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14)
Compreendendo a Santidade
De acordo com Myer Pearlman, santificação sugere uma cena do templo, afinal de
contas, esta palavra relaciona-se fortemente com o culto a Deus. Santidade não é uma roupa que se
veste, não é um calçado que se usa, nem se restringe a um mero estilo de vida legalista, é muito
mais que isso. É ela um dos três aspectos de nossa salvação, os quais são: Justificação (Deus nos
declara justos), Regeneração (Deus implementa em nós uma nova natureza, a espiritual) e a
Santificação (Deus nos declara santos e somos transformados gradativamente), que também inclui
a glorificação.
Isso também nos aponta que essa santificação é tanto externa quanto interna. O aspecto
externo é a separação do pecado e a dedicação a Deus – o qual é provido pela obra expiatória de
Cristo – o que nos fala de uma posição em relação a Deus e ao pecado, é a santidade posicional; o
interno é a purificação do pecado – o qual é operação do Espírito Santo (IJo 1.9). O que nos leva à
compreensão de que a santificação é mais do que uma nova vida implantada na alma pela
regeneração, de maneira persuasiva. Mas ela consiste em uma operação divina na alma pela qual a
santa disposição nascida na regeneração é fortalecida e os seus santos exercícios são aumentados.
(Berkhof, Luis. Teologia Sistemática).
Os termos santidade e santificação são atualmente empregados com tanta frequência
para descrever qualidades morais e espirituais, que mal comunicam a idéia de posição ou de relação
existente entre Deus e uma pessoa ou coisa a ele consagrada, embora este último seja o real sentido
da palavra. Tembém denota purificação ética. Muito embora denote purificação ética, inclui a ideia
de separação, isto é, a separação do espírito de tudo que é impuro e corrupto, e uma renúncia dos
pecados para os quais os desejos da carne e da mente nos levam.
Santificação, santidade e consagração são sinônimos e significam: separação, dedicação,
purificação, serviço.
E você, com quem se identifica? Com Cristo, que se priva de suas vontades por saber
que não agradam a Deus? Ou com Esaú, que renega as coisas de Deus por preferir a satisfação
momentânea e imediata de seus prazeres carnais e transitórios?
Santidade, Meu Compromisso (Hb 12.14)
Uma Busca Necessária
Você já perdeu a harmonia com alguém por conta das suas próprias crises,
sofrimentos, dificuldades e mesmo perseguição de outros a você?
É muito fácil perdermos a paz e a harmonia com as pessoas à nossa volta, especialmente
com aquelas que estão bem próximas de nós, devido à impaciência, o estress e angústias
provocados pelos problemas e adversidades em nosso dia-a-dia. E além de perdermos a harmonia
com as pessoas que amamos e que nos cercam perdemos também a harmonia com Deus!
Porém, a harmonia e a paz com as pessoas à nossa volta são indicações de nossa
santidade e de nosso relacionamento com Deus. Afinal de contas, a santidade deve ser refletida
em nossos relacionamentos. Se quiseres medir seu nível de santidade – falando da progressiva –,
então olhe para seus relacionamentos: Com as pessoas à sua volta e com Deus. Pois a forma como
nos relacionamos com as pessoas, o mesmo tratamento que lhes dispensamos é somente um reflexo
da forma como relacionamo-nos e tratamos a Deus.
Como dissemos na primeira parte dessa mensagem, esta carta aos Hebreus foi escrita
aos crentes que estavam sendo perseguidos por terem renunciado ao judaísmo para seguir a Cristo.
Logo, muitos estavam desistindo de sua fé, outros, porém, estavam esmorecidos, e tantos outros
questionando se haviam feito a escolha certa ao decidir renunciar as práticas judaicas para
tornarem-se cristãos. Tudo isso aliado à severidade da perseguição e a desistência e
esmorecimento de muitos havia o risco de acusarem-se mutuamente e mesmo revoltarem-se.
Neste ponto do capítulo 12 de Hebreus o autor nos apresenta uma visão cristã a cerca do
sofrimento do crente. Pois assim como nós, eles também se questionavam por que o justo sofre.
Por que a perseguição, as doenças, as tentações, as provações, as dores, os sofrimentos e os
problemas atingem a vida do cristão, uma vez que ele busca agradar a Deus e fazer sua vontade?
Por que não conseguimos viver em paz neste mundo? Como devemos reagir diante de tamanhas
atrocidades que nos acomentem?
Os versos de 5 a 13 do capítulo 12 de Hebreus ensina-nos que todo sofrimento cristão é
pedagógico, ou seja, tem um fim e um caráter de nos ensinar, pois faz parte do processo
educativo de Deus para seus filhos. Pois muito embora não venham diretamente de Deus, no
sentido de que Deus seja o causador ou o provocador dos mesmos, Ele os permite e depois os
revoga para sua glória, para o nosso bem e para a bênção daqueles que estão à nossa volta.
Nada na vida do cristão acontece por um acaso. Deus aproveita as circunstâncias
adversas da vida para nos conformar à imagem de seu Filho Jesus Cristo. Pois todas as coisas
cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. (Rm 8.28).
Nem sempre os sofrimentos são indícios da desaprovação ou desagrado de Deus em
relação a nós. Na grande maioria das vezes ele os permite para, por meio deles nos tratar. Há
falhas em nós que só serão tratadas em meio a situações adversas. Logo, a nossa postura, como
indica o texto, é a de nos esforçar por manter a paz, a santificação e buscar ver Deus.
Mas o que deve fazer o crente diante da hostilidade do mundo, das perseguições à sua
fé, dos sofrimentos enfrentados, da corrupção moral que impera neste mundo e das atrocidades da
vida às quais todos estamos sujeitos?
Quem sabe você chegou hoje aqui pensando em deistir de tudo, alegando que
não aguenta mais, que não suporta mais tanta luta, tanta perseguição, tantos problemas,
tantas dificuldades, tantas discussões, tantas incompreenssões. Mas o Senhor te diz: Não
desista, eu sou teu Deus e o aguardo com uma coroa de glória!
Talvez chegou pensando em desistir de seu casamento, alegando não aguentar
mais tanta implicância, tantas discussões, tanta traição, tantas brigas, tanta
incompatibilidade, tantos problemas financeiros, mas o Senhor te diz: não desista, antes, seja
luz para seu cônjuge, para que, se ele ainda não obedece a palavra, seja ganho pelo seu santo
procedimento sem palavra alguma.
Talvez pensando em desistir da igreja, alegando não aguentar mais tanta pressão,
tantos problemas financeiros, tantas pessoas falhas – a igreja é compostas de pecadores que
foram feitos santos, mas que permanessem numa condição e sujeição ao pecado; que não
suporta mais as cobranças e mesmo incompreensões. Mas o Senhor te diz: Não abandoneis o
costume de se reunir como igreja como alguns estão fazendo, antes, admoestem uns aos
outros e estimulem-se mutuamente à prática das boas obras, tanto mais quanto vede que o
Dia se aproxima. (Hb 10.25).
Com efeito tendes necessidade de perserverança! Não desista, nem olhe para
trás. Olhe para Jesus.