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LIMEIRA, SP
2019
VINICIUS ALEXANDRE PAIXÃO
LIMEIRA, SP
2019
FIEL - FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA
TERMO DE APROVAÇÃO
Agradecemos primeiramente a Deus que nos vem sustentando até aqui, por
que para Ele são todas as coisas e todas as coisas cooperam para o bem daqueles
que O amam. Agradecemos por nos tornar capacitados e a aproveitarmos todas as
oportunidades que surgiram em nossas vidas e a fazermos dos obstáculos trampo-
lins para nossas vidas de sucesso.
Aos nossos pais por todo apoio que nos foi dado, desde o início do curso, fa-
zendo tudo o quanto possível em suas capacidades para nos proporcionar o melhor
desta vida. E por incentivarem nossas capacidades ao ponto de nos tornar ‘invencí-
veis’.
Eclesiaste 3:1
RESUMO
A manutenção nos dias atuais vem sendo auxiliada por novas tecnologias as-
sociadas a parâmetros físicos emitidos pelos equipamentos. Atualmente existem
sensores que suportam esse novo método de inspeção para tomada de decisão em
relação à intervenção do funcionamento do ativo. A chamada indústria 4.0 reforçou
os conceitos apresentados por especialistas das empresas prestadoras de serviços
dentro da indústria. Nesse estudo apresentamos as teorias do conceito de vibração
onde esse fator é fundamental para a efetivação de todo o processo realizado para
analisar o comportamento de uma máquina dentro de uma usina sucroalcooleiro.
Com a necessidade de obter a máxima produtividade e o mínimo custo com
paradas de máquinas indesejadas, foi analisado o processo que a empresa presta-
dora de serviços Semeq realiza em um de seus clientes, o método abordado é o de
analise de vibração, onde nesse processo é realizado em tempo real e a qualquer
hora do dia a coleta através de um sensor instalado no ativo o comportamento da
frequência de vibração do determinado ponto de aferição onde o sensor esta insta-
lado.
Após um certo período de coleta se faz a interpretação e análise das frequên-
cias emitidas naquele instante, a partir disso é possível afirmar ao cliente qual o me-
lhor momento oportuno para a realização de uma possível manutenção no compo-
nente do equipamento, se for detectada na análise essa necessidade, do contrario o
acompanhamento é realizado pela Semeq assim tornando o processo eficiente e
confiável.
Com um estudo de caso pretendemos demonstrar o funcionamento da tecno-
logia dentro de um processo de manutenção.
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................11
1.1 Problemática ..................................................................................................... 12
1.2 Hipótese ............................................................................................................ 12
1.3 Objetivo ............................................................................................................. 12
1.4 Justificativa ....................................................................................................... 13
1.5 Metodologia ...................................................................................................... 13
2 ANÁLISE DE VIBRAÇÃO ...................................................................................... 14
2.1 Conceitos de vibração ..................................................................................... 14
2.1.1 Caracterização do fenômeno .......................................................................... 15
2.2 Grandezas físicas da vibração ........................................................................ 15
2.2.1 Frequência ...................................................................................................... 15
2.2.1.1 Movimentos harmônicos ............................................................................... 16
2.2.1.2 Movimentos Periódicos ................................................................................ 17
2.2.1.3 Movimentos Randômicos ............................................................................. 17
2.2.1.4 Amplitude ..................................................................................................... 18
2.2.1.5 Fase ............................................................................................................. 18
2.3 Nível de vibração .............................................................................................. 18
2.3.1 Valor de Pico ................................................................................................... 19
2.3.2 Valor de Pico a Pico ........................................................................................ 19
2.3.3 Valor rms (Root mean square) ........................................................................ 19
2.4 Parâmetros de vibração ................................................................................... 20
2.4.1 Deslocamento ................................................................................................. 21
2.4.2 Velocidade ....................................................................................................... 22
2.4.3 Aceleração ...................................................................................................... 23
2.5 Sensores de Vibração ...................................................................................... 23
2.6 Pontos de medição........................................................................................... 25
2.7 Diagnósticos ...................................................................................................... 27
2.7.1 Desbalanceamento.......................................................................................... 27
2.7.2 Desalinhamento............................................................................................... 28
2.7.3 Empenamento ................................................................................................. 30
2.7.4 Falta de Rigidez............................................................................................... 31
2.7.5 Defeito de rolamento ....................................................................................... 33
3 INDÚSTRIA 4.0 ..................................................................................................... 34
4 IOT “Internet of thinks”........................................................................................... 36
5 SISTEMA FISICO CIBERNÉTICO ......................................................................... 37
6 BIG DATA.............................................................................................................. 38
7 SEGURANÇA DOS DADOS..................................................................................41
8. INTELIGÊNCIA PARA INDÚSTRIA 4.0................................................................. 40
8.1 A instalação do sistema 4.0...............................................................................43
8.1.1 Data center........................................................................................................43
8.1.2 Gateway............................................................................................................44
8.1.3 O sensor............................................................................................................46
9 ESTUDO DE CASO................................................................................................47
9.1Cliente..................................................................................................................49
9.2 Equipamento......................................................................................................49
9.3 Início do monitoramento...................................................................................53
9.4 Diagnóstico.........................................................................................................55
9.5 Ação e correções................................................................................................59
9.6 Pós intervenção..................................................................................................60
10 CONCLUSÃO........................................................................................................62
REFERÊNCIA............................................................................................................64
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO
[...] estima-se que, até 2025, os processos relacionados a indústria 4.0 po-
derão reduzir custos de manutenção e equipamentos em até 40%, reduzir o
consumo de energia em até 20% e aumentar a eficiência do trabalho em até
25%, podendo impactar o PIB brasileiro em aproximadamente US$ 39 bi-
lhões até 2030.
