Você está na página 1de 38

Universidade Estadual do Maranhão – UEMA

Centro de Estudos Superiores de Bacabal – CESB

Velocidade de Reações
Químicas
Prof. MSc. Romario Leal

Bacabal – MA
2014
➢ Velocidade de Reações Químicas?

Relação entre a taxa de consumo de um reagente


ou formação de produto e o tempo
➢ Velocidade de Reações Químicas
VELOCIDADE DAS REAÇÕES
C4H9Cl(aq) + H2O(l) C4H9OH(aq) + HCl(aq)
VELOCIDADE DAS REAÇÕES
C4H9Cl(aq) + H2O(l) C4H9OH(aq) + HCl(aq)
VELOCIDADE DAS REAÇÕES
C4H9Cl(aq) + H2O(l) C4H9OH(aq) + HCl(aq)

Menor número de
colisões entre as
moléculas reagentes
VELOCIDADE INSTANTÂNEA

Velocidade Instantânea: limite da velocidade média para


um intervalo de tempo tendendo a zero.

Matematicamente: derivada da função que descreve a


variação da concentração com o tempo.
VELOCIDADE INSTANTÂNEA
C4H9Cl(aq) + H2O(l) C4H9OH(aq) + HCl(aq)

A inclinação da
tangente a curva
em qualquer ponto
é a velocidade
instantânea naquele
tempo.
VELOCIDADE DAS REAÇÕES E ESTEQUIOMETRIA
C4H9Cl(aq) + H2O(l) C4H9OH(aq) + HCl(aq)

Nesta reação, a razão entre C4H9Cl e C4H9OH é 1:1, sendo


assim a velocidade do consumo do C4H9Cl é a mesma
velocidade de formação do e C4H9OH;
VELOCIDADE DAS REAÇÕES E ESTEQUIOMETRIA

E se a razão não for 1:1?

H2(g) + I2(g) 2 HI(g)

✓ 2 HI é formado para cada H2 gasto.

Velocidade
VELOCIDADE DAS REAÇÕES E ESTEQUIOMETRIA

Generalizando, para a reação abaixo:

aA + bB cC + dD

Velocidade
FATORES QUE AFETAM A VELOCIDADE DE UMA REAÇÃO QUÍMICA

✓ A natureza dos reagentes

✓ Temperatura

✓ Catalisador

✓ As concentrações das espécies reagentes

✓ Pressão

✓ Presença de luz
LEIS DE VELOCIDADE
LEIS DE VELOCIDADE

Definição: taxa de desenvolvimento ou velocidade


de uma reação química, a uma dada temperatura, é
diretamente proporcional ao produto de uma
constante pelas concentrações dos reagentes, em
quantidade de matéria, elevadas aos seus
respectivos expoentes determinados
experimentalmente.
LEIS DE VELOCIDADE

Considere a reação genérica:

aA + bB → cC + dD

O que acontece se aumentarmos a concentração dos


reagentes?
V = k.[A]α.[B] β
K = constante que só depende da temperatura
α e β = expoentes determinados experimentalmente
LEIS DE VELOCIDADE

Apenas quando a reação é elementar, ou seja,


ocorre numa única etapa, é que os expoentes são
exatamente iguais aos coeficientes da equação
química balanceada.

aA + bB → cC + dD

V = k.[A]a.[B] b
LEIS DE VELOCIDADE

NH4+(aq) + NO2-(aq) → N2 (g) + 2H2O (l)

Comparando os experimentos 1 e 2
LEIS DE VELOCIDADE

NH4+(aq) + NO2-(aq) → N2 (g) + 2H2O (l)

Comparando agora os experimentos 5 e 6


LEIS DE VELOCIDADE

NH4+(aq) + NO2-(aq) → N2 (g) + 2H2O (l)

V [NH4+] : Primeira-ordem em relação a [NH4+]


V [NO2-] : Primeira-ordem em relação a [NO2-]
V [NH4+].[NO2-]: segunda-ordem global.

