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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA-UESB

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS-DCT


QUÍMICA INORGÂNICA EXPERIMENTAL I
MARLÚCIA BARRETO TURMA P01

ELEMENTOS DO BLOCO p. GRUPO 13

Jorge Luiz Alves Da Silva

Jequié-Ba
Setembro/2017
RESULTADO E DISCUSSÃO

4.1 - Obtenção do ácido bórico.

4.1.1- Teoricamente, colondo-se em um béquer borax mais água destilada e aquecer


a placa até a completa dissolução do solido. Ao atingir cerca 80 ºC seria acrescentado
uma solução de HCl. Logo após a solução seria aquecida até o volume de 5 ,00ml, e
se efetua a secagem. A reação é representada abaixo:

(Na2[B4O5(OH)4] . 8H2O)(s) + 2HCl(Aq) → 2NaCl(aq) + 4H3BO3(s) + 5H2O(l)

O borax reagia com ácido cloridrico formando cloreto de sódio, sal solúvel em
água, este seria desidratado e formaria principalmente ácido bórico que iria se
apresenta em formaria precipitado durante a reação, após sua formaçãoo ácido borico
costuma ser filtrado avacuo.

4.3 – Reações do alumínio.

4.3.1- Limpou-se um pedaço de alumínio metálico com uma lixa e introduziu-se o


mesmo em um béquer com água.

Não foi observada nenhuma reação, porém termodinâmicamente se espera


que o alumínio metálico reagisse com a água, isto é verificado com a equação
eletroquímica para reação, e com o calculo de ΔG° para a mesma. Tais dados se
encontram logo abaixo:

2Al(s) + 3H2O(l) → Al2O3(s) + 3H2(g)

ox. 2Al → 2Al3+ + 6e- Eº= 1,66 V

red 6H+ +6e- → 3H2 Eº= 0,00 V

2Al + 6H+ → 2Al3+ + 3H2 ΔEº= 1,66 V

ΔG°= -nFE°
ΔG°= -(6) (96.500 J/v.mol)(+1,66 V)
ΔG°= -961.140 J/mol

-961.140/1000= ΔG°= -961,14 kJ/mol


Analizando-se o valor da energia livre, constata-se que a reação entre
alumínio e água ocorra de forma espontana, todavia mesmo lixando para a remoção
da camada oxida superficial do metal, não observa-se reação com a água. A
expicação se encontra no fato do alumínio metálico apresentar uma alta reatividade, o
que leva este metal quando exposto ao oxigênio do ar formar uma fina camada de
Al2O3, que funciona como uma camada protetora, sendo assim, seja água ou o próprio
oxigênio não irão reagir com o alumínio pois ele se encontra estável.

4.3.2- Ao submergir o alumínio utilizado no item anterior em nitrato de mercúrio por


aproximadamente 2 minutos, e secá-lo, introduziu-se o mesmo em água.

Novamente não observou-se reação entre a água e o alumínio mesmo após a


remoção da camada oxida por amalgamação por nitrato de mercúrio. O motivo pelo
qual a reação não infere-se a um curto período de exposição entre nitrato de mercúrio
e alumínio, o que provavelmente possa ter impedido a formação do amalgama, ou
mesmo a retirada do mercúrio por conta da secagem em papel filtro. O que indica,
pela ausência de reação entre a água e o alumínio, que o a camada protetora de Al2O3
foi novaente formada no momento da exposição do metal com o oxigênio do ar.
Impedindo que houvesse reação com a água.

2Al(s) + 3Hg(NO3)2(aq) → 2Al(NO3)3(aq) + 3Hg(l)

Embora não sendo observada reação entre alumínio e água, após a


amalgamação, os dados termodinâmicos indicam uma variação de energia livre de
Gibbs padrão igual a “-961,14 kJ/mol” provando que é esperada a espontaneidade da
reação. Também na literatura é averiguado que é esperada a formação de um solido
branco sobre o alumínio. A reação é expressa abaixo:

2Al(s) + 3H2O(l) → Al2O3(s) + 3H2(g) ΔG°= -961,14 kJ/mol

Logo, ao comparar o experimento 4.3.1 com 4.3.2, é possível afirmar que no


primeiro não houve reação, mas devido a existência de uma camada oxida sobre a
superfície do alumínio, não ocorreria. Na segunda reação entre a água e o alumínio
era esperado que houvesse reação, porém não observou-se reação pelos fatores
inferidos acima.

