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Lição 4 16 a 23 de janeiro

Conflito e crise: os juizes

Sábado à tarde Ano Bíblico: Gn 48-50

VERSO PARA MEMORIZAR:"Orou Ana e disse: O meu coração se regozija no Senhor, a minha força está
exaltada no Senhor; a minha boca se ri dos meus inimigos, porquanto me alegro na Tua salvação" (1Sm
2:1).

LEITURAS DA SEMANA: Jz 4; 6; 14; Hb 11:32; 1Sm 2:12-25; 8:1-7

A época dos juízes foi um período caótico na história sagrada. O povo de Deus praticava o mal aos olhos do
Senhor, Ele os entregava nas mãos de um opressor; então clamavam novamente a Deus, e o Senhor
suscitava um libertador que trazia paz à terra. E assim até o mesmo triste ciclo se repetir.

Débora, uma das juízas de Israel, foi notável pela confiança que inspirava nos homens ao seu redor. Ela e
Jael foram heroínas, ao passo que os homens precisavam de encorajamento por causa de sua timidez e
falta de fé. Um subtema que se repete no grande conflito também é visto na história de Gideão, quando as
chances do povo de Deus eram nulas.

Sansão foi um dos últimos juízes. Depois dele a nação caiu em anarquia e desespero. Ele foi um herói
relutante, mais interessado em correr atrás de mulheres do que em seguir a Deus, um paralelo de seus
compatriotas, que estavam mais interessados em adorar ídolos do que em servir ao Senhor.

Samuel trouxe esperança à nação. Sob sua direção, foi estabelecida uma nova estrutura de liderança, com
reis, e um de seus últimos atos foi ungir o futuro rei Davi.
Permita que Deus coloque um sonho em seu coração. Leve a seus amigos a esperança em Jesus Cristo. Creia e veja os milagres de Deus!

Domingo, 17 de janeiro Ano Bíblico: Êx 1-4

Débora
A história de Débora acrescenta detalhes interessantes ao tema do grande conflito. Ali vemos o povo de
Deus sofrendo opressão, com possibilidades praticamente nulas de vitória. Isso encontra paralelo no que
observamos em Apocalipse 12, que relata uma disputa muito desigual entre um dragão de sete cabeças e
um bebê recém-nascido (ver lição de terça-feira da 1ª semana).

Os principais personagens da história incluem Jabim, rei de Canaã, Sísera, o comandante de seu exército, e
Débora, uma profetisa e juíza (alguém que resolvia disputas civis entre partes opostas) que tinha um grau
muito incomum de autoridade e influência para uma mulher daquela época.
1. Leia Juízes 4. Em quais aspectos vemos o tema do grande conflito expresso nesse capítulo? No final,
quem, somente, trouxe vitória a Israel, apesar da indignidade do povo?

A heroína da história foi a esposa de Héber, Jael, que não teve medo de se identificar com o povo de Deus
e que desempenhou um papel fundamental na derrota dos inimigos do Senhor. De nossa perspectiva
atual, não é fácil julgar os atos de Jael. Porém, a última coisa que deveríamos fazer é usar os atos dela para
justificar o engano e a violência como meios para alcançar nossos fins, não importa o quanto esses fins
sejam corretos.

Nas conversas anteriores ao conflito, Débora assegurou a Baraque que a batalha seria de Deus (um eco do
grande conflito, certamente). Dois verbos foram usados para descrever como Deus faria isso (Jz 4:7). Ele
faria com que Sísera fosse (no original, a expressão indica a ideia de atrair ou arrastar, sugerindo o ato de
pegar um peixe numa rede) até o ribeiro Quisom, onde o "entregaria" nas mãos de Baraque. O cântico de
ação de graças de Débora (Juízes 5) revela alguns dos detalhes. Por causa de uma pesada chuva, os carros
de Sísera ficaram atolados nas estreitas passagens próximas ao ribeiro Quisom. Os céus e as nuvens
"gotejaram" e as montanhas "se derreteram" em água (5:4, 5), e Israel foi livrado.

Pense na confiança que esses homens de guerra tiveram em Débora. Embora, em certo nível, isso tenha sido
bom, por que sempre devemos ter cuidado com o grau de confiança que depositamos em qualquer pessoa?

