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METODOLOGIAS PARA CRIAÇÃO DE PODCASTS AUTORAIS EM UM


CURSO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
Wagner Moreira da Silva
wagner.moreira@ufabc.edu.br

Marcelo Zanotello
marcelo.zanotello@ufabc.edu.br

RESUMO
O consumo de podcasts subiu 67% no Brasil em apenas um ano. Um quarto desses novos adeptos
das informações em áudio ouvem seus programas diariamente por mais de uma hora. Em
contrapartida, pouquíssimos cursos de licenciaturas na área de Ciências da Natureza possuem
disciplinas dedicadas ao Letramento Digital e Divulgação Científica. O presente trabalho apresenta
uma estratégia didática que orientou a produção de 6 podcasts autorais em um curso de Divulgação
Científica. Utilizando-se das ideias de Severino (2008) sobre leitura analítica foi possível
sistematizar 3 etapas para produção e avalição de podcast autorais. Organizou-se sete aulas
presenciais sobre técnicas de leitura e manuseio de softwares para gravação e edição de áudios
digitais. Os resultados demonstram que os licenciandos ampliaram suas concepções sobre o
processo de leitura e desenvolveram habilidades relacionadas ao Letramento Digital, consequência
da produção de podcasts a partir de leituras livres de diferentes temáticas.
Palavras Chave: Podcast, Letramento Digital, Divulgação Científica.

O CONSUMO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NO BRASIL


O acesso às fontes de informação sobre Ciência e Tecnologia (C&T) por meio de mídias
digitais teve um aumento significativo nos últimos 10 anos. De acordo com a pesquisa “Percepção
pública da C&T 2019” realizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (CGEE, 2019)
o consumo de informação científica na internet ao longo da série histórica foi: em 2006, 9%; em
2010, 13,5%; em 2015, 18,5%. A pesquisa também indica que um brasileiro em cada quatro diz
conversar sobre temas de C&T com amigos, às vezes ou frequentemente. O número de pessoas
que compartilham informações científicas nas redes sociais somado a leitura de materiais
científicos na internet totalizam 65% dos entrevistados, superando em 3 vezes os 21% de pessoas
que buscam informações científicas nos livros. Tal resultado indica que, para além do consumo de
informações científicas, há espaço e oportunidade produção e distribuição de materiais de
divulgação científica autoral, prática que demanda conhecimentos sofisticados e encontra respaldo
teórico em cursos e programas de estudos sobre Divulgação Científica e Letramento Digital.
Conforme Zamboni (2001), a Divulgação Científica (DC) pode ser entendida como "uma
atividade de difusão, dirigida para fora de seu contexto originário, de conhecimentos científicos
produzidos e circulantes no interior de uma comunidade de limites restritos, mobilizando
diferentes recursos, técnicas e processos para a veiculação das informações científicas e
tecnológicas ao público geral". A questão é que muitas vezes o público geral acaba disseminando
informações incorretas, distorcendo conceitos técnicos e desconhece critérios para seleção de
fontes científicas confiáveis e/ou procedimentos historiográficos que gerem materiais de DC de
qualidade. É nesse sentido que o Letramento Digital pode possibilitar aprendizagens sobre a
compreensão e utilização da informação gerada na Era da Internet de forma crítica.

LETRAMENTO DIGITAL E AS POTENCIALIDADES DO PODCAST


Segundo Xavier (2005) “o letramento digital significa o domínio de técnicas e habilidades
para acessar, interagir, processar e desenvolver multiplicidade de competências na leitura das mais
variadas mídias.” Nas competências gerais docentes da BNC-Formação (Brasil, 2019, p. 17), o
letramento está relacionado com o uso de diferentes linguagens. O documento cita a necessidade
de os professores fazerem “uso pertinente da terminologia científica de processos e conceitos”, ou
ainda, identificar e “envolver-se em processos de leitura, comunicação e divulgação do
conhecimento científico”.
A compreensão de competências para o letramento digital é fundamental para formação de
professores que desejam estruturar estratégias didáticas que incitem a capacidade para localizar,
filtrar e avaliar criticamente informações disponibilizadas na internet. Dessa forma, letrar-se
digitalmente demanda estudo permanente dos mecanismos para produção e interpretação de textos
multimodais:

Ser letrado digital pressupõe assumir mudanças nos modos de ler e escrever os
códigos e sinais verbais e não verbais, como imagens e desenhos, se compararmos
às formas de leitura e escrita feitas no livro, até porque o suporte sobre o qual estão
os textos digitais é a tela, também digital (XAVIER, 2005,p.2).