4.3.3 – Colocou-se ácido cloridrico concentrado em um tubo de ensaio, e adicionou-se


uma apara de aluminio ao mesmo. Observou-se uma intensa reação de efervecencia e
formação de um precipitado branco.
A equação química para a reação ocorrida é:

2Al(s) + 6HCl(con) → 2AlCl3(s) + 3H2(g)

Nesta reação o ácido cloridrico reage com aluminio metalico formando cloreto
de aluminio, que é um sal de coloração branca e insolúvel em acido cloridrico, por isto
o mesmo é decantado após alguns minutos. A efervecencia é causada pela liberação
do gás hidrogênio durante a reação.

ox. 2Al0 → 2Al3+ + 6e- Eº= 1,66 V

red 6H+ +6e- → 3H02 Eº= 0,00 V

2Al0+ + 6H+ → 2Al3+ + 3H02 ΔEº= 1,66 V

ΔG°= -nFE°
ΔG°= -(6) (96.500 J/v.mol)(+1,66 V)
ΔG°= -961.140 J/mol

-961.140/1000= ΔG°= -961,14 kJ/mol

A reação ocorre intensa e espontaneamente, como verificado por meio do


valor da variação da energia livre de gibbs, que apresenta um valor negativo
considerável. Na reação de oxi-redução o aluminio zero é oxidado a aluminio +III, o
hidrogenio é reduzido de nox +I a nox zero. O cloreto não sofre oxi-redução,
mantendo-se com o mesmo nox.

Logo após repetiu-se o procedimento realizado acima com ácido cloridrico


diluído. Observou-se uma efercencia de menor intensidade, com relação a o
experimento anterior, e a coloração cinza na solução.

A reação é representada abaixo:

2Al(s) + 6HCl(Aq) → 2Al3+(aq) + 6Cl-(aq) +3H2(g)

ox. 2Al0 → 2Al3+ + 6e- Eº= +1,66 V

red 6H+ + 6e- → 3H02 Eº= 0,00 V

2Al0+ + 6H+ → 2Al3+ + 3H02 ΔEº= +1,66 V


ΔG°= -nFE°
ΔG°= -(6) (96.500 J/v.mol)(+1,66 V)
ΔG°= -961.140 J/mol

-961.140/1000= ΔG°= -961,14 kJ/mol

A oxidação e redução para a reação entre aluminio e ácido cloridrico


concentrado e diluído são os mesmos, o ∆E°e ∆G, porém há uma altercação na
concentração do ácido, o que sugere que as diferenças estão relacionadas a cinética
da reação, sendo mais concentrado o ácido na primeira reação e menos concentrado
a segunda, cinéticamente a primeira apresenta uma maior velocidade em ocorrer
como constatado, já segunda ocorre de forma mais retardatária comparando-se com a
primeira.

4.3.4- Ao adicionar uma apara de alumínio em um tubo de ensaio contendo ácido


nítrico concentrado e esperado o período de dois minutos, observou-se que não
ocorreu reação. Quando o tubo de ensaio foi exposto à chama de um bico de Bursen
ocorreu uma reação de efervescência.

A frio, o acido nítrico não reage com o alumínio devido a presença de uma
camada de oxido que torna o alumínio passivo ao ácido nítrico. Porém, quando
aquecido, reage e libera um gás através da efervescência. A reação é expressa
abaixo:

Al(s) + 4HNO3(conc) → Al(NO3)3(aq) + NO(g) + 2H2O(l)

