Você está na página 1de 11

FACULDADE SALESIANA DOM BOSCO

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL


PROJETO DE PESQUISA

O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL NO COMBATE AO RACISMO NAS


ESCOLAS

ALUNA: LEILA FERREIRA SOARES


ORIENTADOR: DAVI DALLA VECCHIA

MANAUS
2020
O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL NO COMBATE AO RACISMO NAS
ESCOLAS

ALUNA: LEILA FERREIRA SOARES

Projeto de Pesquisa do Curso de Bacharel em Serviço


Social da Faculdade Salesiana Dom Bosco

MANAUS
2020
SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO.......................................................................................................1

2. APRESENTAÇÃO.....................................................................................................1

3. JUSTIFICATIVA.........................................................................................................1

4. PUBLICO ALVO........................................................................................................1

5. OBJETIVOS................................................................................................................1

5.1. OBJETIVO GERAL....................................................................................................1

5.2. OBJETIVO ESPECIFICO..........................................................................................1

6. METODOLOGIA........................................................................................................1

7. RESULTADOS ESPERADOS.................................................................................1

8. RECURSOS HUMANOS E MATERIAS.................................................................1

9. PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA................................................................................1

10. AVALIAÇÃO...............................................................................................................1

11. CRONOGRAMA.........................................................................................................1

12. AVALIAÇÃO...............................................................................................................1

13. REFERENCIAS..........................................................................................................1
1

1. IDENTIFICAÇÃO

 NOME DO PROJETO: O Papel do Assistente Social no Combate ao


Racismo nas Escolas

 RESPONSÁVEL: Leila Ferreira Soares

 ARÉA DE ATUAÇÃO: Assistência Social

 LOCAL E DATA: Manaus, 2020

2. APRESENTAÇÃO

A profissão do Assistente Social é demandada pela sociedade


capitalista na era dos monopólios para a intervenção na vida da família
trabalhadora de modo a implementar políticas sociais que façam o
enfrentamento das sequelas da “questão social”, materializando os direitos do
cidadão, promovendo a coesão social.

É no cotidiano que o assistente social atende individualmente, faz


grupos, reuniões, planeja, emite relatórios e recomeça tudo no dia seguinte. A
vida cotidiana, segundo Heller (2008), é o espaço da vida, onde se participa
com todos os aspectos da personalidade, requerido a todo momento para
respostas imediatas a diferentes questões.

Por sua própria característica de requerer todas as respostas para


todas as suas questões, a esfera cotidiana tende à alienação, ao cumprimento
de rotinas e tarefas, limitadas à superficialidade e ao senso comum. Assim, a
execução terminal de políticas sociais muitas vezes se transforma na acrítica
implementação de leis e normas, seguindo critérios e padrões, sendo o
carimbo e o papel mais importantes que os seres humanos e suas relações.

O pensamento limitado pela pressão do dia a dia se restringe a dar


respostas automáticas e superficiais a diversas situações singulares que são
homogeneizadas a partir de sua superficialidade por meio de instrumentos de
gestão de políticas sociais pautados em um arcabouço jurídico-burocrático e
2

dessa forma organizam a rotina dos serviços que possuem impacto no


cotidiano da família trabalhadora.

Sendo assim o objetivo deste projeto é discutir a cerca de melhorias


que podem ser aplicadas nas escolas como forma de combater a questão do
racismo, usando metodologias adequadas e técnicas abrangentes para atender
a esta realizada.

3. JUSTIFICATIVA

A diversidade de atividades da vida cotidiana leva a visão limitada


apenas aos fenô- menos do real: enxerga-se a pobreza, mas não o movimento
histórico-econômico que a engendra; conhece-se o adolescente infrator, mas
não a dinâmica que o leva a se constituir enquanto tal etc. Devido a esse
trabalho lidar com componentes heterogêneos da cotidianidade, todas as suas
ações têm o intuito de, enquanto trabalhadores (burocracia) do Esta- do,
implementar políticas sociais que irá atender necessidades humanas (não
supri- das por incapacidade do mercado), as refrações da “questão social”.

É nessa esfera alienada que o assistente social irá analisar a partir da


aparência as demandas que lhe chega e dar respostas por meio de
mecanismos também falsamente compreendidos enquanto instrumentos
técnico-burocráticos. A superficialidade e heterogeneidade do cotidiano é solo
fértil ao sincretismo envolvido na prática do assistente social, “reiterando
procedimentos formalizados abstratamente e revelando sua in-diferenciação
operatória. Combinando senso comum, bom-senso e conhecimentos extraídos
de contextos teóricos; [...]” (Netto, 2007, p. 107).

