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IPv6: solução de endereços de rede na

segunda década do século XXI.


IPv6 é a sigla para Internet Protocol version 6. Também conhecido como Ipng (Internet
Protocol Next Generation), trata-se da evolução do IPv4, a versão em uso atualmente. O IPv6 é
fruto da necessidade de mudanças na iInternet, já que o IPv4 permite que até 4.294.967.296
de endereços IP estejam em uso.

Os motivos para o esgotamento do padrão IPv4 são bem intuitivos: rápido crescimento de
usuários, grande número de dispositivos permanentemente conectados (modems), grande
número de dispositivos móveis e utilização ineficiente de endereços.

Essa utilização de todos os 4,3 bilhões de endereços IPv4 já é antecipada desde 1980, quando
se visualizou o boom de crescimento na utilização da internet. Mas esse novo padrão de
protocolo não é realmente novo também. Ele foi criado em 1998 e lançado oficialmente em
2012, mas só agora tornou-se realmente necessário, tendo em vista que sua quantidade
máxima de combinações de nós de IP é de:

2128 =282.366 .920 .938.000 .000 .000.000 .000 .000 .000.000


Isso se deve ao fato que no IPv6 a notação é diferente, usando 16 octetos invés de apenas 4,
como no IPv4.

Como o IPv6 tem uma quantidade grande de endereços hoje, os projetistas de rede consertam
vários defeitos (não só o de esgotamento de endereços que existe em IPv4). As Principais
mudanças são:

 Definição de arquitetura hierárquica na internet, o que melhorou as rotas, facilitando


um encaminhamento mais eficiente dos pacotes IP.
 Facilitar a distribuição de IPs fixos e válidos para conexões discadas (DSL), Cable
Modems e telefones móveis.
 Fornecer endereços na internet para todos os dispositivos conectados a ela,
eliminando os problemas associados ao NAT.

Tendo em vista essa nova situação de transição, deram o nome dela de dual-stack, sendo que
IPv4 e IPv6 funcionarão de forma simultânea por mais alguns anos. Nela, alguns usuários
poderão ser afetados, pois a tradução (mecanismo chamado de NAT) entre os padrões de
protocolo é lenta. No mundo a adoção desse padrão já é de 18

Quando a análise é feita por país, o Brasil está em boa situação. A adoção aqui já é de 34,5%, e
os usuários enfrentam menos problemas de compatibilidade e conexão. Para comparação,
Estados Unidos têm 35,4%, Japão 17,37% e Bélgica 47,63% de seus usuários conectados via
IPv6.
Mas apesar deste protocolo ser produto da necessidade de novos endereços, ele também não
tem só sua vantagem numérica, aqui são 6 exemplos dos benefícios que essa nova geração
traz:

 Roteamento mais eficiente

O IPv6 reduz o tamanho das tabelas de roteamento e torna o roteamento mais eficiente e
hierárquico. O IPv6 permite que os ISPs agreguem os prefixos das redes de seus clientes em
um único prefixo e anunciem este prefixo para a Internet IPv6. Além disso, nas redes IPv6, a
fragmentação é tratada pelo dispositivo de origem, em vez do roteador, utilizando um
protocolo para a descoberta da unidade de transmissão máxima (MTU) do caminho.

 Processamento de pacotes mais eficiente

O cabeçalho de pacote simplificado do IPv6 torna o processamento de pacotes mais eficiente.


Comparado com iPv4, iPv6 não contém uma soma de verificação de nível IP, de modo que a
soma de cheques não precisa ser recalculada em cada salto do roteador. Livrar-se do soma de
verificação de nível IP foi possível porque a maioria das tecnologias de camada de link já
contêm recursos de verificação e controle de erros. Além disso, a maioria das camadas de
transporte, que lidam com conectividade de ponta a ponta, têm uma soma de verificação que
permite a detecção de erros.

 Fluxos de dados direcionados

IPv6

suporta multicast em vez de transmissão. O multicast permite que fluxos de pacotes com
largura de banda (como fluxos multimídia) sejam enviados para vários destinos
simultaneamente, economizando largura de banda da rede. Hosts desinteressados não devem
mais processar pacotes de transmissão. Além disso, o cabeçalho IPv6 tem um novo campo,
chamado Flow Label, que pode identificar pacotes pertencentes ao mesmo fluxo.

 Configuração simplificada da rede

A configuração automática de endereço (atribuição de endereço) é incorporada ao IPv6. Um


roteador enviará o prefixo do link local em seus anúncios de roteador. Um host pode gerar seu
próprio endereço IP anexando seu endereço de camada de link (MAC), convertido em formato
DE Identificador Universal Estendido (EUI) de 64 bits, para os 64 bits do prefixo de link local.

 Suporte para novos serviços


Ao eliminar o NAT (Network Address Translation, tradução de endereço de rede), a verdadeira
conectividade de ponta a ponta na camada IP é restaurada, permitindo serviços novos e
valiosos. As redes par-a-par são mais fáceis de criar e manter, e serviços como VoIP e Quality
of Service (QoS) se tornam mais robustos.

 Segurança

O IPSec, que fornece confidencialidade, autenticação e integridade de dados, é cozido no IPv6.


Devido ao seu potencial de transportar malware, os pacotes IPv4 ICMP são frequentemente
bloqueados por firewalls corporativos, mas o ICMPv6, a implementação do Protocolo de
Mensagens de Controle da Internet para IPv6, pode ser permitida porque o IPSec pode ser
aplicado aos pacotes ICMPv6.

https://www.google.com/intl/pt-BR/ipv6/statistics.html#tab=ipv6-adoption

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