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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

_____
GOVERNO DO DISTRITO DE BOANE
SERVIÇO DISTRITAL DE EDUCAÇÃO, JUVENTUDE E TECNOLOGIA
INSTITUTO INDUSTRIAL E DE COMPUTAÇÃO ARMANDO EMÍLIO GUEBUZA

Plano de Estudos de Metodologia de Investigação Científica 2019

1. Introdução

Caro estudante, seja bem-vindo à disciplina de Metodologia de Investigação Científica (MIC).

Ao longo dos cursos que frequentam, os estudantes aprendem um conjunto de conceitos teóricos
relacionados com a respectiva área de conhecimento. Ainda que sua formação tenha adquirido
uma componente prática (por intermédio de múltiplos exercícios de aplicação durante as
unidades temáticas, bem como, trabalhos de pesquisa bibliográfica realizados), a verdade é que o
estudante nunca realizou um trabalho de investigação com recurso a técnicas e métodos
científicos precisos, onde aplicasse os conceitos aprendidos na compreensão de um determinado
fenómeno social, económico, político, cultural, etc.

2. Objectivos da Disciplina

De um modo geral, esta disciplina tem por finalidade dotar os estudantes de conhecimentos e
competências relacionadas com a realização de um projecto de pesquisa. É uma disciplina
indispensável para qualquer área de formação, essencialmente por dois motivos:

(i) Por um lado, porque a culminação dos estudos no Instituto Industrial e de


Computação Armando Emílio Guebuza prevê a realização de um trabalho de fim de
curso. Trata-se de um trabalho de investigação de carácter original, que deverá
contribuir com um novo conhecimento sobre um determinado contexto social.
(ii) Por outro, porque ao longo da sua vida profissional, o estudante poderá realizar uma
série de relatórios, projectos, trabalhos de consultoria, no âmbito das quais precisará
possuir domínio das diversas ferramentas metodológicas. Ao longo do estudo desta
disciplina, o estudante desenvolverá capacidades de apresentação de um raciocínio
autónomo, bem como, de capacidade de explicar problemas socioeconómicos,
políticos, culturais, etc., específicos.

3. Resultados de Aprendizagem Esperados

Ao concluir o estudo da disciplina de Metodologia de Investigação Científica, os estudantes


devem ser capazes de realizar uma investigação científica por meio da:

(i) Identificação das etapas de realização de um estudo científico académico;


(ii) Definir um objecto de investigação (tema de abordagem), contextualizar o estudo;
(iii) Descrever o problema e a respectiva pergunta de pesquisa, justificar a escolha do
tema, definir os objectivos do estudo e as hipóteses de pesquisa;
(iv) Conceber o tipo de pesquisa e métodos de abordagem;
(v) Identificar os instrumentos de recolha e processamento de dados, o local da realização
da pesquisa, população alvo e a respectiva amostra;
(vi) Programar as actividades a serem realizadas e;
(vii) Prever os recursos necessários para a implementação do projecto.

4. Estrutura da Disciplina

Tendo em conta que a disciplina pretende que o estudante consiga implementar um projecto de
investigação, tem por isso, uma componente bastante prática. Desta forma, foi dividida em cinco
grandes unidades, cada uma correspondente a cada capítulo específico do projecto de
investigação. Trata-se do projecto que o estudante poderá realizar como forma de culminação
dos seus estudos (no último ano), pelo que a sua preparação assume fulcral importância.

4.1. Primeira Unidade – nesta etapa inicial, o estudante aprende um conjunto de conceitos
básicos sobre a ciência e o processo de investigação. Ainda na mesma fase, inicia a componente
prática, sendo-lhe apresentado o desafio de definir um objecto de investigação (tema de
abordagem), contextualizar o estudo, descrever o problema e a respectiva pergunta de pesquisa,
justificar a escolha do tema, definir os objectivos do estudo e as hipóteses de pesquisa.

