Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
AÇOS ESTRUTURAIS
PROPRIEDADES E PERFIS USUAIS
Tabela 1.1
j\;fassaespecífica 3
Pa =7850kg/m
Nota - A NBR 8800 especifica o módulo de elasticidade em MPa ; entretanto, neste
2
texto, a unidade de tensão a ser empregada é kN / cm , o que já é feito a partir desta
I taDela.
Quando submetidos a ensaio de tração, corpos de prova de aços estruturais nos fornecem
as seguintes características:
com a NBR 8800, a resistência máxima ao escoamento para os aços estruturais é de 450
Iv1Pa.
• Resistência à Ruptura fi: é a tensão máxima do diagrama. De acordo com a NBR
8800 a relação entre a resistência à ruptura e a resistência ao escoamento não deve ser
inferior a 1,18.
fu
fy
fp
De acordo com a NBR 8800, as resistências das pe~as de aço estão relacionadas aos valores
• Temperatura.
elasticidade E decrescem.
Para 500°C eles são aproximadamente 500/0 daqueles à temperatura ambiente, sendo
pratlCan1ente desprezáveis acin1a de 900°C. Por este fato, diversos tipos de estrutura
2
recebem proteção contra altas temperaturas, geralmente por meio de argalnassas ou placas
pré-moldadas, que contenham materiais isolantes como a pedita e a vermiculita.
f tffifftE~f.i]
I í t ! ' I , .1 .I 1,. ! , ,
f.
• Envelhecimento.
Pode-se ver que o diagrama de descarregamento é uma reta paralela àquela do trecho
elástico, acontecendo o mesmo com o diagrama do re-carregamento.
• Tensões residuais.
São as tensões internas que aparecem nos produtos siderúrgicos, em conseqüência de seu
3
compressão e as que se resfriam mais lentamente têm tensões de tração .
Quando se executa o enSaIO de tração, em uma peça que apresenta tensões residuais, as
residual máxima;
- entre o trecho elástico e o patamar de escoamento, ocorre uma curva de ajustagem. Nesta
trigonométrica do ângulo e, que a tangente geométrica à curva faz com o eixo das
deformações.
Outros fatores exercem grande influência no projeto e na execução das estruturas de aço.
São eles:
• Fadiga .
. Quando submetidas a cargas variáveis, peças de aço, podem entrar em colapso com tensões
A este fenômeno dá-se o nome de fadiga, sendo influenciado por três fatores principais:
- tipo de entaihe (furos, recortes etc.) existentes na seção e que provocam concentração de
4
tensões.
• Corrosão.
Quando uma peça de aço é exposta ao melo. ambiente sem proteção, ela reage com os
Portanto, toda estrutura de aço deve receber uma proteção anticorrosiva adequada, pois,
Nas últimas décadas, têm sido desenvolvidos diversos tipos de aços resistentes a corrosão,
ligas com adição de cobre, apresentando, cerca de quatro vezes a resistência à corrosão dos
aços carbono.
• Ruptura Frágil.
É a ruptura que ocorre sem o aço apresentar deformação e e influenciada por quatro
fatores:
- estado triplo de tensões criado por esforços, entalhes, tensões residuais etc.;
- baL'I(astemperaturas;
• Soldabilidade.
Esta propriedade do aço é extremamente i-.mportante, já que grande parte do trabalho, para
O conceito de carbono equivalente é uma das formas de verificar se o aço é soldável; uma
Para aços com percentuais mais elevados, devem ser tomadas precauções especlalS na
soldagem.
• Conformabilidade.
A norma NBR 8800 não inclui dimensionamento de perfis dobrados a frio.
Portanto, em edifícios projetados conforme esta norma, as peças dobradas são peças
secundárias. I'v1esmoassim devem ser tomados cuidados especiais com a posição do eixo de
5
1.3 - Tipos de Aços.
N o Brasil são fabricados diversos tipos de aços para construção metálica. Os de emprego
mais usual são aqueles com limite de escoamento de 250 MPa e 350 MPa.
1.4.1- I e U Laminados.
ri=i
.
..•
J'.:
/"~ mesa
c.
. "~r
1:
~.
mesa-..\
... ~.-J
~F.ei
o
I 'tI .
r
;.;... ....1 f
.~. tf
li
d ai ma dI alma
iI .. tir\l.'
~.
I
L L~ t j:
Ilo< • !
JlP"S '.s.f<
""i:
Perfil I Perfil U
rzgura 1.4 - Perfis laminadoJ (padrão americano)
6
Estes perfis, mostrados na Figura 1.4, são formados de duas mesas e uma alma. Como se
pode ver na mesma figura, as duas superfícies das mesas não são paralelas.
Para a sua nomenclatura utiliza-se o símbolo do perfIl (I ou U) seguido pela sua altura etn
t
"iI
f ~ Cant.Abas
aL,
~~~~,-*t
~~D_ .....
I~ ;;.1t
eSigUaiS
Estes perfis têm seções transversais na forma de L, veja a Figura 1.5, formadas por duas
abas perpendiculares, que podem ser de larguras iguais ou não, mas sempre de espessura
constante.
Para sua nomenclatura utiliza-se o símbolo do perfil (L) seguido da largura da aba maior, da
largura da aba menor e da espessura, todas em (mm). Por exemplo: L 102 x 89 x 6,4.
Nas estruturas de aço, estas barras sao usualmente empregadas como tirantes,
contraventamentos e chumbadores.
Para a sua nomenclatura usa-se o símbolo r/J seguido pelo diâmetro da seção transversal em
1.4.4 - Chapas.
São laminados planos fabricados nas espessuras, em (mm), que se indicam a seguir:
3,00 - 4,75 - 6,30 - 8,00 - 9,50 - 12,5 - 16,0 - 19,0 - 22,4 - 25,0 - 31,5 - 37,5 - 45,0 -
50,0
7
Há poucos anos a Gerdau, através da Açominas, começou a produzir perfis laminados de
acordo com especificações americanas. São semelhantes aos perfis I padrão amencano,
porém as duas superfícies das mesas são paralelas.
Eles são classificados em duas séries: perfis W predominantemente para vigas e perfis HP
para pilares.
Para sua nomenclatura utiliza-se o símbolo do perfil (J(! ou HP) seguido pela sua altura em
(mm) e a rnassa em (kg/ m).
Antes da produção -dos perfis citados no item 1.4.5, foram criados no Brasil, perfis
compostos de chapas sold~das, que ainda têm larga utilização.
A norma brasileira NBR 5884 padroniza três séries destes perfis soldados, veja a Figura 1.6,
• Perfis VS se dlb f ~2
• Perfis CS se di b I ~1
,------------------------ ...•..•.•...••
• A'-- m.ssa ~
.-1::, i
'~lr
!
f
f t: 1I
di t Ir- alma
1
L_ c.-=::--Il
w
T _::.:;~!
L .__ _--..;~J
-:;.,o..:.; •.
bt
Perfil VS Perfil CVS
dr '
!
!
I
t
L--.I
l~:'
i
tW'ir;-
~
,. L
Perfil CS
h--_....
_..
_...
~--J
b1
Para sua nomenclatura utiliza-se o símbolo do perfil-seguido pela sua altura em (mm) e a
massa em (kg/m).
8
A NBR 5884 admite a criação de perfis especiais para projetos específicos, com a mesma
nomenclatura, alterando apenas o simbolo do perfil para PS.
seções transversais dos perfis mais comumente utilizados na construção das estruturas de
das
aço.
Com relação aos perfis padrão americano, foram selecionados os perfis denominados de
('1 alma':
fi Com relação aos perfis soldados da NBR5884, aos perfis eletrossoldados
9
U
U •
(cm) (cm)
c antoneuas . de furaçao
- Ga banto
a ou b 38 44 51 64 76 89 102 127 152 203
g 22 25 28 35 44 51 .64 76 90 114
gl - - - - - - - 51 57 76
g2 - - - - - - - 44 64 76
203 x 203 x 12,7 39,3 28,6 50,0 5,56 2020 137 6,35 4,04
203 x 203 x 15,9 48,7 31,8 62,0 5,66 2470 169 6,32 4,01
203 x 203 x 19,1 57,9 34,9 73,5 5,79 2900 200 6,27 4,01
•
10
Cantoneiras de abas desÍ ualS
L 1-'fassa k A x y Ix Wx Ix Iy \V~. Iy Iz tg a .
(kg/m (mm (em2) (em) (em) (em4 (em'> (em) (em4 (em'> (em) (em)
203 x 102 x 12,7 29,2 25,4 37,1 2,18 7,26 1600 123 6,58 281 35,2 2,74 2,20 0,267
203 x 102 x 15,9 36,0 28,6 45,9 2,30 7,38 1950 151 6,52 337 42,9 2,71 2,18 0,262
203 x 102 x 19,1 42,7 31,8' 54,5 2,42 7,49 2290 179 6,48 390 50,3 2,67 2,16 0,258
11
Perfil VS
vs d
12
Perfil CVS
CVS d bf tf
13
Perfil CS
CS d br tr
14
Perfis Laminados Gerdau - Série I
Perfil d br tr t"" k g Equivalen te
\V 610 x 101 130 76400 2530 24,3 2900 2930 259 4,77 404 78,1 2550000
\v 610 x 113 144 87500 2880 24,6 3290 3430 300 4,87 469 112 2990000
\V 610 x 125 159 98500 3220 24,9 3670 3930 343 4,97 535 154 3450000
Wi 610 x 140 179 112000 3630 25,0 4150 4510 392 5,02 613 218 3990000
\v 610 x 155 197 129000 4220 25,6 4730 10800 666 7,39 1020 195 9450000
\V 610 x 174 222 147000 4780 25,7 5360 12400 761 7,47 1170 280 10900000
15
Perfis LamÍnados Gerdau - Série H
Perfil J
mm)
'.
\"'(1200 X 35,9 45,4 3410 340 8,67 376 764 92,6 4,10 141 13,9 69500
\V 200 X 41,7 53,1 4090 399 8,78 446 901 109 4,12 165 22,3 84100
\"'(1200 X 46,1 58,2 4520 445 8,81 492 1530 151 5,13 229 21,3 141000
W 200 X 52,0 66,6 5270 512 8,9 570 1780 175 5,17 266 32,4 166000
\"'(1200X 59,0 75,6 6110 582 '8,99 653 2040 199 5,19 303 46,5 196000
\"'(1200 X 71,0 90,7 7630 707 9,17 800 2540 246 5,29 374 80,1 250000
"- -
'\(1 360 X 91,0 116 26700 1510 15,2 1680 4480 353 6,22 538 91,6 1270000
\"'(1360 X 101 129 30200 1690 15,3 1880 . 5060 397 6,27 606 126 1450000
W 360 X 110 140 33100 1840 15,4 2060 5570 435 6,:30 664 161 1610000
\"'(1360 X 122 155 36500 2010 15,4 2270 6150 478 6,30 732 211 1790000
16
•• o
2.l-Ações.
Define-se como ação tudo o que provoque tensões e deformações em unu estrutura.
De uma forma geral, as estruturas estão solicitadas por ações de diversas naturezas. A única
ação que está sempre presente é a carga permanente; as demais ações têm sua intensidade
variável ao longo da vida útil da estrutura. Portanto, para representar o que acontece com
uma determinada estrutura são realizadas várias combinações de ações com a finalidade de
emprega o método dos estados limites. Este procedimento exige que nenhum estado limite
adequadas.
mais desfavoráveis de ações, quer durante sua vida útil, quer durante sua construção ou sob
a atuação de uma ação especial ou de uma ação excepcional. Exemplos: perda de equilibrio,
Para ELU, a verific'ação isolada para cada um dos esforços toma a forma
onde
Sei representa os valores de cálculo dos esforços atuantes, obtidos com base nas
combinações últimas de ações.