V = k [NH4+].[NO2-]

A ordem global da reação é determinada pela soma


dos expoentes dos reagentes na lei de velocidade.
LEIS DE VELOCIDADE

✓ Para os reagentes em fase gasosa usa-se PA em


vez de [A];

✓ k é uma constante que tem um valor específico


para cada reação;

✓ O valor de k é determinado experimentalmente e


único para cada reação sob determinadas
condições;
MOLECULARIDADE E ORDEM DE REAÇÃO

✓ Molecularidade é o número de moléculas que


reagem entre si em uma etapa elementar.

✓ Reações elementares são reações simples


(descrita por molecularidade)
a. A → Produtos Reação uni-molecular

b. A + A → P ou A + B → P Reação bimolecular

c. 2A + B → P ou A + B + C → P
Reação Trimolecular
MOLECULARIDADE E ORDEM DE REAÇÃO

➢ Ordem de reação só é determinada


experimentalmente

➢ Ordem de reação é uma quantidade empírica


(faixa de valores de 0 - 3).

➢ Pode ser fracionária – muito comum em fase


gasosa

➢ Não Pode ser negativa

Inibidor
LEIS DE VELOCIDADE NA FORMA
INTEGRADA
LEIS DE VELOCIDADE NA FORMA INTEGRADA

➢ Reações de 1° Ordem
k
A →P

Velocidade de consumo do reagente A:

Rearranjando, temos:
LEIS DE VELOCIDADE NA FORMA INTEGRADA

➢ Reações de 1° Ordem

[A] = concentração do
-∫ = ∫ dt 0
reagente A
[A]0 = conc. Inicial do
reagente A
[A]t =conc. do reagente A
-[ln[A]|0 = kt num tempo t qualquer

-(ln[A]t – ln[A]0) = kt

ln[A]t = ln[A]0 – kt
Forma integrada da expressão de velocidade de
reações de 1ª ordem
LEIS DE VELOCIDADE NA FORMA INTEGRADA

➢ Reações de 1° Ordem

ln[A]t = ln[A]0 – kt

y = α + βx (Eq. da reta)
LEIS DE VELOCIDADE NA FORMA INTEGRADA

➢ Reações de 2ª Ordem

✓ Caso I:

A + A → Produtos ou
2A → Produtos

✓ Caso II:

A + B → Produtos
LEIS DE VELOCIDADE NA FORMA INTEGRADA

➢ Reações de 2ª Ordem (Caso I)

2A → Produtos

Reodernando temos:
LEIS DE VELOCIDADE NA FORMA INTEGRADA

➢ Reações de 2ª Ordem (Caso I)

Integrando:

Relembrando
LEIS DE VELOCIDADE NA FORMA INTEGRADA

➢ Reações de 2ª Ordem (Caso I)

Forma integrada da expressão de


velocidade de reações de 2ª
ordem
LEIS DE VELOCIDADE NA FORMA INTEGRADA

➢ Reações de 2ª Ordem (Caso I)

y = α + βx (Eq. da reta)

Intersecção = 1/[A]0
LEIS DE VELOCIDADE NA FORMA INTEGRADA

➢ Reações de 2ª Ordem (Caso II)

A + B → Produtos

*a e b são as concentrações iniciais de A e B


*x = a diminuição de A e B no tempo t

Assim, num tempo t as conc. de A e B serão: a-x e


b-x
LEIS DE VELOCIDADE NA FORMA INTEGRADA

➢ Reações de 2ª Ordem (Caso II)

A + B → Produtos

v = k[A][B] = = k(a-x)(b-x)

Ordenando os termos:
LEIS DE VELOCIDADE NA FORMA INTEGRADA

➢ Reações de 2ª Ordem (Caso II)

Expressando em frações parciais:

Integrando:
LEIS DE VELOCIDADE NA FORMA INTEGRADA

➢ Reações de 2ª Ordem (Caso II)

Rearranjando:
y = α + βx
(Eq. da reta)
inclinação = k(a-b)

Intersecção = -ln (a/b)


RESUMO DAS LEIS DE VELOCIDADE
Referências

• ATKINS, P.W. Físico-Química. 6.ed. Rio de


Janeiro: Livros Técnicos e Científicos,1999.

• CASTELLAN, G.W. Físico-Química. Rio de


Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1983.
Obrigado pela atenção!

Você também pode gostar