EAD
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
1
AULA 1
OBJETIVOS
PLANO DA DISCIPLINA
APRESENTAÇÃO:
CONTEXTUALIZAÇÃO
Qualquer obrigação tributária envolve, pelo menos, duas partes: o sujeito ativo
e o sujeito passivo. O sujeito ativo é o ente público que tem o direito de
instituir e cobrar o tributo, enquanto o sujeito passivo é a pessoa sobre a
qual incide a obrigação de pagar a obrigação principal ou multa pecuniária.
5
Entretanto, o CTN identifica duas espécies de sujeito passivo o Contribuinte e
o Responsável Tributário. O primeiro tem a relação direta com a situação
legal que constitua o fato gerador, enquanto o segundo é a pessoa que embora
não revista a condição de contribuinte, tem obrigação por disposição expressa
de lei.
ESPÉCIES DE TRIBUTOS
os impostos;
as taxas;
as contribuições de melhoria.
TRIBUTO DIRETO
6
TRIBUTO INDIRETO
TRIBUTO PROGRESSIVO
TRIBUTO REGRESSIVO
NÃO CUMULATIVIDADE
7
Vedação de entes estatais instituírem impostos
sobre patrimônio, renda ou serviços de entidades
representativas de partidos políticos, sindicatos de
trabalhadores, instituições de educação e de
assistência sem fins lucrativos;
Vedação de entes estatais instituírem impostos
sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado
a sua impressão.
8
19. Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE Combustíveis - Lei
10.336/2001
20. Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE Remessas Exterior -
Lei 10.168/2000
21. Contribuição para a Assistência Social e Educacional aos Atletas Profissionais -
FAAP - Decreto 6.297/2007
22. Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - Emenda
Constitucional 39/2002
23. Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional –
CONDECINE - art. 32 da Medida Provisória 2228-1/2001 e Lei
10.454/2002
24. Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública - art. 32 da Lei
11.652/2008.
25. Contribuição Sindical Laboral (não se confunde com a Contribuição
Confederativa Laboral, vide comentários sobre a Contribuição Sindical Patronal)
26. Contribuição Sindical Patronal (não se confunde com a Contribuição
Confederativa Patronal, já que a Contribuição Sindical Patronal é obrigatória,
pelo artigo 578 da CLT, e a Confederativa foi instituída pelo art. 8, inciso IV,
da Constituição Federal e é obrigatória em função da assembléia do Sindicato
que a instituir para seus associados, independentemente da contribuição
prevista na CLT)
27. Contribuição Social Adicional para Reposição das Perdas Inflacionárias do FGTS -
Lei Complementar 110/2001
28. Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)
29. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
30. Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional (OAB, CRC, CREA, CRECI,
CORE, etc.)
31. Contribuições de Melhoria: asfalto, calçamento, esgoto, rede de água, rede de
esgoto, etc.
32. Fundo Aeroviário (FAER) - Decreto Lei 1.305/1974
33. Fundo de Combate à Pobreza - art. 82 da EC 31/2000
34. Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (FISTEL) - Lei 5.070/1966 com
novas disposições da Lei 9.472/1997
35. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)
36. Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) - art. 6 da
Lei 9.998/2000
37. Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de
Fiscalização (Fundaf) - art.6 do Decreto-Lei 1.437/1975 e art. 10 da IN SRF
180/2002
38. Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) -
Lei 10.052/2000
39. Imposto s/Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
40. Imposto sobre a Exportação (IE)
41. Imposto sobre a Importação (II)
42. Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)
43. Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
44. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)
45. Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR - pessoa física e
jurídica)
46. Imposto sobre Operações de Crédito (IOF)
9
47. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)
48. Imposto sobre Transmissão Bens Inter-Vivos (ITBI)
49. Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD)
50. INSS Autônomos e Empresários
51. INSS Empregados
52. INSS Patronal
53. IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
54. Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio do
Servidor Público (PASEP)
55. Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro
56. Taxa de Avaliação in loco das Instituições de Educação e Cursos de Graduação -
Lei 10.870/2004
57. Taxa de Classificação, Inspeção e Fiscalização de produtos animais e vegetais ou
de consumo nas atividades agropecuárias - Decreto-Lei 1.899/1981
58. Taxa de Coleta de Lixo
59. Taxa de Combate a Incêndios
60. Taxa de Conservação e Limpeza Pública
61. Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA - Lei 10.165/2000
62. Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos - Lei 10.357/2001, art.
16
63. Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e federais)
64. Taxa de Fiscalização da Aviação Civil - TFAC - Lei 11.292/2006
65. Taxa de Fiscalização da Agência Nacional de Águas – ANA - art. 13 e 14 da MP
437/2008
66. Taxa de Fiscalização CVM (Comissão de Valores Mobiliários) - Lei 7.940/1989
67. Taxa de Fiscalização de Sorteios, Brindes ou Concursos - art. 50 da MP 2.158-
35/2001
68. Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária Lei 9.782/1999, art. 23
69. Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados pelo Exército Brasileiro - TFPC -
Lei 10.834/2003
70. Taxa de Fiscalização dos Mercados de Seguro e Resseguro, de Capitalização e
de Previdência Complementar Aberta - art. 48 a 59 da Lei 12.249/2010
71. Taxa de Licenciamento Anual de Veículo
72. Taxa de Licenciamento, Controle e Fiscalização de Materiais Nucleares e
Radioativos e suas instalações - Lei 9.765/1998
73. Taxa de Licenciamento para Funcionamento e Alvará Municipal
74. Taxa de Pesquisa Mineral DNPM - Portaria Ministerial 503/1999
75. Taxa de Serviços Administrativos – TSA – Zona Franca de Manaus - Lei
9.960/2000
76. Taxa de Serviços Metrológicos - art. 11 da Lei 9.933/1999
77. Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo (CNP)
78. Taxa de Outorga e Fiscalização - Energia Elétrica - art. 11, inciso I, e artigos 12
e 13, da Lei 9.427/1996
79. Taxa de Outorga - Rádios Comunitárias - art. 24 da Lei 9.612/1998 e nos art.
7 e 42 do Decreto 2.615/1998
80. Taxa de Outorga - Serviços de Transportes Terrestres e Aquaviários - art. 77,
incisos II e III, a art. 97, IV, da Lei 10.233/2001
81. Taxas de Saúde Suplementar - ANS - Lei 9.961/2000, art. 18
82. Taxa de Utilização do SISCOMEX - art. 13 da IN 680/2006.
83. Taxa de Utilização do MERCANTE - Decreto 5.324/2004
10
84. Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais)
85. Taxa Processual Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE - Lei
9.718/1998
QUESTÕES DISCURSIVAS:
4) Com base no conteúdo estudado assinale a única alternativa que não identifica
o objeto da Contabilidade Tributária aplicada às pessoas jurídicas particulares.
a) As técnicas de apuração dos fluxos de caixa e da respectiva demonstração;
b) O reconhecimento dos institutos tributários incidentes sobre o patrimônio;
c) O reconhecimento dos institutos tributários sobre as operações;
d) A correta aplicação das normas e princípios contábeis;
e) As técnicas de reconhecimento, escrituração e apuração tributos sobre
compra e venda.
Gabarito (E, C, B, A)
12
AULA 2
OBJETIVOS
INTRODUÇÃO
RESPONSABILIDADE DO CONTADOR
13
vinculados a apuração e registro dos inúmeros institutos tributários, assumindo
vital importância e grande responsabilidade na sobrevivência organizacional.
RESPONSABILIDADE LEGAL
Falsificação da Escrituração
Livros Comerciais
Livro Diário
Livro Razão
A pessoa jurídica tributada com base no lucro real deverá manter, em boa
ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, Livro Razão ou fichas
utilizados para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos
efetuados no Diário, mantidas as demais exigências e condições previstas na
legislação, cuja a escrituração deve ser individualizada, obedecendo à ordem
cronológica das operações.
A não manutenção do livro, nas condições legais determinadas, implicará o
arbitramento do lucro da pessoa jurídica.
Livros Fiscais
16
A entidade que mantiver sistema de contabilidade de custos integrado e
coordenado com o restante da escrituração poderá utilizar os custos apurados
para avaliação dos estoques de produtos em fabricação e acabados, neste caso
é considerado sistema de contabilidade de custo integrado e coordenado com o
restante da escrituração aquele que for apoiado em valores originados da
escrituração contábil (matéria-prima, mão-de-obra direta, custos indiretos de
fabricação, que permita determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor
dos estoques de matérias-primas e outros materiais, produtos em elaboração e
produtos acabados, com base livros auxiliares, fichas, folhas contínuas, ou
mapas de apropriação ou rateio, tidos em boa guarda e de registros
coincidentes com aqueles constantes da escrituração principal e que permita
avaliar os estoques existentes na data de encerramento do período de
apropriação de resultados segundo os custos efetivamente incorridos.