É com base neste argumento que elegemos o Podcasting como um instrumento potente
para observação das especificidades da linguagem no meio digital. Podcasting é uma forma de
publicação de ficheiros multimídia na Internet, geralmente em áudio. Os utilizadores podem
acompanhar a sua atualização em tempo real ou descarregar automaticamente o conteúdo em
aplicativos apropriados. A palavra "Podcasting" é uma junção de iPod - marca do aparelho
multimídia homónimo, da Apple Inc., cuja sigla significa "I Personal On Demand" (numa tradução
livre, algo pessoal e sob demanda) - e broadcasting (radiodifusão). O conjunto de ficheiros ou
arquivos publicados por Podcasting é chamada de podcast.
Diversos canais de podcast de ciências têm feito sucesso nos últimos anos, principalmente
entre os jovens de 24 a 35 anos de idade. Um estudo encomendado pela empresa Deezer,
plataforma global de streaming, indica que “o consumo de podcasts subiu 67% no Brasil em apenas
um ano. A pesquisa feita entre ouvintes de todas as plataformas também indica que 25% ouvem
mais de uma hora de podcast por dia” (Alves, 2020). Dentre os canais brasileiros dedicados ao
trabalho com DC criados por especialistas da área de Ciências da Natureza, podemos citar “Alô
Ciências”, “Dragões de Garagem”, “Fronteiras da Ciência”, “Naruhodo” e Scicast, que chegam a
produzir juntos mais de 30 horas de conteúdo em áudio semanalmente e possuem mais de 400 mil
inscritos em todo mundo (dados do aplicativo Podcast & Radio Addict, 2019-2020).
Tal verificação, mobilizou a elaboração de um curso de Divulgação Científica diferente,
desenvolvido em conjunto por professores e alunos em formação inicial, que almejavam
disponibilizar materiais sobre o Letramento Digital e DC que pudessem ser acessados e
consumidos de maneira digital e personalizada por qualquer pessoa na internet. Para enfrentar esse
desafio, utilizou-se a unidade curricular instituída para o estudo da DC em um curso presencial de
Licenciatura em Ciências da Natureza, na zona Oeste da cidade de São Paulo. Ao longo de um
semestre o planejamento das aulas, os textos de referência e o desenvolvimento de atividades
foram compartilhados por meio de um blog, culminando na criação de orientações para pesquisa,
leitura, escrita e o desenvolvimento de podcasts sobre conceitos científicos, personalidades da
ciência e curiosidades científicas 1 . O presente trabalho demonstra como tais estratégias
metodológicas possuem potencial para promoção da leitura e posicionamentos reflexivos diante
dos textos de DC, sobretudo, ao lidar com os multiletramentos exigidos pelas mudanças sociais
estabelecidos pela internet nos últimos 10 anos.

