Marly de Oliveira nasceu no dia 11 de junho de 1935.
Foi poeta, professora
e ensaísta, era capixaba de Cachoeiro do Itapemirim, embora tenha vivido a infância e adolescência na cidade fluminense de Campos, onde muito cedo se iniciou na literatura, publicando poemas em jornais e revistas. Mudou-se depois para o Rio de Janeiro, onde diplomou-se em Letras Neo-Latinas pela Pontifica Universidade Católica. Recebeu bolsa de estudos para cursar História da Língua Italiana e Filologia Românica na Universidade de Roma. Ali conheceu o grande poeta Giuseppe Ungaretti, que havia lecionado por algum tempo na Universidade de São Paulo e que, ao ler uma breve coletânea de poemas escritos em italiano pela jovem estudante brasileira, decidiu entusiasmado apresentá-la pessoalmente em um programa literário da rádio-televisão local, referindo-se textualmente ao milagre de criação daqueles versos escritos por uma estrangeira em um italiano luminoso.
De volta ao Brasil, Marly de Oliveira passa a lecionar Literatura Hispano-
Americana na Universidade Católica do Rio e de Petrópolis, e Língua e Literatura Italiana na Faculdade de Filosofia de Nova Friburgo. Casa-se com diplomata brasileiro e vive alguns anos em Buenos Aires, Genebra e Brasília. Na década de oitenta casa-se, pela segunda vez, com João Cabral de Melo Neto, com quem reside em Portugal e depois no Rio, até a morte deste, em outubro de 99.
Em 1º de junho de 2007, Marly de Oliveira falece em um hospital do Rio de
Janeiro, após quase quatro meses de internação.
Sua produção:
Cerco da Primavera (1957), Explicação de Narciso (1960), A Suave Pantera
(1962), A Vida Natural (1967), O Sangue na Veia (1967), Contato (1975), Invocação de Orpheu (1978), Aliança (1979), A Força da Paixão e A Incerteza das Coisas (1982), Retrato / Vertigem / Viagem a Portugal (1986), O Banquete (1988), Obra Poética Reunida (1989), O Deserto Jardim (1990), O Mar de Permeio (1998), Antologia Poética (1998), Uma vez, sempre (2000).