São aqueles que estão relacionados com o desempenho da estrutura sob condições normais
onde
S.lt!I" representa os valores dos efeitos estruturaIS de interesse, obtidos com base nas
combinações de serviço, e
A NBR 8800 considera os três tipos de ações que são descritos a seguir.
2.2.1 - Ações permanentes.
São aquelas que ocorrem com valores praticamente constantes durante toda a vida útil da
construção.
As ações diretas são aquelas decorrentes do peso próprio da estrutura e do peso dos
As ações indiretas são aquelas decorrentes de deformações impostas 'por retração e fluência
São aquelas que ocorrem com valores que apresentam variações significativas durante a
- sobrecargas em pisos: os valores dessas sobrecargas são fornecidos pela NBR 6120;
- vento: os valores das cargas de vento em edificações são fornecidos pela NBR 6123;
- variação de temperatura ambiente: a NBR 8800 recomenda 60% da diferença entre as
São aquelas que têm duração extremamente curta e probabilidade muito baixa de
A seguir são indicadas a expressões da NBR 8800 para as combinações de ações para os
18
estados limites últimos.
Devem ser feitas tantas combinações de ações quantas sejam necessárias para verificação
Cada combinação deve incluir as ações permanentes e a ação variável principal, com seus
valores característicos, e as demais ações variáveis com seus valores reduzidos.
São obtidas pela expressão
m n
Fd = LY
i=1
gi Feji,k + Yql FQ1,k + L
/=2
Yqj I.f/ Oj FfJl,k (2.1)
onde:
19
"
FUj,k: são os valores característicos das ações variáveis secundárias; o valor reduzido e
l.fI Oj: fatores de combinação, para as ações variáveis que atuam junto com uma açao
A cada carregamento especial corresponde uma única combinação última especial de ações,
que deve incluir as ações permanentes e a ação variável especial, com seus valores
20
São obtidas por
m n
F:/ = Ir
i=1
gi F(;i,k + rql FQ1,k + I
)=2
reli lf/ Oj,e/ FOi,k (2.2)
onde:
FQi,k: sao os valores característicos das açoes vanavelS que podem atuar
lf/ Oj,e( : são os fatores de combinação efetivos de cada uma das ações variáveis que podem
atuar concomitantemente com a ação variável especial, FQ1,k' Os fatores, lf/ 0.l,e/ '
usualmente são iguais a lf/ Oj usados nas combinações normais; entretanto, se a ação variável
especial FOI,k tiver um tempo de atuação muito pequeno, podem ser feitos iguais lf/ 2/ .
São aquelas que representam as situações de estruturas nas quais há ,.()corrência de estados
limites, durante a fase de construção. São carregamentos transitórios e sua duração deve ser
Devem ser feitas tantas combinações de ações quantas sejam necessárias para verificação
das condições de segurança em relação a todos os estados limites últimos que podem
permanentes e a ação variável principal, com seus valores característicos, e as demais ações
variáveis, com seus valores reduzidos.
São obtidas pela Fórmula (2.2), onde FQ1,k é o valor característico da ação variável admitida
São aquelas que decorrem da atuação de ações excepcionais que podem provocar efeitos
estrutura de determinados tipos de construção, nas quais essas ações não possam ser
desprezadas e se, além disso, na concepção estrutural, não é possível tomar medidas que
21
A cada carregamento excepcional corresponde uma única combinação, que deve incluir as
ações permanentes e a ação variável excepcional, com seus valores característicos, e as
demais ações variáveis com seus valores reduzidos.
São obtidas por
m n
F:., = L r
i=1
gi FUi,k + FQ.exe + L rC[j 'f
}=2
Oj,e( FQj,k (2.3)
Tabela 2.3 - Fatores de combinação ('f Oj) e de redução ('fI) ,'f 2}) para ações
variáveis
Ações 'foj lf/lj 'f2.1
(1) (2)
Tempera tuIa Variações uniformes de temperatura em relação à 0,6 0,5 0,3
média anual local.
Vento Pressão dinâmica do vento nas estruturas em 0,6 0,3 O
geral.
Locais em que não há predorn.illância de pesos e
de equipamentos que permanecem fL,(OS por 0,5 0,4 0,3
longos períodos de tempo, nem de elevadas
Cargas concentrações de pessoas. (3)
acidentais de Locais em que há predorn.illância de pesos e de
edifícios equipamentos que permanecem fixos por longos 0,7 0,6 0,4
períodosde tempo, ou de elevadas concentrações
de pessoas. (4)
Bibliotecas, arqulVos, depósitos, oficinas e 0,8 0,7 0,6
garagens e sobrecargas em coberturas.
Cargas Vigas de rolamento de pontes rolantes. 1,0 0,8 0,5.
moveIS e seus
Pilares e outros elementos ou subestruturas que 0,7 . 0,6 0,4
efeitos
suportam vigas de rolamento de pontes rolantes
dinâmicos
Passarelas de pedestres. 0,6 0,4 0,3
Notas:
1) Para o estado limite de fadiga, usar 'fI} igual a 1,0
2) Para combinações excepcionais onde a ação principal for sismo, admite-se adotar para
lf/ 2.1 o valor zero.
3) Edificações residenciais de acesso restrito.
4) Edificações comerciais, de escritórios e de acesso público.
Os valores característicos de açõ.es empregados na~ F6rmulas' (2.1) a (2.3) são usualmente
fornecidos por normas como NBR 6120 - Cargas para o cálculo de estruturas de
22
Forcas devidas ao vento em eclificacões.
Nas mesmas expressões, carregamentos de mesma natureza não são combinados entre si.
Isso pode ser exemplificado com a carga dinâmica do vento. Conforme a NBR 6123, a
análise do vento em uma edificação deve ser feita segundo suas duas direções principai,s da
combinação, não são consideradas as atuações simultâneas do vento nestas duas direções,
2.4 - Impacto.
A maioria das análises estruturais considera a atuação de cargas estáticas, pois isto reflete a
• 23
maneira como sao construídas: inicialmente a estrutura, depois as lajes, em seguida
instalações, revestimentos e acabamentos .
. Entretanto para algumas cargas variáveis isto nao ocorre e para considerar seus efeitos
N essas expressões para combinações das ações para os estados limites de servIço,
período). Essas combinações são utilizadas para os efeitos de longa duração e para a
Todas as ações variáveis são usadas com seus valores quase permanentes, lj/ 2i F@ . São
FIou = I
;=1
F(ji,k + I
j=1
lj/ 2j FQj,k (2.4)
combinações são utilizadas para os estados limites reversíveis, isto é, que não causam danos
fissuras).
A ação variável principal é tomada com seu valor frequente, lj/l FQ1,k' e todas as demais
ações variáveis são tomadas com seus valores quase permanentes, lj/ 2j F@,k . São obtidas
24
2.5.3 - Combinações raras de serviço.
São aquelas que ocorrem, no máximo, algumas horas durante a vida útil da estrutura. São
utilizadas para os estados limites irreversíveis, isto é, que causam danos permanentes à
Nas combinações raras, a ação variável principal é tomada com seu valor característico,
Ful,k' e todas as demais açoes variáveis são tomadas com seus valores frequentes,
Considerar, na posição mais desfavorável, a carga vertical com impacto e 100% das forças
horizontais, transversal e longitudinal.
Se duas ou mais pontes correm sobre o mesmo caminho de rolamento e vao trabalhar
• A atuação de todas as pontes, com as respectivas cargas verticais máximas das rodas não
siderúrgicos, majorar por impacto as cargas verticais máximas das rodas da ponte de maior
capacidade.
a) A atuação de uma ponte em cada nave, conforme Item 2.6.1.a. Não e necessano
b) Em uma nave, a atuação de uma ponte com suas cargas verticais máximas das rodas,
majoradas por impacto; em outra nave, a atuação de todas as pontes com as respectivas
cargas verticais máximas das rodas, não majoradas por impacto; e 100% das forças
25
horizontais, transversal e longitudinal, de somente uma ponte, normalmente a de maior
capacidade.
c) A atuação de todas as pontes em cada nave, com as respectivas cargas verticais máximas
das rodas, não majoradas por impacto, e 100% das forças horizontais, transversal e
longitudinal, de somente uma ponte, normalmente a de maior capacidade. Se as condições
d~ operação exigem um tratamento mais rigoroso, como no caso de pátio de placas de
edifícios siderúrgicos, majorar por impacto as cargas verticais máximas das rodas da ponte
de maior capacidade.
para içar uma carga maior que sua capacidade, deve-se considerar a atuação conjunta dessas
pontes como -qma única ponte, cujas cargas verticais máximas das rodas devem ser as das
pontes isoladas; as forças horizontais devem ser iguais a 50% das respectivas forças
26
3
3.1 - Introdução.
De acordo com a NBR 8800, deve-se garantir a estabilidade da estrutura como um todo e
também a estabilidade de' cada um de seus elementos componentes e para isto a norma
citados pela NBR 8800 referentes à análise de primeira ordem, ou seja, a análise dos
esforços solicitantes gue é feita supondo a estrutura indeformável após a aplicação das
ações.
3.2.1- Introdução.
sube~truturas gue, devido à sua grande rigidez a ações horizontais, resistem à maior parte
dos esforços decorrentes dessas ações. Essas subestruturas são chamadas subestruturas de
contraventamento e podem ser:
- pórticos rígidos nos guaIs a estabilidade lateral é assegurada pela rigidez a flexão das
barras e pela capacidade de transmissão de momentos das ligações.
3.2.2 - Elementos contraventados.
27
3.2.3 - Elementos isolados.
Comprimento destravado de uma barra é a distância entre dois pontos de contenção lateral
pode ser:
contraventamento.
Nos Itens que se seguem, são indicadas exigências relacionadas às resistências e rigidezes
minimas que as contenções laterais de. pilares e vigas devem ter para que sejam efetivas, de
modo que esses elementos possam ser calculados considerando o seu comprimento
destravado.
As contenções devem ser colocadas preferencialmente perpendiculares à barra a ser
travada. Se não o forem, a resistência (força ou momento) e a rigidez (força por unidade de
devem ser ajustadas para o ângulo de inclinação. Na avaliação da rigidez fornecida pelas
28
N N N N
~ l t l
~
/ I I
~--+~
/
/
/
h
""
I~I
"" I I
Diagonal -.
t t t t
N N N N
Relativa Nodal Relativa Nodal
A Figura 3.1 ilustra os dois tipos de contenção. A resistência e a rigidez fornecidas pela
análise de estabilidade da contenção não deve ser menor que os limites exigidos.
3.3.2 - Contenções de pilares.
Um pilar isolado pode ser contido em pontos intermediários ao longo de seu comprimento
por contenções relativas ou nodais.
c) Quando a distância entre os pontos de contenção for menor que Life, onde Life é o
comprimento máximo destravado que permite que o pilar resista à força solicitante axial de
29
3.3.3 - Contenções de vigas.
As contenções de uma viga devem impedir o deslocamento relativo das mesas superior e
inferior. A estabilidade lateral de vigas deve ser proporcionada por contenção que impeça o
deslocamento lateral (contenção de translação), a torção (contenção de torção) ou uma
combinação entre os dois movimentos. Em barras sujeitas à flexão com curvatura reversa
(se os momentos têm o mesmo sentido de rotação nas extremidades do trecho analisado),
o ponto de inflexão não pode ser considerado por si só como uma contenção.
