Nesta aula, vamos conhecer situações que podem inovar a prática
pedagógica por meio da inserção e da utilização de tecnologias na Educação. O avanço tecnológico tem envolvido diferentes atividades – das mais simples às mais complexas: realizar transações bancárias, comunicar- se com pessoas em diferentes lugares em tempo real, pesquisar temas diversificados, executar agendamentos e efetuar compras sem sair de casa são algumas das atividades possíveis graças às tecnologias. Esse avanço tecnológico contribui, ainda, com a Educação ao promover a aprendizagem. Hoje, já é possível ensinar, interagir e aprender mesmo não estando em uma sala de aula. PRÁTICAS INOVADORAS NA EDUCAÇÃO
De que forma as tecnologias podem favorecer atividades inovadoras
na Educação? As tecnologias são só apoio, meios. Mas elas nos permitem realizar atividades de aprendizagem de formas diferentes às de antes. Uma educação inovadora pressupõe desenvolver um conjunto de propostas com alguns grandes eixos que se integram, se complementam, se combinam: foco na aprendizagem, desenvolvimento da autoestima/autoconhecimento, formação do aluno empreendedor e do aluno-cidadão. Com as tecnologias podemos organizar atividades inovadoras na sala de aula, no laboratório, com acesso a Internet, integradas com atividades a distância e as de inserção profissional ou experimental. (MORAN, do artigo “A contribuição das tecnologias para uma Educação inovadora”. Disponível em: <http://www6.univali.br/seer/index.php/rc/article/view/785>) Com a chegada da internet, o acesso às informações e ao trabalho de pesquisa ganhou um novo percurso. TIC na Educação. CIBERCULTURA, CIBERESPAÇO E HIPERTEXTO
O ciberespaço e a cibercultura fazem parte da sociedade
contemporânea. Na internet, as pessoas têm um espaço cultural virtual, onde se encontram, por exemplo, os hipertextos. Nesse espaço, ficam armazenadas diversas informações. CIBERESPAÇO
Para o filósofo Pierre Lévy, o ciberespaço é um novo espaço de
comunicação, o qual possibilita uma nova maneira de contato social entre as pessoas que vai além dos limites naturais de tempo e espaço com os quais elas estavam acostumadas. O ciberespaço permite novas formas de sociabilidade e de cultura. Segundo Lévy (1999), o ciberespaço “é um espaço não físico ou territorial, que se compõe de um conjunto de redes de computadores através das quais todas as informações [...] circulam.” O ciberespaço pode contribuir para que as pessoas se tornem mais conscientes de si mesmas, além de ser um espaço em que se oportuniza a comunicação entre elas. CIBERCULTURA
Em relação à cibercultura, podemos compreendê-la como o “conjunto
de processos tecnológicos, midiáticos e sociais emergentes a partir da década de 70 do século passado [...]” (LEMOS, 2002, p. 101). Para esse autor, o compartilhamento de arquivos, músicas, fotos, dentre outros, para a construção de processos coletivos é uma das características da cibercultura planetária. “conjunto de técnicas, práticas, atitudes, modos de pensamento e valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento da internet como um meio de comunicação, que surge com a interconexão mundial de computadores.” (BERGMANN, 2007, p. 5) INTERNETÊS WEBSITE OU SITE
Elemento básico da internet, de acordo com Miyazaki (apud FILENO,
2007, p. 38), é o “conjunto de páginas web agrupado por um mesmo assunto, propósito ou objetivo, podendo ser de uma instituição, empresa ou indivíduo.” HIPERMÍDIA
É a linguagem própria do ciberespaço, que faz acontecer a integração
de som, imagem, textos em um ambiente de informação digital único. HIPERTEXTO
O hipertexto pode ser considerado um texto aberto, com muitas
conexões. Para Lévy (1993): Tecnicamente, um hipertexto é um conjunto de nós ligados por conexões. Os nós podem ser palavras, páginas, imagens, gráficos ou partes de gráficos, sequências sonoras, documentos complexos que podem eles mesmos ser hipertextos. VOCÊ É IMIGRANTE OU NATIVO DIGITAL? RELAÇÕES ENTRE CIBERCULTURA E EDUCAÇÃO
Novas formas de ensinar e aprender precisam estar presentes na
escola, e as tecnologias digitais podem favorecer essas mudanças ao possibilitar não só o acesso, mas também a produção de conhecimento. INTERNET NA EDUCAÇÃO
A internet pode favorecer a aproximação de alunos e professores a
materiais que, de outra forma, muitas vezes, não seria possível o acesso. PESQUISANDO NA INTERNET
A pesquisa escolar é um grande desafio nos tempos da internet. Para
Brito e Purificação (2011, p. 112) “uma das questões centrais que muitos professores têm feito é: como fazer para que nossos alunos não façam cópia e entreguem os seus trabalhos sem uma reflexão?” Você teria uma sugestão para evitar essa situação? VOCÊ SABE O QUE É PESCÓPIA?
Pescópia é um termo utilizado pelas pesquisadoras Glaucia da Silva
Brito e Ivonélia da Purificação para denominar a cola virtual – também chamada de e- -cola ou cola eletrônica. Segundo Brito e Purificação (2005), em seu artigo “Pescópia no ciberespaço: uma questão de atitude”, elas afirmam: Aliado às ferramentas de pesquisa na internet, ou seja: os alunos simplesmente acessam a internet, copiam e colam num editor de texto uma dada informação, entregam a seus professores como se tivessem realizado uma pesquisa e, na maioria dos casos, nem leram o que copiaram. REFERÊNCIAS ALVES, P. P.; MANCEBO, D. Tecnologias e subjetividade na contemporaneidade. Estudos de Psicologia, 2005. Disponível em: <http://redalyc.uaemex.mx/pdf/261/26111106.pdf>. Acesso em: 11 mai. 2010. BELMIRO, Â. Fala, escritura e navegação: caminhos da cognição. In: COSCARELLI, C. V. (org.). Novas tecnologias, novo textos novas formas de pensar. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Ensino Fundamental (SEF). Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998. OROFINO, M. I. Mídias e mediação escolar: Pedagogia dos meios, participação e visibilidade. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2005. POCHO, C. L. Tecnologia Educacional: descubra suas possibilidades na sala de aula. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. SANCHO, M. J. HERNÁNDES, F. Tecnologias para transformar a Educação. Porto Alegre: Artimed. 2006.