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Global
Nelson Huoya
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Texto por Nelson Huoya ©2020 Todos os direitos reservados
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Sumário
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Manual do Investidor Global
Nelson Huoya Mendonça
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1 POR QUE INVESTIR NO EXTERIOR?
Maiores Mercados
O mercado financeiro brasileiro é atrasado nas possibilidades de investimento no
exterior e representa um pedaço muito pequeno do mercado financeiro global. Investir
no exterior significa a possibilidade de diversificar em mercados e produtos de
proporções muito maiores e mais evoluídos.
Para se ter uma noção dessa disparidade, segundos dados de 2015 do Banco
Mundial, na BM&FBovespa (atualmente única bolsa de valores brasileira) estavam
listadas cerca de 360 empresas com um volume anual de aproximadamente 500
bilhões de dólares em ações, estando ranqueada como a 18° maior bolsa do mundo
em relação ao volume negociado.
A bolsa brasileira fica bem atrás de mercados de outros países emergentes como
Índia e China, porém estes últimos possuem populações e/ou produto interno brutos
maiores. O surpreendente é ficar atrás de países de tamanho bem menores tanto em
população quanto PIB como por exemplo Coreia do Sul, Espanha, Austrália, Suíça e
Holanda.
Nos Estados Unidos, a meca do mercado financeiro mundial, só na NYSE são mais
de 2400 empresas de capital aberto com 17,4 trilhões de dólares em ações
movimentados anualmente. Se somarmos com a NASDAQ, chegamos a mais de 5 mil
empresas listadas e 30 trilhões de dólares em ações movimentados anualmente.
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Empresas Globais
Não é apenas o número de empresas que impressiona, mas também o tamanho de
boa parte delas. São empresas multinacionais, muitas vezes com suas receitas
diversificadas em todo mundo, com produtos conhecidos e algumas vezes com
valores de mercado superiores à soma de todas as empresas da bolsa de valores
brasileira. Empresas como Apple, Johnson and Johnson, Microsoft, Amazon, Google,
Alibaba, Nestle, P&G, Netflix, Disney, Shell e HSBC são alguns exemplos das
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inúmeras possibilidades de investimento quando se fala no mercado de capitais no
exterior.
Essa grande diferença de tamanho do mercado também é verificada com os REITs
que são empresas que têm como objetivo investir em imóveis e/ou créditos
imobiliários. Enquanto no Brasil temos fundos imobiliários que podem chegar a
poucas dezenas de imóveis, no mercado americano é comum encontrar REITs que
investem em centenas, até milhares de imóveis, especializados em inúmeros setores,
muito deles sem possibilidade de investimento no Brasil. Alguns desses REITS
possuem valor de mercado tão expressivo que chegam a fazer parte do índice
composto pelas 500 maiores empresas cotadas na NYSE e NASDAQ, o Standard &
Poor’s 500(S&P 500).
Risco Brasil
Por fim, mas não menos importante, investir no exterior leva a outro nível de
diversificação, tanto em relação ao país quanto a sua moeda.
A história complicada do Brasil em termos de instabilidade econômica e política
dmonstra claramente os problemas que um país pode passar, principalmente os
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chamados em desenvolvimento. As incertezas que a volatilidade econômica e política
do país trazem ao investidor evidenciam uma necessidade de diversificação no
exterior ainda maior em prol de maior conforto e segurança relativa ao seu patrimônio.
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2 RENDA FIXA
Quando governos, empresas ou outras entidades precisam arrecadar dinheiro para
financiar novos projetos, manter operações em andamento ou refinanciar dívidas
existentes, eles podem emitir títulos diretamente para os investidores em vez de obter
empréstimos de um banco.
Existem diversos produtos de renda fixa no mercado global, porém todos são
baseados no mesmo princípio, o empréstimo de dinheiro para alguma instituição em
troca de um retorno preestabelecido em uma data pré-determinada. Os principais
produtos financeiros de renda fixa conhecidos mundialmente são os títulos de dívidas
como Bonds, Notes e Money Market ou então Savings Account.
Títulos de Dívida
Os Títulos de dívidas constituem um ativo financeiro no qual o investidor se torna
credor da dívida com intuito de receber o valor que emprestou de volta mais juros.
Esse processo ocorre comumente através de pagamento de juros periódicos e
devolução do valor principal no dia do vencimento. Contudo também tem ativos sem
cupons (zero-coupon), que correspondem a títulos vendidos com um desconto e o
valor integral sendo pago na data de vencimento.
Os títulos podem ser classificados de acordo com diferentes emissores. Um título
de uma empresa privada é denominado como Corporate Bonds. Se for emitido por
órgãos públicos locais, são Municipal Securities. Ativos vinculados ao governo federal
são denominados de Sovereign Debt Bonds ou Treasury Bonds (T-Bonds).
A presença ou ausência de garantias também é uma forma de classificação de
títulos de dívida. Para os ativos que possuem garantia (Secured) a empresa define
antes de lançar os títulos no mercado algum ativo, como propriedade ou equipamento,
que será utilizada em caso de falência da empresa para pagar os seus credores,
mesmo que de forma parcial. Nos que não possuem garantias (Unsecured) o
investidor do título tem apenas a promessa do retorno não havendo nenhuma garantia
específica determinada para reembolsar os credores. Lembrando que mesmo os
detentores de ativos não garantidos têm uma reivindicação sobre os ativos do emissor
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inadimplente, mas somente depois que os investidores cujos títulos são
hierarquicamente mais altos sejam pagos primeiro.
Outra forma de distinção pode ser de acordo com o tempo de vencimento do
investimento. Os títulos com prazos de vencimentos acima de 10 anos são
denominados como Bonds. Títulos com prazos de 1 a 10 anos são os Notes. Ativos de
vencimentos menores que 1 ano são os Money Market. As obrigações com
vencimentos maiores de 10 anos consistem na maior parte do mercado de renda fixa
internacional.
Alguns títulos, em especial os Bonds, podem possuir características peculiares. As
principais especificidades extras de um título de dívida podem ser a possibilidade de
conversão em ações da empresa como no caso de Convertible Bonds, a presença de
fundos (sinking funds) onde são depositados os valores do pagamento dos juros e os
valores a serem desembolsados no vencimento, possibilidade de resgate dos títulos
antes do vencimento (Callable Bonds), direito de forçar o emissor recomprar o título
em datas específicas antes do vencimento em valor determinado na emissão
(Puttable Bonds) e associação da remuneração do título com receita de um projeto
específico ou os ganhos de uma empresa (Revenue Bonds e Income Bonds).
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títulos, que possuem valor face normalmente de 100 dólares, são vendidos na
emissão com desconto e recomprados no vencimento pelo valor cheio.