O valor dos bens existentes no encerramento do período de apuração poderá
ser pelo custo médio (CMPM - Custo Médio Ponderado Móvel) ou o valor dos
bens adquiridos ou produzidos mais recentemente (PEPS – Primeiro a Entrar
Primeiro a Sair), admitida ainda, a avaliação com base no preço de venda,
subtraída a margem de lucro.
Se a escrituração do contribuinte não satisfizer às condições definidas em lei os
estoques deverão ser avaliados conforme o seguinte:
17
No caso entidades comerciais, o custo de aquisição de mercadorias destinadas
à revenda será integrado pelos gastos com transporte e seguro, até o
estabelecimento do adquirente e os tributos devidos na aquisição ou
importação, onde os gastos com desembaraço aduaneiro integram o custo de
aquisição, não se incluindo nestes os impostos recuperáveis (ou compensáveis)
através de créditos na escrita fiscal.
Os custos de produção dos bens ou serviços vendidos compreenderão,
obrigatoriamente:
18
ou danificados, quando não houver valor residual
apurável.
A aquisição de bens de consumo eventual, cujo valor não exceda a cinco por
cento do custo total dos produtos vendidos no período de apuração anterior,
poderá ser registrada diretamente como custo.
QUESTÕES DISCURSIVAS:
20
a) O custo de aquisição das matérias-primas, incluídos custos de mão-
de-obra e demais custos incidentes na obtenção do produto;
b) Setenta por cento do maior preço de venda no período de apuração,
não incluído o ICMS e IPI;
c) Setenta por cento do maior preço de venda no período de apuração,
incluído o ICMS;
d) Uma vez e meia o maior custo das matérias-primas adquiridas no
período de apuração ou em oitenta por cento do valor dos produtos
acabados;
e) O custo de aquisição das matérias-primas com ICMS, incluídos custos
de mão-de-obra e demais custos incidentes na obtenção do produto.
Gabarito (E, A, B e C)
21
AULA 3
OBJETIVOS
INTRODUÇÃO
Exemplos:
Incidência de ICMS/PIS/COFINS
Composição:
ITENS R$
Valor da Nota 10.000,00
ICMS s/ operação (17%) – incluído no preço (1.700,00)
PIS s/ operação (1,65%) – incluído no preço (165,00)
COFINS s/ operação (7,6%) – incluído no preço (760,00)
Valor líquido da mercadoria 7.375,00
DIVERSOS
a BANCOS CONTA MOVIMENTO (AV) OU FORNECEDORES (Faturada)
MERCADORIAS R$ 7.375,00
ICMS A RECUPERAR R$ 1.700,00
PIS A RECUPERAR R$ 165,00
COFINS A RECUPERAR R$ 760,00 R$ 10.000,00
DIVERSOS
a DIVERSOS
MERCADORIAS R$ 7.375,00
ICMS A RECUPERAR R$ 1.700,00
PIS A RECUPERAR R$ 165,00
COFINS A RECUPERAR R$ 760,00 R$10.000,00
25
a BANCOS CONTA MOVIMENTO R$ 5.000,00
a FORNECEDORES R$ 5.000,00 R$10.000,00
Incidência de IPI/ICMS/PIS/COFINS
A composição será:
ITENS R$
Preço do produto 60.000,00
IPI (10%) – não incluso no preço 6.000,00
Valor total da nota 66.000,00
ICMS (17%) – incluso no preço (10.200,00)
PIS (1,65%) - incluso no preço (990,00)
COFINS (7,6%) - incluso no preço (4.560,00)
IPI (10%) – recuperável neste caso (6.000,00)
Valor líquido da compra 44.250,00
26
Por ser empresa industrial, o IPI é recuperável/compensável, seu valor não
entra na base de cálculo do ICMS por disposição do art. 155, § 22, inciso XI, da
Constituição Federal, do PIS por disposição do art. 66, § 32, da Instrução
Normativa nº 247/2002 e da COFINS por disposição do art. 8º, § 32, inciso I,
da Instrução Normativa SRF nº 404/2004. A contabilização será:
DIVERSOS
a FORNECEDORES
MATÉRIA-PRIMA R$44.250,00
C/C ICMS R$10.200,00
C/C IPI R$ 6.000,00
C/C COFINS R$ 4.650,00
C/C PIS R$ 990,00 R$66.000,00
A composição será:
ITENS R$
Valor da compra 250.000,00
IPI (15%) – cobrado destacadamente 37.500,00
Valor total da nota 287.500,00
ICMS s/ compra (17%) – incluído no preço (48.875,00)
PIS s/ compra (1,65%) – incluído no preço (4.743,75)
COFINS s/ compra (7,6%) – incluído no preço (21.850,00)
Valor líquido da aquisição 212.031,25
DIVERSOS
a FORNECEDORES
27
MÁQUINASE EQUIPAMENTOS R$ 212.031,25
C/C ICMS R$ 48.875,00
C/C PIS R$ 4.743,75
C/C COFINS R$ 21.850,00 R$287.500,00
Pelo fato dos equipamentos terem sido comprados para compor o ativo
permanente, o ICMS incidente na aquisição não seria recuperável. Entretanto,
a Lei Complementar nº 87/96 incorporou o direito à compensação do ICMS
incidente na aquisição. Diante desta possibilidade, a Lei Complementar
nº102/2000, regulamentou que esta a compensação de créditos seja efetuada
à razão de um quarenta e oito avos/mês, a partir do mês em que ocorrer a
entrada no estabelecimento. No caso do PIS e da COFINS, a legislação permite
a utilização dos créditos relativos a máquinas, equipamentos e outros bens
incorporados ao ativo imobilizado para utilização na produção de bens
destinados à venda, ou na prestação de serviços. A utilização dos créditos será
feita a partir da depreciação dos ativos que lhe deram origem, ou,
opcionalmente, no prazo de 4 anos, à razão de 1/48 por mês, de acordo com
regulamentação da Secretaria da Receita Federal, em seu art. 3º, § 14, da Lei
nº 10.833/2003, alterado pela Lei nº10.865/2004, observando-se que terão
direito aos créditos de PIS e COFINS as máquinas e os equipamentos
adquiridos a partir de 01/05/2004, conforme o § 1º, da referida.
Composição da transação:
ITENS R$
Valor da compra 250.000,00
IPI (15%) – em destaque 37.500,00
Valor total da nota 287.500,00
ICMS s/ compra (17%) – incluído no preço (42.500,00)
PIS s/ compra (1,65%) – incluído no preço (4.743,75)
COFINS s/ compra (7,6%) – incluído no preço (21.850,00)
Valor líquido da aquisição 218.406,25
Neste caso a empresa não é contribuinte do IPI. Portanto, não haverá crédito
para recuperá-lo. Entretanto, o IPI não integra a base de cálculo do ICMS,
conforme dispositivo do art. 155, § 2º, inciso XI, da Constituição Federal. Para
os efeitos do PIS e da COFINS, por interpretação ao disposto nos arts. 66, §
28
3º, da Instrução Normativa nº247/2002, e 8º, § 3º, inciso I, da Instrução
Normativa nº 404/2004. A contabilização será:
DIVERSOS
a FORNECEDORES
MERCADORIAS R$218.406,25
C/C ICMS R$ 42.500,00
C/C PIS R$ 4.743,75
C/C COFINS R$ 21.850,00 R$287.500,00
Neste caso o frete e o seguro não são tributados pelo ICMS. Veja-se o exemplo
abaixo.
Uma empresa comercial adquire, a prazo, direto do fabricante localizado no
mesmo município, produtos para revenda, por R$45.000,00, mais IPI à
alíquota de 10%, bem como frete e seguro em nota destacada no valor total de
R$850,00, já incluído ISS. O ICMS incidente na operação foi de 17%, o PIS de
1,65% e COFINS de 7,6%.
