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Vimos:
- o efeito da concentração e do tempo sobre a velocidade de reação;
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ch14_s01
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Teoria das Colisões
A Teoria das Colisões proposta por Max Trautz e William Lewis, entre 1916 e 1918, explica qualitativamente como reações químicas
ocorrem e porque velocidades de reação diferem para diferentes reações.
O modelo da colisão
Em uma reação química:
• as ligações são rompidas e novas ligações são formadas;
• as moléculas só podem reagir, se elas colidem umas com as outras;
• além disso, as moléculas devem colidir com orientação adequada e com energia suficiente para causar a ruptura da ligação e para formar
nova ligação.
Para que ocorra uma colisão efetiva, dois requisitos devem ser satisfeitos:
• Em fase gasosa, duas espécies podem ou não reagir dependendo de sua orientação relativa e
suas energias.
• Na reação exemplo, um átomo de Cl e uma molécula de HI, somente as colisões nas quais o
Cl se aproxima do HI, ao longo da linha indicada dentro do cone, resultariam em reação.
• (em outras orientações, a energia de colisão poderia exceder a energia de ativação, a
seguir).
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Moléculas em solução: os reagentes se aproximam, se afastam, a reação pode ocorrer em um
período relativamente longo.
• Dentro da teoria das colisões, a velocidade de reação tende a aumentar com a concentração.
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A velocidade de reação tende a aumentar com a concentração, dentro da teoria das colisões.
Aumento na concentração:
- aumento do n0 de partículas por unidade de volume;
- aumento da frequência de colisões;
- aumento da velocidade de reação.
Aumento de pressão:
- decréscimo no volume;
- aumento do n0 de partículas por unidade de volume;
- aumento da frequência de colisões;
- aumento da velocidade de reação.
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Teoria do Estado de Transição
A Teoria do Estado de Transição (ou Teoria do Complexo Ativado, ou Teoria da Cinética Absoluta) foi desenvolvida em 1935,
por Henry Eyring, a Princeton, e por Meredith Gwynne Evans e Michael Polanyi, na Universidade de Manchester.
Explica a cinética de reações químicas elementares e postula a existência de um tipo especial de equilíbrio químico, o quase equilíbrio, entre
reagentes e um complexo de transição ativado.
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Teoria das colisões e a teoria do estado de transição
Somente moléculas que se chocam com energia cinética maior ou igual a um certo valor
mínimo reagem;
Energia de ativação
A Ea é a energia mínima de translação relativa necessária para que a reação possa ocorrer;
- em quaisquer colisões que conduzam a uma reação, algumas ligações são rompidas e outras formadas;
- durante as colisões, a energia total das partículas permanece constante, porém, as quantidades relativas de Ek e de Ep são alteradas, à medida que um
tipo de energia se transforma na outra;
- a Ea pode ser compreendida como um arranjo atômico intermediário que ocorre entre reagente e produtos, e cuja energia é maior do que a de ambos;
-assim, o par de moléculas reagentes deve possuir uma Etotal no mínimo igual à Ep da espécie intermediária, para gerar produtos.
Em outras palavras, há uma quantidade mínima de energia necessária para que a reação ocorra: a energia de ativação, Ea.
• E, da mesma forma que uma bola não pode ultrapassar uma colina se não rolar até o morro com energia suficiente, uma reação não pode
ocorrer, exceto se as moléculas possuírem energia suficiente para superar a barreira de energia de ativação.
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Completando, então, a ideia já iniciada, para que ocorra uma colisão efetiva, o segundo requisito é:
b) segundo requisito –para que produtos sejam formados, as moléculas dos reagentes devem ter
energia suficiente para romper a barreira da energia de ativação (Ea).
Para visualizar as mudanças de energia em um processo usa-se um diagrama para o desenvolvimento da reação. O eixo x indica “progresso de
reação, extensão de reação ou coordenadas de reação”.
Exemplo: rearranjo do metil-isonitrila.
Para se determinar a energia de ativação de uma reação, em que k = A exp (-Ea/RT) , tem-se que
calcular k a diversas T.
Usa-se a equação de Arrhenius tomando-se o logaritmo natural de ambos os lados da equação e
colocando-se k em evidência:
ln k = ln A – Ea/R x 1/T
A equação de Arrhenius
A (constante de proporcionalidade, ou fator de frequência, ou fator pré-exponencial) = frequência de colisões com orientação adequada, quando
a concentração das espécies envolvidas na expressão da lei de velocidade for igual a 1,0 mol.L-1.
