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SUMÁRIO
1. OBJETIVO GERAL.................................................................................................05
1.1. HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA.................................................................................05
2. FATO GERADOR......................................................................................................06
3. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA....................................................................................07
4. CRÉDITO TRIBUTÁRIO...........................................................................................12
4.1. CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO..................................................12
4.2. LANÇAMENTO......................................................................................................12
4.3. DÍVIDA ATIVA E EXECUÇÃO FISCAL..............................................................13
5. OBJETIVO ESPECÍFICO.......................................................................................15
5.1. COBRANÇA ADMINISTRATIVA E COBRANÇA JUDICIAL...........................15
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................17
7. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO......................................................................18
2
INTRODUÇÃO
A análise do Código Tributário Nacional nos permite verificar que seu objetivo
principal é disciplinar a arrecadação promovida pelo Estado, ante a seus administrados,
através dos tributos.
Contudo, para que advenha ao Estado o „dever-poder‟ de tributar, é necessária a
ocorrência de fatos, provenientes de atos lícitos ou não, disciplinados por lei, que geram
também ao contribuinte o dever de pagar.
Neste contexto, inserem-se as definições de fato geradoras e hipótese de
incidência, razão de certa divergência, que a seguir será abordada.
A relação existente entre pessoas sujeitas à tributação e o Estado há muito não
mais é uma relação simplesmente de poder, configura-se agora em uma relação mais
complexa, em uma relação jurídica, ocorrendo de um fato previsto em uma norma.
Várias são os termos que surgiram para designar o antecedente da norma
tributária, que é o fato que deve ocorrer para que, produzindo seus efeitos, forme a
relação jurídica tributária. As expressões mais comuns estabelecidas pela doutrina são
“fato gerador” e “hipótese de incidência“.
O fato gerador indica a ocorrência de um determinado procedimento que gera,
no mundo fenomênico, uma obrigação tributária. Porém, para surgir esta obrigação
tributária é imprescindível que a ocorrência da situação - fato - esteja prevista em lei.
Kiyoshi Harada diz que “costuma-se definir o fato gerador como uma situação
abstrata, descrita na lei, a qual, uma vez ocorrida em concreto enseja o nascimento da
obrigação tributária. Logo, essa expressão fato gerador pode ser entendida em dois
planos: no plano abstrato da norma descritiva do ato ou do fato e no plano da
concretização daquele ato ou fato descrito”.
3
CAPÍTULO I
1. OBJETIVO GERAL
1.1. HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA
A hipótese de incidência tributária pode ser descrita como o fato previsto em lei,
que em caso de sua ocorrência resultará no nascimento da relação jurídico tributária. O
legislador diante de inúmeros fatos ocorridos no mundo fenomênico escolheu entre
estes, o que percebem a circulação de riquezas para criar a hipótese de incidência, ou
seja, ocorrendo o fato descrito em lei, surge a obrigação tributária.
Eduardo Sabbag destaca em sua obra o entendimento de Vittorio Cassone, onde
destaca a hipótese de incidência, “descrição que a lei faz de um fato tributário que,
quando ocorrer, fará nascer à obrigação tributária (obrigação de o sujeito passivo ter de
pagar ao sujeito ativo o tributo correspondente)”.
Para Paulo de Barros Carvalho,
decorrente de uma formulação legislativa que tem por objetivo a descrição de uma
situação relevante do ponto de vista tributário.
GERALDO ATALIBA (1984, p. 56), procurando pela melhor didática, indica a
lição de Perez de Ayala, tributarista espanhol, para quem “a definição por uma lei de
certos supostos de fato a cuja hipotética e possível realização a lei atribua determinados
efeitos jurídicos (obrigação de pagar tributo), convertendo-os assim, numa classe de fato
jurídica (fato imponível). A realização desse fato jurídico, o fato imponível, que origina
a obrigação de pagar o tributo”.
Hipótese de incidência é conceito legal, no sentido de que é uma representação
de um fato. Nesse passo, mostra-se apropriado o estudo do outro instituto tributário, que
é o fato gerador. Também conhecido por fato imponível, previsto no art. 114, do CTN,
o F.G. representa a concretude da hipótese de incidência. Por outras palavras, é o objeto
do conceito, ou seja, a situação descrita em lei quando realizada.
2. FATO GERADOR
Nas palavras do Professor Kiyoshi Harada, “define o fato gerador como uma
situação abstrata, descrita na lei, a qual, uma vez ocorrida em concreto enseja o
nascimento da obrigação tributária. Logo, essa expressão fato gerador pode ser
entendida em dois planos: no plano abstrato da norma descritiva do ato ou do fato e no
plano da concretização daquele ato ou fato descritos.” No entanto estão descritos nos
artigos do Código Tributário Nacional, sendo do s 114 a 118.