ORIENTAÇÕES PARA LEITURA ANALÍTICA E A PRODUÇÃO DE UM PODCAST AUTORAL


É comum identificarmos estudantes com dificuldades na interpretação de textos no Ensino
Superior. A compreensão de um texto não se limita em traduzir as suas palavras. É preciso
identificar o contexto, perceber o que está por trás do que está sendo dito, relacionar informações
que dão maior significado para a obra que se está lendo. Com intuito de explorar tais aspectos do
letramento digital, foi proposto na aula inaugural do curso de DC que cada estudante escolhesse
um livro marcante na sua história e foi lançado o desafio de se produzir um podcast autoral a partir
dessa leitura. Nas primeiras aulas estudamos os procedimentos metodológicos para leitura analítica
estabelecendo-se dois objetivos:
1. Compreender que a leitura é um processo que envolve diferentes etapas: Análise Textual;
Análise Temática e Problematização.
2. Conhecer e dominar algumas técnicas da leitura com vistas à apreensão/recepção da
mensagem contida em um texto escrito.
A turma participante da presente pesquisa somava-se em seis licenciandos, três homens e
três mulheres, todos cursistas do sexto semestre de Licenciatura em Ciências da Natureza. O grupo
de estudantes já havia experienciado a produção de um podcast de maneira improvisada no
semestre anterior com o mesmo professor, estudando TICs aplicadas ao aprendizado de Ciências
da Natureza na ocasião. Dessa vez, o grupo decidiu que a escolha do texto que culminaria no
podcast autoral seria livre, não estabelecendo limitações de temáticas. O professor responsável
pelo presente estudo produziu um primeiro podcast como exemplo. Tal podcast, intitulado “Lendo
Richard Feynman decentemente”, serviu como orientação para os procedimentos da leitura
analítica, que consiste na organização de três etapas, segundo Severino (2008):
Etapa l (Análise Textual): consiste na delimitação da unidade de leitura, orienta-se a pesquisar
quem é o autor e realizar o levantamento sobre dados de publicação da obra. Realiza-se uma leitura
prévia superficial separando termos e numerando todos parágrafos com o objetivo de produzir um
fichamento do texto e separar os termos que possam gerar dúvidas.
Etapa II (Análise Temática): busca responder cinco questões centrais sobre o texto. (1) Tema - do
que está falando, qual o tema ou assunto do texto? (2) Problema - qual é o problema que se coloca,
ou seja, por que o tema está em questão? (3) Hipótese - qual a resposta que o autor dá ao problema
ou como explica o tema? (4) Demonstração - como o autor demonstra sua hipótese? (5) ideias
complementares: que outras ideias secundárias o autor defende no texto em análise? que aula você
pode tirar do texto?
Etapa III (Problematização): nesta fase, é realizado o levantamento dos problemas para discussão
da unidade de análise. Problemas textuais (objetivos e concretos) ou problemas de interpretação
(processo de reflexão).
As três etapas para leitura analítica foram apresentadas no blog FizEncadeando e outras 7
aulas presenciais foram realizadas, a fim de subsidiar a leitura e produção técnica do podcast de
cada estudante, manuseando os softwares Audacity® e a plataforma de compartilhamento de
Podcasts Anchor®. Ao término do semestre todos os licenciandos conseguiram realizar suas
leituras e produziram seus podcasts autorais, que passamos a analisar na próxima sessão.

1Para acesso ao podcast visite o site <https://anchor.fm/fizencadeando>. Os materiais sobre letramento digital e DC
encontram-se disponível no Blog <http://fizencadeando.blogspot.com/>.
ANÁLISE DA PRODUÇÃO DOS LICENCIANDOS
Alguns alunos preferiram entregar o podcast em arquivo mp3, outros realizaram upload do
arquivo em uma nuvem online e um terceiro grupo de alunos realizou todo o processo de gravação,
edição e sonoplastia de maneira online. Abaixo é possível apreciar um quadro geral das produções:
Quadro 1 – Apresentação Geral dos podcasts produzidos pelos licenciandos
Licenciando Unidade de Leitura Formato de produção do Podcast
A Capítulo 1 do livro Isaac Entrega via Whatsapp® (duração 7:34min) problematiza
Newton e sua maçã de aspectos da Natureza da Ciência questionando o
Kjartan Poskitt (Coleção acontecimento dos “acasos” da produção científica.
Mortos de Fama)
B Livro de Horror fantástico Entrega via Whatsapp® (duração 3:34min) problematiza a
“O Vilarejo” romance de questão da curiosidade do Ensino de Ciências, instigando os
Raphael Montes. ouvintes a buscarem mais histórias do autor de ficção
brasileiro.
C Livro “Do Big Bang ao Entrega via Google Drive (duração 14:36min) problematiza
Universo Eterno” Autor: as diferentes explicações sobre o surgimento do universo
Mario Novello contraponto ideias religiosas sobre a criação do universo. A
estudante entrevista 3 pessoas de religiões distintas e
contrapõe com as ideias apresentadas no livro.
D “O Livro Dos Milagres” Entrega via Whatsapp® (duração 10:30 min) problematiza a
escrito por Carlos Orsi questão da confiabilidade das fontes científicas e às
conclusões científicas acerca de eventos tidos como
milagrosos, com explicações, contextualização, fontes e,
sempre que possível, um pouco do ambiente histórico que
cercou cada caso, para ajudar na compreensão.
E Teoria da Relatividade no Entrega no pendrive (duração 12:15 min) encara o desafio de
livro Cosmos de Carl explicar a teoria da relatividade restrita por meio de uma
Sagan audiodescrição. Problematiza diversas questões pessoais
sobre a impossibilidade de testes das ideias de Einstein com
materiais do cotidiano.
F Artigo da revista Entrega diretamente no app Anchor® (duração 10:07)
superinteressante “Lua apresenta as ideias centrais do artigo e problematiza o uso de
vermelha “, artigo escrito textos de divulgação científica em sala de aula
por Salvador Nogueira
Fonte: autores (2020)