Saving Accounts
Por fim existe também a possibilidade de investir em Saving Accounts que são
contas remuneradas que se assemelham às nossas Cadernetas de Poupança. A
rentabilidade recebida nesse investimento varia de acordo com o banco e
principalmente o país. Países com taxas de juros básicas menores costumam ter
Saving Accounts menos rentáveis, pois se trata de uma forma de incentivar que esse
dinheiro seja injetado na economia e não guardado. A utilização de Saving Accounts
pode ser interessante como uma forma de reserva na moeda local, principalmente
para aqueles que viajam muito para tal país.
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3 AÇÕES
Common x Preferred
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demonstra que o ativo não é adequado para aqueles que querem se tornar sócios de
boas empresas. Diferente do mercado brasileiro, no mercado do exterior o acesso às
ações preferências é bem mais restrito sem contar sua liquidez reduzida tornando-as
ainda menos interessantes.
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Uma premissa comum utilizada pelos favoráveis à compra de ETFs de ações é que
índices como o S&P 500 possuem características muito favoráveis aos investidores
de Buy and Hold e devido a sua diversificação e praticidade estes não teriam
necessidade, portanto de escolher empresas individuais.
De fato, se compararmos com o índice o qual estamos acostumados, o IBOVESPA,
estas premissas são verdadeiras. O índice Standard & Poor’s 500 engloba as 500
empresas mais importantes do mercado de capitais americano, a maioria saudáveis
financeiramente e com boas perspectivas futuras. Já o IBOVESPA é composto de 60
empresas brasileiras, muitas com resultados financeiros no mínimo questionáveis.
Em relação à concentração de empresas no índice, mais uma vez o S&P 500 se
destaca, porém não tanto quanto algumas pessoas pensam. Enquanto no IBOV as 4
empresas com os maiores pesos (ITUB, BBDC, PETR e VALE) representam cerca de
40% do índice, no S&P 500 Apple, Microsoft, Facebook e Google correspondem a
aproximadamente 12%. Já as dez empresas com os maiores pesos representam 20%
do índice. Outra questão importante a salientar é que devido à grande quantidade de
empresas, aquelas com bons fundamentos que podem estar nos critérios de muitos
investidores representam muito pouco no índice. Por exemplo Ross Stores (0.11%),
Nike (0.31%), Hormel Foods (0.03%) dentre muitas outras empresas com boas
perspectivas.
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Fonte: S&P Capital IQ
Apesar de uma economia muito mais estabilizada que a do Brasil, o índice das
maiores empresas de capital aberto no EUA já foi alterado diversas vezes. Para se ter
uma ideia, de 1963 até 2014 houve 1186 substituições no índice, uma média anual de
23. Em 1976, ano com mais alterações, foram 60.
O principal motivo dessas mudanças são fusões e aquisições, o que não é
necessariamente ruim para os investidores, podendo resultar até na potencialização
dos retornos. Contudo o segundo motivo dessas mudanças é não atender mais o
mínimo de valor de mercado requerido para estar no índice (6.1b U$). Esse motivo é
prejudicial aos investidores, em especial aos cotistas de ETFs, pois mesmo com
ciência do motivo dessa queda de valor de mercado não poderá tomar atitude alguma
a não ser esperar que o ativo seja substituído no índice. Podemos estar falando, por
exemplo, de olhar empresas que valiam 30, 50, 80, 120 bilhões de dólares perderem
seus fundamentos e o valor de mercado diminuir para menos 6.1b U$ (vide Yahoo,
Kodak, Blackberry etc).
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Todas essas mudanças de ativos no índice ao longo dos anos assim como
mudanças de pesos das mesmas significam alterações nos cestos de ativos do ETF
e consequentemente custos maiores para o fundo.
Uma questão muito importante a ser também considerada nesse debate é a relação
que o investidor tem com cada um dos ativos. Quando se compra ações de empresas
de forma direta, o investidor entende que se não se trata apenas de um papel, mas
sim um pedaço de uma empresa. Esse comportamento ajuda o investidor assimilar
que as oscilações no mercado de ações não têm reflexo nas operações e qualidade
da empresa que ele tem ações. No de ETFs, como o investidor não é sócio de
nenhuma empresa e sim cotista de um fundo, cria-se um maior distanciamento do
ativo, o que pode ser crucial em momentos de quedas das cotações para uma venda
desesperada.
Portanto, esse grande debate de stock picking vs ETFs se resume na opção de ser
sócios de empresas, fazendo suas próprias escolhas e consequente possíveis erros,
porém sempre tendo uma possibilidade maior e mais rápida de rever seus conceitos,
tentando corrigir mais rápido suas decisões, como zerar uma posição em uma
empresa que ficou ruim ou até mesmo aumentar sua posição em empresa que se
mostra cada vez melhor. Ou ainda, adquirir sem necessidade alguma de estudo,
seleção e acompanhamento uma cesta de ativos que incluem todas empresas
excelentes, boas, médias e ruins que passarão ao longo dos anos no índice de S&P
500 com os pesos pré-determinados.
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4 ANALISANDO AÇÕES
Para uma análise mais eficiente, o ideal é que se faça comparações, evitando
correlações equivocadas de curto prazo. A análise de uma empresa engloba o estudo
de vários parâmetros. Através de dados isolados somente, não se têm respostas
adequadas da qualidade das empresas para o acionista.
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Os critérios utilizados na análise financeira de uma empresa devem ser
determinados por cada investidor. Alguns podem querer utilizar mais dados, já outros
menos, mas o importante é que independente dos indicadores utilizados o acionista
esteja analisando a capacidade de gerar dinheiro de forma eficiente da empresa e
consequentemente trazer bons retornos aos seus acionistas.
Lucro Líquido (Net Income) / Lucro Líquido por Ação (Earnings Per Share): Por
melhor que sejam os outros parâmetros presentes nos balanços de uma empresa, se
os lucros não forem consistentes, deve-se desconsiderá-la para o portfólio de um
investidor que busca ser sócio de boas empresas. Ao escolher empresas sem lucros
consistentes estará indo contra todas as probabilidades de ter seu dinheiro
rentabilizado de forma expressiva ao longo do tempo.
Diferente do mercado de ações brasileiro, programas de recompra de ações e
consequentemente o cancelamento delas, são muito utilizados como uma das formas
de potencializar o retorno das empresas aos seus acionistas, evitando assim que os
mesmos paguem impostos sobre dividendos.
Diante desse cenário no exterior e notadamente nos EUA, em vez de utilizar o lucro
líquido como parâmetro para mensurar a eficiência da empresa em trazer retornos
aos seus donos, o ideal é considerar o Lucro por Ação (EPS). Essa informação permite
identificar situações de menos ações no mercado e, portanto, maior retorno ao
acionista mesmo com a estabilidade ou queda do lucro líquido. Da mesma forma se
a empresa emitiu mais ações diluindo os acionistas e trazendo menos retorno, mesmo
com a estabilidade ou aumento do lucro líquido, o retorno aos acionistas pode ser
menor.
