é um propósit o divino.
Chamou-me a at enção a sincronicidade desse acont eciment o vir
à t ona nest e mês de set embro, mês em que, no hemisfério nort e, é
celebrado o equinócio de out ono, período que marca o início da
diminuição da luz e, port ant o, o início de uma jornada mais
int rospect iva, rumo a sua própria sombra. E, nest e período, muit as
mulheres cost umam encenar o mit o de Perséfone e Demét er, onde
Demét er vivencia a dor da perda de sua filha e o resgat e de sua
própria força, enquant o Perséfone sai para sua jornada rumo ao
submundo se conect ando de forma int ensa com a sua essência e
missão int erior.
Além disso, o cont at o com a mort e fort alece a import ância da
vida, est amos em um planet a que é o único, em um conjunt o de
t ant os out ros planet as já est udados at é agora, que permit e a vida da
forma como a conhecemos hoje. Somos abençoadas com chuvas
sagradas de água enquant o em out ros planet as as chuvas são de
ácido ou out ros element os t óxicos. Como podemos quant ificar o
valor da vida? Precisamos ajudar o mundo a reconhecer a
preciosidade que é est armos vivos. E isso implica em romper um
“ condicionament o” que t emos de ver t udo at ravés do pont o de
vist a “ normót ico” , prát ico e est rat égico.
Por que a vida vale a pena?
Perdemos, nesses anos de condicionament o, a ident ificação e a
expressão da nossa essência na vida. E nesses moment os em que nos unimos na força do laço da mat ernidade, por
exemplo, vivenciamos a necessidade do resgat e do poder ancest ral feminino em que reconhecemos na vida o
“ milagre” que ela é: o milagre que cada pessoa é, a import ância que é o nasciment o e a mort e de cada ser, a força do
abraço e do colo, a necessidade do cuidado, da compaixão, a maravilha da diversidade, a const rução dos
relacionament os saudáveis e muit as out ras quest ões que t razem o sent ido e a mot ivação para a vida e para o viver.
É hora de mergulharmos nas nossas sombras e resgat armos essas forças femininas, para que elas possam ser
vist as, sent idas, vivenciadas e valorizadas por t odos cada vez mais.
w w w .seguindoest relas.org

Próximo Ritual
Expediente Jornal Deusa Viva
Plenilúnio: Celebração da Deusa havaiana Haumea Edição e Diagramação:
Data: 27 de set embro de 2015, às 20h Crist iane Madeira Ximenes e St ella Mat t a Machado
Textos: Vera Pinheiro e Maria Amaziles
Soment e para mulheres Imagens da Rede Mundial de Comput adores
Informações: w w w .t eiadet hea.org
Os rit uais da Teia de Thea acont ecem na UNIPAZ - Brasília/DF Inês Souza: (61) 8233.7949
Energia de t roca: R$ 15,00 deusaviva@t eiadet hea.org
Não é permit ida a ent rada após o início do rit ual
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