Composição da transação:
ITENS R$
Valor da compra 45.000,00
29
IPI (10%) – em destaque 4.500,00
Valor total da nota 49.500,00
ICMS s/ compra (17%) – embutido no preço (7.650,00)
PIS s/ compra (1,65%) – incluído IPI (816,75)
COFINS s/ compra (7,6%) – incluído IPI (3.762,00)
Custo de aquisição não incluído frete e seguro 37.271,25
Frete e seguro 850,00
Custo total da aquisição 38.121,25
Registros contábeis:
DIVERSOS
a FORNECEDORES
ESTOQUE DE MERCADORIAS R$38.121,25
C/C ICMS R$ 7.650,00
C/C PIS R$ 816,75
C/C COFINS R$ 3.762,00 R$50.350,00
Composição da transação:
ITENS R$
Valor da compra 45.000,00
IPI (10%) – em destaque 4.500,00
Valor total da nota 49.500,00
ICMS s/ compra (17%) – embutido no preço (7.650,00)
PIS s/ compra (1,65%) – incluído IPI (816,75)
COFINS s/ compra (7,6%) – incluído IPI (3.762,00)
Custo de aquisição não incluído frete e seguro 37.271,25
Frete e seguro 1.590,00
ICMS s/frete (17%) (270,30)
Custo total da aquisição 38.590,95
30
QUESTÕES DISCURSIVAS:
ITENS R$
Valor da compra
IPI
Valor total da nota
ICMS s/ compra
PIS s/ compra
COFINS s/ compra (7,6%)
Valor líquido da aquisição
ITENS R$
Valor da compra
IPI
Valor total da nota
ICMS s/ compra
PIS s/ compra
COFINS s/ compra
Custo de aquisição não incluído frete e seguro
Frete e seguro
Custo total da aquisição
ITENS R$
Valor da compra
31
Frete
IPI
Valor total da nota
ICMS s/ compra
PIS s/ compra
COFINS s/ compra
Valor líquido da aquisição
2) Marque a alternativa que apresenta uma das principais características dos tributos
incidentes sobre as compras de mercadorias e matérias-primas:
a) Estes tributos guardam proporcionalidade com custo de aquisição de
mercadorias e matérias-primas;
b) Sobre todos estes tributos incide o princípio da não cumulatividade,
portanto passívesi de compensação;
c) Estes tributos devem ser reconhecidos e compensados com base no
regime de caixa;
d) Estes tributos não sofrem a influência do princípio da não
cumulatividade, sendo, portanto passíveis de compensação em
operações subsequentes;
e) Estes tributos representam custos ou despesas para o empresário, que
é quem sofre a carga tributária no final da cadeia produtiva.
32
c) O ICMS destacado na nota compõe o preço de aquisição e o IPI é destacado na
nota por fora deste preço aumentando seu valor total;
d) O ICMS é calculado com base no preço de venda do produto incluído o IPI;
e) Somente o ICMS é destacado no documento de compra, enquanto o IPI fica por
dentro do preço total.
Gabarito (D, A, C, E, B)
33
RESUMO DAS OPERAÇÕES COM IPI, ICMS, PIS E COFINS
29
AULA 4
OBJETIVOS
INTRODUÇÃO
30
Contribuição para o Programa de Integração Social – PIS – FATURAMENTO.
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS.
Revenda de Mercadorias
Revenda à vista por R$300.000, sem a incidência do IPI, mas com incidência de
ICMS (17%), PIS (1,65%) e COFINS (7,6%).
Reconhecimento da Receita:
BANCOS CONTA MOVIMENTO
a RECEITA BRUTA DE VENDAS R$ 300.000,00
A conta Tributos Sobre Vendas é debitada, pois irá reduzir a Receita Bruta de
Vendas. A contrapartida efetuada em contas que representam obrigações da
empresa junto às fazendas públicas, portanto, contas de passivo. Do valor de
R$300.000 cobrados, somente R$221.250 pertencem à empresa, o restante
R$78.750 pertence aos cofres públicos.
Considere a venda à vista de produto fabricado pela empresa, pelo preço de venda
de R$500.000, com alíquota de IPI de 10% e ICMS, PIS e COFINS às alíquotas
anteriores.
Nesta transação ocorre a incidência de IPI, calculado em R$50.000. O IPI não
integra a Receita Bruta de Vendas. Portanto, para um correto registro da operação
31
pode-se utilizar uma outra conta denominada Faturamento Bruto. Depois o valor do
IPI incidente na operação é reconhecido para se encontrar a Receita Bruta de
Vendas. A contabilização será:
Pode-se reparar que estes valores incidiram sobre o valor da venda sem considerar
o valor do IPI. Isto sempre ocorre com o PIS e com a COFINS, já que na sua base
de cálculo não se considera o valor do IPI. Já com relação ao ICMS; este fato
depende da destinação do produto. A apuração do Resultado será:
ITENS R$
FATURAMENTO BRUTO 550.000,00
(-) IPI FATURADO (50,000 00)
(=) RECEITA BRUTA DE VENDAS 500.000,00
(-) ICMS SOBRE VENDAS (85.000,00)
(-) PIS SOBRE VENDAS (8.250,00)
(-) COFINS SOBRE VENDAS (38.000 00)
(=) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 368.750,00
Obs:
1) Com base nos ditames do CPC 30 – itens 8A e 8B, a divulgação da Receita
na demonstração do resultado deve ser feita a partir dos conceitos nele
contidos, salientado que a entidade deve fazer uso de contas de controle
interno, como “Receita Bruta Tributável”, para fins fiscais e outros. As
conciliações entre os valores registrados nas citadas contas de controle
interno devem ser evidenciadas em nota explicativa. Portanto, não há
obrigatoriedade de divulgação na DRE dos tributos incidentes sobre as
vendas como dedução do Faturamento e Receita Bruta, partindo-se direto
do valor ajustado da Receita Líquida.
Suponha-se que uma empresa comercial ao longo de determinado período tinha nas
suas contas correntes de ICMS, PIS e COFINS as seguintes movimentações nas
operações de compra e venda obtendo créditos a compensar conforme lançamentos
1, 4 e 5 e a recolher conforme os lançamentos 2, 3 e 6, apresentados abaixo:
C/C ICMS
(SI) 1.870,00
2.900,00 (2)
(1) 1.450,00
3.400,00 (3)
(4) 1.090,00
3.200,00 (6)
(5) 2.040,00
3.050,00 (SF)
C/C IPI
(SI) 220,00
325,00 (2)
(1) 141,00
420,00 (3)
(4) 105,00
375,00 (6)
(5) 198,00
456,00 (SF)
C/C COFINS
(SI) 430,00
1.300,00 (2)
(1) 650,00
1.525,00 (3)
(4) 490,00
1.435,00 (6)
(5) 915,00
1.775,00 (SF)
33
(SF) 20.319,00
PIS E COFINS NO SISTEMA CUMULATIVO
ITENS DE RESULTADO R$
Receita Bruta de Vendas 250.000,00
Vendas Canceladas 30.000,00
Descontos Incondicionais Concedidos 20.000,00
Receitas Financeiras 12.500,00
Receitas na Venda de Imobilizado 4.500,00
QUESTÕES DISCURSIVAS:
1) Uma empresa optante pelo Lucro Presumido que apresenta os seguintes itens
apresentados na tabela abaixo no final do mês de agosto de X10. Com base
nestes dados apure o PIS e a COFINS devidos no mês e elabore os
lançamentos de reconhecimento e pagamento destes tributos.
ITENS DE RESULTADO R$
Receita Bruta de Vendas 153.600,00
Vendas Canceladas 16.450,00
Descontos Incondicionais Concedidos 17.150,00
Outras Receitas 43.900,00
ITENS R$
FATURAMENTO BRUTO 169.000,00
IPI FATURADO 20.280,00
DESPESAS ADMINISTRATIVAS 23.500,00
ICMS SOBRE VENDAS 26.770,00
PIS SOBRE VENDAS 2.454,00
COFINS SOBRE VENDAS 11.302,00
DESPESAS COMERCIAIS 8.750,00
3) Considere uma indústria de vestuário que promove a venda, à vista, por preço
acordado de R$32.000 mais IPI à alícota de 12%, com ICMS a 18%, PIS a
1,65% e COFINS a 7,6%. Com base nestas informações elabore os
lançamentos representativos da venda.
4) Considere uma empresa comercial, que adquire seus produtos para revenda
de um distribuidor local. Ao longo de um determinado período contratou a
compra de 40.000 kg de um produto por R$3,61 o Kg. Sabendo-se que a
margem de lucro é de 30% sobre o custo de aquisição e que o ICMS incidente
nas operações de compra e venda é de 18%. Qual o saldo a pagar de ICMS se
35
a empresa comercial vender todo o estoque, desconsiderando-se outros
encargos ao longo do período? (Resposta: R$7.795,30)
36
e) Compõe sempre o custo de aquisição na compra de matérias-primas.
Gabarito (A, D, C, B, C, E)
37
AULA 5
OBJETIVOS
INTRODUÇÃO
Conforme visto os diversos fatos que acontecem nas negociações e que ocasionam
a alteração nos valores das compras e das vendas são:
DEVOLUÇÕES DE COMPRAS
DEVOLUÇÕES DE VENDAS ou VENDAS CANCELADAS
ABATIMENTOS SOBRE COMPRAS
ABATIMENTOS SOBRE VENDAS
DESCONTOS INCONDICIONAIS ou COMERCIAIS
DESCONTOS CONDICIONAIS ou FINANCEIROS
DEVOLUÇÕES DE COMPRAS
38
também, registrar a devolução diretamente na conta que registra o estoque de
mercadorias. Este modelo é comumente usado pelas empresas que adotam o
sistema de inventário permanente. O fluxo contábil é o seguinte:
Uma empresa comercial adquiriu 100 mesas para revenda, à vista, pelo valor de
R$10.000, mais IPI à alíquota de 10%, ICMS à alíquota de 17%, PIS à alíquota de
1,65% e COFINS à alíquota de 7,6%. Quando recebeu as mercadorias, verificou que
cinco mesas se encontravam com defeito. Por este motivo devolveu-as. Os registros
contábeis da compra e da devolução das mercadorias são:
a) Aquisição
Composição da transação:
ITENS R$
Valor da compra 10.000,00
IPI (10% x 10.000,00) – cobrado destacadamente 1.000,00
Valor total da nota 11.000,00
ICMS (17% x 10.000,00) - incluído no preço 1.700,00
PIS (1,65% x 11.000,00) - incluído no preço 181,50
COFINS (7,6% x 11.000,00) - incluído no preço 836,00
Valor líquido da aquisição 8.282,50
Obs: Como o IPI não é recuperável no exemplo supra, porém o produto é destinado
à comercialização, seu valor não entra na base de cálculo do ICMS, conforme
o art. 155, § 2º, inciso XI, da Constituição Federal. Porém, integra a base de
cálculo do PIS e da COFINS, e por interpretação ao disposto nos arts. 66, §
39
3º, da Instrução Normativa nº247/2002, e 8º, § 3º, inciso I, da Instrução
Normativa SRF nº404/2004.