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Segunda, 18 de janeiro Ano Bíblico: Êx 5-8

Gideão
2. Leia Juizes 6:1.0 que aconteceu nessa ocasião? Jz 6:10

Depois de Débora, a terra ficou em paz durante os 40 anos seguintes, mas logo os israelitas voltaram a cair
nas mãos de opressores. Dessa vez eram os midianitas que, com seus aliados, entravam em Israel,
destruíam as lavouras recém-plantadas e roubavam os rebanhos (Jz 6:3-5). Israel ficou grandemente
empobrecido e clamou ao Senhor (Jz 6:6, 7). As pessoas concluíram que seus ídolos eram inúteis.

3. Leia Juízes 6:12-16.0 que o Anjo do Senhor disse a Gideão, e qual foi a reação dele? Gideão já não devia
saber por que eles estavam sendo afligidos? Jz 6:7-10

Apesar da queixa de Gideão, que era injustificada (eles eram desobedientes, e por isso estavam sendo
oprimidos), Deus estava pronto a livrá-los novamente, mas dessa vez através de Gideão. É interessante
que Deus tenha chamado Gideão de "homem valente", embora ele visse a si mesmo de maneira
completamente diferente: "Ai, Senhor meu! Com que livrarei Israel? Eis que a minha família é a mais
pobre em Manasses, e eu, o menor na casa de meu pai" (Jz 6:15). Sem dúvida, um dos componentes
fundamentais da força de Gideão foi seu próprio senso de falta de importância e de fraqueza.

Note, igualmente, o que Gideão pediu ao Senhor em Juízes 6:36-40. Isto é, ciente de sua própria fraqueza e
de que as probabilidades eram contrárias a ele, buscou uma certeza especial da presença de Deus. Assim,
temos ali um homem que compreendia plenamente sua completa dependência do Senhor. Podemos ler,
em Juízes 7, a respeito do maravilhoso sucesso de Gideão contra os opressores de seu povo e acerca do
livramento que Deus operou em favor de Israel.
Por que o Senhor escolheu usar seres humanos caídos nesse livramento? Isto é, Ele não poderia ter
chamado "mais de doze legiões de anjos" (Mt 26:53) para fazer, em favor de Israel, o que era preciso
naquele momento? Qual é o nosso papel no grande conflito e na propagação do evangelho?

Terça, 19 de janeiro Ano Bíblico: Êx 9-11

Sansão
As linhas de batalha entre o bem e o mal ficaram indistintas na história de Sansão. O início de sua vida foi
impressionante, com o anúncio do Anjo do Senhor de que ele devia ser nazireu desde o nascimento. O
Anjo instruiu os pais de Sansão sobre a preparação para receber aquele bebê especial. Foi dito à mãe que
não bebesse álcool nem ingerisse comidas proibidas (Jz 13:4, 13, 14; ver também Lv 11). Deus, na verdade,
tinha planos especiais para Sansão; infelizmente, as coisas não foram tão bem como poderiam ter sido.

"Exatamente quando estava se tornando adulto, época em que deveria executar sua missão divina,
ocasião em que, mais do que em todas as outras, deveria ser fiel a Deus, Sansão se ligou aos inimigos de
Israel. Não procurou saber se poderia glorificar mais a Deus estando unido ao objeto de sua escolha, ou se
estava colocando-se em posição em que não poderia cumprir o propósito a ser realizado pela sua vida. A
todos os que em primeiro lugar procuram honrá-Lo, Deus prometeu sabedoria; mas não há promessa para
aqueles que se inclinam a agradar a si mesmos" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 563).

4. Leia Juízes 14:1-4. Como é possível que Deus tenha usado a fraqueza de Sansão em relação às mulheres
como "uma oportunidade para atacar os filisteus"? (v. 4, NTLH).

Sansão "atacou" os filisteus de várias formas, sempre como uma irada reação a desfeitas pessoais.
Primeiro matou 30 homens e levou as vestes deles para sua festa de casamento a fim de pagar uma dívida
(Jz 14:19). Depois destruiu as colheitas deles, quando sua esposa foi dada em casamento ao seu padrinho
(Jz 14:20; 15:1-5). A seguir, Sansão matou muitas pessoas como vingança pelo fato de que os filisteus
tinham matado sua esposa e o pai dela (Jz 15:6-8). Quando os filisteus tentaram se vingar desse ato (Jz
15:9, 10), ele matou mil homens com a queixada de um jumento (Jz 15:14, 15). Por fim, derrubou o templo
deles e matou três mil pelo fato de que eles o haviam cegado (Jz 16:21, 28, 30).

