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Parte I

1. ESTIMULAÇÃO SENSÓRIO-MOTORA ORAL – CONCEITO


Com os avanços tecnológicos e científicos bem como com as mudanças da
sociedade ao nível da saúde e da inclusão social, o campo de atuação do Terapeuta da
Fala tem-se expandindo cada vez mais, no sentido de dar respostas às necessidades da
população.
Este profissional avalia e intervém com indivíduos de todas as idades, desde
recém-nascidos até a idosos, tendo como objetivo geral a otimização das suas
capacidades de deglutição e/ou comunicação (ASHA, 2007 in http://www.aptf.org/o-
terapeuta-da-fala).

Na sua prática, de acordo com a especificidade do utente e as


exigências/necessidades do meio, o Terapeuta da Fala recorre a diferentes técnicas, da
qual destacamos a Estimulação Sensório-Motora Oral (ESMO), em que:
 - “estimulação” refere-se ao ato de estimular, de incentivar;
- “sensório-motora” diz respeito ao nervo que provoca sensações e estímulos
motores aos órgãos dos sentidos (tacto, visão, olfacto, audição e paladar);
- “oral” é relativo à boca. (in https://www.priberam.pt/dlpo/)

Neste âmbito, torna-se fundamental clarificar e refletir sobre os conceitos de


“estimular”, “normalizar” e “integrar” para compreender qual define melhor os nossos
objetivos de intervenção. Assim, entende-se por:
- estimular - incentivar, promover;
- normalizar- tornar normal, regularizar;
- integrar- tornar-se parte de um conjunto ou de um grupo, adaptar-se,
combinar-se, completar.

A estimulação sensorial é uma abordagem usada para fornecer um


input enriquecido através da estimulação dos sentidos, ou seja, utilizam-se cores,
odores, sons, texturas, movimentos, vibrações, luzes e diferentes tipos de toque para
promover reações (ex. a nível do estado de alerta, maior participação e motivação,…).
A estimulação pode ser unimodal/ uni-sensorial (quando se pretende focar a
estimulação num dos sentidos) ou multi-sensorial (quando se pretende focar a
estimulação em mais do que um sentido).
Na integração sensorial, definida segundo Ayres (1963, in Serrano, 2016, pp.
32), como o “processo neurológico que organiza a sensação do próprio corpo e do
ambiente e, torna possível usar o corpo eficientemente no meio.”, a criança tem um
papel ativo ao longo de todo o processo que culmina numa resposta adaptativa nas
áreas motora, cognição, linguagem, social e socioemocional.

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