3.3.4 - Contenções de vigas à translação.
As contenções de translação podem ser relativas ou nodais, devendo ser flXadas próximas
da mesa comprimida. Nas vigas em balanço, deve ser fixada também uma contenção na
extremidade sem apoio, próxima à mesa tracionada. Em barras sujeitas à flexão com
curvatura reversa, as contenções de translação devem ser flXadas próximas a ambas as
mesas quando situadas nas vizinhanças do ponto de inflexão.
onde:
C d é um coeficiente igual a 1,00, exceto para a contenção situada nas vizinhanças do ponto •
de inflexão, em barras sujeitas a flexão com curvatura
igual a 2,00;
reversa, quando deve ser tomado
•
Lhh é a distância entre contenções (comprimento destravado), observando-se o disposto
em 3.3.4.c.
respectivamente, por:
30
c) Quando a dist:incia entre os pontos de contenção é menor que L{lh' onde Lqh é o
comprimento destravado máximo que permite que a vIga resista ao momento fletor
viga. Tais contenções podem ser fL'<:adasem qualquer posição da seçao transversal, não
precisando ficar próximas da mesa comprimida.
a) As contenções de torção nodais devem ter uma ligação com a viga capaz de suportar o
L : vão da viga;
n : número de pontos de contenções nodais no interior do vão;
" A _. T L.2
S7' = _L_,_~_r_r_1..J_ll/_'1 _S_d
....
,
(.., 6 Q)
..) •.
nElyC;
Ssec: rigidez à distorção da alma da viga, incluindo o efeito dos enrijecedores transversais
31
b.\/: largura do enrijecedor situado de um lado da alma (usar duas vezes a largura do
Se Ssec for menor que ST' STh será negativo, indicando que a contenção de torção da viga
Quando forem necessários enrijecedores, devem ser estendidos até a altura total da barra
contida e devem ser fLxadosà mesa se a contenção de torção também estiver fixada à mesa.
mesa da viga que não esteja diretamente fixada à contenção de torção. Se o espaçamento
dos pontos de contenção for menor que L({h' então LM pode ser tomado igual a L'Ih .
b) Para as contenções contínuas à torção, devem ser usadas as mesmas expressões dadas
o projeto estrutural deve garantir que a estrutura seja capaz de atender aos estados limites
últimos e de serviço pelo período de vida útil previsto para a edificação. Deve também
o projeto deve defInir claramente o fluxo de esforços até a fundação, deve identificar e
todo. O projeto deve tratar cada parte de uma edificação entre juntas de dilatação, como
um edifício isolado.
inadequada não deve sofrer danos desproporcionais às suas causas. Na ausência de estudos
a) Cada pilar de um edifício deve ser efetivamente travado por melO de escoras
nível suportado por esse pilar, inclusive coberturas, conforme a Figura 3.2.
32
Es<:oras dos pilares Escoras de borro
I
I I
I I Cama reentrante
I
I
I
I
I / I
Escora para começão
do canto reentrante
Escoras de borda
I
b) Devem ser colocadas linhas contínuas de escoras, o mais próximo possível das bordas
do piso ou cobertura e em cada linha de pilar, e nos cantos reentrantes as escoras devem
ser adequadamente ligadas à estrutura, de acordo com a Figura 3.2.
utilizadas para outros fms, como. vigas de piso e tesouras de cobertura, ou pelas lajes
d) As escoras horizontais e suas respectivas ligações devem ser compatíveis com os demais
cálculo e também para suportar uma força de tração de cálculo, que não deve ser
adicionada a outras ações, de pelo menos 1~/o da força solicitante de cálculo no pilar ou 75
kN, a que for maior. No caso de coberturas ou pisos sem lajes de concreto, as escoras dos
pilares de extremidade e suas respectivas ligações devem ser dimensionadas para as ações
de cálculo e também para suportar uma força de compressão e de tração de cálculo, que
não deve ser adicionada a outras ações, de pelo menos 75 kN. Além disso, as escoras
devem atender às prescrições aplicáveis dadas em 3.3.
múltiplos não cause colapso progressivo, as vigas e suas respectivas ligações aos pilares
devem ser dimensionadas para resistir --à atuação isolada de uma força de tração
~' j" J
I
I
I
I Hj---
R _q_~L_
I
I
I
I
I
I
I
/
L I
I
I
I
I
I
I /
I
I / qrJ
/ ,-! -2-
~,
L
!:J..=- 5=~
500 1000
.t'zgura 3.3 -l-'orras nocionais equivalentes
Essas exigências podem ser substituídas por uma análise de segunda ordem que inclua as
equivalente global de L/500 ou local de L/I 000, conforme o tipo adotado de contenção,
das imperfeições de todos esses pilares ou vigas devem ser considerados, porém
34
As imperfeições geométricas podem também ser representadas por forças equivalentes
(denominadas forças nocionais), que causem efeitos equivalentes aos dessas imperfeições
nos pilares e vigas a serem contidos lateralmente 0!er Figura 3.3).
Esses efeitos são valores mínimos para cálculo do sistema de travamento e não precisam
ser acrescentadas às demais forças atuantes na estrutura.
35
4
4.1- Introdução.
!
I]
jj
1
I
'1"-----....
t
~ i
(a)
I 1
:=ai !~
ft= const~
Pela resistência dos materiais, barras a tração axial têm distribuição constante de tensões
normais na área bruta, isto é, na seção transversal sem furos, ver Figura 4.1 (a).
N a área líqu.ida, isto é, na seção com furos, a distribuição das tensões normais é variável, e
o valor máximo, junto à borda de furos, pode atingir até três vezes o valor médio, ver
onde:
36
Nr,lM : é a força axial resistente de tração de cálculo, determinada conforme 4.2.
N = AK Iy (4.1)
r,Rd
rol
onde
A resistência de cálculo é
N = Ae lu (4.2)
I,Rd
r2 a
onde:
A área bruta, AK, da seção transversal de uma barra é igual à soma dos produtos, em cada
37
elemento da seção, da espessura pela largura bruta, medida perpendicularmente ao eixo da
barra, ver Figura 4.2.
Para cantoneiras, a largura bruta é a soma das larguras das abas menos sua espessura, ver
ainda a Figura 4.2.
Para os perfis usuais, a área bruta é aquela fornecida pelas tabelas de propriedades de perfis,
que estão relacionadas no Capítulo 1.
E
"Ir.
rr
a,lIJl ,
li - .--1
LL )--it
i. ; l'
Nas regiões com furos, a área líquida, An, de uma seção é a soma dos produtos da
a) Em ligações parafusadas, a largura dos furos deve ser' tomada igual a sua dimensão
nominal acrescida em 2 mm. Neste texto, só são considerados furos padrões, para os quais
a dimensão nominal do furo é maior que o diâmetro real do parafuso em 1,5 mm.
38
b) No caso de uma sene de furos distribuídos transversahnente ao eDCOda barra, em
diagonal a esse eixo ou em ziguezague (Ver Figura 4.3), a largura líquida dessa parte da
barra deve ser calculada da maneira que se indica a seguir:
• para cada linha que ligue dois furos e que não esteja na direção transversal, somar a
2
quantidade, 5 /4 g, sendo 5 e g, respectivamente, os espaçamentos longitudinal e
c) As linhas de ruptura, que suportam uma parcela, a < 1, da carga total de tração, para
d) A largura líquida crítica daquela parte da barra será obtida pela cadeia de furos que
produza a menor largura líquida, para as diferentes possibilidades de linhas de ruptura.
e) Para cantoneiras, o espaçamento transversal, g, entre furos de abas diferentes, é igual à
soma das distâncias dos centros dos furos à aresta da cantoneira, menos sua espessura, ver
Figura 4.4.
---rr-
t
.r7~' , ;-'-" -!
ai1 ..f. - .-. _L....
•.g1
~-I
"--
.. ,J
I '"i
---
t
I
i ..
.,
'-'.' ~..
Ti'
I~
+. "'- "' ..•••
I
-"'-
(4.3)
Onde, AlI' é a área líquida da barra, calculada de acordo com o Item 4.3.2, e Cf é o
39
por soldas
Cf =1,00
b) Quando a força de tração for transmitida somente por soldas transversais ao eiXOda
barra:
(4.4 )
Onde, Ac' é a soma das áreas dos elementos ligados pelas soldas transversais.
c) Quando a força de tração é transmitida a alguns, mas não a todos elementos da seção,
por parafusos, por soldas longitudinais, ou por uma combinação de soldas longitudinais e
transversais, Cf é dada pela Expressão (4.5), que usa como referência a Figura 4.5.
ec ec
.-.-
G
ec
GdeUe G de Ud
De
Na expressão (4.5):
ligação. Em perfis com um plano de simetria, a ligação deve ser simétrica com relação a
este plano e ao invés de uma única barra, devem ser consideradas duas barras separadas e
simétricas, cada uma relacionada a um plano de corte da ligação. Exemplo, duas seções T
tração. Em ligações parafusadas, Lc' é a distância desde o primeiro até o último parafuso,
na linha de furação com maior número de parafusos e na direção da força axial de tração.
40
d) Quando a força de tração é transmitida apenas por soldas longitudinais ao longo de
ambas as bordas em ligações entre chapas planas, ver Figura 4.6
onde
L".. : comprimento da solda. O comprimento da solda deve ser no mínimo, igual à largura
b :largura da chapa que é tambér.n a distância entre as soldas nas duas bordas laterais.
rzgura 4.6- Chapas tracionadas Izgadas por meio de solda longitudina/nas extremidades.
Corre A-A
41
Barras compostas por perfis ou chapas, ligados entre si por chapas espaça~oras e separados
uns dos outros pela espessura dessas chapas, devem ter o maior índice de esbeltez de
qualquer perfil ou chapa, entre essas ligações, limitado a um máximo de 300, ver Figura 4.7.
42
5
5.1- Introdução.
De acordo com a resistência dos materiais, barras axiaIt:nente comprimidas têm distribuição
constante de tensões normais.
Porém, ao contrário das barras tracionadas, cUJo colapso ocorre por escoamento ou
Esta instabilidade pode ser da barra como um todo, ou local. A flambagem da barra como
um todo pode ocorrer por:
• Flexão: quando a forma do eixo da barra, inicialmente retilíneo, se alterar para uma
forma arqueada;
• Torção: quando ocorrer a rotação de uma das extremidades da barra com relação à
outra, sem alteração da forma do eixo da barra;
A flambagem se diz local quando, um ou mais elementos da seção, cujas relações largura-
espessura sao grandes, perdem sua forrria plana, apresentando ondulações ou,
abaulamentos.
Neste texto, as barras comprimidas são consideradas travadas por contraventamentos cujos
nós impedem a torção. Em função disto, as análises levam em conta apenas a flambagem
por flexão e a maneira como ela é influenciada pela flambagem local.
A condição de segurança para o dimensionamento é
onde:
43
Ne,Rd: é a força axial resistente de compressão de cálculo, determinada conforme o Item
5.2.
Devem ainda ser. observadas as condições estabelecidas no Item 5.5, relacionadas à
limitação da esbeltez.
