Circuitos e Transporte de
Informação nas Unidades e
Serviços da Rede Nacional de
Cuidados de Saúde
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Índice:
6. Bibliografia .......................................................................................................... 43
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Por sua vez, a Lei de Bases da Saúde (Lei n.º 48/90, de 24 de Agosto), estabelece
na sua Base XXIV como características do SNS:
a) Ser universal quanto à população abrangida;
b) Prestar de forma integrada cuidados globais ou garantir a sua prestação;
c) Ser tendencialmente gratuito para os utentes tendo em conta as condições
económicas e sociais dos cidadãos;
d) Garantir a equidade no acesso dos utentes, com o objetivo de atenuar os
efeitos das desigualdades económicas, geográficas e quaisquer outras no acesso aos
cuidados;
e) Ter uma organização regionalizada e uma gestão descentralizada e
participada.
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Esta abrange:
Em primeira linha, os estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde, enquanto
conjunto organizado e hierarquizado de instituições e de serviços oficiais
prestadores de cuidados de saúde, funcionando sob a superintendência ou
tutela do Ministro da Saúde;
Numa segunda linha, em complementaridade, os estabelecimentos privados e
os profissionais em regime liberal com quem sejam celebrados contratos (com o
SNS). Foi durante o período pós-revolucionário que se desenvolveu a rede de
Cuidados de Saúde Primários com a distribuição dos profissionais de saúde pelo
país, resultando em ganhos de saúde notáveis. Entre os anos 1970 e 2003, a
mortalidade infantil diminuiu 93% e a esperança média de vida passou dos 67,5
para 77,3 anos.
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CUIDADOS CONTINUADOS
O Decreto-Lei n.º 101/2006, de 6 de Junho procedeu à criação da Rede Nacional
de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), a funcionar no âmbito dos Ministérios da
Saúde e do Trabalho e da Solidariedade Social.
Por Cuidados Continuados entende-se o conjunto de intervenções sequenciais
de saúde e ou de apoio social, decorrente de avaliação conjunta, centrado na
recuperação global entendida como o processo terapêutico e de apoio social, ativo e
contínuo, que visa promover a autonomia melhorando a funcionalidade da pessoa em
situação de dependência, através da sua reabilitação, readaptação e reinserção familiar
e social (alínea a) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 101/2006, de 6 de Junho).
Em concreto, a prestação dos cuidados de saúde e de apoio social é assegurada pela
Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados através de unidades de
internamento e de ambulatório e de equipas hospitalares e domiciliárias e integra
diversas tipologias de serviços.
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Dados do Utente
Nome;
Data de nascimento;
Morada;
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Peso;
Altura;
Índice de glicemia e tensão arterial;
Histórico de saúde (hábitos, problemas de saúde, patologias, alergias,
medicamentos que toma, situação clínica).
O registo dos dados de saúde do utente poderá ser consultado por profissionais de
saúde previamente autorizados por este.
O doente deve ser alertado para a necessidade de não colocar em risco a segurança
ou a vida de outros. Este direito implica obrigatoriedade do segredo profissional, que
deve ser respeitado por todo o pessoal que desenvolve a sua atividade no
estabelecimento, incluindo os profissionais voluntários, que por força das funções que
desempenham partilham informação.
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Um indivíduo internado pode pedir que a sua presença no hospital não seja
divulgada. O acesso de jornalistas, fotógrafos, publicitários e comerciantes deve estar
condicionado à autorização prévia do doente e da direção do estabelecimento.
Exames
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Economizar tempo;
Aumentar a satisfação dos utentes;
Adotar os comportamentos esperados.