Pense num herói cheio de falhas. Há bem pouca coisa em Sansão que deveríamos imitar, embora ele seja
mencionado em Hebreus 11:32 junto com alguns personagens importantes. Obviamente, a história vai além
do que se pode ver. Pense no que Deus poderia ter feito com Sansão. E o que dizer de nós? Quanta coisa
mais poderíamos fazer se estivéssemos vivendo à altura de nosso potencial?

Quarta, 20 de janeiro Ano Bíblico: Êx 12,13

Rute
Em vez de falar sobre grandes exércitos inimigos que ameaçavam o povo de Deus, a história de Rute fala
sobre algo menor: uma família que estava quase sendo extinta pela morte mas que, em vez disso, foi
reavivada. Embora inclua dois temas maiores (a destruição da criação de Deus e a ameaça sob a qual estava
o povo de Deus), Rute fala igualmente do grande conflito em nível pessoal, onde, na verdade, ele sempre
está sendo travado.

Não é de surpreender que a terra de Judá tivesse sofrido fome durante o tempo dos juízes (Rt 1:1; Dt 28:48;
32:24; ver também Jz 17:6; 21:25). Isso era um sinal de que o povo da aliança havia abandonado a Deus. O
pecado e a rebelião haviam reduzido a terra que manava leite e mel a uma vasilha estéril cheia de poeira.
Mas, no livro de Rute, Deus havia "visitado" a terra e devolvido a ela a vida, "dando-lhe pão" novamente
(Rt 1:6, ARC).

Quando Elimeleque, sua esposa Noemi e seus dois filhos foram inicialmente para Moabe, fizeram isso
porque desejavam alguma esperança para o futuro. A terra do inimigo deu um alívio temporário mas,
depois que o marido e os dois filhos morreram, Noemi decidiu finalmente voltar para casa.

5. Leia Rute 1:8, 16, 17. O que significa o fato de que Rute desejou ir com Noemi?

Rute era de uma nação inimiga que, em muitas ocasiões, havia tentado destruir Israel, mas ela escolheu se
identificar com o povo de Israel e adorar o seu Deus. Além disso, ela encontrou favor em sua terra adotiva,
não apenas da parte de Boaz (Rt 2:10), mas também da parte das pessoas que ficaram sabendo a seu
respeito (Rt 2:11). Boaz tinha certeza de que ela também havia encontrado favor aos olhos de Deus (Rt
2:12) e, levando sua admiração por ela um passo adiante, concordou em se casar com ela (Rt 3:10,11).
Contudo, havia um parente mais chegado que Boaz, o qual teria direito à terra do falecido caso se casasse
com Rute. Porém, o parente mais próximo não estava interessado em outra esposa porque isso complicava
seus planos financeiros (Rt 4:6). Nessa altura, a assembleia de testemunhas abençoou Rute, comparando-a
às grande mulheres da história de Israel (Rt 4:11,12), o que se cumpriu quando ela se tornou uma
ascendente do Messias (Rt 4:13,17; Mt 1:5,6).

Realmente essa é uma história do tipo "e viveram felizes para sempre". Infelizmente, não há muitas
dessas na Bíblia e, é claro, não há muitas dessas na vida real. Contudo, nisso também podemos ver como,
apesar das flutuações da vida, a vontade de Deus prevalecerá no final. Essa é uma boa notícia para todos os
que O amam e confiam nEle.

Quinta, 21 de janeiro Ano Bíblico: Êx 14, 15

Samuel
O que o início do livro de Samuel tem a ver com o grande conflito? Não há uma ameaça óbvia à ordem
criada, e não há grandes exércitos na fronteira. O ataque do mal é mais sutil, mas não menos real.

6. Leia l Samuel 2:12-25. Como vemos a lamentável realidade da luta do bem contra o mal nessa passagem?

"Embora [Eli] tivesse sido designado para governar o povo, não governava a própria casa. Eli era um pai
indulgente. Amando a paz e a comodidade, não exercia sua autoridade para corrigir os maus hábitos e
paixões de seus filhos. Em vez de discutir com eles ou castigá-los, submetia-se à sua vontade e os deixava
seguir seu próprio caminho" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 575).

Em contraste com eles, vemos um menino vestido como sacerdote (1Sm 2:18,19) que, como Jesus, "crescia
em estatura e no favor do Senhor e dos homens" (1Sm 2:26; Lc 2:52). Samuel prosseguiu até tornar-se um
poderoso e fiel líder em Israel. "Todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava
confirmado como profeta do Senhor" (1Sm 3:20).