DIVERSOS
a BANCOS C/ MOVIMENTO
MERCADORIAS R$8.282,50
C/C ICMS R$1.700,00
C/C PIS R$ 181,50
C/C COFINS R$ 836,00 R$11.000,00
b) Devolução
Composição da transação:
ITENS R$
Valor da devolução 500,00
IPI (10% x 500,00) – cobrado destacadamente 50,00
Valor total da nota 550,00
ICMS (17% x 500,00) – incluído no preço 85,00
PIS (1,65% x 550,00) – incluído no preço 9,08
COFINS (7,6% x 550,00) – incluído no preço 41,80
Valor líquido da mercadoria devolvida 414,12
DEVOLUÇÃO DE VENDAS
a) Venda da Mercadoria
Composição da transação:
ITENS R$
Valor da venda 10.000,00
40
IPI (10%) – cobrado destacadamente 1.000,00
Valor total da nota 11.000,00
ICMS (17% x 10.000) – incluído no preço 1.700,00
PIS (1,65% x 10.0000) – incluído no preço 165,00
COFINS (7,6% x 10.000) – incluído no preço 760,00
BANCOS C/ MVIMENTO
a FATURAMENTO BRUTO R$11.000,00
IPI FATURADO
a C/C IPI R$ 1.000,00
DIVERSOS
a DIVERSOS
ICMS SOBRE VENDAS R$ 1.700,00
PIS SOBRE VENDAS R$ 165,00
COFINS SOBRE VENDAS R$ 760,00 R$2.625,00
a C/C ICMS R$ 1.700,00
a C/C PIS R$ 165,00
a C/C COFINS R$ 760,00 R$2.625,00
b) Devolução da Venda
ITENS R$
Valor da devolução 500,00
IPI s/ devolução (10%) – cobrado destacadamente 50,00
Valor total da nota 550,00
ICMS s/ devolução (17%) – incluído no preço 85,00
PIS s/ devolução (1,65%) – incluído no preço 8,25
COFINS s/ devolução (7,6%) - incluído no preço 38,00
DIVERSOS
a BANCOS C/ MOVIMENTO
DEVOLUÇÃO DE VENDAS R$500,00
FATURAMENTO BRUTO R$ 50,00 R$ 550,00
C/C IPI
a IPI FATURADO R$ 50,00
DIVERSOS
a DIVERSOS
41
C/C ICMS R$ 85,00
C/C PIS R$ 8,25
C/C COFINS R$ 38,00 R$ 131,25
a ICMS SOBRE VENDAS R$ 85,00
a PIS SOBRE VENDAS R$ 8,25
a COFINS SOBRE VENDAS R$ 38,00 R$ 131,25
a) Aquisição da Mercadoria
Composição da transação:
ITENS R$
Valor da compra 12.000,00
ICMS s/ compra (17%) – incluído no preço 2.040,00
42
PIS s/ compra (1,65%) - incluído no preço 198,00
COFINS s/ compra (7,6%) - incluído no preço 912,00
Valor total da nota 12.000,00
Valor líquido da mercadoria 8.850,00
DIVERSOS
a FORNECEDORES
MERCADORIAS R$8.850,00
C/C ICMS R$2.040,00
C/C PIS R$ 198,00
C/C COFINS R$ 912,00 R$12.000,00
b) Abatimento recebido
CAIXA
a ABATIMENTOS S/ COMPRAS (OU ESTOQUE) R$1.200,00
Verifica-se que não houve qualquer ajuste sobre o valor dos impostos incidentes na
operação, em virtude de ter sido um fato posterior à emissão da Nota Fiscal e que
não resultou em devolução de mercadorias. Esta redução aparecerá como redução
do Custo do Estoque (CMV).
CLIENTES
a RECEITABRUTADE VENDAS R$12.000,00
DIVERSOS
a DIVERSOS
ICMS SOBRE VENDAS R$ 2.040,00
PIS SOBRE VENDAS R$ 198,00
COFlNS SOBRE VENDAS R$ 912,00 R$3.150,00
a C/C ICMS R$ 2.040,00
a C/C PIS R$ 198,00
a C/C COFlNS R$ 912,00 R$3.150,00
43
QUESTÕES DISCURSIVAS:
44
c) Recebem o mesmo tratamento contábil das devoluções;
d) Não influenciam no resultado do período;
e) Os tributos incidentes na venda devem ser estornados.
45
AULA 6
OBJETIVOS
INTRODUÇÃO
Aquisição da Mercadoria
Composição da transação:
ITENS R$
Valor da compra 150.000,00
Desconto Incondicional (20% x 150.000,00) (30.000,00)
IPI (10% x 150.000,00) – cobrado destacadamente 15.000,00
Valor total da nota 135.000,00
ICMS s/ compra (17% x 120.000,00) - incluído no preço 20.400,00
PIS s/ compra (1,65% x 135.000,00) - incluído no preço 2.227,50
COFINS s/ compra (7,6% x 135.000,00) - incluído no preço 10.260,00
Valor líquido da mercadoria 102.112,50
DIVERSOS
a BANCOS CONTA MOVIMENTO
MERCADORIAS R$102.112,50
C/C ICMS R$ 20.400,00
C/C ICMS R$ 2.227,50
C/C IPI R$ 10.260,00 R$135.000,00
Venda da Mercadoria
Composição da transação:
ITENS R$
Valor da Venda 150.000,00
47
Desconto Incondicional (20% x 150.000,00) (30.000,00)
IPI (10% x 150.000,00) – cobrado destacadamente 15.000,00
Valor total da nota 135.000,00
ICMS s/ compra (17% x 120.000,00) - incluído no preço 20.400,00
PIS s/ compra (1,65% x 120.000,00) - incluído no preço 1.980,00
COFINS s/ compra (7,6% x 120.000,00) - incluído no preço 9.120,00
Valor líquido da venda 103.500,00
DIVERSOS
a FATURAMENTO BRUTO
BANCOS CONTA MOVIMENTO R$135.000,00
DESCONTOS COMERCIAIS R$ 30.000,00 R$165.000,00
IPI FATURADO
a C/C IPI R$ 15.000,00
DIVERSOS
a DIVERSOS
ICMS SOBRE VENDAS R$ 20.400,00
PIS SOBRE VENDAS R$ 1.980,00
COFINS SOBRE VENDAS R$ 9.120,00 R$ 31.500,00
a C/C ICMS R$ 20.400,00
a C/C PISA R$ 1.980,00
a C/C COFINS R$ 9.120,00 R$ 31.500,00
48
Desconto Condicional Obtido
Como para o adquirente o desconto obtido é uma receita, seu valor não afeta o
valor dos tributos incidentes sobre vendas e conseqüentemente sobre os tributos
recuperáveis.
Vejamos o exemplo em que uma empresa adquire 200 unidades de uma
mercadoria, a prazo, pelo valor total de R$50.000,00, com incidência de ICMS a
17%, PIS a 1,65%e COFINS a 7,6%. O pagamento foi acordado para 60 dias, com
uma cláusula que concede um desconto de 10% se o pagamento for efetuado em
até 30 dias. Considerando que o comprador quita sua duplicata no trigésimo dia, a
contabilização seria a seguinte:
Composição da transação:
ITENS R$
Valor da compra 50.000,00
ICMS (17% x 50.000,00) - incluído no preço 8.500,00
PIS (1,65% x 50.000,00) - incluído no preço 825,00
COFINS (7,6% x 50.000,00) - incluído no preço 3.800,00
Valor total da nota 50.000,00
Valor líquido da mercadoria 36.875,00
DIVERSOS
a FORNECEDORES
MERCADORIAS R$ 36.875,00
C/C ICMS R$ 8.500,00
C/C PIS R$ 825,00
C/C COFINS R$ 3.800,00 R$ 50.000,00
FORNECEDORES
a DIVERSOS
a BANCOS CONTA MOVIMENTO R$ 45.000,00
a DESCONTOS FINANCEIROS OBTIDOS R$ 5.000,00 R$ 50.000,00
49
Conforme já comentado anteriormente, o DESCONTO CONDICIONAL CONCEDIDO é
considerado uma DESPESA FINANCEIRA e, portanto, seu valor não afeta o valor dos
tributos incidentes sobre vendas.