1.1 Problemática
Identificação da falha mecânica da maquina, através da tecnologia, antes da
mesma apresentar o defeito e por consequência causar uma parada indesejada de
produção.
1.2 Hipótese
1.3 Objetivo
1.4 Justificativa
1.5 Metodologia
2 ANÁLISE DE VIBRAÇÃO
2.2.1 Frequência
A frequência é uma grandeza física, presente no nosso dia a dia e assim pode-
mos descrevê-la como sendo um número de ciclos que um evento acontece em um
determinado período, medido em uma unidade denominada Hz (Hertz), expresso
pela equação:
𝑛
𝐹= (1)
𝑡
16
Um exemplo que temos são as rádios, onde são divididas em ondas de frequên-
cias. A amplitude de cada estação determina a nitidez do som.
A investigação dos sinais através da frequência é a técnica fundamental no di-
agnóstico de vibrações. A análise de vibração facilita o trabalho para a detecção de
fontes de vibração.
Tais frequências podem ser classificadas como movimentos harmônicos, movi-
mentos periódicos e movimentos randômicos.
2.2.1.4 Amplitude
2.2.1.5 Fase
Estes valores obtidos nos ajudam a interpretar a amplitude do sinal, sendo assim
podemos encontrar qual o seu estágio que se encontra.
O valor de pico nos ajuda a identificar impactos de curta duração, porém, indica
somente a ocorrência de um pico, não levando em consideração os demais valores,
ou seja, o valor vem através da medição que se inicia no ponto 0 (zero) e vai até o
máximo positivo de uma onda, medindo assim o seu deslocamento em relação ao
ponto 0 (zero).
Já por sua vez o valor de rms (Root mean square), termo do inglês adotado para
descrever a Raiz média quadrática) é a única medida de nível que realmente deve-
mos levar em consideração, pois ela considera o histórico da onda no tempo e regis-
tra a severidade da energia contida no sinal como um todo, portanto, sendo assim,
capaz de detectar a destrutividade da vibração contida no sinal.
Porém, existe uma relação entre os valores de pico a pico e o valor de rms, que
podemos expressar através da formula descrita abaixo:
1 𝑡
𝑁𝑖𝑣𝑒𝑙 𝑟𝑚𝑠 = √ 𝑡 ∫0 𝑥 2 (𝑡)𝑑𝑡 (2)
20
1
𝑉𝑟𝑚𝑠 = ×𝑑×𝑊 (3)
√2
𝑊 =2×𝜋×𝑓 (4)
2×𝜋×𝑓
𝑉𝑟𝑚𝑠 = ×𝑑 (5)
√2
2.4.1 Deslocamento
Figura 5 - Deslocamento
2.4.2 Velocidade
Figura 6 – Velocidade
2.4.3 Aceleração
a) Engrenamento
b) Falhas de rolamento
c) Cavitação
d) Problemas Elétricos
Figura 7 - Aceleração
râmicos piezoeléctricos, que por sua vez, possuem a propriedade física de gerar
descargas elétricas quando solicitados a esforços.
Em geral o tamanho do acelerômetro vai influenciar a gama de frequências
utilizáveis e a suas sensibilidades. Uma regra geral é que quanto maior for o acele-
rômetro, maior será a sua sensibilidade e menor a gama de frequência máxima utili-
zada.
1
.
.
1V
2.7 Diagnósticos
2.7.1 Desbalanceamento
Figura 12 - Desbalanceamento
2.7.2 Desalinhamento
2.7.3 Empenamento
O empenamento de eixo por sua vez, trata-se de uma deformação ao longo do eixo
tornando-o irregular em sua linearidade. Suas amplitudes de vibração podem gerar
sinais de 1xrpm e também dependendo das energias contidas nos sinais, podemos
ter a presença da 2xrpm, e sua vibração é predominantemente maior na direção axi-
al, conforme figura 17.
