CONTEXTO HISTÓRICO DAS PRINCIPAIS OBRAS PARA TROMPETE

Contexto histórico do concerto para trompete de Joseph Haydn, o concerto foi escrito no
período clássico, no ano de 1786, nesse período o trompete era considerado um
instrumento com limitações para executar determinadas músicas. Haydn compôs apenas
um concerto para trompete datado de 1796, foi dedicado ao trompetista da orquestra de
Viena Anton Weidinger, que desenvolvera o primeiro trompete que possibilitava ao
músico uma execução diatônica e cromática. Antes da criação de Weidinger, o
trompetista podia apenas emitir sons correspondentes a uma determinada série
harmônica, limitando-se a pequenos trechos musicais. A partir de 1500 já se conhece
sobre obras escritas para o trompete, mas o instrumento até o momento não possuía
todos os recursos técnicos, limitado de realizar as modulações, sendo necessária a
construção do sistema com tubos.

Até 1750, as notas produzidas pelo trompete eram restritas à série harmônica. Com a
vibração dos lábios, o som produzido pela coluna de ar dentro do instrumento produzia
a séria harmônica de um som gerador. Para obter novas séries foram realizadas varias
experiências nas quais resultariam no desvio do ar dentro do instrumento.

Até meados de 1750, o trompete só podia produzir notas restritas à série harmônica.
Alguns músicos estavam descontentes com isso. Na segunda metade do século XVIII,
várias experiências interessantes foram feitas: mãos na campana (como na sonata de
Beethoven para trompa), e o trompete de vara, que foi usado na Inglaterra e na França.
Uma terceira experiência tentada na época por vários trompetistas europeus foi o uso
das chaves – como as do clarinete e do saxofone. Basicamente havia a corneta com
chaves, tocada com duas mãos, e o trompete com chaves, que era tocado com a mão
direita. O trompete com chaves foi o instrumento mais aperfeiçoado da época, pois
possibilitava a emissão de outras notas além da série harmônica do instrumento.
O Concerto para Trompete de Alexander Arutiunian em Lá maior (1950) é a sexta
maior composição do compositor armênio , uma "obra-prima virtuosa" composta em
1949-1950. Segundo J. Sundram, "é uma potência energética do lirismo e das texturas
harmônicas do Leste Europeu". O envolvente e idiomático concerto de trombeta da
Arutiunian foi "rapidamente assimilado ao repertório de trompete padrão em todo o
mundo, ganhando os maiores elogios internacionais do público, críticos e artistas". Em
uma entrevista com Allan Kozinn do The New York Times , Philip Smith , o ex-
trompetista principal da Filarmônica de Nova York, observou que o Concerto Trompete
de Arutunian era freqüentemente escolhido como uma peça de audição na
Juilliard. "Uma das razões pelas quais esta peça se tornou tão popular ..." Smith disse,
"é apenas uma peça chamativa. Ela tem um tipo de som muito cigano, russo e armênio,
com melodias lindas e cheias de emoção. tipo de coisas de rápida digitação. '"* O
professor Anatoly Selyanin relatou em 2004: "Em janeiro, cheguei ao júri de uma
competição americana dedicada ao concerto de trompete da Arutiunian. 34 trompetistas
tocaram apenas este concerto." Selyanin disse que "mesmo um cachorro", se admitido
em uma performance, reconheceria a estrutura musical de uma só vez e "saberia que
em oito etapas o concerto seria completo" O concerto para trompete de Arutiunian foi
concebido e escrito como um concerto de movimento único com um longo episódio
lírico. [5] O consiste de sete seções principais que são todas realizadas sem pausa:

Andante, Allegro enérgico, Meno mosso, Tempo I, Meno mosso, Tempo Cadenza e
Coda.

As características melódicas e rítmicas da música folclórica armênia influenciaram

fortemente toda a obra de Arutiunian, mas todas as melodias contidas no concerto de
trompete são originais (sem músicas folk emprestadas). A peça é pontuada por
trompete solo, 2 flautas (segundo duplo piccolo), 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4
trompetes, 2 trompetes, 3 trombones, 1 tuba, tímpanos, percussão (bumbo, pratos,
tarola, triângulo ), harpa e cordas.

O trompetista soviético Timofei Dokschitzer foi o primeiro a gravar o concerto e torná-

lo famoso. Ele visitou os EUA em concerto e realizou o concerto lá, embora Roger
Voisin é creditado com a estréia do concerto dos EUA, realizando-a com a Boston Pops
Orchestra em 1966.