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Nos documentos divulgados pelas empresas, normalmente são divulgados tanto o
EPS básico quanto o diluído. O EPS básico considera em sua conta apenas as ações
ordinárias enquanto o EPS diluído leva em conta todos os títulos conversíveis (ações
preferenciais, dívidas conversíveis, opções de compra no mercado e para empregados
e garantias). O segundo dado permite uma visão mais fidedigna de qual é o valor real
de retorno do lucro líquido para cada acionista.
EBITDA
O EBITDA, em português Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciações e
Amortizações. Informa propriamente o quanto a empresa gera de caixa das suas
atividades operacionais. O EBITDA é o dado operacional mais completo devido aos
descontos de todos os dados não operacionais, porém devido à mesma razão este se
torna o dado mais complexo também. O tratamento das amortizações e depreciações
por ser feito utilizando diversos métodos, os quais têm diferentes pontos positivos e
negativos. Podemos dividir o EBITDA pela receita, chegando ao valor da margem
EBITDA, que é justamente a informação da margem operacional “crua”, devido a não
inclusão de quaisquer informações não operacionais.
Fluxo de Caixa Livre (Free Cash Flow): Consiste de quanto dinheiro resta no caixa
das empresas ao final de um certo período, resultado do que entra pelos ganhos
menos o que sai devido a qualquer tipo de gasto. Sua fórmula é Fluxo de Caixa por
Atividades Operacionais – CAPEX (Capital Expenditure). Resumindo seria o quanto
entra de dinheiro nas atividades operacionais da empresa menos o que ela gasta para
manter sua atividade operacional. Essa informação é de extrema importância para ter
noção da saúde financeira e principalmente à capacidade de gerar dinheiro da
empresa.
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5 REITs
Criado em 1960 pelo Congresso Americano com o intuito de tornar mais acessível
o investimento no mercado imobiliário, o REIT, ou Real Estate Investiment Trust, é
uma empresa que possui ou financia imóveis que geram renda. Os REITs permitem
que qualquer pessoa invista em portfólios de imóveis de grande escala da mesma
forma que estas fazem com outros setores, ou seja, através da compra de ações no
mercado financeiro.
É importante salientar que o REIT não é visto como um ativo diferente, sendo
considerado uma ação, e, portanto, seguem as mesmas regras de órgãos regulatórios
e divulgação de resultados financeiros que é aplicado às outras empresas de capital
aberto. Dessa forma os REITs são obrigados a divulgar seus resultados trimestrais e
anuais através de releases, assim como realizar webcast. Porém devido ao fato destes
terem como o foco o investimento no mercado imobiliário é adequado separá-los em
uma categoria especial de ativos.
Benefício Fiscal
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Mercado de REITs
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Fonte: NAREIT
Há portfólios com imóveis por todo os EUA e às vezes até imóveis em outros países,
assim como REITs com portfólios focados em algumas poucas regiões do país.
Podemos encontrar vários grandes REITs também com propriedades na Europa e
Ásia.
REITs x FIIs
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Apesar de possuírem a mesma origem, os REITs e os FIIs são ativos com
características diferentes. Como citado no início desse capítulo, o REIT é uma
empresa em que seus donos são acionistas, já os FIIs são fundos com cotistas como
donos.
Em um fundo imobiliário, vários investidores se juntam para comprar imóveis e
contratar um administrador para cuidar deles. Em um REIT vários investidores
aportam capital em uma empresa que investe em imóveis. Nos FIIs as decisões de
compra e venda de imóveis e outras questões importantes operacionais devem passar
por assembleias para que sejam aprovadas ou rejeitadas por seus cotistas. Nos REITs
os diretores da empresa possuem total autonomia nas questões operacionais,
necessitando de convocar assembleia apenas em situações de aquisições de outras
empresas ou eventos que possam diluir os acionistas.
O endividamento, emissões recorrentes de novas ações e consequentemente
crescimento são características associadas ao mercado de REITs e não presentes no
mercado brasileiro de Fundo de Investimento Imobiliário.
Outra diferença para o mercado de fundos imobiliários brasileiros é o de pagamento
de dividendos em menor frequência. Poucos REITs nos EUA pagam rendimentos
mensais, sendo o mais comum o pagamento trimestral, assim como ocorre com
muitas empresas que possuem ações nas Bolsas dos EUA. Ainda assim, os REITs no
EUA costumam pagar mais rendimentos do que as outras ações, como evidenciado
nos dados abaixo (Fonte: NAREIT):
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Uma das dúvidas mais comuns quando o investidor começa a estudar os REITs, é
sobre o tamanho das dívidas, o que muitas vezes traz insegurança quanto aos ativos.
Esse comportamento é ainda mais comum para aqueles que estão acostumados a
investir e/ou estudar em ações no exterior e lidar, normalmente, com empresas com
pouca ou nenhuma dívida.
O que esses investidores ainda não compreenderam é que para a grande maioria
dos REITs, as dívidas são catalisadores de crescimento extremamente importantes.
Juntamente com a emissão de novas ações, utilizar dinheiro de terceiros é a única
forma que esse tipo de empresa tem de expandir seu portfólio de ativos, já que a
maior parte dos valores gerados dos aluguéis são distribuídos como dividendos.
Ainda assim, independente de ser uma estratégia comumente utilizada e que trouxe
ótimos retornos para boa parte dos REITs, dívidas sempre trazem um risco maior para
qualquer negócio e o investidor deve estar ciente disso. Mas no caso dos REITs, esse
risco, quando bem gerenciado, tem papel fundamental na empresa.
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6 DRS
ADR
O primeiro ADR foi introduzido por J.P. Morgan em 1927 para o revendedor britânico
Selfridges no New York Curb Exchange, o precursor da American Stock Exchange.
Estes ativos foram criados para que empresas estrangeiras possam participar das
grandes Bolsas dos Estados Unidos
Muitos ADRs possuem uma proporção maior que 1 por ação no país de origem,
devido aos valores pequenos destas ações quando convertidos em dólar. Os bancos
depositários compilam várias ações da mesma empresa em um único ADR,
normalmente com valores entre US$ 10 e US$ 100. Devido à grande procura pelas
empresas que querem abrir capital no mercado americano, o mais comum é que as
ADRs sejam nível patrocinadas III, ou seja, abertura de capital simultânea em bolsas
de países diferentes.
Com ADRs é possível investir em ações de inúmeros países do mundo sem a
necessidade da abertura de mais uma conta em corretora e sem operações de câmbio
e envio de dinheiro para outro país. ADRs possuem inúmeras possibilidade de
investimentos dos mais diferentes segmentos e países. São 246 ADRs na New York
Stock Exchange, 126 na NASDAQ e quase 2200 no OTC (mercado de balcão).
