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Curso de Inglês
Cadeira de Necessidades Educativas Especiais
Nomes: Nelson Aminosse Zavale
Carlos Angelina
1. Introdução
Durante muito tempo se utilizava nas escolas a palavra exame, onde os alunos eram
submetidos a provas e por meio dela os professores calculavam o conhecimento de cada
um. Portanto o termo avaliação é um sinônimo que foi adotado para efetivar a mesma
coisa, observar o conhecimento que o aluno obteve ao longo dos dias letivos.
Atualmente isso continua ocorrendo, e houve alguns avanços, não deixando de ter a
mesma significância, porém ainda assim os professores preocupam-se com o “avaliar”.
Bem se sabe que antigamente, e não precisa ir tão longe no tempo, pouco se via falar
nas escolas sobre dificuldades de aprendizagem, atraso cognitivo e deficiências, com o
passar dos anos isso tornou-se acentuado e passou a causar nos professores medos e
receios em ensinar, logicamente que tantas mudanças ocorridas acabaram por fazer
recuar parte dos professores pela falta de preparo em lidar com situações que até então
era incomum ao seu dia a dia. Se avaliar de um modo geral estava difícil imagina diante
de tanta diversidade, porém, a avaliação é um componente integrante na parte educativa
e que precisa ser trabalhada e desenvolvida, uma vez que o próprio sistema exige e
cobra para que seja realizada. Atualmente autores como Luckesi, Garcia, Diligenti e
Caldeira entre outros vêm se realizando estudos para verificar qual a contribuição da
mesma no processo de ensino- aprendizagem inclusive na própria formação do
indivíduo.
1.1. Objetivos
Geral
Abordar e analisar o trabalho escolar e as condições de aprendizagens e
avaliação dos alunos
Específicos
Uma proposta pedagógica nos leva acreditar que o trabalho da escola mostra como se
supera alguns problemas comuns no ensino e na aprendizagem. Usualmente, o ensino
dos conteúdos parte da apresentação exaustiva dos conceitos. Nesta condição apresenta,
reconhece-se e valoriza-se o papel ativo do sujeito da aprendizagem, as contribuições
entre os pares, os conhecimentos prévios construídos em outra etapa da escolaridade.
É preciso que a sala de aula seja vista como um ambiente em que o conhecimento
científico tenha seu mérito de ampliar nossa capacidade de compreender e atuar no
mundo em que vivemos. Por isso o ensino deve oferecer ao aluno a oportunidade de
reflexão e ação e prepara-lo para reivindicá-las por amadurecimento próprio. O ensino
de ciências pode alcançar esse objetivo se estiver vinculado à situação cotidiana, nas
quais o aluno seja convidado a posicionar-se diante de fatos e fenômenos novos. Dessa
forma, o estudante aprende a problematizar situações aparentemente inquestionáveis e a
aceitar diferentes maneiras de entender o mundo. Graças a abrangência e à natureza dos
objetos de estudo, o trabalho escolar pode ser efetivado de forma bastante dinâmica,
despertando o interesse do estudante para a observação de fenômenos da natureza e dos
mais produtos tecnológicos, tanto os que estão próximos como os mais distantes no
espaço e no tempo.
Vejamos esta observação como se atua em sala de aula com a possibilidade de
envolvimento do aluno na aprendizagem do conteúdo; higiene, como detetar focos da
doença, cuidados, formas de transmissão, nome científico da doença e do mosquito
transmissor. (dengue), quando ele chegou à nossa região, quais os sintomas que o
paciente passa a sentir depois da picada do mosquito. Esse é um estudo que os alunos
podem trabalhar em sala de aula e se estender pela comunidade escolar, visto que se
socializa e também procura envolver as outras disciplinas. O exemplo acima nos dá a
clara visão da importância do trabalho interdisciplinar. Temos que ter em mente que
todas as disciplinas andam de mãos dadas - uma necessita da outra para o seu
desenvolvimento.
Para resolver um problema matemático, temos que saber ler e interpretar a questão. Para
tanto, é necessário saber interpretar textos, pontuar corretamente - é aí que entra a
Língua Portuguesa; em Biologia, no conteúdo de Genética, do Ensino Médio, temos que
ter conhecimentos de percentagens e probabilidades - aí entra a disciplina de
Matemática; da mesma forma, a elaboração de mapas, gráficos e tabelas ligadas à
Geografia pede conhecimentos matemáticos. Outro especto a considerar é o seguinte: o
projeto interdisciplinar onde deve estar atento para que ele tenha seu foco principal no
âmbito da disciplina, ainda que possa e deva extrapolar os limites dela. Além disso,
sempre que necessário, deve requerer auxílio de outras disciplinas. É uma atuação de
um todo que precisa cada vez mais abrir nossa mente para esse fato, pois só assim
teremos alunos motivados em sala de aula.
Estabelecer essa relação entre os conceitos conhecidos e novas hipóteses, entre variados
fenômenos e até produtos tecnológicos, com base nos mais diversos seguimentos que
esta disponível para eles. Sabemos que a sala de aula não é um exército de pessoas
caladas nem um teatro onde o professor é o único ator e os alunos, espectadores
passivos. Todos são atores da educação. A educação deve ser participativa.
3. Condições de aprendizagem
Avaliar não é uma tarefa fácil e quando se trata da avaliação dos alunos situação fica um
pouco mais complicada. Para facilitar então o entendimento da mesma se pautará em
alguns modelos de avaliação e seu conceito visando não apenas uma classificação, mas
o todo do processo educativo.