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Coloque o corpo em modo decúbito dorsal, com os braços estendidos dos lados
ou dobrados sobre o abdómen;
Posicionar a cama na horizontal;
Fechar as pálpebras do utente;
Desligar equipamentos;
Colocar a prótese dentária, se houver;
Cobrir o corpo com lençol;
Soltar os lençóis da cama e retirar a almofada (manter a cabeceira da cama um
pouco elevada evita o acumular de líquidos na cabeça ou no rosto);
Retirar as sondas, cânulas, drenos (em recipiente próprio com solução
desinfetante);
Barbear o indivíduo, se necessário;
Higienizar o corpo;
Remover curativos e refazê-los, se necessário;
Tapar os orifícios do corpo com algodão seco;
Fechar ostomias;
Tapar também nariz, ânus e vagina igualmente;
Vestir o pijama ou a camisola do indivíduo morto;
Unir as mãos sobre a cintura e fixá-las;
Juntar os pés e amarrá-los;
Fixar uma etiqueta de identificação no tórax do corpo;
Colocar um lençol na diagonal sob o corpo;
Passar o corpo da cama para a maca;
Fixar a segunda etiqueta de identificação nos pés
do corpo sobre o lençol;
Cobrir o corpo todo e a maca com outro lençol no
sentido do comprimento;
Remover a roupa de cama;
Reunir e empacotar os pertences do indivíduo morto e entregá-los à família;
Encaminhar o corpo para a morgue;
Fazer a desinfeção da maca com desinfetante;
Deitar as luvas e máscaras no lixo;
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Desinfetar as mãos;
Efetuar as anotações no prontuário, encaminhar para a capela mortuária e juntar
o Atestado de Óbito;
Providenciar a limpeza terminal da unidade.
Antes da transferência para a morgue (o mais cedo possível), o corpo deve ser selado
num saco específico para colocação de cadáveres.
Devem ser criadas condições na morgue, para a higienização das mãos dos
profissionais, após retirarem os equipamentos próprios: lavatório com sabão, toalhetes,
dispensador de solução antissética alcoólica e contentor para recolha dos equipamentos
e dos toalhetes de secagem das mãos.
Desejavelmente deve ser efetuada por profissionais que não limpem áreas
ocupadas por outros doentes não infetados;
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Outros
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local apropriado, e, no momento em que o utente mostre maior abertura para a receção
da informação.
Nunca nos podemos esquecer que um profissional de saúde, também, pode ser
utente, devendo este, usufruir dos plenos direitos que lhe assiste enquanto pessoa que
necessita de cuidados de saúde.
3. O Encaminhamento de Reclamações
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A atividade de atendimento e serviço ao cliente está cada vez mais exigente e não
se compadece com falta de profissionalismo. A informação e as exigências dos clientes
crescem e o seu tempo e paciência diminuem.
Um atendimento que satisfaça totalmente
ou ultrapasse as expectativas dos clientes
constitui uma estratégia que contribui
significativamente para a afirmação da sua
empresa ou instituição.
Um bom atendimento depende
grandemente das atitudes e comportamentos
de todos os colaboradores.
Quando atendemos alguém devemos querer ser simpáticos, atenciosos,
competentes e disponíveis, interiorizando que o cliente é fundamental para o sucesso
de qualquer serviço e para a nossa realização pessoal e profissional.
O ato de atendimento e serviço ao cliente exige profissionais que saibam
operacionalizar os mecanismos do atendimento:
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Acolher;
Diagnosticar Necessidades e Expectativas;
Sintonizar, Argumentar;
Remover Objeções;
Concluir, Servir e Fidelizar.
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Amostras de Expetoração
Especificações do recipiente:
Rotulagem do frasco:
Transporte de amostras:
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Amostras de Urina
Recolha de urina:
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A urina poderá ser processada até 24 horas após a sua colheita. Neste caso deve
ter-se particular atenção ao volume da urina (possibilidade de falsos negativos quando
o volume de urina é muito pequeno).
Amostras de Fezes
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Tipos de amostras:
Exames:
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O paciente também não deve usar fármacos irritantes da mucosa gástrica, tais
como: anti-inflamatórios corticoides, aspirina, ferro e vitamina C.
Outra precaução que deve ser tomada é evitar o sangramento gengival durante
a higiene bucal, e também, nos casos de hemoptise (sangramento nasal) ou
sangramento anal, a coleta deverá ser evitada.
No terceiro dia de dieta, o paciente deve colher uma amostra de fezes e enviar
ao setor de coleta no mesmo dia ou, no máximo, até o dia seguinte, desde que o material
fica sob refrigeração.
As fezes devem ser mantidas sob refrigeração até serem enviadas para o
laboratório. O exame metamucil contraste interfere no resultado da pesquisa de
gordura nas fezes, devendo-se esperar uma semana para a realização do exame.
Amostras de Vómito
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O tipo de material que será eliminado dependerá do tempo desde que a pessoa
se alimentou até ao momento do vómito e do tipo de problema que o está a causar.