No mercado exterior, a liquidez para esse tipo de ativo é mais do que suficiente
para se tornar sócio pois são as bolsas com maiores volumes do mundo. Para se ter
uma noção apenas, as ADRs da AMBEV na bolsa de Nova Iorque movimentado em
média cerca de 21 milhões de ativos diariamente, o que corresponde um volume diário
superior aos das ações da empresa movimentadas no Brasil.
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telecomunicações, e-commerce e jogos online que incluem empresas gigantescas
como China Mobile (NYSE:CHL), Alibaba (NYSE:BABA) e NetEase (NASDAQ:NTES),
respectivamente, são alguns exemplos de setores com essa restrição.
Ainda assim, as empresas chinesas queriam ter acesso a bolsas de valores de
outros países, em especial dos Estados Unidos. Portanto com o objetivo de contornar
as restrições do governo chinês ao investimento estrangeiro, foi criado a estrutura
acionária denominada de VIE (variable interest entity) em que se criou uma empresa
intermediária coms ede normalmente nas Ilhas Cayman.
Apesar de na prática esse modelo estar funcionando sem qualquer problema,
existem algumas preocupações sobre sua aplicação. A legislação chinesa não aborda
diretamente a estrutura da VIE, no entanto, ela claramente estabelece que o tribunal
pode declarar um contrato nulo “quando uma forma legal é usada para ocultar um
propósito ilegal”. Dessa forma se o tribunal considerar a estrutura como uma forma
de ocultar ilegalmente o investimento estrangeiro em negócios restritos, o contrato
passa a não ter qualquer validade. A China Securities Regulatory Commission (CSRC)
divulgou um relatório em 2011 expressando suas preocupações sobre o uso de VIE,
mas não se pronunciou desde então sobre essa estrutura. Outras agências
reguladoras da China, incluindo o Ministério do Comércio e o Banco Central, também
questionaram a viabilidade da estrutura da VIE em declarações públicas.
Os dados mostram que mais da metade das ADRs chinesas listadas na NYSE ou
NASDAQ estão usando a estrutura do VIE e embora muitos advogados na China
acreditem que o risco de o governo chinês reprimir a estrutura do VIE seja muito
baixo, os investidores destas empresas precisam entender que seu investimento é
muito sensível às mudanças legais e políticas chinesas. Inclusive as próprias
empresas que possuem esse modelo de estrutura enfatizam em seus documentos
que existem incertezas substanciais em relação à interpretação e aplicação das leis
e regulamentos atuais sobre o assunto.
Dual Listing
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Dual Listing, ou listagem dupla em tradução livre, se refere a empresa que possuem
suas ações em duas ou mais bolsa de valores. Esse é o caso da Unilever, por exemplo,
que possui tanto ações negociadas na bolsa holandesa quanto ações negociadas na
bolsa de Londres, sendo ambas possíveis de se adquirir no mercado norte-americano
na forma de ADRs.
As empresas usam a listagem dupla com o objetivo de ter uma liquidez adicional
nas suas ações, maior acesso ao capital e/ou a possibilidade de ter suas ações sendo
negociadas por mais tempo durante o dia em virtude aos diferentes fusos horários
das diferentes bolsas de valores. Em contrapartida, a empresa possui um custo maior
devido a manutenção de suas listagens em mais de uma bolsa.
Para o investidor esse processo em nada afeta, já que as ações que são negociadas
em bolsas distintas fornecem, normalmente, os mesmos direitos de sócio aos seus
compradores.
Apesar do mercado de DRs no Brasil ser regulamentado e ter regras muito próximas
da dos Estados Unidos, este peca pela falta de interesse dos investidores e das
empresas. São ativos com pouca liquidez, muitas vezes ficando dias sem negociação.
As possibilidades são poucas também, tendo na Bovespa cerca de 100 ativos desse
tipo, em comparação a mais de 5000 empresas disponíveis investindo diretamente no
mercado norte americano. Por fim, mas não menos importante, a maior parte são
ativos sem participações nas empresas emissoras, pois a maior parte dos BDRs são
não patrocinados.
Todas essas características do mercado e a facilidade de abrir conta em corretora
no exterior e investir em outros países diretamente, fazem com que os BDRs não
sejam adequados para os investidores que pretendem diversificar parte de seu capital
internacionalmente.
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7 IMÓVEIS
Estados Unidos
No caso do EUA, qualquer estrangeiro pode comprar um imóvel, desde que tenha
um visto, mesmo que de turista, e um passaporte válido. Outros documentos
solicitados são comprovantes de renda e residência (ambos brasileiros). O processo
de aquisição se resume à confirmação da disponibilidade do valor necessário para a
compra, à elaboração de uma minuta contratual posteriormente à realização do
contrato e o envio do dinheiro para os Estados Unidos. Veja que nem a conta em um
banco americano é necessária.
Nosso imposto de IPTU se compara ao imposto predial do EUA, o Property Tax, que
gira em torno de 1,6% do valor do imóvel, variando de acordo com o estado no qual a
propriedade está localizada. Além desse custo, caso a propriedade faça parte de
algum condomínio, as taxas cobradas por estes são proporcionais ao que é oferecido,
como academia, piscina etc.·.
Inglaterra
Não há nenhum empecilho para que estrangeiros comprem imóveis na Inglaterra,
contudo as negociações obrigatoriamente devem ser feitas por meio de advogados.
O advogado é responsável por verificar a procedência do dinheiro do próprio cliente,
sendo ele responsabilizado caso a origem não seja segura. Esse processo se dá pelo
fornecimento de documentos de renda pelo cliente para o advogado. Outro papel
realizado pelo advogado é de intermediário do envio do dinheiro para efetivação do
pagamento. O dinheiro deve ser enviado para o advogado e posteriormente este
encaminha para a outra parte. Por fim, mas não menos importante, cabe também ao
advogado inspecionar o imóvel com intuito de verificar seu histórico, além de apontar
possíveis ônus futuros, como questões de planejamento urbano que possam a vir
afetar o valor do bem. Os documentos necessários para a compra são o passaporte,
assim como comprovantes de renda e endereço além da abertura de uma conta em
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um banco da Inglaterra. Não há necessidade de visto para entrada de brasileiros e
estes podem permanecer por até 6 meses, para turismo ou estudos.
Os custos envolvidos na negociação e aquisição dos imóveis, além do preço da
propriedade, são: Advogado (1000-2000 libras), custo de registro (0,1% do valor do
imóvel), imposto de transmissão do imóvel (1% a 4% do valor do imóvel), empresa de
consultoria que intermedia a venda (1,5% do valor do imóvel), chatered surveyour,
responsável pela inspeção técnica do imóvel (600-1500 libras). Em relação ao último,
o vendedor é obrigado a fazer um seguro para cobrir eventuais problemas que não
puderam ser identificados no relatório de inspeção. No caso do IPTU inglês, varia de
acordo com o município e são proporcionais ao valor da propriedade. De qualquer
forma as taxas são muito menores do que as cobradas no Brasil.