Utilizando-se do exemplo anterior, a contabilização deve ser efetuada pelo vendedor
da seguinte forma:
Venda
CLIENTES
a RECEITA BRUTA DE VENDAS R$50.000,00
DIVERSOS
a DIVERSOS
ICMS SOBRE VENDAS R$ 8.500,00
PIS SOBRE VENDAS R$ 825,00
COFINS SOBRE VENDAS R$ 3.800,00 R$13.125,00
a ICMS A RECOLHER R$ 8.500,00
a PIS A RECOLHER R$ 825,00
a COFINS A RECOLHER R$ 3.800,00 R$13.125,00
Reconhecimento do desconto
QUESTÕES DISCURSIVAS:
50
2) Indique a alternativa que caracteriza os descontos condicionais concedidos e
obtidos:
a) Os tributos incidem sobre o valor líquido do desconto;
b) Não dependem evento posterior ao fato gerador da compra/venda;
c) É tratado como despesa financeira para o comprador;
d) São normalmente concedidos dentro da nota fiscal;
e) É tratado como receita financeira pelo vendedor.
GABARITO (C, D, E A)
51
AULA 7
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
OBJETIVO
INTRODUÇÃO
52
paga o tributo, de maneira integral, inclusive relativamente às operações
anteriormente praticadas, invcluindo os seus resultados.
Na substituição normal, o contribuinte em determinada operação ou prestação é
substituído por outro que participa do mesmo negócio jurídico. Este é o caso, por
exemplo, do industrial que paga o tributo devido pelo prestador que lhe provém o
serviço de transporte.
Os valores recolhidos a título de substituição tributária são considerados definitivos,
a não ser que o fato gerador não se concretize é assegurado ao contribuinte
substituído o direito à restituição do valor do imposto pago pelo fato gerador
presumido, não realizado.
O substituto cobra o tributo devido na operação pelo substituído. A hipótese de
incidência do tributo, porém, permanece a mesma. Tanto é assim que a
Constituição menciona um fato gerador presumido, a ser realizado pelo substituído.
A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre uma
ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou
subsequentes, inclusive ao valor decorrente da diferença entre alíquotas interna e
interestadual nas operações e prestações que destinem bens e serviços a
consumidor final localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto.
LEGISLAÇÃO
Contribuintes
54
do fato gerador efetivo da obrigação tributária. Na realidade, presume-se que esta
hipótese de incidência (revenda) irá ocorrer no futuro.
Exemplo:
Suponha dois contribuintes, uma Cia. Industrial, que processa e vende determinado
produto, incluído na legislação de substituição, e a Cia. Varejista, sendo ambas
localizadas no mesmo estado, com alíquota de 18% para o produto. A margem de
lucro definida em Lei para fins de substituição tributária do produto será de 25%. A
Cia. Industrial vende R$4.000 de produtos para a Cia. varejista, sendo a primeira a
substituta que deverá recolher o ICMS por substituição tributária.
O ICMS próprio será de R$720, admitindo que a empresa não possua crédito do
imposto. Este valor é devido, não há dúvida, pois existiu o fato gerador que foi a
venda dos produtos.
O ICMS substituição tributária será recolhido também pela Cia.Varejista, pelo valor
de R$180 (18% de R$1.000). O cálculo foi feito da seguinte forma:
Assim, a nota fiscal de venda da Cia. Industrial a Cia. Varejista será emitida pelo
valor total de R$ 4.180, sendo destacados na nota fiscal tanto o ICMS próprio
(valor de R$ 720) como o do comprador, no valor de R$180, sendo retido e
recolhido pela vendedora. Os registros contábeis da venda são os seguintes:
CIA. INDUSTRIAL:
Débito: Clientes....................................R$4.180
Crédito: Receita de Vendas....................R$4.180
CIA. VAREJISTA:
Débito: Mercadorias..............................R$4.180
Crédito: Fornecedores...........................R$4.180
A base de cálculo do ICMS seria R$31.500, pois o produto é para revenda, bem
como considera o frete e o seguro. Apenas o IPI, dentre os itens descritos, fica de
fora. O ICMS próprio, no caso, seria de 18% de R$31.500, no montante de
R$5.670.
Para aplicação da Margem de Valor Agregado (MVA), para fins de cálculo do ICMS
ST, são considerados o frete, o seguro e o IPI, não considerando o desconto
incondicional. Portanto, admitindo que o produto vendido pela Indústria seja objeto
de substituição tributária e que a MVA seja 30%, o cálculo do ICMS ST seria o
seguinte:
Preço de Venda.......................................................R$30.000,00
Frete e Seguro........................................................R$ 1.500,00
ICMS PRÓPRIO (18%)..............................................R$ 5.670,00
IPI.........................................................................R$ 3.150,00
BASE p/ APLICAÇÃO MVA.........................................R$34.650,00
Margem de Valor Agregada.......................................30%
BASE DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.......................R$45.045,00
Alíquota Interna do Estado........................................18%
ICMS TOTAL............................................................R$ 8.108,10
ICMS ST (R$8.108,10 - R$5.670,00)...................……….R$2.438,10
TOTAL DA NOTA (R$45.045,00 + R$2.438,10)............R$47.483,10
56
estabelecimentos comerciais que adquirem elevadas quantidades de produtos com
substituição tributária. A omissão da parcela do ICMS pago na aquisição da
mercadoria (que aqui se refere ao ICMS ST e não aquele ICMS normal incluído na
nota fiscal, que é repassado indiretamente à etapa seguinte) pode distorcer a
informação transmitida pela demonstração do resultado do exercício.
Suponha que uma grande rede de supermercados, tenha receita de vendas de
R$1.000,00, sendo metade das vendas de produtos com tributação normal do ICMS
e a outra metade de produtos oriundos de substituição tributária. Se o ICMS sobre
vendas informado for R$60,00, o leitor poderá ser induzido a uma informação
equivocada e precipitada de que a tributação média sobre o consumo da empresa
em análise estaria em 6%. Seria utópico, no Brasil, um percentual médio tão baixo.
Mas, se o ICMS ST fosse reconhecido, a alíquota apresentada estaria mais próxima
da realidade.
QUESTÕES DISCURSIVAS:
SOLUÇÃO:
57
com o frete no valor de R$1.500,00.
GABARITO (B, D, C, E)
58
AULA 8
OBJETIVO
INTRODUÇÃO
DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS
Competência:
A Constituição Federal, em seu art. 153, inciso III, define que a competência
Tributária do Imposto de Renda pertence à União.
O princípio da Anterioridade está definido no art. 150, inciso III, b, que veda à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos no
mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou, onde se conclui que qualquer alteração da legislação do Imposto de
Renda, que represente nova incidência ou majoração do tributo, só poderá
entrar em vogor no exercício seguinte ao de sua publicação.
Fato Gerador
Base de Cálculo
Contribuintes
As pessoas jurídicas;
As empresas individuais.
Pessoas Jurídicas
IMUNIDADES
Entidades Imunes
São imunes:
ISENÇÕES
NÃO-INCIDÊNCIA
FORMAS DE TRIBUTAÇÃO
Comércio
Tabela de Enquadramento
Exemplo:
Uma empresa qualificada como EPP, que iniciou suas atividades em junho do
ano 10, está enquadrada no simples nacional. O faturamento do ano anterior
(10) é apresentado a seguir:
Empresas Industriais
Tabela de Enquadramento
Tabela de Enquadramento
RB(R$) - 12 meses F F F F F F F F
menor entre entre entre entre entre entre maior
que 0,10 e 0,15 e 0,20 e 0,25 e 0,30 e 0,35 e 0,40
0,10 0,149 0,199 0,249 0,299 0,349 0,399
Até 120.000 17,50 15,70 13,70 11,82 10,47 9,97 8,80 8,00
120.000,01 a 240.000 17,52 15,75 13,90 12,60 12,33 10,72 9,10 8,48
240.000,01 a 360.000 17,55 15,95 14,20 12,90 12,64 11,11 9,58 9,03
360.000,01 a 480.000 17,95 16,70 15,00 13,70 13,45 12,00 10,56 9,34
480.000,01 a 600.000 18,15 16,96 15,30 14,03 13,53 12,40 11,04 10,06
600.000,01 a 720.000 18,45 17,20 15,40 14,10 13,60 12,60 11,60 10,60
720.000,01 a 840.000 18,55 17,30 15,50 14,11 13,68 12,68 11,68 10,68
840.000,01 a 960.000 18,62 17,32 15,60 14,12 13,69 12,69 11,69 10,69
960.000,01 a 1.080.000 18,72 17,42 15,70 14,13 14,08 13,08 12,08 11,08
1.080.000,01 a 1.200.000 18,86 17,56 15,80 14,14 14,09 13,09 12,09 11,09
1.200.000,01 a 1.320.000 18,96 17,66 15,90 14,49 14,45 13,61 12,78 11,87
1.320.000,01 a 1.440.000 19,06 17,76 16,00 14,67 14,64 13,89 13,15 12,28
1.440.000,01 a 1.560.000 19,26 17,96 16,20 14,86 14,82 14,17 13,51 12,68
1.560.000,01 a 1.680.000 19,56 18,30 16,50 15,46 15,18 14,61 14,04 13,26
1.680.000,01 a 1.800.000 20,70 19,30 17,45 16,24 16,00 15,52 15,03 14,29
1.800.000,01 a 1.920.000 21,20 20,00 18,20 16,91 16,72 16,32 15,93 15,23
1.920.000,01 a 2.040.000 21,70 20,50 18,70 17,40 17,13 16,82 16,38 16,17
2.040.000,01 a 2.160.000 22,20 20,90 19,10 17,80 17,55 17,22 16,82 16,51
2.160.000,01 a 2.280.000 22,50 21,30 19,50 18,20 17,97 17,44 17,21 16,94
2.280.000,01 a 2.400.000 22,90 21,80 20,00 18,60 18,40 17,85 17,60 17,18
Fonte: Adaptada do anexo V da LC 128/08.