NeRd
xQAg
=---
1y
(5.1)
, ral
Em (5.1):
r aI : cgeficiente de ponderação, ver Tabela 4.1;
x: fator de redução, neste texto, associado à flambagem por flexão; é defmido atr.avés do
I
índice reduzido de esbeltez
(K L/r)JQ
Usando a expressão de N e na expressão de Âo, obtém-se: Âo = -----
Jr~E/ 1y
Então, se:
0,877
Âo > 1,5 X=--2- (5.1.b)
Âo
AA - Almas de seções I, H, ou U
- Mesas ou almas de seção
I}
caixão
2. - Todos os demais
elementos que não integram
o Grupo 1 ~b
- Abas de cantoneiras
simples ou múltiplas providas
3 de chapas de travejamento
AL 4 - Chapas projetadas
seções I, H, T ou U
laminadas ou soldadas
de
lr
5 - Mesas de seções soldadas I;
H, Tou U
6 - Almas de seções T
J-z'gura 5. 1
45
2
ClassifieafiíodOJ' elementosAA eAL.
Para efeito de flambagem local, os elementos que fazem parte das seções transversais
usuais, exceto as seções tubulares circulares, são classificados em elementos AL, aqueles
que têm uma borda apoiada e a outra livre, e elementos AA, aqueles que têm as duas
bordas apoiadas. Estes elementos estão classificados na Figura 5.1..
A largura b e a espessura t destes elementos devem ser medidas como mostrado nos
Grupos 3, 4, 5 e 6 da Figura 5.1.
Para os elementos AL, defme-se um coeficiente Qs' que é a relação entre a tensão crítica de
Qs = feri!,.
A=b/t
BA
• se Ap <A:s;Ar Qs =A (5.2.b)
~E/fy
C E
• se A> Ar Qs =-7 - (5.2.c)
A- fy
onde:
b : largura do elemento;
t: espessura do elemento.
Os valores dos parâmetros nestas expressões são fornecidos pela Tabela 5.1.
Grupo P q A B C
46
6 0,75 1,03 1,908 . 1__ l_,2_2 0_,6_9_~
onde
4
27,7 <h/tw ~131
kc - Jh/t w
;
apresentam valores elevados, enquanto a região central mostra valores pequenos (Figura
5.2).
Figura 5.2
DútriblfZ:rão da tensão de compressão nos elementos enrzjeádos.
47
Em função disto, defme-se o conceito de largura efetiva bel'
A largura efetiva, menor que a largura real b, é dividida em duas partes iguais, localizadas
junto às bordas e carregadas com uma tensão constante.
O valor desta tensão é tal que a sua resultante ao longo da largura efetiva é igual a
resultante das tensões não uniformes ao longo da largura real, como mostra a Figura S.2.
Para os elementos AA, defme-se o coeficiente Qa' que é a relação entre área efetiva Ael e
Tabela 5.2 - Valores dos parâmetros para o cálculo do da largura efetiva bel
Grupo P
1 1,40
2 1,49
O cálculo da largura efetiva dos elementos AA segue o critério descrito a seguir. Sejam  e
 p definidos por:
Â=b/t
bel b
• se Â<Â
- p •..••••..••.•••••••• - t -t (5.4.a)
(5.4.b)
Nc,Rd
obter a =X 1 y = ral ~' isto é, a é obtido a partir das tabelas dos Anexos,
g
multiplicando-se seus valores pelo coeficiente de ponderação rai' dado pela Tabela 4.1.
b - A largura efetiva dos elementos AA não incluídos no Item £1, anterior é igual a:
48
(5.4.c)
expressão:
onde Qs e Qa são definidos, respectivamente, pelos conceitos expostos nos Itens 5.3.1 e
5.3.2.
I (para aço 250) e o Anexo II (para aço 350), com tabelas auxiliares de cálculo. Estes
anexos incluem também tabelas para avaliação das resistências de cálculo das' outras
Tabela 5.3
Valores de K para determinação de comprimentos de flambagem de barras isoladas
49
(a) (b) Cc) (d) (e) (f)
/
6 I
\
} 6 I
A. linha tracejada indica a : I
I I
I \ / I
I
I
I j
linha elástica de íléUllbageIl1 I
I
(
I ,
,I l
1I t !
I
l I, /
\
\
\
/ I
I
1
J
}
I
I I 1 I
\ I
: ,I
I I
/
t
\ralores teóricos de 1(..•ou Ky Oj ,.
07 1,0 1 ~O 2,0 2,0
Código
apOlO
para conc1iç.âo de ¥ Rotação livre, translação llllpedida
birrotulada hipotética, que tem a mesma carga crítica de flambagem da barra em análise.
a) Barras isoladas;
N essa tabela são fornecidos os valores teóricos do coeficiente de flambagem por flexão,
para seis casos ideais de condições de contorno para barras isoladas, nos quais a rotação e a
que devem ser usadQ\ no lugar dos valores teóricos, quando não for possível garantir a
perfeição do engaste.
igual a 1,0, exceto se um valor menor for defmido por uma análise mais precisa.
50
5.4.3 - Barras de estruturas de contraventamento.
a) Se as. estruturas de contraventamento formam uma treliça, todas suas ligações são
rótulas.
Tabela 5.3, exceto se um valor menor for definido por uma análise mais precisa.
• Se a extremidade inferior de uma barra está fixada à fundação por meio de uma rótula e
sua extremidade superior tem ligação rígida com pelo menos uma viga, adotar o valor
correspondente ao caso f da Tabela 5.3;
• Se a extremidade inferior de uma barra está fixada à fundação por meio de um engaste e
sua extremidade superior tem ligação rígida com pelo menos uma viga, adotar o valor
correspondente ao caso c da Tabela 5.3.
• Se se trata de uma barra não ligada à fundação e cada uma de suas extremidades têm
ligações rígidas com pelo menos uma viga, adotar o valor correspondente ao caso c da
Tabela 5.3.
Estes valores são aproximações e só podem ser usados em uma análise preliminar da
IA __!~ ~L---------------~I---
i N
t
--~~~-------------~_._~-------------~~~-~
I
I.
I
-I. L.: .I
I
~
Corte A-A
51
a) A esbeltez das barras comprimidas K L/r, isto é, a maior relação entre o comprimento
de flambagem (ver Item 5.4) e o raio de giração correspondente, não deve ser superior a
200.
perfis, a intervalos tais que o índice de esbeltez, L/r, de qualquer perfil, entre duas ligações
mostra a Figura 5.5. Para cada perfil componente, o índice de esbeltez deve ser calculado
com o seu raio de giração mínimo. Adicionalmente, pelo menos duas chapas espaçadoras,
composta.
52
6
BARRAS A FLEXÃO SIMPLES
MOMENTO FLETOR EM TORNO DO EIXO DE MAIOR INÉRCIA
6.1 - Introdução.
De acordo com a resistência dos materiais, no regime elástico, barras a flexão simples têm
distribuição linear de tensões normais, variando de um máximo de tração, em uma das faces da
..... viga, .a_ummáximo de compressão na face oposta.
Também conforme a resistência dos materiais, o carregamento transversal ao eIXOda barra
deve estar em um plano de simetria da seção transversal; excetuam-se os perfis C, fletidos em
torno do eixo perpendicular à alma, quando o plano do carregamento deve passar pelo centro
de torção da seção transversal ou a torção deve ser impedida.
't!' f1
~bffiA'~r
Seja Me O valor do momento que causa nas faces da viga esta distribuição de tensão com
53
escoamen to (ou plastificação) de parte da seção.
Um aUl?ento final causa o escoamento total da seção, Figura 6.1(d). O valor correspondente a
O momento £letor resistente característico, MRk, é definido por vários estados limites, cada
!M Rk
a)' o trecho  > Â,. (onde M R k < M r) corresponde aos valores de M que causam tensões
54
• Flambagem Local da Alma (FLA): causada pelas tensões normalS, provocada~ pelo
momento fletor na região comprimida da alma dos perfis.
• Flambagem Lateral por Torcão (FLT): causada por flexão lateral (normal ao plano de
carregamento) e por torção, que provoca deslocamentos perpendiculares ao plano de
carregamento.
Como este texto é um curso inicial em estruturas de aço, será abordado apenas o caso mais
freqüente de vigas não esbeltas, isto é, aquelas nas quais a esbeltez da alma, h/ t w (Ver Figura
onde
MRk
MRd=--
ral
\ onde:'
55
M Rk : momento fletor característico de cálculo, definido a seguir.
Tabela 6.1.
Momento fletor resistente de cálculo.
Parâmetros para vigas não esbeltas, fletidas em tomo do eixo de maior inércia
Estado limite
FLA.. FLM FLT
b
Â=~ (1) Â=- (1) Â =~ (5)
tw tl ry
Âp =3,76~ E Âp =0,38 ~ E
Iv Iv
Âr =5 , 70~ fE (2) (3)
y
O,90W" k. E k
Ma ~ ( e . comoem5.3.1.c.
ÂL L
Para vigas não esbeltas, o momento fletor característico de cálculo, M U k' é definido pelas
56
expressões (6.1) e pelos valores definidos na Tabela 6.1.
• se Âp < À:::; Àr
:~~J<:;
r p
(6.l.e)
Nessas últimas expressões, além dos parâmetros que estão definidos na Tabela 6.1:
No cálculo da resistência ao momento fletor no estado limite FLT, pode ser necessário calcular
lI) Em trechos em balanço entre a extremidade livre e uma seçao travada lateralmente e à
torção: Ch =1
57
IH) Se no comprimento destravado de vigas em seções I, H eU; fletidas em torno do eiXO
maior de inércia, uma das mesas está destravada lateralmente e a outra tem travamento lateral
contínuo:
a - Se a mesa com travamento lateral contínuo é tracionada em pelo menos uma extremidade
do comprimento destravado:
(6.2.b)
N essa expressão:
- Mo: é o valor - com sinal negativo - do maior momento fletor solicitante d-e cálculo, que
onde
Ali] : área líquida da mesa tracionada, calculada conforme o Item 4.3.2 deste texto;
58
A{g- : área bruta da mesa tracionada;
~ : coeficiente igual a 1 se f),j;;, ~0,8 e igual a 1,1 se fy / Iz, >0,8; para os aços usados neste
texto ~ = 1.
(6.3.b)
->5,70
h
til'
H:
-
fy
Como sua ocorrência nas estruturas mais comuns é rara não serão abordadas neste curso. A
59
7
BARRAS A FLEXÃO SIMPLES
MOMENTO FLETOR EM TORNO DO EIXO DE MENOR INÉRCIA
7.1 - Introdução.
Neste capítulo, aborda-se a flexão em torno do eixo de menor inércia para os mesmos perfis
analisados no capítulo anterior, isto é, perfis I com dois eixos de simetria e perfis U.
N a flexão em torno do eixo de menor inércia, valem os mesmos critérios expostos em 6.1,
a) O estado limite FLT não é aplicável, pois para que ocorresse deveria ser vencida a maior
inércia da seção;
MSd:::;MRd
onde
MUk
MRd=--
ral
onde:
O momento fletor característico de cálculo, M U k' é defmido pelas expressões (7.1) e pelos
• se À p < À:::; Àr
(7.1.b')
60
(7.I.h") '.
Tabela 7.1.
Momento fletor resistente de cálculo.
Parâmetros para vigas não esbeltas, fletidas em tomo do eixo de menor inércia.
Estado limite
FLA (1) FLM (2) FLT
 =~ (3)  =~ (3)
Iw II
Àp =1,12~ E À=038~E
P , fy
fy
O,90Wy ke E
Mcr L
~ e k(, como em 5.3.1.c.
Â
Nessas últimas expressões, além dos parâmetros que estão definidos na Tabela 7.1:
61
Zy: módulo plástico de resistência em relação ao eixo y da seção;
62
8
BARRAS A FLEXÃO SIMPLES
ESFORÇOS NA ALMA
R.l.l - Introdução.