França
Assim como nos outros países citados anteriormente, não há restrição na compra
de imóveis na França por estrangeiros e, como na Inglaterra, não há necessidade de
visto para a entrada de brasileiros no país.
O primeiro passo do registro legal da aquisição de propriedade na França é o acordo
formal entre o vendedor e o comprador, que é chamado de Sous-Ao ver Prive (se é
intermediado pelo agente de propriedade real francesa) ou Compromis de Vente (se
for feito por um notário). Esse acordo deve ser assinado por ambas as partes, sendo
de responsabilidade do comprador o depósito, de pelo menos de 10% do valor do
imóvel que serão depositados em uma conta bancária específica de um notário e
assim continuarão até o pagamento do restante ou o cancelamento da compra. O
comprador tem o prazo legal de 7 dias para desistir da compra e ter o reembolso
integral do depósito inicial. Se a recusa da compra for feita após essa data, o contrato
é rescindido e o comprador perde o depósito realizado, a não ser que a causa da
recusa atenda a alguma condição contratual que dê o direito ao reembolso total.
O notário, ou em francês notaire, tem o papel semelhante ao advogado no processo
da Inglaterra. A intermediação do pagamento, fiscalização da qualidade do imóvel, do
seu histórico, além da verificação de documentos e de ônus futuros em função de
futuras melhorias públicas na região onde o imóvel está localizado. Esse funcionário
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não age no interesse de qualquer das partes na operação, ele representa os
interesses do governo francês e tem como sua tarefa principal assegurar que a
transação seja realizada em conformidade com todas as normas legais e sendo
escolhido livremente pelo comprador.
O segundo passo do registro legal para comprar uma propriedade na França, é a
assinatura do vendedor e comprador do Acordo Final (Acte de Vente) na presença do
notário. O imóvel é transferido para o novo dono, que deve arcar com o restante dos
custos que somam, normalmente, cerca de 7,5% do valor do imóvel. Nesses custos
estão incluídos a taxa do notário, imposto sobre a transferência além do imposto do
registro da propriedade. Há também imposto anual como nosso IPTU, que como aqui
vai variar de acordo com a região.
Portugal
Outro país muito procurado por brasileiros com intuito de investir em imóveis é
Portugal, devido ao idioma semelhante e em muitos casos a dupla nacionalidade
portuguesa que muitos brasileiros possuem.
Para a compra de imóvel em terras portuguesas é necessário ter uma inscrição na
Administração Fiscal, para que com isso se possa obter o Número de Identificação
Fiscal. Além destes documentos, é necessário ter em mãos a Certidão do Registro
Predial, também conhecida como Certidão de Teor, que confirma e legitima o
proprietário e comprador. Já para saber qual a situação fiscal do imóvel interessado
deve-se solicitar no Serviço de Finanças o documento de nome Caderneta Predial.
Outros documentos também são necessários como a Licença de Utilização, que serve
para atestar para que serve o imóvel alvo da compra e pode ser obtido na prefeitura
da cidade do imóvel e a Ficha Técnica de Habitação que é exigida para descrever as
características técnicas e funcionais do imóvel e que também pode ser solicitada na
prefeitura. Esses documentos não podem ser solicitados diretamente por não
residentes, sendo necessário, portanto um representante fiscal que deve ser cidadão
português e ter residência permanente em Portugal. É recomendado à utilização de
advogados especializados na área para atuar como representante fiscal.
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O comprador deve arcar com custos na aquisição, na escritura e nos registros que
normalmente não passam de mil euros. A contribuição autárquica, o IPTU deles, varia
entre 0,7% a 1,3% do valor do imóvel e assim como no Brasil este imposto é cobrado
anualmente.
Uruguai
O governo uruguaio também não tem nenhuma restrição quanto à compra de
imóveis por estrangeiros. Porém, assim como na Inglaterra, todas as transações
imobiliárias são executadas por um advogado especializado na área, denominado no
Uruguai de escribano, tendo o comprador o direito de escolha deste. O papel do
escribano é ser responsável pela escrituração do imóvel, pelas informações dos
registros públicos, pela averiguação de possíveis pendências judiciais do bem, além
do registro do contrato.
Os impostos prediais no Uruguai são cobrados anualmente e com valores que
variam entre 2% a 3% do valor da propriedade.
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reais, passou a valer mais de 4 reais fazendo com que muitos não conseguissem mais
pagar os financiamentos e perdessem os imóveis.
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8 ABRINDO CONTA EM CORRETORA
ESTRANGEIRA
Além de permitir a abertura de contas para não-residentes de qualquer país, a
corretora tem que custodiar os ativos no exterior e ser totalmente flexível no
recebimento e retiradas do dinheiro do investidor, tanto em relação a país quanto
instituição financeira a ser utilizada. A corretoras deve permitir o depósito e retirada
de dinheiro de e para qualquer conta bancária com titularidade do investidor sem
qualquer tipo de burocracia. Isso é muito importante pois hoje o investidor mora no
Brasil, mas futuramente, por qualquer motivo, ele pode ter que mudar de país o que
não deve impactar a manutenção da conta na corretora do exterior e os envios para
a mesma.
Após esse filtro, deve-se checar as corretoras restantes nos órgãos reguladores e
outras instituições que protegem em caso de fraude ou quebra das mesmas.
Segurança
No caso das corretoras americanas, os principais órgãos a serem verificados são
FINRA e SIPC. A FINRA ou Financial Industry Regulatory Authority é uma corporação
não governamental que atua como uma organização autorreguladora das corretoras
membros e mercados cambiais, com a função de certificar que a indústria de valores
mobiliários dos Estados Unidos opera de forma justa e honesta. Para verificar se uma
corretora faz parte da FINRA é só pesquisar pelo seu nome no site
brokercheck.finra.org. Já o SIPC (Securities Investor Protection Corporation) é um
fundo projetado para proteger os clientes de corretoras em casos de perda devido à
falência e/ou fraude, se assemelhando ao nosso FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
Assim como FGC, o SIPC é suportado pelas contribuições dos próprios membros, no
caso as corretoras, e é supervisionado pela SEC (Securities and Exchange
Commision). No próprio site da SIPC, http://www.sipc.org/list-of-members, é
possível encontrar todas as corretoras que fazem parte desse grupo. As garantias são
de até 500 mil dólares, incluindo a proteção de até 250 mil dólares em dinheiro, por
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conta. Caso alcance o valor limite em investimentos pode-se criar uma nova conta se
beneficiando do novo limite. Vale lembrar que não há a necessidade de se morar ou
ser cidadão dos Estados Unidos para se beneficiar deste seguro. O tratamento é o
mesmo para qualquer nacionalidade que possua conta em uma corretora membro da
SIPC.