31
Figura 15 – Empenamento
As folgas do tipo B como definidas na figura 20, são causadas por parafusos
soltos ou frouxos no apoio da base e trincas na estrutura.
E por fim temos a folga do tipo C, conforme figura 18 que normalmente é pro-
vocado por ajustes ou montagens improprias e inadequadas dos componentes.
Causada muitas vezes por uma folga linear do mancal com a sua tampa, folgas ex-
cessivas entre buchas e elementos de rotação. A sua relação de fase é instável, po-
dendo variar amplamente de uma medição em relação a outra.
Os rolamentos são formados por pista interna, pista externa elemento girante
e gaiola. Suas vibrações provocam uma ressonância induzida na carcaça do rola-
mento e na estrutura da máquina, aproximadamente na faixa de 3.600 à 5.000Hz. A
frequência natural é excitada por impactos no local da falha do rolamento. Compara-
ção de espectros medindo aceleração (m/s²) na faixa de 1.000Hz a 6.000Hz permite
uma boa avaliação da evolução do estado do rolamento, observando que a região
de ressonância se desloca da direita para a esquerda do espectro conforme o au-
mento da severidade.
A principal técnica utilizada para detecção do defeito em um rolamento é a
técnica de aceleração fazendo o uso do método de fator de crista.
3 INDÚSTRIA 4.0
Nas palavras de Klaus Schwab (2016, p.16) “[...] estamos no inicio de uma
revolução que esta mudando fundamentalmente a forma como vivemos, trabalha-
mos e nos relacionamos um com o outro’’ Já vivenciamos a nova geração 4.0, mas
analisando toda sua trajetória, do inicio lá na primeira revolução industrial até os dias
de hoje na quarta revolução industrial, consideramos que a geração atual modela e
processa resultados adquiridos nesse longo período. Primeira revolução industrial
(1760-1840) a Inglaterra desenvolve as máquinas a vapor, que impulsionam o cres-
cimento das indústrias têxtil e de ferro. Em 1825 o engenheiro George Stefanson, o
pai das ferrovias, lança a primeira locomotiva do mundo. Segunda revolução indus-
trial (1850-1945) avanços na indústria química, elétrica, de petróleo e de aço permi-
tem invenções como o navio a vapor, a prensa móvel a energia elétrica, o telefone, o
carro e a produção em massa de bens de consumo. Em 1906 o brasileiro Alberto
decola com sucesso o avião 14 Bis. Terceira revolução industrial (1950-2000) o pe-
ríodo entre pós-guerra e a virada do milênio foi marcada por transformações profun-
das na produção e pela rapidez do desenvolvimento de novas tecnologias que mu-
daram a indústria as economias e a sociedade, uma das mais importantes foi a in-
ternet. E por fim a quarta revolução industrial, dias atuais, o conceito de indústria 4.0
foi criado pelos alemães em 2011. Ele se refere as chamadas fabricas inteligentes
que reúnem inovações tecnológicas em automação, controle e tecnologia da infor-
mação para aprimorar os processos de manufatura
A definição de automação para Fleury et al. (1988, p.55) “[...] trata basica-
mente da informação e substitui a mão de obra manual para a ação do trabalhador
no controle do equipamento tecnológico[...]”. Processos considerados autônomos,
vivenciamos isso nas indústrias de hoje, melhorias de linhas com auxilio de robôs e
automação. E além de processos de produção, identificamos as informações sendo
entregues com maior precisão e em menor tempo, cada vez mais se obtém mais
informações e com a conectividade da indústria 4.0 os veículos responsáveis por
informar são menores, mais práticos e ecologicamente corretos. Visando a eficiência
dessa nova tecnologia que esta voltada para a melhor maneira pela qual os proces-
sos devem ser executados, com o intuito que os recursos (pessoas, suprimentos e
máquinas) sejam aplicados e utilizados da forma correta. “A eficiência se preocupa
com processo em si, visando a otimização e aproveitamento de todos os recursos
disponíveis”. (CHIAVENATO, 2003, p.2)
6 BIG DATA
8.1.2 Gateway
8.1.3 O sensor
O sensor IoVibe 4.3 é um sensor de vibração tri-axial onde ele efetua a medi-
ção nas três direções ao mesmo tempo (x, y e z), além também de fazer o monito-
ramento da temperatura.