Isso não significa, entretanto, que tudo correu bem. A nação enfrentou uma invasão filisteia e os dois
filhos de Eli foram mortos; os filisteus capturaram a arca de Deus, e Eli, que estava com 98 anos, morreu
quando ouviu a notícia (1Sm 4:14-18).

Infelizmente, Samuel enfrentaria o mesmo problema de Eli: filhos que não seguiram suas pegadas de
lealdade e fidelidade (1Sm 8:1-7).

Samuel marcou um ponto de transição na história do povo de Deus. Ele foi o último dos juízes e uma figura
importante no desenrolar do grande conflito. Sua influência estável guiou o povo num momento crítico. É
lamentável que seus filhos não tenham seguido seus passos, mas Deus não depende de dinastias
humanas. Como resultado da apostasia deles, os anciãos exigiram um rei, o que não foi a melhor decisão,
como os futuros séculos da História revelariam.

Não importa se nossa vida no lar foi boa ou ruim, devemos escolher a quem serviremos no grande conflito.
Podemos acertar nossa situação com o Senhor, apesar dos nossos muitos erros? Embora tenhamos tempo
para nos arrependermos e entregar a vida ao Senhor, qual o perigo de adiar essa decisão?

Sexta, 22 de janeiro Ano Bíblico: Êx 16, 17

Estudo adicional
A Bíblia é conhecida por não disfarçar o pecado nem a maldade humana. Como poderia fazer isso e ainda
retratar com precisão a condição da humanidade? Um retrato especialmente nítido da maldade humana se
encontra em l Samuel 2:12-25, onde os filhos de Eli são apresentados em contraste com o menino Samuel.
O texto de 1 Samuel 2:12 diz: "Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não se importavam com o
Senhor." Note, primeiramente, o contraste: nos tempos bíblicos, a linhagem desempenhava um
importante papel na vida e, nessa família específica, "os filhos de Eli" se tornaram "filhos de Belial". Belial
é uma palavra ampla, usada de várias formas e em vários contextos, quase sempre negativos. Na verdade,
ela está relacionada ao hebraico bl e bli, que significam "não" ou "sem". A palavra Belial significa "sem
valor", "inútil", e, em outras partes, é usada da mesma forma que foi utilizada a respeito dos filhos de Eli,
isto é, outros homens foram chamados de "filhos de Belial" (2Cr 13:7; 1Rs 21:13). Em Provérbios 6:12, ela
corresponde aos ímpios. Em outras literaturas do Oriente Próximo, Belial é visto como outro nome para o
próprio Satanás. Em quase todos os usos do termo na Bíblia, ele aparece com sentido negativo. Como seres
humanos, criados à imagem de Deus, eles foram criados para um propósito e para ter significado: contudo,
de acordo com a Bíblia, esses homens eram quase inúteis, "filhos da inutilidade". Que trágico desperdício
da vida!

Perguntas para reflexão.

1. Não há meio-termo no grande conflito: ou estamos inteiramente do lado de Cristo ou do lado de


Satanás. De que maneira podemos buscar orientação para fazer a escolha certa quando, às vezes, não é tão
fácil saber qual é a escolha "certa"?

2. Pessoas que você admirava já o decepcionaram? Você já desapontou os que o admiravam? O que
aprendeu nesses incidentes a respeito da fé, confiança, graça e fragilidade humana?
Respostas sugestivas: 1. A disputa desigual entre Jabim e Sísera contra Baraque e Débora, que remetem ao conflito de Apocalipse 12. Mas,
por meio de Jael, Deus trouxe a vitória ao Seu povo. 2. Por causa dos seus pecados, os filhos de Israel foram entregues nas mãos dos
midianitas por sete anos. 3. "O Senhor é contigo, homem valente." Mas Gideão não se sentia seguro e importante. Ele sabia por que seu
povo estava sendo afligido, mas não entendia nem aceitava essa situação. Seu sentimento de impotência permitiu que Deus realizasse o
milagre da libertação. 4. Em meio à humilhação e à derrota resultantes de seus pecados, Sansão recebeu a força divina para derrotar os
inimigos do seu povo. 5. Embora fosse de uma nação inimiga e paga, Rute decidiu confiar no Deus de Noemi. Ela aceitou a religião de Israel.
6. Por um lado, o mal atuou por meio dos filhos de Eli, que profanavam o santuário e os sacrifícios, desprezavam o Senhor, praticavam o
adultério e desonravam o pai. Por outro lado, o bem atuava por meio de Samuel, que foi consagrado ao Senhor e ministrava em Sua
presença.

Retirado do Site: iasdcolonial.org.br

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