De acordo com a resistência dos materiais, a tensão de corte que ocorre em um ponto P da
VQ
fv=Tb
onde:
Q: momento estático, com relação à linha neutra, de uma das partes em que a seçao
transversal fica dividida, por uma paralela à linha no ponto P .
Usualmente, considera-se para o cálculo de Q, a menor das duas partes em que a seção fica
dividida pela paralela ao eixo neutro, isto é, a área hachurada da Figura 8.1.
Para as seções dos perfis I duplamente simétrico e dos perfis C, o diagrama de força
• variação brusca da tensão de corte na transição da mesa para a alma, motivada pela
60
• pequenos valores de tensão de cisalhamento na mesa.
Por causa dessas particularidades, a norma NBR 8800 substitui o diagrama da resistência
dos materiais, por um diagrama com tensão constante e igual à tensão média de corte na
alma. Assim a fórmula da tensão de corte passa a ser
V
!.."meu =A W'
onde
onde:
a) se À = h/ tw :s; Àp = 1,1~ kvE / /;, VRk = Vpl = 0,6 !yAw (8. La)
onde
se a/h ~ 1,5 Àmax = 11,7~E/ /1' (8.1.!); se a/h> 1,5 Àmax = 0,42E//1' (8.1.g)
61
8.1.3 - Enrijecedores transversais de corte.
Se forem necessários enrijecedores transversais, devem ser obedecidas as seguintes
condições:
a) os enrijecedores transversais devem ser soldados à alma e às mesas do perfil; entretanto,
do lado da mesa tracionada, podem ser interrompidos de forma que a distância x (Ver
.•, ..,
-
.t<zgura 8.2 - Arranjo dos enrijecedores transverJais de ciJalhamento
b) A relação entre a largura e a espessura dos elementos que formam os enrijecedores não
pode ultrapassar 0,56~ E/ fy , que é o mesmo valor de Ap para o Grupo 4 dos elementos
AL (Ver Item 5.3.1). Para o aço classe 250, ver Item 1.2.1; para o aço classe 350, ver Item
II.2.1.
eL",{ono plano médio da. alma não pode ser menor que:
}at:, (8.l.h)
a) Perfis soldados.
A solda de ligação entre mesa e alma deve ser dimensionada para resistir ao corte
horizontal total resultante da flexão. Deve também ser dimensionada para transmitir à alma
qualquer força aplicada diretamente na mesa a menos que se garanta a transmissão dessa
força por outros meios.
b) Perfis caL"'{ão.
Se a mesa de uma barra é solicitada por uma força localizada, que produz tração na alma,
62
deve ser verificada quanto à flexão locaL Se o comprimento de atuação da força,
perpendicularmente ao comprimento da barra é menor que 0,15 b f' não é necessário fazer
essa verificação.
A resistência de cálculo à flexão local da mesa é dada por:
F _ 6,25 t~.fy
(8.2.a)
Rd - 11
,
Se a força solicitante de cálculo for superior a essa resistência, devem ser colocados
Se a distância da extremidade da barra à seção de aplicação da força é menor que 10 tI" ' a
Se a barra é construída em perfil soldado, a solda entre mesa e alma deve ser capaz de
da seção transversal:
1,10 (5 k + £ n )t w fy
FiM =------ (S.2.b)
1,1
b) se a distância da extremidade da barra à seção de aplicação da força é menor ou igual à
onde:
k : para perfis soldados, é espessura da mesa carregada mais a dimensão do filete de solda
entre a mesa e a alma; para perfis laminados, é a espessura da mesa mais o raio de
Se a força solicitante de cálculo for supenor a essa resistência, devem ser colocados
63
Se a barra é construída em perfIl soldado, a solda entre mesa e alma deve ser capaz de
transmitir a força localizada entre esses dois elementos.
l\
I
k
I
-:::...J.-
Pd
I oE-
N
}<-'igura8.3 - Enrugamento da alma sob carga lomlizada.
Se a alma de uma barra é solicitada por uma força localizada de compressão, que atua na
FRd = O,66t:.
1,1
[1+3~(l~Jl'5]~Ef,tl
d tr tw
(8.2.d)
onde
64
Se a força solicitante de cálculo for supenor a essa resistência, devem ser colocados
_ se h/ t
f/bj"
w ~ 2,3 O F. = Cft~,t! [094+037(h/t J
Rd 1 1h 2
,
' , f Ib
w
l
I f
(8.2.g)
- se h; t w > 2,3 O, o estado limite de flambagem lateral da alma não tem possibilidade de
fi bj"
ocorrer.
Se a força solicitante de cálculo for supenor a essa resistência, deve ser prevista uma
contenção lateral na mesa tracionada da seção de aplicação da força. Como opção, podem
h/tw
-se--~I,7 O F C f t: tf
=037--- (h/__t Jw
3
(8.2.h)
f/bf
Rd , 11 h2 f Ib
, I !
_ se h/ t w > 1,70, o estado limite de £lambagem lateral da alma não tem possibilidade de
f/b!
ocorrer.
Se a força solicitante de cálculo for supenor a essa resistência, devem ser previstas
h: para perfis laminados, distância entre as faces internas das mesas, menos os ralOS de
concordância; para perfis soldados, distância entre as faces internas das mesas;
MSd 2 M,.. M,. é o momento fletor correspondente ao início do escoamento para FLA,
65
isto é, Mr =Wx fy (Ver Tabela 6.1).
8.2.5 - Flambagem da alma por compressão.
A alma de uma barra deve ser verificada quanto à flambagem por compressão, se e
solicitada por um par de forças localizadas, com sentidos opostos, atuando em ambas as
24t~,~E fy
FRd = ---- (8.2.i)
1,1 h
ligação similar), cujas almas se situam no mesmo plano, devem ser colocadas chapas de
F";d' transmitida pelas mesas da viga ultrapassar a força resistente de cálculo dada por:
VIM: fotça resistente de cálculo, determinada conforme o Item 8.1.2, onde se adota a igual
dela e adequadamente soldadas às mesas. Seu comprimento deve ser igual ao comprimento
do painel, acrescido de pelo menos mais 150 mm além das seções de aplicação das forças
localizadas. Quando usadas, essas chapas devem ser colocadas de ambos os lados da alma e
dimensionadas para absorver a parcela da força cortante total de cálculo que ultrapassar a
resistência de cálculo.
66
estender por todo o comprimento do painel da alma e por toda a altura da alma.
8.2.7 - Apoios ou extremidades de vigas com ahna e rotação livres .
.Apoios ou extremidades de vigas, sem qualquer tipo de restrição à rotação em torno do
eLXOlongitudinal e onde as almas não estão ligadas a outras vigas, devem receber
enrijecedores transversais. Esses enrijecedores devem ser soldados às mesas e à alma da
a) Enrijecedores tracionados.
Enrijecedores transversais para resistir a forças localizadas, que produzem tração na alma,
devem ser dimensionados de acordo com o Capítulo 4. A área bruta desses enrijecedores é
a área de sua seção nominal; a área líquida efetiva é a área de sua seção ligada a mesa,
A solda entre o enrijecedor e a mesa carregada deve suportar a diferença entre a força
devem se estender pelo menos até a metade da altura da alma. Devem ter suas
extremidades soldadas à mesa carregada ou ajustadas para ter contato perfeito com essa
1,8Ajy
F j'd = ------- (8.2.1)
c, \ 1,1 .
alma, causando flambagem lateral da alma (Item 8.2.4) e flambagem da alma por
compressão (Item 8.2.5) devem ser dimensionados como barras comprimidas de acordo
67
com o Capítulo 5, considerando flambagem por flexão em relação a um eixo w no plano
médio da ahna (Ver Figura 8.4).
-'
Para enrijecedores em uma seção interna, a seção transversal é formada pelos enrijecedores
• I =2[b.;t. + b t (b. + tw
w 12
l.
S S
l.
2
J2] + 25t~,
12
Esses enrijecedores devem se estender por toda a altura da ahna. Devem ter suas
extremidades soldadas à mesa carregada ou ajustadas para ter contato perfeito com essa
mesa e devem ser soldados à mesa oposta e à ahna.
Se houver solda entre o enrijecedor e a mesa carregada, ela deve suportar a diferença entre
Se o enrijecedor tem suas extremidades ajustadas à mesa carregada, deve ser verificado o
d) Condições adicionais.
da barra, deve ser, no mínimo, igual a um terço da largura da mesa da barra ou da chapa de
ligação que recebe a força localizada.
- Terceira condição: Se os enrijecedores também são usados para aumentar a força cortante
68
resistente de cálculo, devem ser atendidas também as condições g, 12.e ç do Item 8.1.3,
69
9
9.1- Deslocamentos.
Existem vários processos para o cálculo de deslocamentos em estruturas. Para as estruturas
- processo aproximado.
N o cálculo dos deslocamentos, são usadas as combinações para Estados Limites de Serviço
d2y M
-- --
d x2 £1
Esta equação, juntamente com as condições de contorno, ou seja, dos valores conhecidos
de deslocamentos, permite o cálculo da linha elástica de diversas estruturas.
70
9.1.2 - Processo da analogia de Mohr.
Entre as equações que fornecem as relações entre momento fletor M , força cortante V e
. carga distribuída w e que são, respectivamente,
d2 M
-d ?=-w(x) dM=V(x) M=M(x)
x- dx
d2 Y
--
dx 2
M(x)
----
E1
y=- f[Xf-MEx()-1dx J dx
x
o o
w(x)= M (x)
E1
b) se a estrutura for submetida a este carregamento, pode-se concluir que:
71
representados por m ;
da expressão: b =f ME1 m d s.
s
extremamente trabalhosos. O proces~o descrito neste item vale para vigas biapoiadas, cujos
carregamentos sejam equivalentes a:
Pode-se, então, utilizar este processo também para determinar deslocamentos em tramos
Seja a viga biapoiada da Figura 9.1. Qualquer um dos procedimentos citados fornece para
esse carregamento os seguintes valores para o deslocamento máximo e para a rotação nos
apoIos:
P L3
Ymax - 48E 1
')
PL Mmax L- d. d. M max L
Como Mmax e 4E1
4 Ymax = 12E 1 'Ye -'Yd
Transformando esta expressão para o uso de unidades de emprego mais comum na prática
72
Deslocamento e rotação, máximas_para carga concentrada no meio do
vao.
I 9.1
2
=417 Mmax L f/J =- f/J = O125 M maxL
1
Ymax' 1 e d'
Ymaxemcm I L emm
I MmaxkNm I 1 emcm
4
I f/Je,f/Jd em rad
Seja a viga biapoiada da Figura 9.4. Qualquer um dos procedimentos citados fornece para
esse carregamento os seguintes valores para o deslocamento máximo e para a rotação nos
apoios:
5 q L4
e
Ymax = 384 £1
?
q L2 5 Mmax L- ri. =rI. _Mmax L
Como Mmax =-8- e 3£1
Ymax - 48£ 1 lf/e lf/d
esse carregamento os seguintes valores para o deslocamento máximo e para a rotação nos
apoios:
73
v~i ltVd
t-~~~ _'~<~
d) Viga em Balanço.
IP
~ t , ..!
---r--i-._ :
r-"::=-t=::::::t $
0'0
i L.!nha .J
I Elastlca Ymáx I '
~~. .__ L l
I
~T-rrn-n--r-n
,,_-...!-1
(
,
74
•
Carga concentrada na extremidade livre 9.4
2
=167 MmaxL rjJ=O 25 MmaxL
Ymax , I ' I
Carga uniforme em todo balanço 9.5
. ?
