Em meados do século XIX, o médico Samuel Morton iniciou uma
pesquisa que segundo ele, comprovava que os seres humanos são divididos em 5 “raças”, que são distintas criações divinas. Morton alegava que o homem branco era o mais inteligente. Os orientais do leste da Ásia, ainda que engenhosos, ocupavam um patamar inferior, depois vinham os orientais do sudeste asiático, seguidos dos indígenas norte-americanos. Os negros, por sua vez, ficavam por último. Nas décadas seguintes, suas concepções foram fortemente adotadas pelos defensores da escravidão. Morton, como pioneiro do racismo científico, influencia as distinções raciais até os dias de hoje, mudando nossa política, mercado de trabalho e até o modo como nos vemos. Podemos reparar sua influência na sociedade em ocorridos recentes, como o assassinato do segurança George Floyd, em Minnesota. Antes da teoria da evolução de Darwin e da descoberta do DNA, ninguém fazia ideia de onde vinham as características “raciais” de cada ser humano. Agora, com todo estudo feito, os cientistas afirmam que o conceito de raça não tem a menor base genética ou cientifica. Ao longo dos últimos anos de pesquisa, afirma-se duas grandes verdades a respeito dos seres humanos. A primeira é que temos um parentesco muito próximos, mas com versões de genes ligeiramente diferentes. A segunda verdade é que, após anos de pesquisas e estudos sobre a diversidade genética, descobrimos que todas as pessoas que vivem hoje são de origem africana. Podemos afirmar que nossa espécie (Homo Sapiens), evoluiu na África, ainda que ninguém saiba a época ou a região exata. Há 200 e poucos mil anos atrás, continuávamos a viver na África, mas alguns povos começaram a se deslocar para outros continentes, na prática dando origem a novas populações. Assim, vários grupos em condições de isolamento evoluíram ao mesmo tempo, fazendo adquirirem características distintas. Portanto, toda ideia de distinção racial, é um discurso político, de necessidade de superioridade do homem branco. A discussão racial que se impõe hoje é sociológica, dada a desigualdade socioeconômica e de tratamento que se destaca até os dias atuais. Diego Hailer 24/06