Ativos Fornecidos
Após realizada essa filtragem inicial, tanto em relação à possibilidade de criar uma
conta para não residente quanto a segurança da corretora, o investidor deve se
questionar em relação a quais são os tipos de ativos que pretende colocar seu
dinheiro. Diferente do mercado brasileiro, as corretoras de fora variam bastante seus
leques de investimentos e possibilidades, além dos países dos quais se pode comprar
ativos. Essas características podem influenciar tanto em relação a valores mínimos
de depósitos iniciais quanto aos custos de corretagem.
- Passfolio
A Passfolio é uma recente corretora americana que permite que tanto o processo
de abertura de conta quanto a compra de ativos sejam feitos através do aplicativo
para celular da corretora. Abrindo conta na conta na Passfolio, o investidor tem
acesso a diversos ativos como ações (incluindo REITs e ADRs) e ETFs. Não há valor
mínimo de deposito inicial, taxa de manutenção e nem taxa de corretagem.
- TD Ameritrade
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Tutorial - Abertura de Conta na TD Ameritrade
- Interactive Brokers
- Charles Schwab
Possui em seu portfólio opções, ações (incluindo REITs e ADRs), ETFs e ativos de
renda fixa. Apesar de não cobrar taxa de corretagme, a Charles Schwab possui um
valor mínimo para abertura de conta de investidores internacionais de 25 mil dólares.
Se diferencia por disponibilizar cartão de débito para não-residentes, inclusive com
envio para o Brasil.
Documentos
Concluídas todas as etapas de análise e escolha da corretora é chegada a hora de
iniciar o processo de abertura da conta. Atualmente os processos são bem rápidos e
práticos e em várias corretoras de forma totalmente online. Para abrir uma conta, o
investidor deve ir no site da corretora escolhida, preencher um formulário online com
suas informações pessoais e em seguida será solicitado por e-mail ou no próprio site
os seguintes documentos (podendo variar de corretora para corretora, assim como
país):
Passaporte*(Algumas corretoras aceitam a carteira de motorista brasileira ou
identidade);
Comprovante de Residência Brasileiro;
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Formulário W-8BEN preenchido (Apenas para corretoras americanas, sendo que
algumas destas preenchem para você).
W-8BEN
O formulário W-8BEN identifica um investidor não residente nos Estados Unidos.
Utilizado também como registro para justificar casos de cooperação de outros países,
como o existente entre Brasil – EUA, evitando que o imposto pago lá seja cobrado
aqui também. Seu preenchimento, como mostrado na imagem abaixo é bem simples,
sendo obrigatório apenas os campos 1, 2, 3, 4 e 7 para todos sem identificação na
receita americana e que não irão solicitar a utilização de um acordo de impostos
diferente do existente entre seu país com os EUA. Nesses campos serão informados
o Nome Completo, País, Tipo de Investidor (Individual), Endereço Completo e CPF,
respectivamente, além de assinar e datar o documento.
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Registro de Ativos
O registro do tipo “Street Name” é o padrão do mercado, sendo este modelo
escolhido pela maioria das corretoras de forma automática a não ser que hajam
instruções específicas por parte do acionista. Apesar de não permitir um contato
direto entre a empresa e o acionista, torna o processo de compra e venda de ações
muito mais prático, ainda mais em um mercado descentralizado como visto no
exterior, com diversos bancos custodiando ações de diferentes empresas adquiridas
por milhares de corretoras diferentes, além de facilitar a utilização dos ativos para
operar alavancado na corretora. Não recomendo, entretanto, a alavancagem,
principalmente se tratando de operações que serão realizadas em moedas
estrangeiras
Frações de Ações
Algumas corretoras no exterior permitem que o investidor compre frações de ações.
Utilizando desse o investidor pode comprar, por exemplo, 0,056 ações de uma
empresa.
Apesar de trazer uma praticidade, esse sistema acarreta em maior risco. Além de
uma possibilidade da corretora deixar de ofertar essa forma de compra de ativos, já
que se trata de um serviço exclusivo da corretora e não da bolsa, frações de ações
não podem ser transferidas. Com isso é necessário vender ou completar em números
inteiros as ações em caso de mudança de corretora.
Vender todos os ativos ou completar em números inteiros resulta em grande
trabalho e altos gastos com corretagens. Por esse motivo é melhor evitar esse tipo de
sistema e comprar sempre ação inteira. Caso já tenha frações de ações, o adequado
é completar estas e não adquirir mais ativos dessa forma.
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9 MÉTODOS DE TRANSFERÊNCIA
Após a abertura de uma conta em corretora no exterior será necessário o envio de
recursos para que sejam realizados os aportes.
Essa forma de envio pode ser realizada tanto através de bancos quanto através de
corretoras de câmbio. Os bancos além de cobrarem taxas maiores, em média 150
reais por operação além do IOF (pode variar entre 0,38 e 1,1% a depender da
natureza) e spread do câmbio, não estão habituados a fazer transferências
internacionais para investimentos em corretoras estrangeiras. Complica ainda mais
quando a transferência é para a conta da corretora e não diretamente dos clientes, o
que é muito comum, e acaba sendo uma transferência internacional pessoa física
para pessoa jurídica. Essa situação está fora dos padrões dos bancos que muitas
vezes acabam não conseguindo realizar a transferência ou dificultando bastante
como, por exemplo, solicitar documentos que só serão adquiridos após a compra das
ações. Essa situação normalmente não ocorre ao utilizar corretoras de câmbio que
estão mais acostumadas com o processo. Normalmente estas instituições cobram
taxas menores por operações e spread bancário mais em conta, além de realizarem
com facilidade este tipo de operação e, a depender da corretora, tudo online. Na
RemessaOnline, por exemplo, o investidor faz tudo de forma online e paga 5,90 por
operação e spread de 1,3%, além de IOF. Sem contar que envios acima de 2500 reais
isentam a taxa de 5,90 reais e usando o código promocional de assinantes fornecido
na Bastter.com o spread cobrado cai para 1%.
Atualmente quando confirmado o pagamento da transferência, que é por
transferência bancária, demora normalmente menos de 48 horas úteis para que os
créditos sejam adicionados na conta da corretora estrangeira.
Após realizado o processo da primeira transferência, as informações e documentos
ficam gravados na corretora de câmbio, não necessitando, portanto, a repetição de
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todas etapas nos próximos envios, se limitando apenas à solicitação de envio e
informação da finalidade.