Partindo da confirmada existência de racismo na educação, este


trabalho investiga como se dá a sua produção e reprodução no cotidiano
escolar, através de observações sistemáticas e assistemáticas de escolas,
especialmente públicas, de discussões com profISsionais de educação e da
aplicação de questionários aos professores de três escolas públicas
observadas sistematicamente. Abordando o racismo numa perspectiva micros
social e micropolítica, percorre o cotidiano escolar, destacando práticas e
3

discussões que veiculam o racismo, percebendo, contudo, que a maior parte


das pessoas do universo escolar não são vistas, nem se vêem como racistas e
eurocêntricas. Finalizando com o repto de que ou a escola se abre para a
diversidade racial e cultural, para as realidades diferentes vividas por seus
usuários, ou corre o risco de fossilizar-se e tornar cada vez mais intenso o seu
papel de produtora e reprodutora de desigualdades sociais, discriminações,
preconceitos, enfim, de racismo.

No que se refere à escola será usado estudos e pesquisas que


constatam a existência do preconceito racial (Filgueira, 1988) e de
desigualdades raciais na escola(Barcelos, 1992). Quanto à existência o
racismo na sociedade brasileira, o referencial é a própria realidade (senso
comum), as discüssões da militância anti-racista e uma quantidade de
pesquisas que o comprovam (Barcelos et alii, 1991).

Cada vez mais, o Movimento Negro ecoa com reivindicações tais como
a inclusão da Cultura Negra, da História do Negro no Brasil e da Africa, nos
currículos escolares, e os movimentos de luta contra o racismo clamam por
uma educação multirracial que leve em conta a pluralidade étnica, cultural e
religiosa brasileira. (JACQUARD, 2003)

Com uma elite intelectual alienada a valores culturais europeus e com


uma classe dirigente aliada ao imperialismo econômico e à sua ideologia
racista, seria ingênuo acreditarmos que o atual Sistema Educacional possa vir
a organizar o ensino em desacordo com as classes que dominam a sociedade,
e de acordo com as características multirraciais da população que possui. Ou
seja, se os formuladores do ensino no Brasil são pertencentes a uma elite
intelectual eurocêntrica, é lógico que o ensino está centrado nos valores
culturais europeus. (JACQUARD, 2003)

O professor, principal agente, na escola, do processo de socialização I


transmissão do saber acumulado pela Humanidade, desconhece o patrimônio
cultural produzido por essa própria Humanidade, que inclui o negro, o índio e
muitas etnias, bem como apresenta distorções em relação a estes segmentos
da Humanidade. (JACQUARD, 2003).
4

4. PUBLICO ALVO

 Professores, alunos de escola pública, do ensino médio regular,


na faixa etária de 15 a 17 anos, negros e brancos

5. OBJETIVOS

5.1. OBJETIVO GERAL

 Discutir a cerca de melhorias que podem ser aplicadas nas


escolas como forma de combater a questão do racismo, usando
metodologias adequadas e técnicas abrangentes para atender a
esta realizada.

5.2. OBJETIVOS ESPECIFICOS

 Conhecer o público alvo


 Abordar boas práticas de combate ao racismo nas escolas
 Apresentar políticas públicas eficazes no combate ao racismo

6. METODOLOGIA

A metodologia científica é capaz de proporcionar uma compreensão e


análise do mundo através da construção do conhecimento. O conhecimento só
acontece quando o estudante transita pelos caminhos do saber, tendo como
protagonismo deste processo o conjunto ensino/aprendizagem.
A ciência surge no contexto humano como uma necessidade de saber
o porquê dos acontecimentos (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 84), como um
modo de compreender e analisar o mundo através de um conjunto de técnicas
e métodos. Considerando a etimologia das palavras, ciência significa
“conhecimento”, todavia, vale ressaltar que nem todos os conhecimentos são
científicos nem pertence à ciência, como por exemplo, os conhecimentos
vulgares.
Cervo e Bervian (2002, p. 16) afirmam que:
5

A ciência é um modo de compreender e analisar o mundo empírico,


envolvendo o conjunto de procedimentos e a busca do conhecimento
científico através do uso da consciência crítica que levará o pesquisador a
distinguir o essencial do superficial e o principal do secundário.

No tocante ao projeto de pesquisa, será usado técnicas de processos,


onde será possível acompanhar o passo a passo das tarefas a serem
executadas, cada uma das ações que precisa ser colocadas em prática. Além
disso documentos testados e aprovados que funcionem como relatórios,
controles de funcionamento, formulários etc.

7. RESULTADOS ESPERADOS

Com base na abordagem aos alunos e a grande difusão de conteúdo


no tocante a políticas de combate ao racismo espera-se que o público alvo
deste projeto esteja capacitado a difundir sentimentos de empatia, e
consequentemente seja minimizado os impactos negativos que o racismo
causa, não só a vítima, mas toda a uma sociedade.