ox. Al0 → Al3+ + 3e- Eº= 1,66 V

red NO-3 + 4H+ + 3e- → NO + 2H2O Eº= 0,96 V

Al0 + NO-3 + 4H+ → Al3+ + NO + 2H2O ΔEº= 2,62 V

ΔG°= -nFE°
ΔG°= -(3) (96.500 J/v.mol)(+2,62 V)
ΔG°= -758.490 J/mol

-758.490 /1000= ΔG°= -758,49 kJ/mol

Termodinamicamente se esperado que ocorra espontaneamente a reação


entre acido nítrico concentrado e alumínio metálico, todavia o ácido nítrico é um
agente oxidante forte, formando uma camada de oxido de alumínio sobre a superfície
do metal em sua reação a temperatura ambiente, o que impede o ácido de reagir com
o metal posteriormente. Com o aquecimento há o aumento da energia cinética da
reação e o alumínio reage com o ácido nítrico concentrado devido ao fato das
moléculas do ácido moverem-se a uma maior velocidade, com isso há o aumento da
possibilidade de ocorrer choque efetivo com o metal, outro fator é que o aumento da
energia nos reagentes faz com que os mesmos se tornem mais instáveis o que facilita
a reação atingir a energia de ativação para remover assim a camada oxida.

Sendo assim ocorre a oxidação do alumínio, a redução do hidrogênio e a


oxidação de parte do íon nitrato presente no acido nítrico.

4.3.5- Adicionando-se uma lentilha de hidroxido de sódio em um tubo de ensaio,


dissolveu-se o mesmo numa pequena quantidade de água e acresentou-se uma apara
de alumínio. Foi observado que houve de efervecencia no sistema e formação de
precipitado. A equação química abaixo representa a reação:

 NaOH(aq) +  Al(s) + 3 H2O(l) → Na[Al(OH)4] (s) + 3/2 H2(g)

Ox Al0(s) + + 4OH- → Al(OH)- 4 + 3e- Eo = + 2,35 v

Red 3H+(aq) + 3e- → 3/2H2(g) Eo = 0,00 v

Al(s) + 4OH- (aq) + 3H+(aq) → Al(OH)- 4 (aq) + 3/2H2(g) ΔEo = + 2,35 v

Quando o alumínio metálico e solução e hidróxido de sódio reagem, ocorre a


oxidação do alumínio e do íon hidróxido formando o íon tetrahidróxialuminato, que
apresenta uma única carga negativa, este se encontra em forma solida ligado ao
sódio, o nome deste íon complexo é tetrahidroxialuminato de sódio. Ocorre a redução
do hidrogênio, sendo liberado o hidrogênio gasoso durante a reação pela
efervescência que foi observada.

Pode-se afirmar que a reação é espontânea isto é comprovado pelo valor da


FEM padrão para esta reação. Sendo um valor positivo a energia livre de gibbs será
uma grandeza, indicando que reação ocorre espontaneamente.

4.4- propriedades do hidróxido de alumínio.


4.4.1- Dissolvendo-se uma pequena quantidade de nitrato de alumínio em água,
adicionou-se de gota em gota a solução de amônia aquosa, até a formação de
precipitado. Para esta reação tem-se as seguintes equações:

NH3(aq) + H2O(l) ⇌ NH4+(aq) + OH- (aq) K= 1.8 x 105 molL-1

NH4+(aq) + OH-(aq) + Al(NO3)3(aq) → NH+4(aq) + 3(NO)- (aq) + Al(OH)3(s)

A primeira reação (ácido/base), entre a água e a amônia, apresenta uma


constante de equilíbrio positiva, em temperatura ambiente, o que indica que o
equilíbrio da reação assume o sentido de formação dos produtos.

Na segunda reação acrescentou-se nitrato de alumínio a solução utilizada


anteriormente. Como os sais de amônia são bastante solúveis, ficam em estado
iônico. O hidróxido de alumínio é não é solúvel em água, por isto forma um precipitado
branco.

Dividiu-se a amostra em dois tubos de ensaio e adicionou-se ácido a um dos


tubos e uma base ao outro tubo.

Observou-se que o precipitado da amostra em que foi adicionado ácido nítrico


solubilizou-se, pois desapareceu. A reação é representada abaixo:

Al(OH)3(s) + 3HNO3(aq) → Al(NO3)3(aq) + 3H2O(l)

Com o aumento dos íons H + em solução a reação ocorre, devido os ínos H +


reagirem com as hidroxilas ligadas ao alumínio formando água e o ion Al3+ reagir com
íons nitratos formando nitrato de alumínio, que é solúvel.

Houve um almento do precipitado na amostra testada com hidróxido de sódio.