Dependendo do banco receptor pode haver cobrança de recebimento, porém
muitas corretoras estrangeiras isentam esses valores por parte de seus bancos para
não prejudicarem seus clientes ou quando há taxas, são bem pequenas. No caso de
retirada, os bancos brasileiros vão cobrar as mesmas taxas de envio. De qualquer
forma, é importante que o investidor que decidiu ter parte de seu capital no exterior
evite ao máximo trazer de volta, a não ser em situações emergenciais. Quando o
patrimônio já for grande que dê tranquilidade financeira, o ideal pode ser abrir uma
conta em uma instituição bancária no país onde estão os recursos e fazer
transferências locais, posteriormente utilizando esse dinheiro através de saques ou
compras com cartões daquela instituição bancária.
O fato de ter uma taxa fixa para transferências inviabiliza o envio de pequenas
quantidades, sendo, portanto necessário, a depender da condição do investidor,
juntar alguns aportes para então fazer uma transferência.
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10 IMPOSTO DE RENDA
As informações postadas sobre esse assunto representam interpretações de
normas e definições tributárias definidas pela Receita Federal Brasileira nesse
momento e que podem mudar no futuro. Além disso, serão tratadas as informações
direcionadas para as condições da maioria dos investidores no exterior. Situações
específicas não serão discutidas e estes investidores em condições especiais devem
consultar advogados especializados. Basicamente todas as situações e informações
de como proceder podem ser encontradas no material de pergunta e respostas para
pessoa física da receita federal.
Como toda questão legal, podem haver ambiguidades e consequentemente
percepções diferentes de cada leitor. Caso o investidor não se sinta seguro, é
recomendado procurar a orientação de um profissional tributarista especializado. De
qualquer forma, o mais importante é que tudo seja declarado da forma mais
transparente possível. Mesmo que haja algum erro, resultará apenas na necessidade
de esclarecimento e posteriormente sua retificação. A punição só ocorrerá se persistir
no erro. Isso vale para investimento e ganhos no exterior ou no Brasil.
Neste tópico será discutida a questão do pagamento de imposto de renda e
declaração no Brasil, considerando, portanto, o investimento em países nos quais não
é preciso declarar também o capital investido, como os Estados Unidos. Caso seja
feito investimentos diretamente em países que possuem declaração também, cabe
ao investidor pesquisar e identificar as necessidades tributárias de cada país, já que
há diversos sistemas de declaração variando de país para país.
Legalidade
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bens e se pague os impostos devidos dos rendimentos e operações de seu capital e
ativos no exterior, assim como deve ser feito com os investimentos aqui no Brasil.
A Receita Federal juntamente com o Banco Central possui diversas normas e
instruções para o capital brasileiro no exterior, permitindo assim o envio, bem como
a utilização deste dinheiro para inúmeros fins, incluindo investimentos, desde que
seja feito seguindo as legislações vigentes.
Uma interpretação totalmente equivocada e muito comum é que a necessidade de
declarar os ativos no exterior e recolher os possíveis impostos sobre os ganhos e
rendimentos dos mesmos está relacionada com a repatriação desse capital. Seguir
essa interpretação é escolher o caminho da ilegalidade. O residente do Brasil que
possua capital no exterior deve declarar seus ativos na Declaração Anual Imposto de
Renda Pessoa Física e recolher os impostos sempre que necessário, independente
do país onde os ativos estão, bem como a intenção ou não de trazer o dinheiro de
volta para o Brasil.
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subsequentes até dezembro no ano-calendário e na Declaração de Ajuste Anual
desde que haja acordos, tratados ou convenções internacionais firmadas pelo Brasil
ou reciprocidade de tratamento.
Operações no exterior que totalizam valores menores que 35 mil reais no mês e que
tenham gerado ganho de capital, são isentas de recolhimento de imposto, pois são
considerados ganhos de capital decorrentes de alienação de bens de pequeno valor.
Juros recebidos de contas remuneradas, cupons e juros intermediários de renda
fixa e ganhos com operações com moeda estrangeira em espécie não se aplica a
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isenção de alienação de bens de pequeno valor. Para vendas de moedas estrangeiras
em espécie a isenção é para um total de alienações, no ano-calendário, igual ou
inferior a 5 mil dólares dos Estados Unidos. E moedas virtuais não são consideradas
moedas e sim bens, e operações de até 35 mil reais mesmo com lucro são isentos de
impostos.
O ganho de capital pode se enquadrar em três situações distintas: Resultante de
Bens ou direitos adquiridos e aplicações financeiras realizadas com rendimentos
auferidos originariamente em reais, resultante de bens ou direitos adquiridos e
aplicações financeiras realizadas com rendimentos auferidos originariamente em
moeda estrangeira e resultante de bens ou direitos adquiridos e aplicações
financeiras realizadas com rendimentos auferidos originariamente parte em reais,
parte em moeda estrangeira. Como o nome já descreve a diferenciação das situações
ocorre devido à moeda origem do rendimento utilizado para se investir no exterior,
que não só resultará em situações distintas para declaração e recolhimento do
imposto como também a forma de cálculo do ganho de capital.
Na hipótese de bens e direitos adquiridos e aplicações financeiras realizadas em
moeda estrangeira com rendimentos auferidos originariamente em reais, o ganho de
capital corresponde à diferença positiva, em reais, entre o valor de alienação,
liquidação ou resgate e o custo de aquisição do ou direito ou o valor original da
aplicação financeira. O valor de alienação, liquidação ou resgate, quando expresso
em moeda estrangeira, deve ser convertido em dólares dos Estados Unidos da
América e, em seguida, em moeda nacional pela cotação do dólar fixada, para compra,
pelo Banco Central do Brasil, para data do recebimento. Já o custo de aquisição segue
o mesmo processo, contudo é convertido para reais pela cotação fixada para venda
da data de pagamento. A conversão de moeda estrangeira para dólares americanos,
em qualquer uma das três situações, é feito pela cotação fixada pela autoridade
monetária do país emissor da moeda, para data do pagamento, na aquisição, e para
data de recebimento, na liquidação, alienação ou resgate. Ou seja, para esses casos
onde os investimentos se originaram em reais, primeiro se converte os valores de
liquidação, alienação ou resgate e de aquisição para reais de acordo com a cotação
para compra e para venda respectivamente, em seguida se calcula o lucro da
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operação para então pagar 15% sobre o valor do ganho do capital, caso a operação
ultrapasse o montante de 35 mil reais.
Para bens e direitos adquiridos e aplicações financeiras realizadas em moeda
estrangeira com rendimentos auferidos originariamente em moeda estrangeira, o
ganho de capital corresponde à diferença positiva, em dólares dos Estados Unidos da
América, entre o valor de alienação, aquisição ou resgate e custo de aquisição do bem
ou direito ou o valor original da aplicação, convertida em moeda nacional mediante a
utilização da cotação do dólar americano fixada, para compra, pelo Banco Central do
Brasil, para data do recebimento. Em resumo, para ganhos de capital com
investimentos auferidos originariamente em moeda estrangeira, deve-se primeiro
calcular o lucro da operação em dólares e posteriormente converte esse valor para
reais utilizando a cotação de compra para o dia do recebimento e por fim apurar-se
15% sobre esse valor para efetuar o pagamento caso a operação ultrapasse o limite
de 35 mil reais de isenção.
