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4ª Lição

Tema: Estado romano

Organização politica e administrativa

No âmbito do estudo dos tipos de Estado da História


Universal, já analisámos os sentidos ou significados do
Estado, o Estado-administracão e, por conseguinte, o Estado
oriental e o Estado Grego. Em termos administrativos, o
Estado oriental constituiu a primeira Administração Pública,
ao colocar sob a orientação direta do Imperador ou Chefe de
Estado, funcionários que realizavam atividades públicas sendo
pagos pelo Orçamento do Estado. Em seguida, analisámos o
Estado grego, o qual do ponto de vista administrativo foi
deficiente, tendo os magistrados mandatos curtos e havendo
instabilidade na situação dos funcionários públicos. Mas, este
Estado trouxe como legado a prestação de contas no fim do
mandado dos dirigentes públicos.

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Na presente aula, vamos tratar do Estado romano

Organização política e jurídica:

 Expansão do Estado: vasto território.


 Diversidade de experiências políticas sucessivas:
monarquia, república e dominado. A monarquia tinha a
seguinte estrutura: o Rei, a Assembleia e o Senado. A
Assembleia era apenas constituída por patrícios, com
exclusão de plebeus. Este órgão exercia funções
legislativas, judiciais e administrativas, com certa divisão
de poderes. O Senado tinha também funções de
auxiliares em relação ao Rei.
 Em 509 a.C. instaurou-se a República que alterou a
estrutura anterior, mas conservando dois órgãos: as
assembleias populares e o Senado, mas substituindo o
Rei pelos cônsules e aumentando o número de
magistraturas em relação à monarquia. O consulado era
composto por dois magistrados que exerciam o poder
executivo, durante um ano, de forma rotativa e dispondo
de um direito de veto sobre as decisões do outro e
recorrendo ao Senado em caso de impasse.

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No início, o Senado não exercia funções legislativas, mas sim
de auxiliar dos cônsules. Mais tarde, o Senado passou a
intervir nas deliberações. As assembleias populares foram
perdendo a sua importância a favor do Senado.

No domínio do fator político sobre o religioso foram


absolvidos o paganismo e o Cristianismo. Aqui o Estado
romano contrapõe-se ao Estado oriental cujo regime, como
vimos, era teocrático.

 Construção de alicerces do Direito e das sua fontes cujo


exemplo foi a Lei das XII Tábuas. Esta lei visava a
igualdade civil entre os romanos.
 Afirmação dos direitos públicos e privados. Este é um
legado romano para muitos Estados incluindo os
modernos, prevalecendo como ramos de Direito
distintos, tratando o Direito Público de relações jurídicas
em que o Estado aparece munido do seu poder de
soberania; e o Direito Privado relativo as relações
jurídicas entre particulares incluindo o próprio Estado
quando participa fora do seu poder soberano. O Estado
romano legou-nos também, no domínio patrimonial, a
separação entre os bens públicos e privados.

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Na administração do território, O Estado romano
transmitiu aos outros Estados incluindo os modernos a
organização territorial em zonas dirigidos por pretor.
Outra experiência é a criação de municípios que hoje
existem em quase todo o mundo.
De notar que ao nível Central, o Rei era também
auxiliado por um pretor, alto funcionário equiparado um
primeiro-ministro.

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