Nas palavras de Paulo de Barros Carvalho, “o fato jurídico tributário será
tomado como um enunciado protocolar, denotativo, posto na posição sintática de
5
Fato gerador obrigação principal definido em lei (sentido estrito). Fato gerador
obrigação acessória definido na legislação tributaria (decreto, portaria etc). Hipótese de
incidência (ou fato gerador abstrato) situação hipotética descrita na lei. Fato gerador (ou
fato gerador concreto) situação ocorrida no mundo real; Subsunção do fato à norma: a
ocorrência da hipótese de incidência faz surgir imediata e automaticamente a obrigação
tributaria (chama-se fato gerador da obrigação tributaria).
3. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
segundo, diante da ocorrência de um fato descrito em lei a cumprir com uma prestação
consistente em pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
O Professor Eduardo Sabbag, demonstra que a relação jurídica tributária, pode
ser analisada através da linha do tempo, ou seja, “HI – hipótese de incidência; FG – fato
gerador; OT – obrigação tributária; CT – crédito tributário”.
Conforme já mencionado nesse curso, a relação entre o Estado e as pessoas
sujeitas à tributação não é uma mera relação de “poder”, mas sim uma relação jurídica
de natureza obrigacional. Sendo o direito das obrigações um instituto originário do
Direito Civil, é nele que se deve procurar o conceito de obrigação.
Washington de Barros Monteiro (em sua obra “Curso de Direito Civil”) define
obrigação da seguinte maneira: “Obrigação é uma relação jurídica, de caráter
transitório, estabelecida entre devedor e credor e cujo objeto consiste numa prestação
pessoal econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-
lhe o adimplemento através do seu patrimônio”.
A relação de natureza tributária surge da ocorrência de um fato previsto em uma
norma (lei em sentido estrito – principio da legalidade) como capaz de produzir esse
efeito. Alguns doutrinadores denominam esse fato previsto em lei como “hipótese de
incidência”, que nada mais é do que uma situação hipotética prescrita em lei. Uma vez
praticada a situação hipotética prevista em lei, ocorre o que se denomina de “fato
gerador” (ou fato imponível) da obrigação tributária.
Obrigação tributária - conceito (Hugo de Brito Machado1): “É a relação jurídica
em virtude da qual o particular (sujeito passive) tem o dever de prestar dinheiro ao
Estado (sujeito ativo), ou de fazer, não fazer ou tolerar algo no interesse da arrecadação
ou da fiscalização dos tributos e o Estado tem o direito de constituir contra o particular
um crédito”.
Em Direito Tributário, assim como no Direito Civil, a obrigação se divide em
três espécies: obrigação de dar, de fazer e de deixar de fazer. A obrigação de dar
dinheiro é considerada obrigação principal. Doutro lado, as obrigações de fazer e de
deixar de fazer são consideradas obrigações acessórias.
A definição de obrigação tributária, segundo o Harada,2 “obrigação tributária
como uma relação jurídica que decorre da lei descritiva do fato pela qual o sujeito ativo
1
MACHADO, Hugo Brito. Curso de Direito Tributário. Rio: Forense
2
Ibidem, p. 416.
7
3
Ibidem, p. 417.
4
Art. 96 do CTN Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as
convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte,
sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
5
JARDIM, Eduardo Marcial Ferreira. Manual de Direito Financeiro e Tributário. 10ªed.São
Paulo:Saraiva, 2009, p. 255
6
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 1 Ed. São Paulo:Saraiva, 2009, p. 620.
8
Demonstra ainda o Professor Sabbag, 7 “Há dois tipos de sujeitos ativos: o direto
e o indireto. Sujeito ativo direito: são os entes tributantes – União, Estados, Municípios
e Distrito Federal (art. 41, I, II, III do Código Civil, Lei nº 10.406/2002) – detentores de
competência tributária, ou seja, do poder legiferante8 de instituição de tributo. Sujeito
ativo indireto: são os entes parafiscais9 – CREA, CRM, CRC, entre outros – detentores
de capacidade tributária ativa, ou seja, do poder de arrecadação e fiscalização de
tributo”.
Sujeito Passivo
Eduardo Sabbag,10 menciona, “A sujeição passiva é matéria adstrita ao polo
passivo da relação jurídico-tributária. Refere-se, pois, ao lado devedor da relação
intersubjetiva tributária, representado pelos entes destinatários da invasão patrimonial
na retirada compulsória de valores, a titulo de tributos”.
As disposições legais diante do sujeito passivo da obrigação tributária
encontram-se, nos artigos 121 a 123 do Código Tributário Nacional, vejamos:
7
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 1 Ed. São Paulo:Saraiva, 2009, p. 620.
8
Refere-se ao ato de legiferar, legislar. A função legiferante consiste no poder de estabelecer leis. Tem
função legiferante o órgão competente para criar leis.
