Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PROPÓSITO
Compreender a construção de normas internacionais e nacionais relacionadas a ambientes de
trabalho seguros e à promoção da saúde ocupacional, e a importância desses aspectos na
contínua evolução dos países no que se refere à prevenção de doenças e de acidentes de
trabalho.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
Muitos trabalhadores passam a maior parte do tempo no seu local de trabalho e, desta forma,
nada mais justo que esse seja um ambiente agradável e seguro. Hoje temos alguns direitos
que foram conquistados ao longo da história, proporcionando ao trabalhador um ambiente de
trabalho com mais conforto e qualidade.
Fonte: ShutterStock
Abordar esse assunto é importante porque nos mostra como a segurança e a saúde dos
trabalhadores vem sendo conduzida ao longo do tempo. É imprescindível que o ambiente de
trabalho seja seguro e ofereça meios para a promoção da saúde dos trabalhadores.
Mas antes de entrarmos exatamente em nosso assunto, vamos fazer um exercício rápido e
fácil: imagine uma indústria têxtil, pense em todos os setores, imagine a matéria prima
chegando, as máquinas funcionando, o tamanho do ambiente, pense também nos
trabalhadores. Como é esse ambiente? Grande ou pequeno? Fechado? Tem circulação de ar?
Tem local para alimentação? É um ambiente sujo? As máquinas são silenciosas ou
barulhentas? E os trabalhadores? Como estão vestidos? Camiseta? Bermuda? Chinelos?
Fonte: ShutterStock
Pois é, hoje temos roupas apropriadas para ambientes de trabalhos específicos, temos
ambientes limpos, com iluminação adequada, entre outros. Mas será que sempre foi assim?
Talvez você tenha respondido: não sei. Mas como chegamos até aqui? Para entendermos a
padronização que temos hoje em alguns ambientes de trabalho é preciso voltar no tempo e
compreender o que já foi vivido e registrado por outras pessoas, em outras épocas. Então,
vamos para uma retrospectiva sobre como viviam os trabalhadores em outras épocas e o que
foi feito para que possamos compreender algumas regras de hoje.
MÓDULO 1
Fonte: ShutterStock
Hipócrates (460- 370 a.C.) foi pioneiro na descoberta da origem de muitas doenças, entre
elas, identificou as que são relacionadas ao trabalho. Em seu livro Ares, Águas e Lugares
publicou sobre envenenamento por chumbo e os trabalhadores expostos às minas de estanho.
Fonte: ShutterStock
Aristóteles (384-322 a.C.), em seus registros, mostra que cuidou do atendimento e da
prevenção de doenças dos trabalhadores de mineração.
Fonte: ShutterStock
Fonte: ShutterStock
Plínio (23-79 d.C.) publicou a obra Naturalis Historiae. Nela, ele aborda a aparência e
deficiências dos trabalhadores expostos ao chumbo, mercúrio e poeiras. Além de identificar as
doenças, também recomendava o uso de máscaras feitas de bexiga de animais para a
proteção desses trabalhadores. Seria esse o embrião do que conhecemos hoje como
equipamento de proteção individual?
Fonte: ShutterStock
Avicena (980-1037 d.C.) foi um médico árabe que relacionou cólicas, apresentadas por
trabalhadores expostos a tintas à base de chumbo. Muito tempo depois, à intoxicação causada
por exposição ao chumbo, deu-se o nome de saturnismo.
Poucos registros foram encontrados, até que entre os séculos XV e XVI observamos
significativas contribuições para a saúde e segurança dos trabalhadores. Nas obras de Ulrich
Ellenbog são recomendadas medidas de higiene no trabalho após a descrição de
envenenamento por mercúrio e chumbo. Georgius Agricola elabora a descrição de doenças e
acidentes de trabalho em trabalhadores de mineração e refino de metais, sugerindo a inclusão
do uso de ventilação para estas atividades. Paracelso, considerado o pai da Toxicologia,
estudou as infecções que acometiam os mineiros do Tirol e fez as primeiras descrições sobre
doenças respiratórias relacionadas à atividade de mineração.
PARACELSO (1493-1541)
SAIBA MAIS
A pergunta "Com o que você trabalha?" foi introduzida na entrevista médica por Ramazzini ao
perceber que muitos trabalhadores estavam adoecendo por causa do trabalho, assim, tal
questionamento facilitava a identificação da causa da doença.