De outra forma: A engloba a velocidade das colisões e o fato de que o sucesso das colisões pode depender da direção de aproximação entre as
moléculas (ou seja, das “condições estéricas de reação”)
Note-se que esta é outra forma de escrever a lei de decaimento exponencial, discutida na parte anterior sobre CQ.
O "decaimento" aqui não é a concentração de um reagente em função do tempo, mas a magnitude da constante de velocidade em função do
expoente Ea /RT.
Observe-se que RT é a energia cinética média. O expoente corresponde, portanto, à razão entre a energia de ativação Ea e a energia
cinética média.
Quanto maior for esta razão, menor será a velocidade de reação (taxa de reação) , e, por isto, o sinal é negativo.
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Determinação da energia de ativação.
A equação de Arrhenius
pode ser escrita de uma forma não exponencial, que é muitas vezes mais conveniente de se usar e interpretar graficamente.
Tomando-se os logaritmos de ambos os lados e separando os termos exponencial e pré-exponencial tem-se:
Uma vez que o gráfico ln k vs 1/T produz uma linha reta, muitas vezes é conveniente estimar a energia de ativação a partir de experimentos em
apenas duas temperaturas.
O termo ln desaparece fazendo a subtração das expressões para os dois termos ln k. Resolvendo a expressão à direita para a energia de ativação
tem-se:
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Exemplo. Isomerização de ciclopropano a propeno
= 273 kJ mol–1
A energia de ativação é alta pois a ligação C-C deve ser rompida para abrir o ciclopropano (C-C tem energia de ligação em torno
de 350 kJ.mol-1).
Esta é a razão pela qual a reação deve ser conduzida a alta T.
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Influência da temperatura sobre Ek e a distribuição de Maxwell - Boltzmann
Na grande maioria dos casos de ativação térmica considera-se, como principal fator, uma fração de moléculas que possui energia
cinética suficiente para reagir a determinada temperatura.
De acordo com a teoria cinética molecular, uma população de moléculas, a determinada temperatura, estará distribuída por uma
variedade de energias cinéticas, que obedecem à distribuição de Maxwell-Boltzmann.
A distribuição de Maxwell-Boltzmann
Considere-se uma grande população de moléculas que têm uma certa quantidade fixa de energia cinética;
-desde que a temperatura permaneça constante, esta energia total permanece inalterada, mas pode ser distribuída entre as moléculas, de
muitas maneiras diferentes;
- esta distribuição mudará continuamente, à medida que as moléculas colidem umas com as outras e com as paredes do recipiente.
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Influência da temperatura sobre Ek e a distribuição de Maxwell - Boltzmann
- isto significa que nenhuma energia é perdida durante a colisão com outras moléculas ou com o recipiente;
Nas duas distribuições (onde T2 > T1), a área sob cada curva representa o número total de moléculas cujas energias se encontram em um
intervalo particular.
As regiões em verde indicam o número de moléculas que são suficientemente energéticas para satisfazer aos requisitos ditados pelos dois
valores da Ea que são mostrados.
A fração de moléculas aumenta quando a energia cinética excede a Ea, com o aumento de temperatura.
Este é o motivo pelo qual praticamente todas as reações químicas (e todas as reações elementares) são mais rápidas a altas temperaturas.
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Influência da temperatura sobre Ek
- nesta região poucas moléculas, a Tamb, terão Ek suficiente para ultrapassar e –Ea/RT
a barreira de energia;
k = A . e –Ea/RT ou
Isto significa: altas temperaturas e baixas energias de ativação favorecerão maiores constantes de
velocidade e, assim, acelerarão a reação. E como estes termos ocorrem em um expoente, seus efeitos
sobre a velocidade serão consideráveis.
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http://www.chemhume.co.uk
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Voltando à distribuição de Maxwell-Boltzmann
Altas temperaturas fazem com que uma fração maior de moléculas adquira
maiores quantidades de energia cinética.
Olhe a flecha azul: as velocidades encontram-se em zero (isto é devido ao fato que
há moléculas em repouso. Isto sempre ocorrerá, mesmo sendo bem poucas).
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Moléculas de maior peso molecular reduzem a distribuição de velocidade.
http://www.chem1.com/acad/webtext/gas/gas_5.html#SEC3
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Efeito da energia de ativação sobre a constante de velocidade
(Se o eixo-x fosse em “quilograus" , as inclinações seriam mais comparáveis, em magnitude, àquelas do gráfico em kiloJoule (abaixo)).
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