Ymax =
125,M maxL- rjJ=O 167 M maxL
I , I
:tvIomento aplicado na extremidade livre 9.6
2
M maxL rjJ=O 500 M maxL
Ymax = 25
I ' I
4
Ymax emcm L emm I em cm
I I MmaxkNm I I rjJe,rjJd em rad
e) Processo dos trabalhos virtuais para treliças.
u:;:;:!
I j
89 10'11 12 1314-1
~
f'"J~"~1/11~
•
2 :.3"."
(O) CafTegamento
45.".
unitário
6 ~ t
'»i"'"
~----- 6 X 1500=9000 _:
Como as barras de uma treliça estão solicitadas por forças axiais, o processo dos trabalhos
seção transversal;
c) determinação das forças f, em todas as barras, devidas a um carregamento unitário;
treliça:
5= L.. F f L
EA
75
Figura 9.7. Por ser um processo extremamente repetitivo, seu desenvolvimento está
9.2.1- Critérios.
estado limite reversível. Por outro lado, se um elemento estrutural suporta componentes
Dependendo desses fatores, uma combinação usual pode ser alterada. Por exemplo:
76
normalmente relacionado à aparência da estrutura; entretanto, se esse deslocamento afeta
-- --
.--
,~::::.----"
- _-
-- _
-
_
-+- 1
I
OI
02
-- __
--
-:/-
--
--?'
Otot
..•..•.....,__ -; 03 -"./'
---
I. L
no Item 9.2.2(c). Os valores máximos dos deslocamentos verticais têm como referência
Como este é um texto preliminar, não são considerados os efeitos de longa duração.
77
variáveis causa danos aos elementos não estruturais. Entretanto, são comuns situações em
que se deve acrescentar também o deslocamento da parte das ações permanentes que atua
só depois da construção do elemento não estrutural considerado; ou ainda considerar o
~
Deslocamento a
ser limitado I Parede como
painel rígido
I
I
I
parede) deve ser limitado de forma que, supondo a parede como painel rígido, uma fissura
que possa ocorrer na base da parede, tenha abertura máxima de 1,5 mm (Ver Figura 9.9).
Em alguns casos, podem ser adotados limites mais rigorosos, para levar em conta o uso da
78
Tabela 9.1- Deslocamentos máximos
Descrição
Travessas de fechamento
ilares
Vi as de rolamento (j)
Deslocamento vertical para pontes rolantes com capacidade nominal inferior a 200 kN L/600 (i)
Deslocamento vertical para pontes rolantes com capacidade nominal igualou superior a L/800 (i)
200 kN, exceto ontes rolantes siderúr 'cas .
Deslocamento vertical para pontes rolantes siderúrgicas, com capacidade nominal igual L/l 000 (i)
ou su erior a 200 kN
Deslocamento horizontal, exceto ara ontes rolantes siderúr 'cas L/400
Deslocamento horizontal, ara ontes rolantes siderúr icas L/600
Galpões em eral e edifícios de um andar
Deslocamento horizontal do to o dos ilares com relação à base
Deslocamento horizontal do nível da vi a de rolamento com relação à base
Edifícios de dois ou mais pavimentos
Deslocamento horizontal do to o dos ilares com relação à base
Deslocamento horizontal relativo entre dois isos consecutivos
Lajes mistas - Ver Anexo Q da NBR 8800
a) L é o vão teórico entre apoios ou o dobro do comprimento teórico do balanço. H é a altura total do
'pilar (distância do topo à base) ou a distância do nível da viga de rolamento à base; h é a altura do andar I
(distância entre centros das vigas de dois pisos consecutivos ou entre centro das vigas e a base, no caso I
do primeiro andar).
b) Deslocamento paralelo ao plano do fechamento (entre linhas de tirantes, caso eles existam).
c) Deslocamento perpendicular ao plano do fechamento.
d) Considerar apenas as"ações variáveis pérpendiculares ao plano de fechamento (vento no fechamento) I
com seu valor característico.
e) Considerar combinações raras de serviço, utilizando-se as ações variáveis de mesmo sentido que o da I
ação permanente. O"
f) Considerar apenas as ações variáveis de sentido oposto ao da ação permanente(vento de sucção) com I
g) Deve-se também evitar a ocorrência de empoçamento, com atenção especial aos telhados de pequena I
declividade. . .I
h) Caso haja paredes de alvenaria sobre ou sob uma viga, solidarizadas com essa viga, o deslocamento
vertical também não deve exceder a lSmm. . I
79
10
COMBINAÇÕES DE ESFORÇOS
10.1- Introdução.
Este capítulo analisa a solicitação simultânea de força normal (de tração ou de compressão)
e de momento fletor.
Express,ões (10.1).
• Para barras tracionadas, o valor NRd é fornecido pela expressão 4.1 ou 4.2 do Capítulo 4.
• Para barras comprimidas, o valor NRd é fornecido pela expressão 5.1 do Capítulo 5.
80
M
• Para flexão em torno do eixo de maior inércia, o valor Mx,Rd é dado por Mx,Rd =~
ral
• Para flexão em torno do elXO de menor. inércia, o valor My,Rd e dado por
MVRk
M v,lM = --"'- e M v Rk é dado pelas expressões (7.1).
" ral
Serão analisados neste texto, os casos particulares de flexão oblíqua e de flexão reta
composta.
em torno dos eixos maior e menor, mas sem aplicação de força normal, isto é, NSd == O e
portanto N,'I'd < 0,2. Assim a verificação para flexão oblíqua se reduz à verificação d~
momento fletor apenas em torno do eixo maior associado à força normal, isto é,
Mx,Rd
] S 1 (1 0.3b)
81
11
11.1'- Introdução.
ou como tirantes - são uma dos meios de ligação reconhecidos pela NBR 8800.
Entre os materiais especificados por esta norma, para uso como parafusos e barras
redondas rosqueadas, são elI?-pregados neste texto, apenas aquelas relacionados na Tabela
1Ll.
:tv1Pa MPa
Notas:
82
o comportamento de uma ligação por corte e contato ocorre quando a direção da força é
perpendicular ao eixo do parafuso, e está indicado na Figura 11.1.
A força P é transferida de uma chapa para a outra, através do corte do corpo do parafuso,
como ilustra os diagramas de corpo livre na figura. Entretanto, para que este corte ocorra, é
necessário que haja pressão de contato entre a superfície lateral do parafuso e a parede do
furo, em ambas as chapas.
Nas ligações por corte e contato, a força P é considerada igualmente distribuída por todos
os parafusos da ligação.
11.2.2 - Atrito.
A Figura 11.2 representa uma ligação semelhante à anterior, executada com o emprego de
parafusos de alta resistência, protendidos com uma carga rã, cujo valor é dado pela Tabela
11.2.
Tabela 11.2
Força Mínima (kN) de Protensão para Parafusos de Alta Resistência ASTM A325
1/2 5/8 3/4 7/8 1 1 1/4 1 1/2
Entretanto, o comportamento dos parafusos se altera uma vez que não ocorre maIS o
A força P é transmitida de uma chapa para a outra através da força de atrito, f.L rã, onde 11 é
o coeficiente de atrito entre as duas chapas.
A força de atrito surge a partir da pressão entre as chapas que, por sua vez, é consequência
da força de pro tensão, conforme ilustrado pelos diagramas de corpo livre da Figura 11.2.
Em ligações por atrito, a força P também é considerada igualmente distribuída por todos os
parafusos da ligação.
11.2.3 - Tração.
O parafuso trabalha a tração quando a direção da força é paralela ao eixo do parafuso, e
alavanca, causado pelas deformações das peças ligadas, conforme se mostra na Figura
11.4.
83
Na ausência de uma análise mais rigorosa, supõe-se que o efeito de alavanca tenha sido
adequadamente considerado se for atendida pelo menos uma das exigências a seguir:
a - Se, na determinação das espessuras das partes ligadas, for empregado o momento
resistente plástico, M Rd ;;;:: Z f,., onde Z :;;;:;p t2/4, e a força de tração resistente de cálculo
b - Se, na determinação das espessuras das partes ligadas, for empregado o momento
resistente elástico, MRd = 1'Vfy onde W = pt2 /6, e a força de tração resistente de
Além disso, a distância, Cl, do centro do parafuso à borda livre, paralela ao alinhamento dos
parafusos, não pode ser inferior à distância, b, do centro do parafuso à nervura interna.
cálculo vale MSd = FrSd bonde Fr'sd é a força solicitante por parafuso.
p = 2y
decomposta em suas componentes horizontal H, que causa tração nos parafusos, e vertical
V, que provoca corte.
conjunto de parafusos, mas sua direção não passa pelo centroide deste conjunto.
Neste caso, os parafusos devem resistir a dois efeitos:
84
N este texto, este tipo de ligação é estudado por um procedimento conhecido como de
parafusos da ligação, a força por parafuso - com a mesma direção e sentido da força P
Na análise elástica, supõe-se que a força, F, causada em cada parafuso, pelo momento da
1 - Sua direção ~ perpendicular ao raio vetor, r, que liga o centro do parafuso ao centroide
lf[
que fornece: k = T .'". T "
~x~+ ~:)'M
(11.2.a)
raio vetor r com o triângulo formado pela força F e suas componentes FJl e Fv permite
escrever
!:.. = FR = Fy
r y :z
A Figura 11.6.f mostra a soma das componentes de mesma direção obtidas anteriormente e
(11.2.c)
85
11.3- Áreas de cálculo.
Ao = 1r d~/ 4 (11.3.a)
b - a área efetiva de cálculo para tração por:
Apc = t do (11.3 . c)
(4.1), enquanto a força resistente de cálculo a tração pela ruptura da seção efetiva na parte
rosqueada é dada pela expressão:
corte passa pela rosca, e para parafusos comuns, em qualquer posição do plano de corte:
(11.4. c)
cargas de serviço é uma limitação de projeto. Nesse caso, força resistente de cálculo a
pressão de contato nas paredes dos furos é dada por:
86
b - se -f{ >. 2 db (11.4. e)
f, f é a distância, medida na direção da força, entre as bordas de dois furos adjacentes para
furos no interior da ligação, ou, a distância da borda de um furo à borda livre da ligação,
expressa0:
Ft:/Rd e Fp ..Rd, são as resistências correspondentes dadas por (ll.4.a) e por (11,4,b) ou
(ll.4.c).
parafuso ao deslizamento não pode ser inferior à força cortante solicitante característica,
calculada por combinações raras de serviço (Ver Item 2.5.3 deste texto), ou,
(11.4.0)
• superfícies classe A: superfícies laminadas, limpas, isentas de óleos ou graxas, sem pintura;
87
nó1: número de planos de deslizamento.
Fr:,5k: força solicitante característica de tração no parafuso ,que reduz a força de protensão;
calculada por combinações raras de serviço (Ver Item 2.5.3 deste texto), ou,
Exceto no caso de parafusos de alta resistência montados com protensão inicial, se a pega
Desta forma, sendo p o valor da pega em mm, e l:J. -1'1, o aumento percentual da quantidade
F'J.,'Sd. quanto à pressão de contato, Fc'Sd' devem ser multiplicadas pqr 1,25 para levar em
conta a distribuição não uniforme da força aplicada pelos parafusos.
• a frnalidade de simplificar, foi criado o Anexo III com tabelas auxiliares de cálculo. Este
anexo inclui também tabelas para a determinação das distâncias construtivas mínimas.
ligação, tais como, enrijecedores, chapas de ligação, cantoneiras, consolos e as demais peças
afetadas localmente pela ligação, devem ser verificadas segundo os critérios expostos a
segu1r.