Exemplo:
A Academia de Ginástica Malhação, optante do Simples Nacional obteve no mês
de maio de X11 os seguintes dados para cálculo do Simples:
Ultrapassagem do limite
Microempreendedor individual
QUESTÕES DISCURSIVAS:
GABARITO (A, D, B, C)
AULA 9
OBJETIVOS
INTRODUÇÃO
LUCRO REAL
Uma das formas de ajustes efetuados sobre o lucro líquido do exercício são as
adições. As adições são efetuadas por duas razões:
VII. As doações, exceto as referidas nos arts. 365 e 371, caput (Lei nº
9.249, de 1995, art. 13, inciso VI);
VIII. As despesas com brindes (Lei nº 9.249, de 1995, art. 13, inciso VII);
CONTA R$
1. Prejuízos Fiscais Acumulados anteriores a 31/12/X3 300.000,00
2. Prejuízo Fiscal apurado em 31/12/X4 200.000,00
3. Lucro Contábil apurado em X5 600.000,00
4. Despesas não-dedutíveis contabilizadas em X5 100.000,00
5. Receitas não-tributáveis contabilizadas em X5 80.000,00
6. Lucro Real antes da compensação de X5 (600.000,00 +
620.000,00
100.000,00 - 80.000,00)
7. Prejuízo compensável em X5 (30% x 620.000,00) 186.000,00
8. Lucro Real de X5 (620.000,00 - 186.000,00) 434.000,00
9. Imposto de Renda devido em X5 84.500,00
10. Prejuízos Fiscais a compensar nos exercícios seguintes 314.000,00
Período de apuração
Alíquotas e Adicionais
Uma vez determinada a base de cálculo, seja pelo lucro real, presumido ou
arbitrado, aplica-se sobre esta a alíquota básica, mais o adicional quando for o
caso, nos percentuais a seguir especificados.
Alíquota Geral
A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à
alíquota de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real apurado trimestralmente
ou anualmente.
Adicional
A pessoa jurídica optante pela tributação com base no lucro real anual deverá
efetuar o pagamento do imposto e adicional, em cada mês, determinado sobre
base de cálculo estimada ou com base em balanço ou balancete apurado. A
estimativa é apurada a partir da receita bruta, sendo acrescida pelos demais
resultados. Porém, a empresa tem como suspender ou reduzir os recolhimentos
por estimativa em qualquer mês, desde que demonstre que o imposto já
recolhido é suficiente para cobrir o devido até aquela data.
Uma vez identificada a base de cálculo, adotando-se uma das formas
apresentadas no parágrafo precedente, aplicar-se-á sobre esta a alíquota de
15% (quinze por cento). Ainda, se a base de cálculo exceder ao valor
resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de
meses do respectivo período de apuração, o excesso sujeita-se à incidência de
adicional de imposto à alíquota de 10% (dez por cento).
A opção pela apuração do IR anual será manifestada com o pagamento do
imposto estimado correspondente ao mês de janeiro ou de início de atividade.
Conforme já comentado, todas as empresas tributadas pelo lucro real, por
obrigação ou por opção, podem adotar a sistemática de apuração anual.
Porém, isto não significa que o imposto também possa ser pago anualmente.
Estas empresas obrigam-se a apurar um lucro e o respectivo imposto,
mensalmente, de forma provisória, para, no final do exercício, apurarem o
Lucro real com base no balanço anual,determinando,desta forma, o imposto do
ano todo, do qual será compensado aquele recolhido mensalmente.
Se, porém, as empresas acharem que o imposto mensal apurado na forma
"estimada" excederá ao que será devido no ano, poderão suspender ou reduzir
o pagamento do imposto devido em cada mês utilizando-se de outra forma de
apuração. Prova-se com balanços ou balancetes, acumulados até aquele mês,
levantados com observância das leis comerciais e fiscais e transcritos no livro
Diário, que o imposto devido até aquela data já foi parcialmente ou
integralmente pago.
É importante notar que o balanço de suspensão ou redução pode ser levantado
em qualquer mês do ano. Isto significa que as empresas optantes pelo lucro
real anual possuem as seguintes alternativas:
Mês: Janeiro
Forma de apuração por Valor Saldo Valor a pagar Saldo
Estimativa anterior relativo ao pago
Apurado
pago mês até o mês
Sobre Receita Bruta e
10.00,00 ---- 10.000,00
Acréscimos
Com base em Balanço de
12.000,00 -------------- 10.000,00
Suspensão ou Redução
Mês: Fevereiro
Forma de apuração por Saldo Valor a pagar Saldo
Valor
Estimativa anterior relativo ao pago
Apurado
pago mês até o mês
Sobre Receita Bruta e
14.000,00 10.000,00 -----------
Acréscimos
Com base em Balanço de
12.000,00 2.000,00 12.000,00
Suspensão ou Redução
Mês: Março
Forma de apuração por Saldo Valor a pagar Saldo
Valor
Estimativa anterior relativo ao pago
Apurado
pago mês até o mês
Sobre Receita Bruta e
5.000,00 12.000,00 5.000,00
Acréscimos
Com base em Balanço de
Não Fez ------------- 17.000,00
Suspensão ou Redução
Mês: Abril
Forma de apuração por Saldo Valor a pagar Saldo
Valor
Estimativa anterior relativo ao pago
Apurado
pago mês até o mês
Sobre Receita Bruta e
18.000,00 17.000,00 ----------
Acréscimos
Com base em Balanço de
16.000,00 ---------- 17.000,00
Suspensão ou Redução
Mês: Maio
Forma de apuração por Saldo Valor a pagar Saldo
Valor
Estimativa anterior relativo ao pago
Apurado
pago mês até o mês
Sobre Receita Bruta e
21.000,00 17.000,00 --------
Acréscimos
Com base em Balanço de Prejuízo
-------- 17.000,00
Suspensão ou Redução Fiscal
Mês: Junho
Forma de apuração por Saldo Valor a pagar Saldo
Valor
Estimativa anterior relativo ao pago
Apurado
pago mês até o mês
Sobre Receita Bruta e
3.500,00 17.000,00 -----------
Acréscimos
Com base em Balanço de
8.000,00 ---------- 17.000,00
Suspensão ou Redução
Mês: Julho
Forma de apuração por Saldo Valor a pagar Saldo
Valor
Estimativa anterior relativo ao pago
Apurado
pago mês até o mês
Sobre Receita Bruta e
2.000,00 17.000,00 2.000,00
Acréscimos
Com base em Balanço de
20.000,00 --------- 19.000,00
Suspensão ou Redução
Mês: Agosto
Forma de apuração por Saldo Valor a pagar Saldo
Valor
Estimativa anterior relativo ao pago
Apurado
pago mês até o mês
Sobre Receita Bruta e
20.0000,00 19.000,00 ------------
Acréscimos
Com base em Balanço de
22.0000,00 3.000,00 22.000,00
Suspensão ou Redução
Mês: Setembro
Forma de apuração por Saldo Valor a pagar Saldo
Valor
Estimativa anterior relativo ao pago
Apurado
pago mês até o mês
Sobre Receita Bruta e
5.000,00 22.000,00 5.000,00
Acréscimos
Com base em Balanço de
Não Fez --------- 27.000,00
Suspensão ou Redução
Mês: Outubro
Forma de apuração por Saldo Valor a pagar Saldo
Valor
Estimativa anterior relativo ao pago
Apurado
pago mês até o mês
Sobre Receita Bruta e
28.000,00 27.000,00 ------------
Acréscimos
Com base em Balanço de
25.000,00 ------------- 27.000,00
Suspensão ou Redução
Mês: Novembro
Forma de apuração por Saldo Valor a pagar Saldo
Valor
Estimativa anterior relativo ao pago
Apurado
pago mês até o mês
Sobre Receita Bruta e
10.000,00 27.000,00 10.000,00
Acréscimos
Com base em Balanço de
38.000,00 ------------- 37.000,00
Suspensão ou Redução
Mês: Dezembro
Forma de apuração por Saldo Valor a pagar Saldo
Valor
Estimativa anterior relativo ao pago
Apurado
pago mês até o mês
Sobre Receita Bruta e
8.000,00 37.000,00 8.000,00
Acréscimos
Com base em Balanço de
50.000,00 ----------- 45.000,00
Suspensão ou Redução
Cabe ressaltar que o imposto de renda anual será igual ao apurado com base
em balanço de suspensão ou redução do mês de dezembro, uma vez que tais
balanços sempre abrangem o período de 1º de janeiro até o final do mês de
referência.