Naquela época, não existiam direitos dos trabalhadores, atualmente, é importante que o
médico consiga associar a doença ao ambiente de trabalho (se o trabalhador estiver
adoecendo por causa do trabalho), pois, dessa forma, alguns direitos são garantidos, como
veremos em outro momento.
Para Ramazzini, o trabalho podia ser exercido sem a ocorrência de doenças desde que fossem
tomadas medidas corretas de prevenção. Apesar de suas evidências, não há registros de
qualquer política pública que tenha sido proposta na época para reduzir os riscos a que os
trabalhadores estavam expostos. As vítimas dos acidentes e das doenças relacionadas ao
trabalho eram quase exclusivamente escravas e pessoas com nível socioeconômico baixo.
Porém, a situação estava prestes a mudar.
Fonte: ShutterStock
Com o surgimento das primeiras máquinas de fiação e tecelagem, o artesão perdeu espaço e
domínio dos meios de produção. As máquinas os substituíram e, para o sustento da família,
muitos foram contratados para trabalharem nas fábricas. As mulheres e crianças, recebendo
salários menores.
Sobre os locais de trabalho, há registros das péssimas condições para as atividades laborais e
inclusive péssimas condições de higiene. Lembra da pergunta lá no início do módulo? Como
você imagina uma indústria têxtil? Na época da Revolução Industrial, as fábricas eram sujas e
a iluminação precária. Não se tinha o conhecimento de que esses ambientes sujos ajudavam
na propagação de várias doenças, também conhecidas como pestes.
Fonte: ShutterStock
EXEMPLO
Agora, vamos pensar na seguinte situação: você foi contratado para trabalhar em uma indústria
como operador de uma máquina que funciona com os comandos em um painel, porém não te
passam as instruções. Você terá que aprender como manusear a máquina sozinho. Para
alguns, talvez seja fácil pelo conhecimento de aparelhos eletrônicos, mas para outros será um
desafio.
Como manusear uma máquina que nunca vi na minha vida? E se eu fizer alguma coisa errada?
Hoje, é mais fácil de resolvermos essas situações, mas na época da Revolução Industrial era
árduo, como veremos agora.
Dentro das fábricas, por falta de ventilação, local apropriado para descanso, alimentação e
higiene muitas doenças infectocontagiosas eram transmitidas, além de doenças causadas pela
exposição a agentes químicos e intoxicações. A ausência de medidas de segurança causavam
mortes, inclusive das crianças.
Fonte: Shutterstock
Jovens trabalhando na sala de fiação do Cornell Mill em Fall River, Massachusetts. Foto de
janeiro de 1912 por Lewis Hine
Estamos falando de uma época que não havia qualquer tipo de regulamentação relacionada ao
trabalho, tudo era novidade e, desta forma, o empregador criava e fixava diretrizes, além de
modificá-las conforme sua vontade. Não existia limite de tempo para jornada de trabalho,
muitos trabalhadores iniciavam sua jornada de madrugada e só terminavam no início da noite,
ou dependendo da situação continuavam a noite toda em ambientes inapropriados e pouco
iluminados. Os ruídos emitidos pelas máquinas eram ensurdecedores, dificultando a
comunicação e contribuindo para o aumento do número de acidentes e das perdas auditivas.
Em 1831, foi publicada na Inglaterra a obra Os efeitos das artes, ofícios e profissões na saúde
e longevidade de autoria de Charles Turner Thackrah, o qual contribuiu para o
desenvolvimento de legislações voltadas aos trabalhadores. Em 1830 surgiu o primeiro serviço
médico industrial do mundo, com a nomeação do médico Robert Baker como o inspetor do
serviço.
Era um cirurgião inglês. Ele foi pioneiro no campo da Medicina Ocupacional e foi membro
fundador da Leeds School of Medicine.
Fonte: ShutterStock
Essa nova fase modificou as relações entre pessoas, a forma de viver e de trabalhar. Sobre o
trabalho, para a organização industrial, herdeira da Primeira Revolução Industrial, foram
adotados novos processos de trabalho. E o aperfeiçoamento desejado nas indústrias veio com
Taylor e Ford.
Fonte: Wikimedia Commons
Em 1907, nos Estados Unidos, Frederick W. Taylor publicou a obra Princípios de Administração
Científica, na qual apresentou técnicas, mecanismos, estudo de tempos de movimentos,
padronização de instrumentos e ferramentas, padronização de movimentos, conveniência de
áreas de planejamento, sistema de pagamento de acordo com o desempenho e cálculo de
custos.
CRIAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO
INTERNACIONAL DO TRABALHO
Em 1919, com a criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), houve mudanças
significativas no ritmo de trabalho e o enfoque das normas e práticas de proteção à saúde dos
trabalhadores. A OIT é uma grande referência internacional fundada para promover justiça
social. Tem estrutura tripartite formada por representantes de governos, de empregadores e de
trabalhadores que participam em situação de igualdade das diversas instâncias da
Organização.
Fonte: ShutterStock
Por trabalho decente, a OIT entende: “condição fundamental para a superação da pobreza, a
redução das desigualdades sociais, a garantia da governabilidade democrática e o
desenvolvimento sustentável”. A entidade realiza o seu trabalho através de três organismos
principais compostos por representantes de governos, empregadores e trabalhadores.
A OIT é responsável pela formulação das famosas Convenções e Recomendações, que são
normas internacionais do trabalho. Atualmente, temos um total de 189 Convenções
Internacionais de Trabalho e 205 Recomendações sobre diversos temas. As Convenções e
Recomendações mais conhecidas são:
Proteção à maternidade.
Proibição das piores formas de trabalho infantil e ação imediata para sua eliminação.
SAIBA MAIS
Recomendações
AMERICAN CONFERENCE OF
GOVERNMENTAL INDUSTRIAL HYGIENISTS
(ACGIH)
A Conferência Americana de Higienistas Industriais Governamentais (ACGIH) foi criada em
1938 como Conferência Nacional Independente de Higienistas Industriais Governamentais
(NCGIH). Até 1946 os membros da NCGIH eram representantes de 24 estados, 3 cidades, 1
universidade e o Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos da América. Em 1946, a
organização passou a ser chamada de Conferência Americana de Higienistas Industriais
Governamentais e ofereceu associação plena a todas as agências e instituições de higiene
industrial, bem como a profissionais higienistas de outros países.
Fonte: https://www.acgih.org/
A ACGIH se expandiu sem perder de vista um dos seus objetivos: incentivar o intercâmbio de
experiências entre profissionais higienistas e divulgar informações que possam ser úteis ao
cumprimento de suas funções. As publicações são referências mundiais na análise de riscos
físicos, químicos e biológicos.
Fonte: ShutterStock
Ao longo dos anos, a ACGIH desenvolveu trabalhos e manuais sobre saúde ambiental,
segurança e saúde dos trabalhadores, toxicologia, substâncias cancerígenas, controle de
resíduos no local de trabalho, ergonomia, entre outros. Desde a sua criação, o principal
objetivo da ACGIH tem sido proteger os trabalhadores através do desenvolvimento de
diretrizes de exposição ocupacional baseadas em estudos científicos. Essas diretrizes
tornaram-se reconhecidas e utilizadas em todo o mundo.
COMENTÁRIO
A Terceira Revolução Industrial teve início após a Segunda Guerra Mundial. Com o avanço da
ciência e da tecnologia, essa fase da Revolução Industrial passa a ser conhecida como
Revolução Técnico-Científica.
Aqui, temos o avanço das pesquisas e a criação e transformação de novas formas de trabalho,
como robótica, informática, telecomunicações, eletrônica e, no campo da ciência, a
revolucionária Engenharia Genética.
Fonte: ShutterStock
A maior parte do sistema produtivo sofreu mudanças, e alguns problemas começaram a surgir,
como desemprego e exigência de mão de obra ultraespecializada. No campo da saúde do
trabalhador, doenças como Lesões por Esforços Repetitivos (LER), que até então não eram
levadas em consideração, começam a fazer várias vítimas, e apesar de novas tecnologias, os
acidentes de trabalho continuam.
A lesão por esforço repetitivo afeta músculos, nervos, ligamentos e tendões. Esse tipo de
lesão pode ser causado por técnica inadequada ou uso excessivo.
O próprio Schwab questiona o que fazer para promover resultados mais positivos e ajudar
aqueles que ficarem presos na transição. Sabemos que ao longo da história muitos empregos
foram substituídos por outros e que o ser humano tem uma capacidade incrível de criar novas
formas de trabalhar, talvez nesse momento seja necessário mais estímulos à criatividade.
Por outro lado, esta nova fase nos trouxe outras preocupações no campo social e do meio
ambiente, uma vez que a população está envelhecendo e a cada dia temos mais poluição. As
Políticas Públicas precisam caminhar lado a lado com a evolução tecnológica para que seja
evitado o distanciamento de alguns grupos ao acesso ao novo mercado de trabalho.
autor/shutterstock
No campo da saúde e segurança do trabalho, além dos acidentes e das doenças clássicas
relacionadas a esse ambiente, hoje o mundo do trabalho enfrenta outros inimigos: o suicídio
relacionado ao trabalho, depressão e ansiedade.