O sensor possui um timer interno e é programado para que o monitoramento
seja feito de uma em uma hora, tendo um tempo de leitura dos sinais de vibração de
10 segundos. Durante esse tempo ele armazena os dados em sua memória, logo
que a leitura é finalizada a comunicação com o Gateway é estabelecida e a trans-
missão dos dados é iniciada. O tempo de transmissão é de aproximadamente 30
segundos, podendo variar em 15% mais ou menos dependendo da qualidade da
conexão bluetooth. A boa qualidade do sinal depende exclusivamente da localização
onde o Gateway foi instalado.
9 ESTUDO DE CASO
9.1 Cliente
Hoje a Semeq conta com inúmeros clientes espalhados por diversos países.
Aqui no Brasil a quantidade de sensores instalados já ultrapassa o número de 1500.
Porém dentre tantos sensores espalhados em seus clientes, utilizaremos um
que se localiza em uma grande empresa do ramo sucroalcooleiro.
Atuando a mais de 50 anos no Brasil, no setor de biocombustíveis, localizada
em Edéia, Goiás, tornou-se a primeira empresa internacional a investir em biocom-
bustíveis a partir de cana de açúcar no Brasil.
Nesta unidade em que temos o estudo de caso, ela foi construída em 2007,
utilizando-se de difusor, hoje a técnica mais moderna para extração de caldo.
Hoje a unidade conta com uma produção acima das 10 milhões de toneladas
ano.
9.2 Equipamento
Para realizar este estudo de caso, utilizou-se do sistema IoVibe 4.3 que se
encontra instalado em um mancal de rolamentos de um picador que faz parte do
processo do difusor.
Picador este que é acionado por uma turbina de vapor de fabricação da TGM,
com uma rotação de aproximada de 6517,4 RPM. Que transmite o movimento para
um redutor de fabricação da RENK ZANINI, onde sua relação de transmissão é da
razão de 8,35. Assim saindo uma rotação para o mancal ao qual estamos estudando
de 750 RPM, mancal este composto por um rolamento SKF número 23144CC.
Abaixo na figura 31, temos o equipamento que o sistema de monitoramento
IoVibe 4.3 está instalado. Já na Figura 32, temos uma ilustração de um rotor que
compõem o conjunto do picador. E por fim na Tabela 34, abaixo, temos a localização
do sensor no equipamento.
48
9.4 Diagnóstico
Após a abertura do laudo, o cliente foi acionado para que fosse corrigido o
problema e sanar possíveis problemas futuros.
Com posse do laudo em mãos, o cliente optou em estender até a parada para
a entressafra, uma vez que já estavam em final de safra, assim gerando os menores
gastos possíveis com parada da máquina.
Mediante a tal situação, coube a Semeq, acompanhar através do sistema on-
line, qualquer desvio que pudesse colocar em risco a integridade do equipamento. E
com isso os monitoramentos diários continuaram, acompanhado sempre de perto,
até a parada para a entressafra, onde o cliente entendeu por bem e previamente
agendou o balanceamento do equipamento.
As primeiras ações tomadas a fim de amenizar as vibrações foram encontrar
possíveis pontos estruturais que estivessem a ponto de prejudicar o conjunto como
um todo. Parafusos foram revisados os apertos com o torquímetro e dentro das exi-
gências do fabricante.
60
10 CONCLUSÃO
REFERÊNCIA
Fleury et al (1988). Por Fernada Tais de Oliveira e Wagner Lurenzi Simões. A indús-
tria 4.0 e a produção no contexto dos estudantes da engenharia. Disponivel em
:https://sienpro.catalao.ufg.br/up/1012/o/Fernanda_Thaís_de_Oliveira.pdf Catalão :
Simpósio de engenharia de produção, 2016.Acesso em 25/04/2019
José Sotelo Jr., Luis Novaes Ferreira França. Introdução às vibrações mecânicas.
São Paulo: Editora Edgard Blücher ltda. 1ª Edição 2006
Silveira; Lopes (2016). Por Fernada Tais de Oliveira e Wagner Lurenzi Simões. A
indústria 4.0 e a produção no contexto dos estudantes da engenharia.
https://sienpro.catalao.ufg.br/up/1012/o/Fernanda_Thaís_de_Oliveira.pdf Catalão :
Simpósio de engenharia de produção, 2016.Acesso em 25/04/2019.
Singiresu Rao. Vibrações Mecânicas. São Paulo: Editora Pearson. 4ª Edição 2008
Zikopoulos et al. (2012). Por Fernada Tais de Oliveira e Wagner Lurenzi Simões. A
indústria 4.0 e a produção no contexto dos estudantes da engenharia. Disponi-
vel em :https://sienpro.catalao.ufg.br/up/1012/o/Fernanda_Thaís_de_Oliveira.pdf Ca-
talão : Simpósio de engenharia de produção, 2016.Acesso em 25/04/2019