No caso de bens e direitos adquiridos e aplicações financeiras realizadas em moeda
estrangeira sejam resultantes de rendimentos auferidos originariamente parte em
reais e parte moeda estrangeira, serão utilizados, de forma proporcional, os dois
processos descritos acima para o cálculo do ganho de capital gerado na operação.
Divide-se em duas aplicações, uma para o montante utilizado de rendimentos
auferidos em reais seguindo o processo descrito para este tipo de ganho de capital e
outra para valores utilizados de rendimentos auferidos em moeda estrangeira
obedecendo sua forma de cálculo de ganho de capital.
A apuração dos ganhos de capital de operações que excedam o limite de isenção
deve ser feita através do programa da Receita Federal destinado para esse propósito,
o GCAP (Programa Ganhos de Capital). Assim como definido para o imposto sobre
dividendos e rendimentos, a data limite do preenchimento do programa com as
informações de possíveis ganhos de capital é o último dia útil do mês subsequente à
operação da venda, depois desse prazo o investidor será passível de multa. Além
disso, em operações realizadas a prestações o ganho de capital deve ser apurado
para cada parcela seguindo a mesma forma de cálculo que as operações a vista ou a
prazo, sendo esta forma definida apenas pela origem do rendimento utilizado no
investimento liquidado ou resgatado. Outra informação importante que o investidor
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deve estar ciente é que possíveis prejuízos com operações no exterior não são
compensáveis
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ser o mais transparente possível. Abaixo segue sugestões de modelos de
preenchimento para a descrição dos diferentes tipos de ativos:
Nos campos “Situação”, para ações, ETFs, imóveis, aplicações e moeda estrangeira
em espécie, serão informados os valores de aquisição dos bens e direitos adquiridos.
Esses valores deverão ser convertidos para reais pela cotação do dólar para venda
informado pelo Banco Central do Brasil. Caso adquirido em outra moeda estrangeira,
deve ser primeiro converter para dólares dos Estados Unidos da América pelo valor
fixado pela autoridade monetária do país emissor da moeda e posteriormente
converter para reais seguindo o processo descrito acima. Para contas depósitos não
remunerados no exterior, ou seja, em conta corrente os valores informados no campo
situação é igual ao seu saldo existente no último dia do ano anterior e do ano da
declaração. Diferente dos outros investimentos, a conversão para reais será feita pela
cotação de compra fixada pelo Banco Central do Brasil e também divulgado no link
citado. O possível acréscimo patrimonial decorrente da variação cambial desses
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saldos é isento de impostos, porém devem ser declarados em “Rendimentos Isentos
e Não Tributáveis” como “Outros”.
No caso de ADR/BDR não há uma diretriz exata como declarar, porém, baseado no
tipo de investimento entende-se que se pode usar o código de Ações-31 ou então
Outros-99. O preenchimento da descrição seguirá o modelo apresentado para ações
com a adição da informação que se trata de um recibo depositário brasileiro ou
americano. Como os outros investimentos, na localização será informado o país onde
se encontra o capital investido, ou seja, para BDR será Brasil e ADR Estados Unidos
da América. E por fim, o preenchimento do campo Situação será também igual ao de
ações, descrito logo acima. Lembrando que como o BDR é um investimento brasileiro,
será operado em reais não precisando, portanto, nenhum tipo de conversão de
moedas.
A posse de Bitcoins e qualquer outra moeda virtual também deve ser declarada. A
receita informa que este tipo de ativo, apesar de não ser considerado moeda, deve
ser informado também na Ficha de Bens e Direitos, porém com o código Outros-99.
Na descrição informa-se o tipo de moeda virtual assim como a quantidade em posse.
O campo Situação será preenchido com o valor de aquisição do ativo, sendo este
alterado apenas caso haja com novas operações. A receita chama atenção ao fato de
as moedas virtuais não terem cotações oficiais já que não possuem órgão responsável
pelo controle das suas emissões. Com isso é necessário que o investidor guarde um
documento que comprove suas operações e seus valores de aquisição e/ou vendas
para fins tributários.
Os rendimentos e proventos dos ativos serão declarados no item “Rendimentos
Tributáveis de Pessoa Física/Exterior” na aba “Outras Informações”. Basicamente
pode-se preencher todos proventos e rendimentos recebidos do ano numa única vez
na época do preenchimento da declaração anual ou fazer o acompanhamento mensal
com o programa do carnê leão. A primeira opção só será possível caso o investidor
esteja posicionado em países com acordo de reciprocidade e que os impostos taxados
na distribuição dos rendimentos e proventos sejam iguais ou superiores aos cobrados
pelo governo brasileiro (ex. Estados Unidos da América) e ativos que são taxados na
sua distribuição (ex. Ações), não necessitando assim pagamento mensais da
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diferença de taxações. Independentemente da forma escolhida o processo de cálculo
é o mesmo e será explicado no tópico mais abaixo.
Os ganhos de capital, explicados com maior detalhamento em tópico anterior,
ocasionados por alienação de bens e direitos no exterior devem ser declarados em
“Rendimentos Isentos e Não Tributáveis” caso se encaixem em vendas de bens de
pequeno valor sem a necessidade de taxação ou em “Rendimentos Sujeitos à
Tributação Exclusiva/Definitiva” para as operações com lucro que não se
caracterizem com a situação anterior.
Saldo em conta correntes e demais aplicações financeiras, cujo valor unitário não
exceda a 140 reais, bens móveis cujo valor unitário não ultrapasse 5 mil reais,
conjunto de ações, negociadas em bolsa ou não, bem como ouro, ativo financeiro,
cujo valor de constituição ou de aquisição seja inferior a mil reais e/ou são
dispensados de declarar.
Basicamente esse é o processo Declaração Anual de Imposto de Renda Pessoa
Física para a maioria dos pequenos investidores com ativos no exterior, que por sinal
é bem parecido de como é feito com os investimentos situados no Brasil. Contudo
para aqueles que possuem ativos no exterior que totalizam montante igual ou superior
a 100 mil dólares no último dia de cada ano é obrigatório também o preenchimento
da Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE). Ela é feita na internet no site
do Banco Central e deve ser entregue, geralmente, até o início de abril informando
em valores da moeda estrangeira cada investimento em posse no exterior. Caso o
valor em investimentos no exterior seja de igual ou superior a 100 milhões de dólares,
essa declaração deve ser feita trimestralmente.
Bastter System
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de acordo com as regras oficiais, de forma muito mais simples, precisando apenas
informar corretamente suas movimentações.
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