(11.5.1)
88
b - para o estado limite último de ruptura:
(11.5.2)
A 6 é a área líquida efetiva defmida no Item 4.3.3. Para chapas de emendas parafusadas,
a - para o estado limite último de escoamento, aplicável quando K L/r < 25:
(11.5.3)
b - para o estado limite último de flambagem, aplicável quando K LI r > 25, usar o
(11.5.5J
corte estão indicadas por, Av, e as linhas de ruptura por tração por, At.
Este estado limite deve ser verificado junto a ligações em extremidades de vigas com a
mesa recortada para encaLxe e em situações similares, tais como em barras tracionadas e em
89
Anv: área liquida submetida a corte;
Cts = 1,0, quando a tensão de tração na área liquida é uniforme (Ver Figura (?));
Cts = 0,5, quando a tensão de tração na área liquida não é uniforme (Ver Figura (?).
O espaçamento entre parafusos que liga uma chapa a um perfil ou a outra chapa, em contato
contínuo deve atendera às condições:
a - não pode ultrapassar 24 vezes a espessura da parte ligada menos espessa nem 300mm, em
b - não pode ultrapassar 18 vezes a espessura da parte ligada menos espessa nem 180mm, em
Para qualquer borda de uma parte ligada, a distância do centro do parafuso mais próximo até essa
borda não pode ultrapassar 12 vezes a espessura da parte ligada nem 150mm.
90
12
SOLDA
Os processos de soldagem estrutural são conhecidos desde 1880, mas apenas entre 1930 e
1950, a sua tecnologia atingiu o nível que permite o atual emprego na construção.
destacados quatro de maIor emprego na fabricação das estruturas de aço e que sao
comentados a seguir.
Este processo, representado pela sigla SMAW (do inglês 5hielded Metal Are Welding),
comumente chamado de soldagem manual com eletrodo de vareta, é o mais antigo, simples
fundido. Após o resfriamento, a escória é retirada e o metal solidificado faz a união entre as
duas peças.
Estas etapas, com pequenas alterações, podem descrever os outros três processos de
91
12.1.3- Arco com proteção gasosa.
Representado pela sigla GMA W (do inglês Cas Metal Are We!dini), é também um processo
automático ou semiautomático, no qual o arame do eletrodo é consumido por um arco
elétrico protegido por um gás ou uma mistura gasosa (Ver Figura 12.1).
código da AWS (American Welding Soàery) reconhece os cinco tipos de junta esquematizados
boa execução da soldagem. Os tipos de solda mais usados estão esquematizados no quadro
esta informação ao pessoal de produção sem deixar margem para dúvidas. Por outro lado,
Para isto, usa-se uma simbologia de soldagem, que garanta esta troca de informações entre
92
simbologia AWS. A Figura 12.4. mostra os símbolos correspondentes as soldas mms
empregadas.
A5.5 E70L,{
A5.23 F7X-EXXX
E7XT-X
Tabela 12.2
A5.5
A5.23
Nota - Podem ser necessários processos e materiais especiais de soldagem (por exemplo,
o metal de solda (o eletrodo) a ser usado na soldagem de uma junta, deve ser compatível
com o metal base (o aço). Em outras palavras, o eletrodo deve ter propriedades
93
equivalentes às do aço. As Tabelas 12.1 e 12.2 relacionam, respectivamente, os eletrodos
A seção transversal típica de uma solda de filete é um triângulo retângulo isósceles como se
mostra na Figura 12.6; porém razões de projeto podem exigir lados desiguais. Os itens que
se seguem conceituam os principais elementos das soldas de filete.
12.7.2 - Raiz.
É o menor dos dois catetos do maior triângulo retângulo inscrito na seção transversal da
solda. Estes catetos correspondem às faces de fusão.
12.3 e 12.4 mostram, respectivamente, as dimensões mínima e máxima para soldas de filete.
Tabela 12.3
t (mm) D (mm)
t ::; 6,3 3
t > 19,0 8
Tabela 12.4
t (mm) D (mm)
t < 6,3 t
t ~ 6,3 t - 1,5 ou t Ca)
Ca) Se for indicado reforço durante sua execução para obter a garganta desejada ..
94
12.7.4 - Garganta efetiva.
Quando os catetos deste triângulo forem iguais, seu valor é dado por: a == D j..J2
Quando a solda de filete é executada pelo processo de arco submerso, o valor da garganta
D (mm) a (mm)
D :::;10 D
D > 10 D+3
Tabela 12.6
D (mm) L
D :::; 10 40
D > 10 4D
filete. Estas soldas são usadas para ligar elementos de barras compostas e para transmitir
esforços inferiores à resistência de uma solda contínua com a menor dimensão permitida.
longitudinais de filete, o comprimento minimo de cada filete deve ser igual à distância
transversal entre eles. Por outro lado, o valor máximo desta distância é de 200mm, a menos
que o projeto indique medidas para evitar o excesso de flexão transversal na ligação.
95
12.7.6 - Área efetiva de solda.
É o produto da garganta efetiva pelo comprimento efetivo, isto é:
A=aL=LD/Vi
12.7.7 - Área da face de fusão.
É o produto da dimensão do filete pelo comprimento efetivo, isto é:
AMB = LD = A..J2
fletidas. Os parâmetros das soldas de entalhe são conceituados nos itens que se seguem.
Para solda de penetração parcial é dada pela Tabela 12.7 que é válida para todos os
processos e posições de soldagem. A garganta efetiva mínima das soldas de entalhe de
penetração parcial é dada pela Tabela 12.8.
96
Tabela 12.7
Garganta efetiva da solda de entalhe de penetração parcial
Processo Posição Tipo Espessura da
de de de garganta efetiva
Tabela 12.8
Garganta efetiva mínima da solda de entalhe de penetração parcial em função da
maior espessura t do metal base
t (mm) a (mm)
t ~ 6,3 3
t > 152 16
com o metal de solda compatível com o metal base e sob tensões uniformes.
Soldas submetidas a tensões não uniformes devem ser calculadas com base em
97
• Aw = área efetiva da solda;
• AMB = área do metal base, isto é, produto do comprimento efetivo da solda pela
espessura do metal base menos espesso.
Soldas de filete e de penetração parcial, ligando mesas e almas de perfis soldados, podem
da solda, e que existem nesses elementos dos perfis. Entretanto, devem ser consideradas as
tensões de corte, causadas por forças cortantes, e também efeitos locais.
98
b - Corte na seção efetiva: a solicitação de cálculo é igual à resultante vetorial de todas as
forças na junta que produzem tensões normais ou de corte na superfície de contato das
Tabela 12.9
Eletrodo fw (MPa) fw(kN/cm2
E60L'=, F6X-EL~'=, E6XT-X 415 41,5
12.11- Particularizações.
A obtenção das resistências de cálculo das soldas é trabalhosa. Com a fmalidade de
corte estão indicadas por, Av, e as linhas de ruptura por tração por, At.
Este estado limite deve ser verificado junto a ligações em extremidades de vigas com a
mesa recortada para encaixe e em situações similares, tais como em barras tracionadas e em
99
Ant: área líquida submetida a tração;
Cts = 1,0, quando a tensão de tração na área líquida é uniforme ry er Figura (?));
Cts = 0,5, quando a tensão de tração na área líquida não é uniforme ry er Figura (?).
A Figura 12.9.a mostra uma ligação na qual se aplica uma força, P, no plano de uma solda
A existência do momento causa na solda a tensões não uniformes e a solda deve, então, ser
calculada com base em comprimento efetivo unitário.
N este texto, este tipo de ligação é estudado por um procedimento conhecido como de
aplicada) e distribuída igualmente na área efetiva da solda, causando uma tensão uniforme:
ia = P/A
Para efeito de estudo, a tensão, ia, pode ser substituída por suas componentes ih e fv,
paralelas respectivamente aos eixos cartesianos X e y - Figura 12.9.d.
1 - Sua direção é perpendicular ao raio vetor, r, que liga o elemento da solda ao centroide
da ligação - Figura 12.9.e.
dF =f a di e dM = r dF = k r2 a di
100
~fas, de acordo com a Figura 12.9.e, pode-se escrever: r2 = x2 + y2
Levando esta última expressão na equação de equihbrio de momentos:
escrever
I Ix Iy
r y x
(12.9.j)
101
ANEXO III
Resistência a Tração
Material 1/2 5/8 3/4 7/8 1 1 1/4 1 1/2
A 325 58,2 90,8 131 178 232 319 459
A 307 29,3 45,7 65,7 89,5 117 183 263
250 28,2 49,0 63,3 86,2 113 176 253
NOTA - As resistências constantes das duas tabelas anteriores são válidas para aço 250.
Para seu uso para aço 350, os valores constantes nessas tabelas devem ser multiplicados
pela relação 485/400.
11
ANEXO I
1.1- Introdução.
Este anexo particulariza diversas fórmulas do texto para o aço Classe 250. São apresentadas
também várias tabelas geradas a partir de fórmulas da norma brasileira com a finali'dade de facilitar
. A
• se Ap <A:=s;Ar Q. =A-- (f.1.b)
.1B'
. Cf
• se A>A,. Q.I. = A2 (f.1.e)
Tabela 1.2.1 - Aço Classe 250 - Parâmetros para o cálculo do coeficiente Q.\.
Grupo
Âp Ar A B' C'
3 12,7 25,7 1,34 37,2 424
4 15,8 29,1 1,415 38,2 552
5 18,1 33,1 1,415 43,5 720
6 21,2 29,1 1,908 23,2 552
bei
• se A:=S;Â p •••••••••.••••••••••••• - =A (f.2.a)
I
I
- em mesas ou almas de perfis :bul~4S(tangu~a~e~1- J
-!L= V2 1 ~ (I.2.b)
t P: Àj;?
- outros elementos AA
,~L~2.
#/J (I.2.c)
As Expressões S.1.a e S.1.b geram a Tabela L2.3, que apresenta a resistência por unidade de área da
11
Tabela 1.2.3
kL/r O 1 2 3 4 5 6 7 8 9
O 22,7 22,7 22,7 22,7 22,7 22,7 22,7 22,7 22,7 22,6
10 22,6 22,6 22,6 22,5 22,5 22,5 22,4 22,4 22,3 22,3.
20 22,3 22,2 22,2 22,1 22,0 22,0 21,9 21,9 21,8 21,7
30 21,7 21,6 21,5 21,5 21,4 21,3 21,2 21,1 21,1 21,0
40 20,9 20,8 20,7 20,6 20,5 20,4 20,3 20,2 20,1 20,0
50 19,9 19,8 19,7 19,6 19,5 19,4 19,2 19,1 19,0 18,9
60 18,8 18,7 18,5 18,4 18,3 18,2 18,0 17,9 17,8 17,7
70 17,5 17,4 17,3 17,1 17,0 16,9 16,7 16,6 16,5 16,3
80 16,2 16,1 15,9 15,8 15,6 15,5 15,4 15,2 15,1 14,9
90 14,8 14,7 14,5 14,4 14,2 14,1 13,9 . 13,8 13,7 13,5
100 1-3,4 13,2 13,1 13,0 12,8 12,7 12,5 12,4 12,2 12,1
120 10,6 10,5 10,3 10,2 10,1 9,93 9,80 9,67 9,54 9,41
130 9,28 9,15 9,02 8,90 8,76 8,64 8,51 8,38 8,26 8,15
140 8,03 7,92 7,80 7,70 '7,59 7,49 7,38 7,28 7,18 7,09
150 6,99 6,90 6,81 6,72 6,64 6,55 6,47 6,38 6,30 6,23
160 6,15 6,07 6,00 5,92 5,85 5,78 5,71 5,64 5,58 5,51
170 5,45 5,38 5,32 5,26 5,20 5,14 5,08 5,02 4,97 4,91
180 4,86 4,80 4,75 4,70 4,65 4,60 4,55 4,50 4,45 4,41
190 4,36 4,31 4,27 4,22 4,18 4,14 4,10 4,06 4,01 3,97
200 3,93
Notas:
III
1.3 - Barras a flexão simples em torno do eixo de maior inércia.