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Amostras de Exsudados
Exsudados são fluidos que passam através das paredes vasculares em direção
aos tecidos adjacentes. Estes fluidos envolvem células, proteínas e materiais sólidos. O
exsudado pode apresentar cortes ou locais onde haja inflamação ou infeção.
Exsudado da nasofaringe: Utiliza-se uma zaragatoa com uma haste fina e flexível
que se introduz, aproximadamente 5 a 6 cm, seguindo a base interior da narina na
direção da região posterior da nasofaringe. Após a colheita, os tubos devem ser bem
vedados, as rolhas envolvidas em parafilm e, seguidamente, desinfetados exteriormente
com solução de hipoclorito de sódio a 0,5%.
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Amostras de Sangue
Deverá haver papel absorvente suficiente em volta dos tubos de sangue de forma
a absorver todo o líquido em caso de extravasamento. O recipiente externo deverá
conter a identificação do centro de recolha, a pessoa a contactar em caso de problemas,
o recetor e as seguintes inscrições:
Material biológico;
Manusear com cuidado;
Símbolo de perigo biológico.
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Condições de recolha:
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SABERES
Noções de:
Alcoolismo e toxicodependência;
Alimentação, nutrição, dietética e hidratação: conceitos, classificação,
composição dietética dos alimentos, necessidades no ciclo de vida e terapêuticas
nutricionais;
Acesso à saúde;
Doenças profissionais: tipologia e causas;
Ergonomia: conceito;
Estruturas Prestadoras de Cuidados de Saúde: diferentes contextos;
Grupos: conceito e princípios de funcionamento;
Hepatite e tuberculose;
Interculturalidade e género na saúde;
Morte e luto;
Necessidades humanas básicas;
Negligência, maltratos e violência;
Políticas e orientações no domínio da saúde;
Direitos e deveres da utente que recorre aos serviços de saúde;
Qualidade em saúde;
Saúde mental: doença mental e alterações/perturbações mentais: conceito;
Sistemas, subsistemas e seguros de saúde;
Trabalho em equipa: equipas multidisciplinares em saúde;
VIH-Sida.
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Conhecimentos de:
Lavagem, desinfeção, esterilização: princípios, métodos e técnicas associadas;
Pele e sua integridade: estrutura, funções, envelhecimento e implicações nos
cuidados de saúde, fatores que interferem na cicatrização, conceito de ferida
aguda e crónica;
Privacidade e intimidade nos cuidados de higiene e eliminação; fatores
ambientais e pessoais propiciadores de conforto e desconforto;
Acompanhamento da criança nas atividades diárias: especificidades;
Acompanhamento do utente com alterações de saúde mental nas atividades
diárias: especificidades;
Acompanhamento do utente em situação vulnerável nas atividades diárias:
especificidades;
Acompanhamento do idoso nas atividades diárias: especificidades;
Acompanhamento nas atividades diárias ao utente em final de vida:
especificidades;
Armazenamento e conservação de material de apoio clínico, material clínico
desinfetado /esterilizado: métodos e técnicas;
Atendimento telefónico e presencial em Serviços de Saúde;
Circuitos de informação e mecanismos de articulação entre as respetivas
unidades e serviços;
Comunicação e interculturalidade em Saúde;
Comunicação e o género em Saúde;
Comunicação na interação com indivíduos: em situações de vulnerabilidade;
com alterações sensoriais; com alterações de comportamento, e/ou alterações
ou perturbações mentais;
Comunicação na interação com o utente, cuidador e/ ou família;
Confeção de refeições ligeiras e suplementos alimentares;
Cuidados de apoio à eliminação: materiais, técnicas e dispositivos de apoio,
sinais de alerta;
Cuidados de higiene e conforto: materiais, técnicas e dispositivos de apoio;
Cuidados na alimentação e hidratação oral: técnicas, riscos e sinais de alerta;
Direitos e deveres do Auxiliar de Saúde;
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SABER-SER:
Adaptar-se e atualizar-se a novos produtos, materiais, equipamentos e
tecnologias;
Agir em função das orientações do profissional de saúde e sob a sua supervisão;
Agir em função de normas e/ou procedimentos;
Agir em função de princípios de ética;
Agir em função de diferentes contextos institucionais no âmbito dos cuidados de
saúde;
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6. Bibliografia
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