9
Parafiscais - contribuição cobrada por autarquia, órgãos paraestatias, profissionais ou sociais, para
custear seu financiamento autônomo. Exemplo: taxa anual do CRC, CREA, etc.
10
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 1 Ed. São Paulo:Saraiva, 2009, p. 624.
9
Dessa forma, os artigos 121 e 122 acima transcritos, preveem o sujeito passivo
da obrigação principal e da acessória. E, por sua vez, a disposição do artigo 121
supracitado, divide o sujeito passivo da obrigação principal em direto e indireto, ou
seja, respectivamente, o contribuinte e responsável. O sujeito passivo da obrigação
principal ou acessória nasce do liame que se faz com a instauração da obrigação
tributária.
11
Conforme ensinamentos do Professor Sabbag, “há dois tipos de sujeitos
passivos: o direto (contribuinte) e o indireto (responsável)”.
Sujeito passivo direto (art. 121, parágrafo único I, do CTN): é o contribuinte,
ou seja, aquele que tem uma relação pessoal e direta com o fato gerador. Exemplos: o
proprietário do bem imóvel ou o possuidor com ânimo de domínio, quando ao IPTU; o
adquirente do bem imóvel transmitido com onerosidade, quanto ao ITBI, entre outros.
Sujeito passivo indireto (art. 121, parágrafo único, II do CTN): é o responsável,
ou seja, a terceira pessoa escolhida por lei para pagar o tributo, sem que tenha realizado
o fato gerador. ”12
Já no que tange a obrigação principal e acessória deve ser destacado, as palavras
de Eduardo Marcial Ferreira Jardim: 13
Obrigação principal teria por objetivo o pagamento de tributo ou da
penalidade pecuniária;
Obrigação acessória teria por objeto o comportamento compreendido
em prestações positivas ou negativas.
11
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 1 Ed. São Paulo:Saraiva, 2009, p. 625.
12
O professor Sabbag, exemplifica casos práticos de sujeito passivo responsável:
“ bem móvel alienado com dividas de IPVA (art. 131, I, do CTN) - o adquirente do veiculo será
o responsável pelos tributos, enquanto o alienante, por ter relação direta com o fato gerador, permanece
como contribuinte.
“bem imóvel alienado com dívidas de IPTU ( art. 130 do CTN) – o adquirente de imóvel, pela
própria conveniência do Fisco, será o responsável pelos tributos referentes ao bem imóvel, enquanto o
alienante, por ter relação direta com o fato gerador, permanece como contribuinte.
13
JARDIM, Eduardo Marcial Ferreira. Manual de Direito Financeiro e Tributário. 10ªed.São
Paulo:Saraiva, 2009, p. 258.
10
14
Hugo de Brito Machado, considera que o sujeito passivo da obrigação
acessória “é a pessoa à qual a legislação tributária atribui deveres diversos do dever de
pagar. (...) Qualquer dever diverso do pagamento atribuído pela legislação tributária a
qualquer pessoa, no interesse da arrecadação ou da fiscalização de tributos, é obrigação
acessória, na linguagem do Código Tributário Nacional”.
15
Luciano Amaro, entende que "a identificação do sujeito passivo da obrigação
principal (gênero) depende apenas de verificar quem é a pessoa que, à vista da lei, tem o
dever legal de efetuar o pagamento da obrigação, não importando indagar qual o tipo de
relação que ela possui com o fato gerador".
4. CRÉDITO TRIBUTÁRIO
4.2. LANÇAMENTO
14
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário, 29 ed.: São Paulo.Malheiros, 2004. p. 126.
15
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro, 02ª ed., São Paulo: Saraiva, 1998, p. 280.
11
5. OBJETIVO ESPECÍFICO
5.1. COBRANÇA ADMINISTRATIVA E COBRANÇA JUDICIAL
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
11. SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 1 Ed. São Paulo:Saraiva, 2009,
p. 625.
12. O professor Sabbag, exemplifica casos práticos de sujeito passivo responsável:
“bem móvel alienado com dividas de IPVA (art. 131, I, do CTN) - o adquirente
do veiculo será o responsável pelos tributos, enquanto o alienante, por ter relação direta
com o fato gerador, permanece como contribuinte.
“bem imóvel alienado com dívidas de IPTU ( art. 130 do CTN) – o adquirente
de imóvel, pela própria conveniência do Fisco, será o responsável pelos tributos
referentes ao bem imóvel, enquanto o alienante, por ter relação direta com o fato
gerador, permanece como contribuinte.
13. JARDIM, Eduardo Marcial Ferreira. Manual de Direito Financeiro e Tributário.
10ª ed. São Paulo: Saraiva 2009, p. 258.
14. MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário, 29 ed.: São Paulo.
Malheiros, 2004. p. 126.
15. AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro, 02ª ed., São Paulo: Saraiva, 1998,
p. 280.