4.2. Segunda Unidade – o estudante deverá realizar uma breve revisão literária. Trata-se da
realização de um resumo dos grandes contributos teóricos existentes em torno do tema de
pesquisa. Ou seja, a fundamentação teórica apresentada deve descrever cientificamente a
perspectiva actual do assunto que se pretende investigar. Nesta unidade, o estudante poderá
recolher informações nos manuais disponibilizados na biblioteca do Instituto, websites e em
outras obras sugeridas pelo professor ou de outras fontes.

4.3. Terceira Unidade – nesta etapa o estudante deverá conceber a metodologia adoptada para a
operacionalização dos objectivos do estudo. Portanto, o desafio é a definição do tipo de pesquisa
(descritiva, exploratória, estudo de caso, etc.) e métodos de abordagem (qualitativa, quantitativa,
indutiva e dedutiva), identificação dos instrumentos de recolha e processamento de dados
(questionário, entrevista, observação, spss, Excel, etc.) identificação do local da realização da
pesquisa, população alvo e a respectiva amostragem.

Ainda esta etapa, o estudante deverá calendarizar as actividades a serem desenvolvidas ao longo
da pesquisa através de um cronograma, bem como, prever os custos envolvidos por meio de um
orçamento.

4.4. Quarta Unidade – relaciona-se com a apresentação e a análise dos dados recolhidos no
campo de estudo e a respectiva discussão dos resultados encontrados. Esta apresentação pode ser
feita por meio de tabelas, quadros, gráficos, diagramas, esquemas, texto, etc. Por sua vez, a
análise e discussão dos resultados deverão ser sustentados pela descrição teórica apresentada na
segunda unidade.

4.5. Quinta Unidade – neste último momento, o estudante apresenta as conclusões obtidas por
meio da análise dos dados e discussão dos resultados encontrados. Em seguida, propõe algumas
sugestões (recomendações) para a ultrapassagem das falhas ou dificuldades encontradas em
torno do assunto. Nesta mesma etapa, o estudante deverá apresentar todos os recursos
bibliográficos dos quais se apoiou para a realização do estudo, obedecendo as regras de citação
padronizadas.

Nota Importante: a disciplina de Metodologia de Investigação Científica não pretende que o


estudante concretize a sua pesquisa, enquanto estudante da disciplina. Este, deverá apenas
desenhar um projecto de pesquisa que será concretizado num futuro próximo, no âmbito do seu
trabalho de fim do curso. Ficando, portanto, dispensado de realizar a recolha de dados no terreno
e de efectuar a respectiva análise e discussão. Ou seja, as suas tarefas envolvem até o disposto no
final da terceira unidade.
5. Metodologia de Avaliação

A disciplina de Metodologia de Investigação Científica pretende que o estudante consiga


construir e implementar um projecto de investigação científica. Para tal, no final de cada unidade
o estudante deverá realizar uma avaliação.

O professor da disciplina, corrigirá os trabalhos realizados ao de cada fase e atribuirá uma nota
com base no seu desempenho e critérios de rigor científico esboçados. A média aritmética das
avaliações de cada unidade determinará a nota de frequência do estudante.

Portanto, ao invés de realizar um exame teórico, o estudante deverá entregar um projecto de


pesquisa positivamente avaliado. Ou seja, após a realização dos trabalhos práticos previstos nas
primeiras três unidades, o estudante deverá elaborar um projecto de pesquisa final, incorporando
as etapas previstas com o apoio e sugestões de melhorias do professor. A entrega do respectivo
relatório final deverá acontecer no dia marcado para o exame.

Nota Importante: a entrega do projecto final é obrigatória. Para a conclusão da disciplina o


estudante deverá obter uma classificação final igual ou superior a 10 valores. Porém, apenas
poderão entregar o projecto final os estudantes que tenham obtido uma frequência igual ou
superior a 10 valores.