Ainda é interessante observar que a empresa já poderia ter recolhido o saldo
do imposto como estimativa do mês de dezembro, de R$13.000,00 (50.000,00
- 37.000,00), uma vez que ela já conhecia o imposto anual. Porém, preferiu
recolher apenas o mínimo obrigatório, de R$8.000,00, deixando o restante para
a declaração de ajuste, com vencimento em 31 de março do ano seguinte,
sujeito, porém à taxa Selic, a partir de 1º de fevereiro do ano seguinte, sendo
que, no mês do pagamento, a taxa de juros é de 1%. Portanto, dependendo
das oportunidades de investimento da empresa, o valor restante, de
R$5.000,00, poderia ser pago no último dia útil do mês de fevereiro, apenas
com acréscimo de 1%, ou no último dia útil do mês de março, acrescido da
taxa Selic de fevereiro, mais 1%.
No caso das estimativas recolhidas ao longo do ano excederem ao imposto
anual devido, o saldo é compensável a partir de janeiro do ano subseqüente.
Quanto à atualização, a parcela correspondente à estimativa referente ao mês
de dezembro, por ter sido recolhida em janeiro do ano seguinte, é atualizável a
partir de fevereiro. O excedente desta parcela, se houver, é atualizável pela
Selic já a partir de janeiro (Lei 9.532/97, arts. 73 e 81, II).
Percentual Geral
A estimativa será de 32% (trinta e dois por cento), para as atividades de:
a) Prestação de serviços em geral, exceto os já mencionados
anteriormente;
b) Intermediação de negócios;
c) Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e
direitos de qualquer natureza;
d) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos,
administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos
creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de
prestação de serviços (factoring).
e) Prestação de serviços de profissões legalmente regulamentadas.
1º mês: R$ 30.000,00;
2º mês: R$ 50.000,00;
3º mês: R$ 50.000,00;
4º mês: R$ 20.000,00.
Nos meses seguintes, qualquer que seja a receita bruta, o percentual será de
32%, uma vez que a empresa alcançou o limite já no 3º mês.
Base de
Origem da Receita Receita %
Cálculo
Revenda de Combustíveis 500.000,00 1,6% 8.000,00
Revenda de acessórios para veículos 30.000,00 8% 2.400,00
Revenda de óleo lubrificante 50.000,00 8% 4.000,00
Serviços de lavagem de veículos * 10.000,00 32% 3.200,00
Receita guarda veículos (estacionamento) * 12.000,00 32% 3.840,00
Base de cálculo estimada s/ a Receita Bruta 21.440,00
*Mesmo que a receita anual seja inferior a R$120.000,00, esta será estimada
em 32%, pois a empresa não é exclusivamente prestadora de serviços.
Receitas Incentivadas
Conta R$
1. Receita Bruta total da empresa 1.000.000,00
2. Receita Bruta da atividade incentivada 300.000,00
3. Redução da RB para fins de estimativa (100%) 300.000,00
4. RB base para o cálculo da estimativa (1-3) 700.000,00
5. Lucro Estimado (8% de 4) 56.000,00
Receita Bruta
Conta R$
1. Receita total da revenda de mercadorias 580.000,00
2. ICMS sobre vendas 96.000,00
3. Vendas Canceladas 12.000,00
4. Juros ativos recebidos de Clientes 3.500,00
5. Aluguel de uma sala 662.00
6. Despesas de comissão da Imobiliária s/ aluguel da sala 32,00
7. Reversão da provisão para ações judiciais 2.800,00
8. Juros sobre o capital próprio auferidos com IRPF de 15% 6.000,00
9. Receitas financeiras de aplicação de renda fixa c/ IRF de
1.000,00
20%
10. Rendimentos em operações de mútuo entre coligadas 700,00
11. Receita pela venda de um caminhão do ativo
30.000,00
permanente
12. Depreciação acumulada do caminhão vendido 20.000,00
13. Custo de aquisição corrigido do caminhão 45.000,00
14. Receita pela venda de um terreno do ativo imobilizado 25.000,00
15. Valor contábil do Terreno vendido 32.000,00
16. Juros ativos sobre IR a compensar (taxa SELIC) 650,00
Considerando os dados acima, teremos a seguinte base tributável pelo IR
naquele mês, caso a opção seja pelo IR estimado sobre a receita bruta e
acréscimos:
Observações:
a) o valor constante do item 2 (ICMS s/ vendas) não pode ser diminuído da
receita bruta;
b) o item 7 (Reversão de provisão para ações judiciais) é uma receita não
tributável, pois a despesa, por ocasião da constituição da provisão, não
foi dedutível;
c) os itens 8 e 9 (Receitas de Juros Sobre o Capital Próprio e de Aplicações
Financeiras) integram apenas o resultado anual, quando também poderá
ser compensado o IRPJ, de R$900,00 e de R$200,00, retido sobre os
rendimentos dos itens 8 e 9;
d) o prejuízo apurado na venda do terreno (itens 14 e 15) só poderá ser
deduzido na apuração do lucro anual;
e) os percentuais para estimar o lucro, no caso de 8%, incidem apenas
sobre a receita bruta; as parcelas da base de cálculo do IR, originadas
das demais receitas, resultam da apuração individual do lucro gerado
pela respectiva operação; se esta resultar em prejuízo, este é
abandonado.
Uma vez calculado o imposto pela aplicação da alíquota geral, este poderá ser
reduzido por incentivos fiscais de diversas origens e finalidades, ou ainda,
poderá ser utilizado, em parte, na aplicação em investimentos regionais.
PAT e PDTl/PDTA
Conta Valor em R$
Lucro líquido do exercício antes do IR e após CS 500.000,00 (1)
Adições (+) 370.000,00 (2)
Exclusões (-) 150.000,00 (3)
Subtotal (result. Fiscal antes comp. Prejuízo) (=) 720.000,00 (4)
Compensação de prejuízos (-) 216.000,00 (5)
Lucro Real (=) 504.000,00 (6)
Provisão para Imposto de Renda (=) 102.000,00 (7)
Memória de Cálculo:
1) Lucro Líquido extraído do Demonstrativo de Resultados Contábil;
2) 200.000,00 + 120.000,00 + 50.000,00;
3) 50.000,00 + 100.000,00;
4) 500.000,00 + 370.000,00 - 150.000,00;
5) Limite para compensação de prejuízos - 30% de 720.000,00;
6) 720.000,00 - 216.000,00;
7) 15% de 504.000,00 + 10% de 264.000 (504.000 - 240.000,00).
Dever de Escriturar
A pessoa jurídica sujeita à tributação com base no lucro real, por força de lei ou
por opção, deve manter escrituração com observância das leis comerciais e
fiscais (Decreto-Lei nº. 1.598/77, art. 7º).
A escrituração deverá abranger todas as operações do contribuinte, os
resultados Apurado sem suas atividades no território nacional, bem como os
lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior (Lei nº. 2.354, de
29 de novembro de 1954, art. 2º, e Lei nº. 9.249/95, art. 25).
Demonstrações Financeiras
QUESTÕES DISCURSIVAS:
8) Uma organização optante pelo lucro real trimestral iniciou suas atividades
em iniciou suas atividades janeiro de X10. Os dados das operações de
cada trimestre são apresentados abaixo:
Solução:
9) A Cia Boa Fé iniciou suas atividades há alguns anos, optou pelo Lucro Real
e vem apurando prejuízos fiscais, desde a sua criação, no montante total
acumulado de R$160.000. Conforme previsto no plano de negócios da
empresa, no atual trimestre, ela está superando as “vacas magras” e está
operando com lucro contábil no montante de R$450.000, nele incluído
receitas não tributáveis de R$80.000 e despesas tributáveis de R$140.000.