A avaliação diagnóstica é uma maneira que o professor encontra para fazer um breve
levantamento sobre o que o aluno sabe diagnosticando assim qual seu nível de
conhecimento, suas dificuldades. Essa forma de avaliar auxilia o professor para que o
mesmo possa planejar suas ações visando o desenvolvimento de seu aluno. Quando de
deteta as dificuldades esse verifica o que ele realmente tem conhecimento facilita para
que um bom trabalho possa ser feito redirecionando assim prática pedagógica.
Luckesi nos coloca que:
Esses dados recaem novamente nas notas o que tão obviamente não faz com que os
alunos tenham uma aprendizagem para a sua vida como um todo e sim de uma maneira
isolada onde é para um dado momento, o conhecimento não se pode ter para um dado
momento existem coisas que levará para a vida e quando se avalia os alunos apenas
naquele momento a aprendizagem não se efetiva.
O professor quando busca tal compreensão da história da criança e se interessa por tudo
aquilo que ela traz consigo promove e garante uma aprendizagem espontânea, não
seguindo os velhos parâmetros formais. Indagar, questionar, esclarecer são critérios que
podem permear um novo modo de avaliar, quando diante das descobertas os alunos
colocam suas ideias e seu ponto de vista acaba por ocorrer um meio de avaliar, quer-se
mudanças quanto a avaliação então esta chegada a hora de quebrar os velhos
paradigmas e conceitos que se tem, alunos não se resumem a notas e médias finais, eles
fazem parte de um conjunto que merece ser avaliado diariamente a cada nova exposição
de ideias que ele coloca frente as discussões.
Um fator que também deve ser levado em conta é que a diversidade existe seja ela de
raça, cor, cultura logo se tem diversidade de aprendizagem, hoje estudos revelam com
clareza que existem alunos que se saem melhor escrevendo outros falando e a questão
que não quer calar é porque avaliar todos os alunos de uma única maneira se os alunos
não são iguais? Por este e outros motivos que avaliar é um assunto a ser questionado e
debatido, estando diante de outros modos de avaliar porque ainda há professores que
insistem em realizar provas e mais provas, estabelecer a nota e por consequência uma
nota final se podem utilizar outros instrumentos de avaliação.
A avaliação mediadora juntamente com a diagnóstica nos serve de suporte para novos
rumos no quesito avaliar, porque permanecer na somatória apenas é rotular a todos em
uma única capacidade o que de fato é injusto e desumano. Avaliar de modo medidor é
fazer “perguntas, fazendo-lhe novas e desafiadoras questões, na busca de alternativas
para uma ação educativa voltada para a autonomia moral e intelectual”, Hoffmann
(2000, p. 34).
São raros os professores que avaliam seus alunos por meio de pesquisas, uma tarefa de
casa, um questionário, uma leitura, geralmente são duas a três avaliações escritas e nada
mais. Porém quando se avalia os alunos por meio de outras atividades, isso nos garante
melhores resultados, afinal é um processo de construção e este não precisa ocorrer
necessariamente na escola, Hoffmann nos respalda dizendo o seguinte:
Portanto, através dos registros obtidos pode-se chegar a um resultado final não seguindo
apenas uma linha de avaliação, o professor por meio das anotações que foi fazendo ao
longo de suas aulas pode respaldar-se com mais firmeza e clareza como e de que forma
chegou a um determinado resultado e que muitas vezes pode ser mais recompensador do
que se tivesse apenas adotado as famosas avaliações escritas ou de alternativas. Se
existem outros meios para se avaliar se deve então usufruí-los e registrá-los visto que
promove o conhecimento e a autonomia dos alunos.
Bem se sabe que existe uma lei maior que rege os professores, que está acima dos
mesmos, muitos se vê bitolados neste único caminho. Porém, nas escolas existe o
Projeto Político Pedagógico que rege a parte interna e que serve de princípio norteador
para professores e funcionários inclusive os alunos, nele pode ficar subentendido que os
professores podem adotar outras formas de avaliar com a finalidade de complementar a
forma adota pelo sistema geral mas como em grande parte não se encontra este subsidio
os professores preferem então continuar seguindo o velho e atual sistema, infelizmente é
uma realidade a qual se percebe uma necessidade de mudança mas ao mesmo tempo não
se muda e permanece do mesmo modo antiquado.
5. Conclusão
De acordo com o que se foi acima analisado, as maneiras como as aprendizagens dos
alunos são avaliadas, podem ser potentes mecanismos de exclusão, ou ao contrário,
podem ser um instrumento inclusivo, na medida em que ajudam aos alunos para seu
auto– regulação de seus processos de construção de conhecimento. Assim, também
ocorre com a forma como o professor utiliza a informação coletada na sala de aula, para
a busca de mudanças e melhorias. Há, portanto, uma intima ligação entre avaliação e
atenção à diversidade, mediante a adaptação do ensino às diversas características e
necessidades educativa dos alunos.
É de concluir também que avaliar está muito longe de ser um processo fácil e rápido.
Avaliar é dinamizar oportunidades de ação-reflexão, o educador como mediador do
conhecimento, precisa ter atenção, ter uma compreensão diferenciada do que é
avaliação, para que possa perceber todas as manifestações do aluno durante o caminho
pelo qual ele percorre em suas construções do saber, ou seja, é necessário considerar seu
aluno em sua inteireza, proporcionar reflexões acerca do mundo, formando seres
críticos, criativos e participativos na construção do saber, sem contudo jamais usar a
avaliação como elemento excludente.
6. Referências Bibliográficas