6. Componentes do Projecto de Pesquisa Científica

6.1. Elementos pré-textuais

 Capa Principal;
 Capa do Rosto;
 Júri (* apenas para relatório de pesquisa final);
 Agradecimentos *;
 Dedicatória *;
 Lista de Quadros, Tabelas; Gráficos; etc. *;
 Lista de Abreviaturas *;
 Resumo *;
 Índice *.
6.2. Capítulo I: Introdução

 Apresentação do Tema de Pesquisa;


 Contextualização do Estudo;
 Identificação do Problema;
 Justificação da Escolha do Tema;
 Definição dos Objectivos da Pesquisa;
 Apresentação das Hipóteses de Estudo;
 Apresentação da Estrutura do Trabalho.

6.3. Capítulo II: Fundamentação Teórica

 Definição dos Conceitos Básicos;


 Descrição das Teorias de Base.

6.4. Capítulo III: Metodologia de Trabalho

 Identificação do Tipo de Pesquisa;


 Descrição dos Métodos de Investigação;
 Descrição dos Instrumentos de recolha e Análise de dados;
 Identificação do Local de Pesquisa;
 Identificação da População e Amostra;
 Cronograma de Actividades (ª para projecto apenas);
 Orçamento ª.

6.5. Capítulo IV: Apresentação e Análise de Dados

 Descrição do Local de Pesquisa *;


 Apresentação de Tabelas, Quadros, Gráficos, Diagramas; Textos, etc. *;
 Análise e Discussão dos Resultados *.

6.6. Capítulo V: Conclusões e Recomendações

 Apresentação das Conclusões *;


 Apresentação das Recomendações/Sugestões *;
 Apresentação da Bibliografia *.
7. Tarefas das Unidades do Projecto de Pesquisa Científica

7.1. Capítulo I: Introdução

Geralmente, a escolha do tema de investigação está relacionado às motivações e expectativas do


estudante. Contudo, importa ter em consideração um conjunto de factores relacionados à sua
exequibilidade. Isto é, o estudante não deverá esquecer que o projecto de investigação deve ser
implementado, pelo que deverá ter condições financeiras, materiais, temporais e logísticos para o
pôr em prática. Portanto, recomenda-se à definição de um objecto de estudo que seja compatível
à sua realidade social e profissional.

Apresentação do Tema de Pesquisa

Neste momento introdutório, o estudante deverá apresentar o assunto que pretende desenvolver
em pesquisa, definindo-o claramente e não deixar dúvidas quanto à sua finalidade. Para efeito,
deverá referir-se aos tópicos principais focando, essencialmente, ao tema de estudo, às razões
que o levaram a escolhe-lo, bem como, o seu objectivo geral. (máximo de 1 página).

Exemplos de temas bem definidos:

(i) A influência da avaliação de desempenho sobre a motivação do colaborador;


(ii) O impacto da comunicação sobre bem-estar psicológico do colaborador;
(iii) A terciarização e o seu impacto sobre os custos de produção;

Contextualização do Estudo

A contextualização do estudo constitui a delimitação o objecto de estudo que, por sua vez,
constitui o eixo da investigação. Assim, a contextualização do estudo importa em primeiro
responder a questões como: O que vou estudar? A quem vou inquerir?

Esta delimitação ou definição concreta do campo de pesquisa envolve:

(i) Espaço Geográfico: o objecto de estudo deve ser espacialmente definido. (ex: numa
fábrica, num bairro, numa escola, num mercado, num hospital, etc.);
(ii) Espaço Temporal: importa definir com exactidão, em que momento respeita o
referido estudo (durante o mês de, ano/anos, década, etc.);
(iii) Espaço Social: neste espaço, importa analisar as categorias, os grupos, as
instituições, etc. (ex: pretende estudar apenas os homens de certa idade, religião,
etnia, classe social, etc. Pretende estudar, clientes, trabalhadores, consumidores finais,
etc.).

