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ESTATUTO 

DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Prof. Andréia Cordeiro

OS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Art. 7º ao 69
CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA – Art. 19 ao 52-D
 De forma preferencial, permitir a manutenção e o fortalecimento dos vínculos com a família natural,
ou de origem.
 Quando, por qualquer razão, isto não for possível, proporcionar a inserção em família substituta de
forma criteriosa e responsável, procurando evitar os efeitos deletérios tanto da chamada
“institucionalização” quanto de uma colocação familiar precipitada, desnecessária e/ou inadequada.
 Elaboração e implementação de uma política pública específica, de caráter intersetorial e
interinstitucional, porque a assistência social, saúde, educação etc. são as áreas que contribuirão
com os setores da administração, Conselho Tutelar, Ministério Público e o Poder Judiciário, além de
entidades não governamentais que executem (ou venham a executar) os programas de atendimento
àquela relacionados.
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OS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Art. 7º ao 69
CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA – Art. 19 ao 52-D
Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus
descendentes.
Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além da
unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança
ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.
Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção,
independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.
§2º - Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu consentimento, colhido
em audiência.
 Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou
a suspensão do poder familiar

OS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Art. 7º ao 69
CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA – Art. 19 ao 52-D
 Os programas de orientação e apoio sociofamiliar (arts. 90, inciso I; 101, inciso IV e 129, incisos I a IV, do
ECA).
 Destinados fundamentalmente a evitar o afastamento da criança ou adolescente de sua família de origem
e os programas colocação familiar (arts. 90, inciso III; 101, incisos VIII e IX e 260, §2º, do ECA).
 Acolhimento institucional (arts. 90, inciso IV e 101, inciso VII e §1º, do ECA), este último de caráter
eminentemente subsidiário aos demais (cf. art. 33, §1º, do ECA).
 Em todas as ações a serem desenvolvidas, é necessário ter em mente e respeitar, o quanto possível, os
princípios da autonomia da família e da responsabilidade parental (art. 100, par. único, inciso IX, do ECA),
cabendo ao Estado auxiliar e jamais substituir esta no desempenho de seu imprescindível papel no
desenvolvimento saudável de uma criança ou adolescente.

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GUARDA X TUTELA X ADOÇÃO
GUARDA (arts. 33 a 35) TUTELA (arts. 36 a 38) ADOÇÃO (arts. 39 a 50)
Obriga assistência material, moral e Obriga assistência material, moral e Rompe-se o vínculo com a família
educacional. educacional + administração dos natural, salvo impedimento para
bens do tutelado. casamento (art. 1.521 CC/2002)
Revogável Revogável Irrevogável
Não há perda do poder familiar, Prévia suspensão, destituição ou Há NECESSARIAMENTE a perda
porém os pais não dirigem a criação extinção do poder familiar (arts. 155 do poder familiar.
e a educação dos filhos. a 163, do ECA e art. 1635 do CC/02)
Regularizar a posse de fato, Para pessoas até 18 anos Atribui a condição de filho ao
deferida liminar ou incompletos. (Maioridade civil – art. adotado com os mesmos direitos
incidentalmente, nos processos de 5º CC/2002) do filho biológico.
tutela ou adoção.
Confere ao menor a condição de Confere ao menor todos os Confere todos os direitos, inclusive
dependente para todos os fins e direitos. os sucessórios.
direitos, inclusive previdenciários.
Não há alteração no nome. Não há alteração no nome. Há alteração no sobrenome,
podendo haver alteração no nome.
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GUARDA X TUTELA X ADOÇÃO


GUARDA (arts. 33 a 35) TUTELA (arts. 36 a 38) ADOÇÃO (arts. 39 a 50)
Tipos: Tipos: Tipos:
a) De fato a) Legítima a) Nacional
b) De direito b) Testamentária b) Internacional
c) Compartilhada (L. 11.698/08) c) Dativa (CC) c) Unilateral
d) Provisória (33, §1º) d)Compartilhada (doutrina jurídica) d) Bilateral
e) Permanente (33, §2º) e) Póstuma
f) À brasileira (é irregular)
g) Intuito personae (Lei nº
12.010/09)
h) Casais homoafetivos
Decisão NÃO faz coisa julgada Caráter assistencial = proteção + Diferença de idade entre adotante
material = pode ser modificada para administração dos bens. e adotado – 16 anos.
atender o melhor interesse da
criança.
Guardião pode opor a guarda a Existência do pro-tutor, CC/2002, Avós e irmãos são IMPEDIDOS de
terceiros, inclusive aos pais, para fiscalizar os atos do tutor. adotar.
Concedida a pessoas físicas ou Pupilo ou tutelado sobre quem Adoção de indígena ou quilombola
jurídicas (creche) recai a tutela – respeita-se a cultura do menor.
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GUARDA X TUTELA X ADOÇÃO
GUARDA (arts. 33 a 35) TUTELA (arts. 36 a 38) ADOÇÃO (arts. 39 a 50)
A guarda estatutária é um múnus Sucedâneo ou medida supletiva do Ato jurídico bilateral complexo com
publicum. A colocação familiar é poder familiar. natureza institucional. Poder
efetuada pela autoridade judiciária público atua por meio de sentença
judicial.
Guarda alternada NÃO se confunde O tutor é representante legal para Adoção de menor de 18 anos é
com a guarda compartilhada. todos os atos civis. processada e julgada na Vara da
Infância e da Juventude.
Guardião que descumprir deveres Tutor pode adotar o tutelado, PROIBIDA adoção por procuração.
da guarda responderá nas esferas desde que preste contas da sua
administrativas e penal (arts. 93 e administração e salde o que, por
249 ECA) ventura, deva.
Estrangeiro NÃO pode ter guarda, Tutela e adoção englobam a Sentença de adoção tem efeitos a
somente adoção. (Estrangeiros guarda, mas a tutela não convive partir do momento da prolação.
pretendentes à adoção se faz por com a adoção.
intermédio do chamado estágio de
convivência, sendo regulada pelo art. 46,
§2º, do ECA)
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