A equação para a reação se apresenta abaixo:

Al(OH)3(s) + NaOH(aq) → NaAlO2. 2H2O(s)

Por ser uma base forte o hidroxido de sódio, em solução, libera íons OH-,
com isso o aluminio reage com o mesmo e com o íon Na + formando dioxialuminato de
sódio didratado que é insoluvel em água, justificando assim o aumento na quantidade
de precipitado, como observado.

O Al(OH)3 é uma substância anfotera por reagir tanto em meio ácido quanto
em meio básico.

4.5- Purificação da água por floculação.


4.5.1- utilizando-se cerca de 400 ml de água barrenta e dividiu-se em duas béqueres,
adicionou-se em uma destas, uma solução saturada de sulfato de aluminio, agitou-se
bastante e foi adicionado a mesma bequér hidroxido de cálcio, novamnte agitou-se o
sistema. Foi possível observar que no béquer em que os reagentes foram adcionados,
ocorreu uma rapida decantação, diferentemente do outro béquer contendo apenas
água barrenta. A reação do béquer onde foram adicionados os reagentes é expressa
abaixo:

Al2(SO4)3.18 H2O(aq) + 3Ca(OH)2(s) → 3CaSO4(aq) + 2Al(OH)3(s) + 18 H2O(l)

Na reação, quando o trisulfato de alumínio em sua forma hidratada é exposto


ao hidróxido de cálcio, ocorre à perda de água e uma reação de dupla troca entre
trisulfato de alumínio e o hidróxido de cálcio, formando assim, sulfato de cálcio que é
solúvel em água e é formado principalmente o tridróxido de alumínio que é insolúvel
em água, o que leva as impurezas pesadas como o barro a se decantarem de modo
relativamente rápido, de modo que a água é separada do barro contido na mesma. Por
isso, esta uma reação empregada no processo de purificação da água.

4.6 Hidrólise

4.6.1. Colocou-se em um tubo de ensaio cristais de sulfato de alumínio, adicionou-se a


água destilada recém-fervida e testou-se o pH da solução com o papel de tornassol.
Pode-se observar um pH = 3.

A água destilada foi fervida para que o gás carbônico que nela houvesse
evaporasse, para não interferir no pH medido posteriormente. A desta reação é:

H2O + CO2 H2CO3

H2CO3 ↔ HCO-3+ H+

Na primeira equação há a reação da água com gás carbônico formando


H2CO3, que como descrito na segunda equação em equilíbrio libera íons H+ que leva
a água a apresentar um pH ácido, isso iria interferir no teste.

Após ferver a água destilada e colocar os cristais de sulfato de alumínio


ocorreu a reação descrita abaixo:

2Al(SO4)3(aq) + 3H2O(l) ↔ 2AL(OH)3(aq) + 3H+(aq) + 3SO4-


Através do pH observado que foi de pH = 3, isso indica que meio está ácido,
assim como na equação descreve que o sulfato de alumínio é um sal com caráter
ácido, assim esse sal é hidrolizado, pois é resultando de uma reação com um ácido
forte, H2SO4, e uma base fraca ,Al(OH) 3, sendo que o íon Al 3+ é derivado dessa base
fraca ou seja, tal íon tende a ficar ligado hidroxilas para isto a água é decomposta em
hidroxila e um próton.

O íon sulfato não tem a tendência a se juntar com os H +, portanto ele fica
dissociado e não altera a concentração do H+. Só que os íons alumínio tem forte
afinidade por íons hidroxila, já que o Ks do hidróxido de alumínio é muito baixo.

H2O
[Al(H2O)6]3+
⇋ [Al(OH)(H2O)5]2+ + H3O+

Portanto, ocorre a união entre os íons aluminio e hidroxila, formando o


hidróxido de alumínio, que se precipita. Então, na solução sobrenadante houve um
desequilíbrio da razão entre o número de ions H+ e OH-, sendo que o OH- diminuiu e o
H+ não alterou. Portanto, ocorre a prevalência do H+ sobre o OH-, que leva ao aumento
da acidez. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Lee J.D. Química inorgânica não tão concisa/ J. D. Lee; tradução da 5º Ed. Inglesa:
Henrique E. Toma, Koiti Araki, Reginaldo C. Rocha – São Paulo: Blucher, 1999.
P:186,187,188,189.

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