Organizou-se dois encontros presenciais para o aprendizado de melhorias técnicas tais


como: captação adequada de áudio, remoção de ruído, equalização de grave, inclusão de trilhas
sonoras de fundo e compartilhamento dos áudios nas redes sociais. Porém, apenas os alunos C, D
e F utilizaram esses conhecimentos em suas produções sonoras finais. Todos os demais alunos
realizaram apenas a gravação de sua própria voz e se deram por satisfeitos. Um dos encontros
presenciais foi dedicado exclusivamente para apresentação e demonstração do uso do aplicativo
Anchor® e outro encontro dedicado às edições no software Audacity®. No entanto, apenas o aluno
F produziu seu podcast utilizando esses recursos integralmente e compartilhando seu podcast nas
redes sociais, o que nos levou a refletir sobre a necessidade dessas aulas presenciais de cunho
estritamente técnico.
A liberdade para produzir um podcast sem restrições para quantidade de tempo parece ter
favorecido a diversidade de formatos para entregas. Metade dos licenciandos realizaram a
gravação diretamente no Whatsapp e cumpriram todas as três etapas pré-estabelecidas para
apresentação de uma leitura analítica a contento. Desde o mais curto (com 3:34 minutos) até o
mais longo (com 14:36 minutos) os áudios registraram o processo de Análise Textual,
apresentando dados do autor e contexto no qual a leitura escolhida estava inserida; Análise
Temática, identificando os principais argumentos expostos pelos autores dos textos e
Problematização, expondo como o podcast poderia ser utilizado em sala de aula e quais os
possíveis efeitos se a mesma atividade fosse implementada no Ensino Fundamental ou Médio.
A Leitura Analítica, da maneira como foi planejada, tinha como pretensão orientar o olhar
do leitor quanto ao conteúdo dos textos escolhidos. Assim como defende Xavier (2005), tal
intenção buscava tornar evidente as "mudanças nos modos de ler e escrever os códigos e sinais
verbais e não verbais" contidos em um texto. Tais aspectos do letramento digital podem ser
constatados contrapondo a coluna “unidade de leitura” com a coluna "formato de produção do
Podcast " no Quadro 1. As temáticas escolhidas versaram sobre personalidades da Física, contos
de horror, teorias científicas, Ciência e Fé e Astrofísica. A entrega final de todos licenciandos foi
um arquivo em áudio, contudo, cada qual tinha uma forma e estilo peculiar de apresentação da
leitura. No último encontro da sequência de aulas, todos os 6 licenciandos ouviram as produções
dos seus pares e registram os seguintes relatos:

“a maior experiência pra mim foi aprender a importância da leitura analítica e a


pesquisa do autor, compreender o contexto em que o autor foi criado inicialmente
era algo dispensável pra mim, depois das atividades realizadas com a leitura
analítica pra produção do podcast todos os textos pra mim ficaram mais fáceis de
compreender depois de estudar um pouco sobre quem escreveu aquele texto.”
(Aluno A)

“Minha experiência com podcast antes das aulas eram pequenas, ouvia quase
nunca algum podcast de RPG, então, quando me foi proposto gravar um podcast,
fiquei animado e receoso ao mesmo tempo, pois seria um desafio e tanto para
gravar algo do tipo. Na primeira vez, foi mais tranquilo pois foi gravado um
debate entre a sala mesmo, então não me preocupei tanto com a minha produção
pessoal, e o resultado mesmo assim me surpreendeu bastante, pois acredito que
fizemos um trabalho muito divertido e coeso.” (Aluno B)