Identificação do Problema

Uma pesquisa científica deve iniciar com a formulação de uma pergunta que espelhe a
inquietação do pesquisador. Isto é, a inquietação deverá, naturalmente, derivar da constatação de
que algo está a acontecer fora dos padrões previstos, quer seja um fenómeno natural ou artificial.
Nesta etapa, o pesquisador descreve de forma clara e precisa o real (o que está a acontecer) e o
ideal (o que devia acontecer/ser). Portanto, a pergunta de pesquisa mostra o que o pesquisador
pretende investigar, por isso deve ser correcta e claramente formulada, de maneira a demonstrar
as características do estudo.

Exemplos de perguntas de pesquisa/partida, bem definidas:

(i) Até que ponto a avaliação de desempenho influencia a motivação do colaborador;


(ii) De que maneira a comunicação afecta o bem-estar psicológico do colaborador;
(iii) Qual é o impacto da terciarização sobre os custos de produção;

Características básicas de uma pergunta de pesquisa

Clareza: a pergunta deve ser entendida por todos da mesma maneira como entende o
pesquisador. Deve garantir que seja única, ou seja, não devem ser duas ou mais perguntas em
uma.

Exequível: a exequibilidade está associada à sua possibilidade de realização face às adversidades


que acompanham um processo de pesquisa. Diz respeito aos constrangimentos: temporal,
financeiro, material, etc. É necessário conciliar os recursos disponíveis à investigação que se
pretende realizar.

Pertinência: está relacionado à natureza da pergunta. Uma pergunta de pesquisa não deve ter
julgamento de valores (ex: a avaliação de desempenho é a melhor forma de motivar os
funcionários?), pelo contrário, deve apenas ter o propósito de compreender os fenómenos que se
pretendem estudar.

Justificação da Escolha do Tema

A justificativa da escolha do tema não é, necessariamente, como se pensa, a apresentação das


razões que o levaram a realizar uma determinada investigação. Pelo contrário, a justificativa é a
demonstração da importância (relevância) que o estudo tem tanto para o ramo científico, assim
como, para a sociedade no geral.

Nesta etapa, demonstra-se o que de novo se pretende trazer. Reflectir de maneira previsível sobre
os benefícios de se realizar o estudo.

Definição dos Objectivos da Pesquisa

Os objectivos de uma investigação poderão ser gerais ou específicos.

Os objectivos gerais elucidam o propósito da pesquisa. Podem ser construídos indicando o


alcance, a finalidade ou o contributo da pesquisa. Usam-se termos gerais como: Conhecer, Saber,
Compreender, etc.

Exemplos:

(i) Compreender a influência que avaliação de desempenho exerce no processo de


motivação do colaborador;
(ii) Saber qual poderá ser o impacto da comunicação sobre bem-estar psicológico do
colaborador;
(iii) Conhecer o impacto da terciarização sobre os custos de produção da “x”
organização;

Os objectivos específicos constituem a operacionalização da investigação, isto é, mostram como


será alcançado o objectivo geral. Indicam acções concretas, por isso usam-se termos como:
comparar, analisar, verificar, demonstrar, explicar, identificar, classificar, localizar, determinar,
medir, testar, avaliar, examinar, diferenciar, calcular, etc.

Exemplos:
(i) Identificar os instrumentos de uma avaliação de desempenho;
(ii) Verificar os meios de comunicação adoptados pela “x” organização;
(iii) Comparar os custos de produção resultantes da terciarização com os da primarização;
etc.

Apresentação das Hipóteses de Estudo

Nesta etapa o pesquisador apresenta as prováveis respostas da pergunta de pesquisa formulada.


Ou seja, consiste em oferecer uma possível solução que pode ser verdadeira ou falsa. Portanto, o
problema a ser investigado só é considerado resolvido quando a hipótese é confirmada.

Exemplo:

(i) A avaliação de desempenho influencia de maneira positiva a motivação do


colaborador;
(ii) A falta de comunicação organizacional prejudica o bem-estar do colaborador;
(iii) A terciarização reduz os custos de produção fabril.

Apresentação da Estrutura do Trabalho

Nesta fase é feita a descrição de como é que o relatório final estará organizado. Geralmente,
conforme o modelo adoptado por cada instituição. No caso do IICAEG, o relatório final deve
apresentar cinco capítulos, apresentando os pontos essenciais ou aspectos abordados.