8. RECURSOS HUMANOS E MATERIAS

Recursos Humanos é um conjunto de habilidades, métodos e práticas


que visa o desenvolvimento e potencialização do capital humano das
organizações, bem como a melhor gerência dos comportamentos e
aproveitamento dos diferentes talentos e características encontradas no quadro
de colaboradores. (MARRAS, 2011).
Será usado habilidades dos próprios envolvidos no projeto para
atender a esta realidade, dessa forma tendo um posicionamento mais
humanizado.

9. PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA
O orçamento é uma ferramenta muito utilizada por grandes, médias e
até mesmo pequenas organizações que objetivam melhores resultados e ao
mesmo tempo para não sofrerem com imprevistos, e estarem sempre prontos
para enfrentar uma crise ou crescer de forma sustentada.

Os recursos serão provenientes por meio de parcerias público-privadas


para atender a este projeto. Estima-se que o projeto tenha um baixo custo, pois
6

necessitará de mais vontade de fazer, do que recursos financeiros, todavia o


valor planejado para aplicação nesta tarefa está estimado em R$ 10.0000.

10. AVALIAÇÃO

Um sistema eficiente de avaliação do desempenho de um projeto não


diz respeito apenas ao gerente responsável, mas também à equipe de
desenvolvimento envolvida no processo, ao interessado em questão e também
à própria organização.

Ao envolver a equipe no processo, é possível analisar, por exemplo, o


seu nível de comprometimento em relação à execução do projeto. A
participação da gerência do projeto, por sua vez, garante o suprimento dos
recursos e demais aportes necessários para a concretização do projeto, além
de alinhar as metas do trabalho em andamento com as metas da organização.
Contar com os interessados neste processo, como dito anteriormente, é
também fundamental, com esta parceria, torna-se possível caminhar rumo ao
cumprimento das expectativas delimitadas, assim como buscar soluções para
eventuais problemas.

Vale ressaltar que muitos destes indicadores para se avaliar um projeto


se tornam mais claros com o auxílio de ferramentas especializadas em gestão
de projetos. Através do uso destes mecanismos, é possível acompanhar e
planejar cada etapa do processo, promovendo a eficiência e buscando
resultados cada vez mais favoráveis.

Sendo assim as avaliações serão feitas através de indicadores, como


medição de nível de entendimento de conteúdo abordado, visitas técnicas e
relatórios diversos.

11. CRONOGRAMA

O cronograma é o principal meio de gestão do tempo de um projeto. É


ele que estabelece os marcos de início e conclusão de uma atividade,
desenvolvendo uma cadeia sequencial e lógica. Seu principal objetivo é
7

assegurar que as etapas sejam concluídas dentro do prazo definido, mantendo


os interessados satisfeito com a solução.

A elaboração de um bom cronograma de atividades depende de


importantes variáveis, a começar pela construção de um escopo bem traçado,
passando pelo entendimento completo das fases requeridas para a conclusão
da iniciativa, bem como de todos os recursos necessários para encaminhar o
projeto até o fim.

Abaixo cronograma que será seguido neste projeto.

CRONOGRAMA
AG
FASES MAR ABR MAI JUN JUL O
BRAINSTORMING DE IDEIAS X          
DEFINIÇÃO DO TEMA X X        
INICIO   X X      
ESCOLHA DA ESCOLA PARA APLICAR O
X
PROJETO          
ABORDAGENS AOS ALUNOS       X    
ACOMPANHAMENTO       X X  
ENTREGA DO PROJETO           X

12. REFERENCIAS

BARCELOS, Luis Cláudio. Educação: um quadro de desigualdades raciais.


Estudos AfroAsiáticos. Rio de Janeiro, n. 23, p. 37-69, dez. 1992.

CERVO Amado Luiz; BERVIAN Pedro Alcino. Metodologia científica. 5. ed.


São Paulo: Prentice Hall, 2002.

FIGUEIRA, Vera M. Preconceito racial: difusão e manutenção pela escola.


Intercâmbio. Rio de Janeiro, n.l, p.37-46, jan./abr. 1988.

HELLER, A. O cotidiano e a história. São Paulo: Paz e Terra, 2008.

JACQUARD, Ao LA cie"nciafrente ai racismo. In: Racismo, cieneia y


pseudociencia. Atenas, UNESCO: 17-54, mar/abr.2003

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de


metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
8

MARRAS, Jean Pierre. Administração de Recursos Humanos: do


operacional ao estratégico. 14.ed. São Paulo: Futura, 2011.

NETTO, J. P. Capitalismo monopolista e serviço social. São Paulo: Cortez,


2007.

Você também pode gostar