“Respostas das questões que me bugavam em relação a existência dos seres vivos
inclusive nós e toda a complexidade do universo, a convicção de que não existe
apenas a teoria do Big Bang existem outras que tem suas explicações e sentidos
em outros lugares. Ou seja, agregou muito mais conhecimento houve uma quebra
de limitação.” (Aluno C)

Os licenciandos produtores desses discursos já estão em formação há seis semestres,


apenas 20% deles já tinham produzido um arquivo em áudio com características semelhantes e
todos consideraram a experiência produtiva para sua formação, seja para fortalecer estratégias de
leitura ou enxergar no podcast uma nova prática docente e aprofundar-se sobre questões complexas
relacionadas ao surgimento do universo. Foi na apresentação das produções e compartilhamento
com os colegas que externaram o aprendizado gerado com a produção do podcast. Caso a
sequência de aulas se findasse com a entrega do arquivo, muito provavelmente não teríamos
evidências de que a atividade foi significativa para esses estudantes.

CONCLUSÃO
Demonstrar conhecimentos sobre estratégias de letramento e alfabetização científica que
possam apoiar o aprendizado é um dos pontos cruciais das diretrizes para a formação inicial de
professores da educação básica (Brasil, 2015). Ainda que o letramento digital esteja diluído nas
diversas disciplinas e atividades nos cursos de licenciatura, consideramos de extrema importância
que mais trabalhos demonstrem de que maneira tal processo pode contribuir para a formação de
professores na atualidade.
Diante dos resultados apresentados, consideramos que estratégia de gravação de podcasts
autorais, mediada pela Leitura Analítica, é um recurso potente para o desenvolvimento de
habilidades do letramento digital. Os licenciandos puderam exercer sua criatividade,
compartilharam seus resultados entre os pares e tiveram a oportunidade de expressar-se
criticamente sobre as leituras que eles mesmos escolheram. Além disso, relataram que ao
transformar o texto escrito em reflexão sonora desenvolveram habilidades que antes desconheciam
e, acima de tudo, se divertiram aprendendo, prática que devemos valorizar dentre pessoas que
desejam se profissionalizar docente no atual contexto brasileiro.
Por fim, almejamos que o presente trabalho possa inspirar outros professores que
ministram cursos de formação inicial na área de Ciências da Natureza. Constatamos que a gravação
de podcasts com licenciandos do 6° semestre demanda menos trabalho do que imaginamos e a
riqueza de produções do gênero divulgação científica merece o esforço para compartilhar outras
experiências.

REFERÊNCIAS
ALVES, S. Pesquisa da Deezer mostra que consumo de podcasts subiu 67% no
Brasil. Disponível em: < https://www.b9.com.br/116179/pesquisa-da-deezer-mostra-que-
consumo-de-podcasts-subiu-67-no-brasil/ > Acesso em: 21/10/2020

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a


Formação Inicial e Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica.
Parecer nº 2/2015, de 9 de junho de 2015. Brasília, Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Seção 1, Pág. 13, de 25 de junho de 2015.

CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS (CGEE). A ciência e a tecnologia no


olhar dos brasileiros: percepção pública da C&T no Brasil: 2019. Brasília: CGEE, 2019.
Disponível em:
<https://www.cgee.org.br/documents/10195/734063/CGEE_resumoexecutivo_Percepcao_pub_C
T.pdf>. Acesso em: 29/09/2020.

SEVERINO, A. J. Como ler um texto de filosofia. São Paulo: Paulus Editora, 2008. 74 p.

XAVIER, A. C. S. Letramento Digital e Ensino. In: SANTOS, C. F.; MENDONÇA, M. (Org.).


Alfabetização e Letramento: conceitos e relações. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. v. 1. p.
133-148.

ZAMBONI, L. M. S. Cientistas, jornalistas e a divulgação científica: subjetividade e


heterogeneidade no discurso da divulgação científica. São Paulo: Autores Associados, 2001.

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