Capítulo II: Fundamentação Teórica

Definição dos Conceitos Básicos: em primeiro é feita a definição e caracterização dos conceitos
básicos do tema de pesquisa.

Exemplos de conceitos:

(i) Avaliação de desempenho e a Motivação;


(ii) Comunicação e o Bem-estar psicológico;
(iii) Terciarização e Custos de produção;

Teorias de Base
De seguida, apresentam-se as teorias, os estudos feitos e outros fundamentos sobre o assunto que
se pretende investigar. Ou seja, nesta etapa faz-se o resumo das principais teorias que têm sido
apresentadas sobre determinado assunto, demonstrando os contributos e limitações de cada uma
na explicação do problema em estudo.

A fundamentação teórica é bastante importante pois permite visualizar o estágio actual do


conhecimento existente sobre o problema em estudo. Permite também a possibilidade de
verificar os trabalhos já realizados, a perspectiva em que foram tratados, a metodologia adoptada,
zonas de penumbra, etc. A elaboração deste resumo deve fluir numa lógica temporal e estrutural
concreta.

Capítulo III: Metodologia de Trabalho

*Sobre os Tipos de pesquisa e sua classificação, consultar o texto de apoio.

Instrumentos de recolha de dados


Técnicas de Pesquisa
Para a realização de uma pesquisa científica há necessidade de levantamento dos dados e colecta
por meio das técnicas de pesquisa. De acordo com Lakatos e Marconi (2009, p.176) este
procedimento pode ocorrer de diferentes formas, tais como:

a) Documentação indirecta: pesquisa documental e pesquisa bibliográfica;


b) Documentação directa: pesquisa de campo, experimental e de laboratório;
c) Observação directa intensiva: observação e entrevista;

Entrevista - é o encontro de duas pessoas com o objectivo de obter informações a respeito de


determinado assunto, mediante uma conversa natural ou programada de forma profissional
(estruturada ou semi-estruturada que intercala perguntas do roteiro e outras que surgem com o
desenvolver da entrevista). A conversa é efectuada frente a frente com entrevistado e
entrevistador, de forma sistemática e metódica, possibilitando assim, obter informações
necessárias do entrevistado para realização do trabalho. Para ter sucesso na colecta de dados é
importante ter: um roteiro de perguntas através de formulários, um conhecimento prévio do
entrevistado, marcar dia, hora e local da entrevista, proporcionar confiança ao entrevistado,
garantir sigilo ao informante em relação às suas respostas.
Questionário - é uma técnica de colecta de dados através de uma série ordenada de perguntas,
que devem ser respondidas por escrito, sem a presença do entrevistador. As perguntas são
encaminhadas aos informantes em formulários próprios contendo como anexo uma carta
explicando o objectivo, a natureza e a importância da pesquisa. Quanto à forma, o questionário
poderá ter perguntas nas categorias: abertas (dissertativa) e fechadas (de múltipla escolha).

Observação - É a técnica de colecta de dados para conseguir informações. Utiliza-se dos


sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade, ou seja, examinar fatos ou
fenómenos que se deseja estudar.

1.4.1.4 - Métodos de colecta:


1- Entrevista:
a. Estruturada
b. Semi-estruturada
c. Não estruturada
d. Painel

2- Questionário
a. Aberto
b. Fechado
c. Semi-estruturado
d. Múltipla escolha

3- Observação direta
a. Pelo próprio observador (assistemática)
b. Por equipamentos (sistemática)
c. Participante ou vivência

4- Delineamento experimental
a. Delineamento entre grupos
b. Delineamento de caso único.

Identificação do Local de Pesquisa


Área e universo de estudo (espaço geográfico, territorial... o todo) - Universo (local em que será
aplicado o trabalho de intervenção, com identificação e características).

