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CAPÍTULO 5
O templo do “Grande Coração”

PERGUNTA: — Em diversas comunicações mediúnicas,


temos encontrado informações de que nas cidades astrais
existem templos onde se devociona a Divindade. Porventu-
ra, em ambientes tão espiritualizados, como seja o da
metrópole que nos descreveis, ainda se cogita de liturgias ou
ofícios religiosos, em lugar do elevado entendimento espiri-
tual que já deve predominar entre os seus habitantes?
ATANAGILDO: — Repito-vos: aqui ainda cultivamos o
produto de nossas criações e condicionamentos na Terra,
sem violentarmos o gradativo progresso espiritual, que só
se efetua pela libertação lenta das formalidades dos mun-
dos materiais. Embora em nossa esfera ainda se note a ana-
logia com os costumes terrenos, isso já se manifesta de
modo sublimado em sua substância, mais intimamente liga-
da ao santuário do nosso espírito. Na realidade, o nosso
cenário, se o compararmos com o da Terra, mostra em sua
harmonia “exterior” o exato equivalente de nossa aprimo-
rada vontade “interior”. O nosso ambiente astral resulta
exatamente de nossa maior capacidade espiritual. Aqui no
Além, vivemos o fruto de nossas idealizações terrenas, mas
já em sentido sublimado, buscando apoio em expressões
cada vez mais altas, que correspondem perfeitamente aos
ideais superiores esposados na vida material. Daí o fato de
os verdugos, os avaros, os egocêntricos ou os celerados
situarem-se especificamente nas zonas abismais e nos pân-

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Ramatís

tanos fétidos do astral inferior, pois a natureza repugnante


do cenário em que se colocam também lhes afina a própria
intimidade da alma subvertida! Enquanto isso acontece,
outros espíritos mais evoluídos, ao se despirem do seu
envoltório carnal, alçam vôo às esferas luminosas, à procu-
ra de luz, que significa o alimento apropriado à sua natu-
reza angélica. Não vos deve ser estranha, portanto, a exis-
tência desses templos, que são verdadeiros “oásis” de luzes
e bênçãos nas regiões do astral renovado pelos pensamen-
tos superiores. Em nossa metrópole do Grande Coração, o
templo significa o envoltório emotivo do coração do pró-
prio povo, que permanece em incessante atividade para a
conquista do Supremo Bem Espiritual! A estrutura alabastri-
na desse templo, que se ergue como a mais bela configu-
ração da cidade, significa a Fonte Imperecível que capta e
absorve os raios de luz ofertados pelas regiões celestiais!

PERGUNTA: — Existe, porventura, semelhança entre


esse templo e outros santuários edificados na Terra?
ATANAGILDO:— Embora eu esteja a repetir o que
algumas vezes já tenho dito, é no “lado de cá” que realmen-
te se planejam as formas, as edificações e demais ativida-
des do mundo terreno, sempre em perfeita concordância
com os espíritos superiores que operam no limiar do plano
mental e da substância astral. A vossa pergunta sobre se há
semelhança entre nossos edifícios ou templos e as mesmas
construções no mundo físico, seria melhor formulada
assim: “Há semelhança dos nossos edifícios e templos com
as edificações originais da metrópole em que viveis?”

PERGUNTA: — O templo da vossa metrópole foi cons-


truído em alguma zona de fluidos superiores aos de outro
local?
ATANAGILDO: — O magnífico santuário foi edificado
exatamente no centro do gigantesco e formoso jardim já
descrito anteriormente, e que forma o coração florido de

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