Considerando-se estes dados obtenha o imposto de renda devido e a
contribuição social sobre o lucro, à alícota de 9%, cuja a base de cálculo
prevista é a mesma do IR. (IRPJ = R$53.550,00; Adicional =
R$29.700,00; CSSLL = R$32.130,00)
10) Uma empresa que opera na área de prestação de serviços optante pelo
Lucro Real Anual (percentual base de 16%), mantendo prejuízo fiscal
registrado na parte B do Lalur no montante de R$15.000. No mês atual ela
obteve receita bruta de R$128.000 e lucro pela venda de computadores do
imobilizado no valor de R$1.400. Com base nestes dados calcule o imposto
devido nomes atual. (Resposta: R$3.176,00)
GABARITO (C, D, B, E, C)
AULA 10
LUCRO PRESUMIDO
OBJETIVOS
INTRODUÇÃO
As pessoas jurídicas não obrigadas ao regime de tributação pelo lucro real, cuja
receita total, no ano-calendário anterior, tenha sido igual ou inferior a
R$48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), poderão optar pelo
regime de tributação com base no lucro presumido (Lei nº. 8.981/95, art. 44;
Lei nº. 9.065/95, art. 1º; Lei nº. 9.249/95, art.29; Lei nº. 9.718/98, art. 13;
Lei nº. 10.637/02, art. 46).
O limite previsto neste item será proporcional ao número de meses do ano
calendário, no caso de início de atividade (Lei nº. 8.981/95, art. 44, § 1º).
A partir de 1999 estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas
(Lei nº. 9.718/98, arts. 14º):
A opção pela tributação com base no lucro presumido será aplicada em relação
a todo o período de atividade da empresa em cada ano-calendário (Lei
nº.9.430/96, art. 26). A partir de 1999, a opção pela apuração do imposto de
renda com base no lucro presumido é irretratável para o ano-calendário (Lei
nº. 9.718/98, art. 13, § 1º).
A opção será manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do
imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano
calendário (Lei nº. 9.430/96, art. 26, § 1º).
A pessoa jurídica que houver iniciado atividade a partir do segundo trimestre
manifestará a opção com o pagamento da primeira ou única quota do imposto
devido relativa ao período de apuração do início de atividade (Lei nº. 9 430/96,
art. 26, § 2º).
Além dos valores obtidos pela aplicação dos percentuais antes especificados
sobre a receita bruta, integram também a base de cálculo do lucro presumido
outros valores, conforme a seguir especificado.
A pessoa jurídica que, até o ano-calendário anterior, houver sido tributada com
base no lucro real, deverá adicionar à base de cálculo do imposto,
correspondente ao primeiro período de apuração no qual houver optado pela
tributação com base no lucro presumido, os saldos dos valores cuja tributação
havia diferido, controlados na parte "B" do Livro de Apuração do Lucro Real -
LALUR, corrigidos monetariamente até 31/12/95 (Lei nº. 9.430/96, art. 54).
Ganhos de Capital
Integram também a base de cálculo do lucro presumido os ganhos de capital,
assim considerados:
Cálculo do Imposto
Pagamento do Imposto
Distribuição de Lucros
QUESTÕES DISCURSIVAS
a) R$9.120,00;
b) R$8.340,00;
c) R$9.580,00;
d) R$8.280,00;
e) R$9.200,00.
GABARITO (a, c, e, d, b)
ANEXO
Contribuintes da CSSLL
São contribuintes as pessoas jurídicas, aquelas consideradas como tal para fins
de Imposto de Renda. Assim, as entidades enquadradas no inciso I do art. 12
do Decreto nº. 3.048/99 – RINSS (empresa- firma individual ou a sociedade
que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos
ou não, bem como os órgãos e as entidades da administração pública direta,
indireta e fundacional) que não se enquadrem na imunidade ou isenção da Lei
nº. 9.532/97 com as alterações da Lei 9.732/98, estão sujeitas à contribuição
social sobre o lucro líquido (Manual DIPJ2003, item 18).
No que respeita ao disposto na Lei nº. 9.732/98, especialmente no art. 7º, que
determina:
Vale repisar que a CSSLL, até 31/12/96, era dedutível de sua própria base de
cálculo e do lucro real (alterado pela Lei nº. 9.316/96, art. 1º).
Convém lembrar, ainda, que a apuração da base de cálculo da CSSLL é muito
semelhante a do Lucro Real, especialmente no que tange às adições,
exclusões, diferimentos, etc., introduzidos na legislação a partir de 1995. Não
podemos, entretanto, desprezar as diferenças nos ajustes, espeçialmente
quando se trata de regras estabelecidas para o imposto de renda, já antigas,
que em muitos casos não alcançam a CSSLL.
Sabemos que o imposto de renda, quando a empresa opta pelo lucro real
anual, deve ser apurado mensalmente por estimativa sobre a receita bruta e
acréscimos, ou com base em balanços de suspensão ou redução. Neste último
caso a CSSLL é apurada segundo as regras do lucro real, pois há apuração do
lucro real.
Porém, quando o IR estimado é calculado com base na receita bruta e
acréscimos, a base de cálculo da contribuição em tela é apurada mensalmente,
de forma semelhante à apuração da base do IR, variando, basicamente, os
percentuais de presunção do lucro aplicáveis sobre a receita bruta.
Para efeito de pagamento mensal por estimativa sobre a receita bruta e
acréscimos, a base de cálculo da Contribuição Social Sobre o Lucro será a soma
dos seguintes valores:
Considera-se, para fins deste item, como receita bruta aquela proveniente das
atividades objeto da empresa (venda, serviços e comissões); desta receita
bruta poderão ser deduzidas as vendas canceladas, os descontos
incondicionalmente concedidos e os impostos não-cumulativos, cobrados
destacadamente do comprador ou contratante, e do qual o vendedor dos bens
ou prestador dos serviços seja mero depositário(IPI); embora a lei não faça
referência específica quanto à dedução do imposto sobre operações relativas à
circulação de mercadorias -ICMS, retido pelo vendedor dos bens ou prestador
dos serviços na condição de substituto tributário, entendemos ser este passível
de exclusão. Esta conclusão tem como fundamento o parágrafo único do art. 3º
da MP 1.212, de 28 de novembro de 1995 (DOU 29/11/95), convertida na Lei
nº. 9,715/98, que admitia a exclusão para fins de PIS.
Sendo desconhecida a receita bruta e havendo arbitramento, a base de cálculo
da CSSLL decorrente é aquela utilizada na apuração da base de cálculo do IRPJ
(art. 55 da Lei nº. 8.981/95).
O ganho de capital referido no inciso III, "a", deste item, corresponderá à
diferença positiva verificada, no mês, entre o valor da alienação e o respectivo
custo de aquisição diminuído dos encargos de depreciação, amortização ou
exaustão acumulada.
A partir da publicação da IN nº. 104/98 (26/08/98), para as empresas optantes
pelo lucro presumido, a receita bruta a que se refere o inciso I deste item pode
ser considerada pelo regime de competência ou de caixa.
A partir de 1999, a pessoa jurídica sujeita à tributação pelo imposto de renda
com base no lucro real, presumido ou arbitrado, que tenha como objeto social,
declarado em seus atos constitutivos, a compra e venda de veículos
automotores, deverá observar, quanto à apuração da base de cálculo dos
tributos e contribuições de competência da União, administrados pela
Secretaria da Receita Federal, o seguinte: nas operações de venda de veículos
usados, adquiridos para revenda, inclusive quando recebidos como parte do
pagamento do preço de venda de veículos novos ou usados, o valor a ser
computado na determinação da base de cálculo destes tributos será apurado
segundo o regime aplicável às operações de consignação.
No que respeita às variações monetárias ativas, referidas no inciso III, letra
"g", deste item, temos que considerar a inovação vigente a partir de 1º de
janeiro de 2000, introduzida pelo o art. 30 da MP nº. 1858-10 (atual MP 2.158-
35/01), de 26/10/1999, que diz: "as variações cambiais podem ser
consideradas, para efeito de determinação da CSSLL, ou pelo regime de
competência ou quando da liquidação da correspondente operação", Esta opção
deve ser uniforme em todo o ano-calendário. Também em 1999 há
modificações neste sentido. O art. 31 da MP nº. 1858-10 (atual MP 2.158-
35/01) autoriza excluir a parcela das receitas financeiras decorrentes da
variação monetária dos direitos de crédito e das obrigações, em função da taxa
de câmbio, submetida à tributação, segundo regime de competência, relativo
ao períodos compreendidos no ano-calendário de 1999, excedente ao valor da
variação monetária efetivamente realizada, ainda que a operação tenha sido
liquidada.
Alíquota da CSSLL
A partir de 1º de janeiro de 2003, a alíquota da CSSLL passa ser de 9% (art.
40 da MP 66/2002, convertida na Lei nº. 10.637/02, art. 37).
Por fim, convém lembrar que a partir de 16/12/98, quando foi publicada a
Emenda Constitucional nº. 20, a CSSLL poderá apresentar alíquotas
diferenciadas, de uma empresa para outra, em razão do número de
empregados e/ou das atividades por estas exercidas.
Vencimento da CSSLL
Deduções da CSSLL