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CIÊNCIA DA RELIGIÃO'
KLAUS HOCK
Tradução:
Monika Ottermann
Edições Loyola
Título original:
Einführung in die Religionswissenschaft
2. durchgesehene Auflage
© 2006 by Wissenschaftliche Buchgesellschaft, Darmstadt
1. Auflage 2002
Hindenburgstrasse 40, 64295 - Darmstadt, Germany
ISBN 978-3-534-20048-1
Edições Loyola
Rua 1822, 341 - Ipiranga
04216-000 São Paulo, SP
T 55 11 3385 8500
F 55 11 2063 4275
editorial@loyola.com.br
vendas@loyola.com.br
www.loyola.com.br
ISBN 978-85-15-03737-7
© EDIÇÕES LOYOLA, São Paulo, Brasil, 2010
CAPÍTULO III
HISTÓRIA DA RELIGIÃO
ÈNCIA DA RELIGIÃO
CIÊNCIA DA RELIGIÃO W© VT
Música e arte As fontes à disposição da pesquisa da história da religião não são so
mente textos em forma oral ou escrita. A ampla gama da criação cultural
— música, arte, toda a cultura material em cujo âmbito se move uma co
munidade religiosa, até odores! — oferece um acervo rico, até transbor-
dante de fontes histórico-religiosas, sejam elas visíveis ou invisíveis. Os
sons do gongo ou do tambor servem não apenas para a comunicação
entre pessoas ou para o entretenimento — também podem transmi
tir mensagens religiosas e causar os respectivos efeitos. Por exemplo,
no chamado culto bori dos hausa na África Ocidental, o som da goge,
uma espécie de violino de uma corda, tem poder sobre espíritos quando
o instrumento é tocado pelo devido perito religioso. E no cristianismo
ocidental a música sacra expressa mensagens religiosas também sem
palavras. No entanto, mais visível — literalmente — torna-se o religioso
em obras das artes plásticas. Mesmo em âmbitos nos quais uma ampla
proibição de imagens restringe essa possibilidade, temos fontes visíveis
correspondentes: arabescos ou caligrafias que expressam mensagens
religiosas em seu aspecto visível. A arquitetura é testemunha de pro
cessos de transformação histórico-religiosos e talha mensagens religio
sas em pedras: o islamismo emprestou o minarete do cristianismo, e
um edifício como o Borobudur budista na ilha de Java não apenas conta
em seus frisos, por exemplo, a vida e a lenda do Buda, mas também
reflete a doutrina budista em sua planta e em sua estrutura. A esses
exemplos poderíam ser acrescentados muitos outros.
Coisas materiais e No entanto, pertencem a esse tipo de fontes histórico-religiosas
não materiais
não verbais não somente obras especialmente preciosas ou sofistica
das em termos artísticos e estéticos, mas também objetos "simples','
por assim dizer, objetos religiosos de uso cotidiano: varinhas para orá
culos, tambores de xamãs, cálices de Santa Ceia etc. — o número de
tais objetos é verdadeiramente infinito. A Coleção Histórico-Religiosa
(Religionskundliche Sammlung) em Marburgo, Alemanha, teve desde
o início o objetivo de colecionar, como objetos de documentação, ob
jetos religiosos de todas as espécies. Contudo, normalmente encon
tramos tais fontes visíveis e não verbais somente ali onde "vivem" no
Visíveis mas não materiais são atos ou movimentos (dança!)
como fontes histórico-religiosas, por exemplo na forma de gestos com
a mão ou gestos em geral (por exemplo, em determinadas situações,
católicos piedosos se persignam), como inclinação diante de uma
estátua do Buda ou circulação em torno dela, ou como sequências
complexas, por exemplo na forma de rituais sacrificais hindus. Muitas
vezes estão combinados com outros elementos (fala, música, odores,
imagens ou objetos), mas podem ocorrer também isoladamente.
JIÊNCIA DA RELIGIÃO W© 3^ Ví
HISTÓRIA DA RELIGIÄC