Estado limite
Fl.,\ li!.M F!.'l'
IV
1.3.2- Tabelas de dimensionamento.
As Tabelas 1.3.2 até 1.3.11 apresentam valores auxiliares para o cálculo de M R k e Ar para as vigas
não esbeltas em perfis de aço classe 250, fletidas em tomo do eixo de maior inércia.
Tabela 1.3.3
v
Tabela 1.3.4
Notas:
VI
Tabela 1.3.5
Aço Classe Vigas não esbeltas
250 Valores auxiliares para o cálculo da resistência a flexão
VII
Tabela 1.3.6
Nota:
a- o~\"alorc~ de M /w ~ão \'álido~ apena~ para Fl ".\.
VIII
Aço Classe Tabela 1.3.7
250 Vigas não esbeltas
IX
Aço Classe Tabela 1.3.8
Nota:
x
1.4 - Barras a flexão simples em torno do eixo de maior inércia.
As Expressões 6.2.a e 6.2.c geram a Tabela 1.4.1, que apresenta a resistência por unidade de área da
alma, em kN / em2 .
250 2
VRd / Aw (kN / em )
-
h a/h
tw 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,5 3,0 >3,0
70
80 13,4 12,9 12,7 12,0
110 13,1 12,3 11,4 10,5 9,64 9,07 8,67 8,04 7,70 6,93
120 12,8 12,0 11,3 9,87 8,80 8,10 7,62 7,28 6,76 6,47 5,8.3
130 12,9 11,8 11,0 9,93 8,41 7,50 6,90 6,50 6,20 5,76 5,52 4,96
140 13,3 12,0 11,0 9,56 8,56 7,25 6,46 5,95 5,60 5,35 4,96 4,76 4,28
150 12,4 11,2 9,55 8,33 7,46 6,32 5,63 5,18 4,88 4,66 4,32 4,14 3,73
160 13,4 11,7 9,96 8,40 7,32 6,55 5,55 4,95 4,56 4,29 4,10 3,80
.
170 12,6 11,0 8,83 7,44 6,49 5,81 4,92 4,38 4,04 3,80 3,63
180 11,9 9,78 7,87 6,63 5,79 5,18 4,39 3,91 3,60 3,39 3,24
190 11,3 8,78 7,07 5,95 5,19 4,65 3,94 3,51 3,23 3,04
200 10,5 7,92 6,38 5,37 4,69 4,19 3,55 3,17 2,92
220 8,67 6,55 5,27 4,44 3,87 .3,47 2,94 2,62
240 7,28 5,50 4,43 3,73 3,25 2,91
260 6,20 4,69 3,77 3,18 2,77 2,48
280 5,35 4,04 3,25 2,74
300 4,66 3,52 2,83
320 4,10 3,09
157 137 123 113 105 99,6 91,7 88,6 83,1 80,6 78,7 75,9 74,2 70,4
Âp
196 171 153 140 131 124 114 108 103 100 98,1 94,5 92,5 87,7
Â,.
Notas:
XI
1.5 - Barras a flexão simples em torno do eixo de menor inércia.
1.5.1- Parâmetros.
A Tabela 7.1 gera a Tabela 1.5.1.
Aço Classe 250 Tabela 1.5.1 - Vigas não esbeltas.
Parâmetros para cálculo de M Rk .
Estado limite
1,'1••\ FI,M FLT
Âp =31,7 Âp =10,7
(1)
Âr =39,6 Não se aplica.
2
p~ra perfis soldados (2): M cr = 18000 Wx k c/ Â .
As Tabelas 1.5.2 até 1.5.11 apresentam valores auxiliares para o cálculo de MRk e Âr para as Vigas
não esbeltas em perfis de aço classe 250 em torno do eixo de menor inércia.
XII
ANEXO II
I1.1- Introdução.
Este anexo particulariza diversas fórmulas do texto para o aço Classe 350. São apresentadas
também várias tabelas geradas a partir de fórmulas da norma brasileira com a finalidade de facilitar
/t
• se /tp <À :s;/t,. ........ Qs =A - B' (11.1.b)
}
C'
• se /t > /t,. ................. Qs = /t2 (11.1.c)
T abe1a 11.2.1 - Aço Classe 350 - Parâmetros para o cálculo do coeficiente Q.\.
Crupo
/tp À,. A B' C'
3 10,8 21,8 1,34 31,5 303
4 13,4 24,6 1,415 32,3 394
5 15,3 28,0 1,415 36,8 514
6 17,9 24,6 1,908 19,6 394
Grupo
33,5
2 35,6
bel
• se À:S;/tp -=À (11.2.a),
t
I
- em mesas ou almas de perfis tubulares retangulares
- outros elementos AA
(11.2.c)
As Expressões S.1.a e S.1.b geram as Tabelas 11.2.3, que apresenta a resistência por unidade de área
II
Tabela 11.2.3
kL/r O 1 2 3 4 5 6 7 8 9
O 31,8 31,8 31,8 31,8 31,8 31,8 31,7 31,7 31,7 31,6
10 31,6 31,5 31,5 31,4 31,4 31,3 31,2 31,1 31,1 31,0
20 30,9 30,8 30,7 30,6 30,5 30,4 30,3 30,1 30,0 29,9
30 29,8 29,6 29,5 29,3 29,2 29,1 28,9 28,7 28,6 28,4
40 28,3 28,1 27,9 27,7 27,6 27,4 27,2 27,0 26,8 26,6
50 26,4 26,2 26,0 25,8 25,6 25,4 25,2 25,0 24,8 24,6
60 24,4 24,1 23,9 23,7 23,5 23,3 23,0 22,8 22,6 22,3
70 22,1 21,9 21,7 21,4 21,2 21,0 20,7 20,5 20,3 20,0
80 19,8 19,6 19,3 19,1 18,8 18,6 18,4 18,1 17,9 17,7
90 17,4 17,2 17,0 16,7 16,5 16,3 16,1 15,8 15,6 15,4
100 15,1 14,9 14,7 14,5 14,3 14,0 13,8 13,6 13,4 13,2
110 13,0 12,8 12,5 12,3 12,1 11,9 11,7 11,5 11,3 ; 1,1
120 10,9 10,7 10,6 10,4 10,2 10,1 9,91 9,76 9,61 9,46
130 9,31 9,17 9,03 8,90 8,76 8,64 8,51 8,38 8,26 8,15
140 8,03 7,92 7,80 7,70 7,59 7,49 7,38 7,28 7,18 7,09
150 6,99 6,90 6,81 6,72 6,64 6,55 6,47 6,38 6,30 6,23
160 6,15 6,07 6,00 5,92 5,85 5,78 5,71 5,64 5,58 5,51
170 5,45 5,38 5,32 5,26 5,20 5,14 5,08 5,02 4,97 4,91
180 4,86 4,80 4,75 4,70 4,65 4,60 4,55 4,50 4,45 4,41
190 4,36 4,31 4,27 4,22 4,18 4,14 4,10 4,06 4,01 3,97
200 3,93
Notas:
IH
II.3 - Barras a flexão simples em torno do eixo de maior inércia.
Estado limite
10'1
..\ FLM FLT
As Tabelas 11.3.2 até Il.3.11 apresentam valores auxiliares para o cálculo de MRk e Â,. para as
vigas não esbeltas em perfis de aço classe 350,fletidas em torno do eixo de maior inércia.
IV
Tabela 11.3.2
Aço Classe 350 Vigas não esbeltas
Valores auxiliares para o cálculo da resistência a flexão
Perfil 1 Mp! (kNm) Mrw (kNm) M,. (kNm) f.1 k Â,.
Tabela 11.3.3
Aço Classe 350 Vigas não esbeltas
Valores auxiliares para o cálculo da resistência a flexão
Perfil C Mp! (kNm) Mrw (kNm) M,. (kNm) f.1 ,k Â,.
v
Tabela II.3.4
Notas:
a - Os \'alores de M rw são \'álidos apt:nas para I,'],A.
VI
Tabela 11.3.5
VII
Tabela 11.3.6
VIII
Aço Tabela II.3.7
Classe Vigas não esbeltas
350 Valores auxiliares para o cálculo da resistência a flexão
IX
Aço Tabela 11.3.8
Nota:
x
lIA - Barras a flexão simples. - Resistência a força cortante.
As Expressões 6.2.a e 6.2.c geram a Tabela 11.4.1, que apresenta a resistência por unidade de área da
alma, em kN j cm2 .
-
h a/h
tw 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,5 3,0 >3,0
60 18,9
70 18,6 18,2 17,5 17,1 16,2
80 18,5 17,5 16,8 16,3 15,9 15,2 14,6 13,1
90 18,9 17,9 16,4 15,5 14,4 13,6 12,9 12,0 11,5 10,4
100 18,2 17,0 16,1 14,2 12,7 11,7 11,0 10,5 9,73 9,32 8,39
110 18,0 16,5 15,4 13,9 11,7 10,5 9,64 9,07 8,67 8,04 7,70 6,93
120 18,4 16,5 14,9 13,0 11,7 9,87 8,80 8,10 7,62 7,28 6,76 6,47 5,83
130 17,0 15,1 12,7 11,1 9,93 8,41 7,50 6,90 6,50 6,20 5,76 5,52 4,96
140 18,2 15,8 13,0 11,0 9,56 8,56 7,25 6,46 5,95 5,60 5,35 4,96 4,76 4,28
150 16,9 14,1 11,3 9,55 8,33 7,46 6,32 5,63 5,18 4,88 4,66 4,32 4,14 3,73
160 15,9 12,4 9,96 8,40 7,32 6,55 5,55 4,95 4,56 4,29 4,10 3,80
170 14,5 11,0 8,83 7,44 6,49 5,81 4,92 4,38 4,04 3,80 3,63
180 12,9 9,78 7,87 6,63 5,79 5,18 4,39 3,91 3,60 3,39 3,24
190 11,6 8,78 7,07 5,95 5,19 4,65 3,94 3,51 3,23 3,04
200 10,5 7,92 6,38 5,37 4,69 4,19 3,55 3,17 2,92
220 8,67 6,55 5,27 4,44 3,87 3,47 2,94 2,62
240 7,28 5,50 4,43 3,73 3,25 2,91
260 6,20 4,69 3,77 3,18 2,77 2,48
280 5,35 4,04 3,25 2,74
Àp 133 116 104 95,3 89,0 84,2 77,5 73,2 70,2 68,1 66,6 64,1 62,7 59,5
166 144 129 119 111 105 96,5 91,1 87,4 84,8 82,9 79,9 78,1 74,1
À,.
Notas:
XI
II.5 - Barras a flexão simples em torno do eixo de menor inércia.
II.5.1- Parâmetros.
f ~stado limite
FL\ Fl.M FLT
Ap =26,8 Ap =9,08
(1)
Ar =33,5 Não se aplica.
As Tabelas II.5.2 até 11.5.11 apresentam valores auxiliares para o cálculo de M R k e Ar para as
vigas não esbeltas em perfis de aço classe 250 em torno do eixo de menor inércia.
XII