Fonte:Shutterstock
Estados emocionais como insegurança e temor de ficar desempregado fazem com que os
trabalhadores se submetam a condições insalubres, assim como horas extras sem
remuneração.
Trabalhos aos finais de semana para completar renda viraram regra, retirando desse
trabalhador momentos de lazer tão importantes para sua produtividade.
Exaustões física e emocional também precisam ser levadas em consideração, uma vez que o
assalariado estressado fica mais vulnerável ao erro. O próprio desemprego é considerado um
fator de risco para o adoecimento do trabalhador.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) I, II, III
B) I
C) II, III
D) III
C) Segunda Revolução Industrial, caracterizada pela indústria, porém agora com outras
matérias-primas, como o aço e o petróleo. A inserção da eletricidade nessa fase traz mudanças
no processo de trabalho. Aqui há um avanço relacionado ao ambiente de trabalho seguro.
D) Terceira Revolução Industrial, caracterizada pelo avanço das máquinas, que tendem a ser
automatizadas a partir de processos digitais. Nessa fase, há um aumento da depressão
relacionada ao trabalho e também o envelhecimento da população, além de ambientes mais
poluídos.
GABARITO
O texto revela uma das faces do processo de industrialização em todo o mundo. Sobre o
processo de trabalho ao longo do tempo, podemos considerar como corretas as opções:
MÓDULO 2
Fonte: ShutterStock
Fonte: ShutterStock
Os ambientes eram mal iluminados, sem ventilação e não dispunham de instalações sanitárias.
Uma das justificativas para tal fato foi o de que as indústrias aqui montadas haviam sido
transferidas da Europa, e no Brasil não havia tradição de trabalho livre, logo era mais difícil
cobrar melhores condições de trabalho aos empregadores. Nem o trabalhador nem o
empregador conheciam outra prática no trato com a força de trabalho que não fosse a chibata.
(DEAN, 1971)
Em 1918, o presidente do Brasil Venceslau Braz Gomes cria, através do Decreto nº 3.550, o
Departamento Nacional do Trabalho, com o objetivo de regulamentar a organização do
Trabalho. Em 1919, com o Decreto Legislativo nº 3.724, foi instituída a reparação em casos de
doença contraída pelo exercício do trabalho. O Decreto é conhecido como a primeira lei sobre
acidentes de trabalho.
Fonte: ShutterStock
Carlos Chagas, Primeiro Diretor do Departamento Nacional de Sáude.
A Lei Eloy Chaves (Decreto nº 4.688, 24/01/1923), com a criação da Caixa de Aposentadoria e
Pensões para os empregados de empresas ferroviárias, consolidou a base do sistema
previdenciário brasileiro. Também em 1923, foi criada a Inspetoria de Higiene Industrial e
Profissional, junto ao Departamento Nacional de Saúde, no Ministério do Interior e Justiça.
Você sabe o que é CLT? A Consolidação das Leis Trabalhistas é a unificação de toda
legislação trabalhista que existia no Brasil até o momento da sua aprovação. Em 1944, o
Decreto-Lei nº 7.036, 10/11/1944 promoveu a reformulação da Lei de Acidentes de Trabalho.
Empresas com mais de 100 funcionários deveriam constituir uma Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes (CIPA) baseada na Recomendação 112 da OIT. A legislação brasileira
foi expressa no Capítulo V da CLT.
SAIBA MAIS
Você sabia que parte dos acidentes de trabalho que ocorrem dentro das empresas é por causa
do uso incorreto ou o não uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI)? Quais os EPIs
que você conhece? Não se esqueça de que a empresa é obrigada a fornecer os
equipamentos de proteção individual corretos para cada funcionário.
Fonte: ShutterStock
1970
Na década de 1970, o Ministério do Trabalho através das Portarias 3.236 e 3.237 tornou
obrigatória a existência de um serviço de saúde nas empresas com mais de cem empregados.
1976
Em 1976, foi instituído pela Lei nº 6.321, 14/04/1976, e regulamentado pelo Decreto nº 5,
14/01/1991, o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), cujo objetivo é incentivar as
empresas a oferecerem alimentação nutritiva aos trabalhadores. A adesão ao PAT pelas
empresas é voluntária, porém aquelas que participam do programa recebem alguns incentivos
fiscais, como desconto no Imposto de Renda da Pessoa Jurídica.