Identificação da População e Amostra


Os sujeitos da pesquisa (coisas ou pessoas envolvidas, entrevistados, investigados).

Cronograma de Actividades
É a previsão do tempo que será gasto na realização de todo o trabalho de pesquisa. Define
também as etapas de cada processo dentro de um espaço de tempo.

Orçamento
Normalmente, as monografias, as dissertações e as teses académicas não necessitam que sejam
expressos os recursos financeiros. Os recursos serão incluídos quando o Projecto for apresentado
para uma instituição financiadora de Projectos de Pesquisa.

Os recursos financeiros podem se dividir em Material Permanente, Material de Consumo e


Pessoal, sendo que esta divisão vai ser definida a partir dos critérios de organização de cada um
ou das exigências da instituição onde está sendo apresentado o Projecto.

6.5. Capítulo IV: Apresentação e Análise de Dados

Descrição do Local de Pesquisa


Para uma melhor compreensão do estudo e a realidade sob a qual incide, importa fazer uma
breve descrição do local onde o estudo é realizado. Por exemplo, tratando-se de um instituição
pode-se descrever apontando as suas funções, estado actual, missão, objectivos, etc.

Apresentação, Análise e Discussão dos Resultados


A apresentação mais adequada dos resultados deve seguir a sequência da abordagem usada nos
objectivos, material e métodos (procedimento experimental). Os resultados podem ser
apresentados em forma de tabelas ou gráficos, sendo numerados sequencialmente e discutidos
antes de serem colocados.

Uma boa discussão necessita de bases teóricas (deve-se utilizar referências bibliográficas) e
necessitam ser relacionadas aos resultados obtidos, avaliando a prática com relação aos
objectivos propostos. Quando possível, os resultados experimentais obtidos devem ser
comparados com dados de literatura e suas diferenças (quando houver) discutidas.

OBS: os itens Resultados e Discussão poderão ser abordados separadamente.

Capítulo V: Conclusões e Recomendações

Apresentação das Conclusões e Recomendações/Sugestões


Deve ser construída com base nos objectivos propostos e nos dados comprovados no trabalho.
Em consequência, apresentam-se os argumentos mais relevantes expostos no desenvolvimento
do trabalho, uma síntese-crítica dos resultados obtidos e ou sugestões para novos estudos ou
ainda a possível contribuição do estudo efectivado. Se o estudo feito não esgotou o tema-
problema investigado, cabe apontar esses “vazios” e as possíveis formas diversas de preenchê-
los.

Há ainda que se indicar as correcções metodológicas em novas pesquisas semelhantes,


demonstrando que tais indicações estão ou não relacionadas com o fato da pesquisa ser trans,
inter ou multidisciplinar.

A conclusão não deve ser pessoal e deve rematar o trabalho desenvolvido. Não é permitido
colocar citações directas. Atentar para que não sejam apresentados resultados que não estão
evidenciados no trabalho.

Apresentação da Bibliografia
Deve-se apresentar as publicações (livros, periódicos, leis, dissertações, teses, sites), em ordem
alfabética, que são ou serão utilizadas na elaboração da pesquisa.

Anexos
Não é obrigatório, porém, considera-se que é um item importante para fazer esclarecimentos ou
comprovações e ou ainda dar suporte para fundamentação do assunto que foi desenvolvido no
trabalho. Deve ser apresentado no final, após a referência bibliográfica, e identificados por letras
maiúsculas, seguidas de seu título.
Trata-se de assuntos não elaborados pelo autor do trabalho. Pode conter explicações técnicas de
equipamentos, modelos de questionários, leis ou decretos, entre outros. Se constar mais de três,
deve-se fazer um sumário de anexos.

Apêndices
Constitui-se de matéria elaborada pelo próprio autor da monografia, como roteiros para
entrevistas, questionários, planos de aulas, etc. Destina-se a complementar as ideias
desenvolvidas no trabalho e ainda fazer esclarecimentos ou comprovações. Deve ser identificado
por letras maiúsculas consecutivas e apresentar o seu título.

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