1978
1987
Em 1987, pela Portaria 34, tornou-se obrigatório no Brasil, para todas as empresas em regime
de CLT, ter Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
(SESMT), obedecendo o grau de risco da atividade desenvolvida e o número de trabalhadores.
Porém, as empresas começaram a atender a legislação um pouco mais tarde com a maior
fiscalização.
SAIBA MAIS
Mas o que é grau de risco da atividade? Saiba que risco nas empresas é uma escala de 1 a 4,
em que 1 são atividades que oferecem pouco risco e 4 é o grau máximo, definida pela Norma
Regulamentadora 4, para avaliar a intensidade e os riscos aos quais os trabalhadores estão
expostos.
Durante os anos 1980 surgiram outros centros de estudo sobre saúde e segurança do
trabalhador. Com a Constituição Federal de 1988, ampliaram-se atribuições e
responsabilidades dos estados e municípios na área da Saúde e Segurança do empregado, de
maneira que os Centros de Referência de Saúde do Trabalhador Estaduais e as Vigilâncias
Sanitárias passaram a ter competências para atuar no Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: Shutterstock
Fonte: Shutterstock
2002
Em 2002, por meio da Portaria nº 365, 12/09/2002, o Ministério do Trabalho e Emprego instituiu
a Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil, com o objetivo prioritário de viabilizar
a elaboração do Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente
Trabalhador.
2003
Em 2003 foi publicado o primeiro Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo.
2008
Em 17 de abril de 2008, foi aprovado o segundo Plano Nacional para Erradicação do Trabalho
Escravo, introduzindo modificações que decorrem de uma reflexão permanente sobre as
distintas frentes de luta contra a violação dos Direitos Humanos.
2014
Em 22 de maio de 2014 foi lançado, pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o Plano Nacional
de Combate à Informalidade dos Trabalhadores Empregados, tendo como um dos objetivos
instigar a formalização do trabalho assalariado aos trabalhadores informais da iniciativa privada
no Brasil, tendo como consequência a proteção social do trabalhador e a promoção da justiça
fiscal entre os empregadores.
FUNDACENTRO
(REIMBERG, 2016)
(BRASIL, 2012)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou em 2007 o Plano de Ação Mundial sobre a
Saúde dos Trabalhadores. No Plano, a OMS aponta a necessidade dos países-membros
formularem uma política de saúde do trabalhador, considerando o disposto nas convenções da
OIT e que estabeleça mecanismos de coordenação intersetorial das atividades da área.
Fonte: ShutterStock
ARTIGO I
Revisar e ampliar a proposta da Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho –
PNSST, elaborada pelo Grupo de Trabalho instituído pela Portaria Interministerial n.º 1.253, de
13 de fevereiro de 2004, de forma a atender às Diretrizes da OIT e ao Plano de Ação Global
em Saúde do Trabalhador, aprovado na 60ª Assembleia Mundial da Saúde ocorrida em 23 de
maio de 2007;
ARTIGO II
Propor o aperfeiçoamento do sistema nacional de segurança e saúde no trabalho por meio da
definição de papéis e de mecanismos de interlocução permanente entre seus componentes;
ARTIGO III
Elaborar um Programa Nacional de Saúde e Segurança no Trabalho com definição de
estratégias e planos de ação para sua implementação, monitoramento, avaliação e revisão
periódica, no âmbito das competências do Trabalho, da Saúde e da Previdência Social.
Fonte: ShutterStock
Para que os objetivos da PNSST sejam alcançados, deverão ser implementadas, por meio da
articulação continuada, ações de governo no campo das relações de trabalho, produção,
consumo, ambiente e saúde com a participação voluntária das organizações representativas de
trabalhadores e empregadores. (BRASIL, 2011)
VERIFICANDO O APRENDIZADO
B) Os trabalhadores adoeciam pelas más condições de trabalho e sofriam acidentes por não
terem habilidades para manusear as máquinas.
GABARITO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BRASIL. Casa Civil. Decreto nº 7.602, de 7 de novembro de 2011. Dispõe sobre a Política
Nacional de Segurança de Saúde no Trabalho, 2011.
BRASIL. Casa Civil. Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho. Brasília, 2012.
DEAN, W. A Industrialização de São Paulo. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1971.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia:
Pesquise:
CONTEUDISTA
Raquel Juliana de Oliveira Soares
CURRÍCULO LATTES