Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
·:·
' ~
CaJTlpinrrs
l9ô4
UNICAMP
IIBL\OTECA CEtHRA•
À memória de minha mãa Maria de Lourdes Santos
Para
·Ana c1é1 i::i 'T'hiel P.n
Maria Augusta Lobão Moreira
Maria Thétis Nunes
SUMÃRIO
PÃG:
. ,
INTRODUÇ O••••••••••• • ••• •~-··~'.~ •••••• • •••• ••• ••• •• ••• ~ •••••••••
à 04
CAPÍTULO I - Conquista
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA VIIA DE ITABAIANA.
l - o gado para
e ocupação de Sergipe •••••••••• •.• •••••• 09
09
a a Bahia••••••••••••••••~•••••••••••
b -
o açucarem Sergipe•••••••••••••••••••••••••••• 16
e Colonização e Fundação da Vila de.Itabaiana •••• 20
INTRODUÇÃO
5
,
surgimento dos primeiros engenhos e o desenvolvim~nto destes no secB
lo XVIII. Estes aspectos serviram para introduzir e.compreender a e
volução histórica do município de Itabaiana.
' .
tanto quanto poasivel.
-
Incentivo, apoio, solidariedade, compreensao, suges-•
tões e críticas construtivas recebi de inúmeras pessoas quanào àa 1
C AP t T UL O I
'
(a) O Gado para a Bahia
2
Dos 750.000 Km de área caracterizad~ como Nordeste do
2
Brasil, 21.994 Km são ocupados pelo estado de Sergipe, estendendo-
se no litoral desde a foz do Rio Real até o Rio são Francisco.
,
Apos sucessivas e fracassadas tentativas entre as quais
ã. dos ·j·;;-suíta:s-e- a-die--L-üi-z.--Ut:! Br.ii..u,. a- conquista se consoliâou com
Cristóvão de Barro.a, um dos membros interinos da Junta Governativa
Baiana àquela época, com vitórias decisivas sobre os Índios em 12 de
janeiro de 1590.
1
a tendência foi, "não outra", J!las uma subordinação aos interesses das
áreas açucareiras, no sentido de produzir alimentos, meios de trans -
porte e energia animal.
QUADRO I
DIMENSOES
,
No aeculo XVI inexistiam engenhos em Sergipe. Durante .a
maior parte do século XVII, poucos engenhos apareceram. Antes de 1602
' de sesmarias. Em 15 de junho de 1602,·o
não são mencionados nas ca!"t.à.s
desembargador Baltazar Ferraz, residente na Bahia, dizia possuir"( ••• )
·na Capitania de Sergipe fazenda de criações de gado vagun e cavallar'
e outras criações". Em face d.isto Solicita lhe sejam dadas em sesmar;!:_
'
as duas leguas de terra,
QUADRO 2
-
A. que razoes devemos atribuir o retardamento da 1·avoura
canavieira em Sergipe?
,
Durante um seculo e meio aproximadamente, o nordeste •
foi o pólo dinâmico das atividades econômicas do Brasil Colônia. Seu'
litoral foi, por excelência, o domfnio da grande lavoura. ·entre os f~
tores tão conhecidos destacam-se: a proximidáde com o continente euro
peu e as condições geofísicas bastante favoráveis ao plantio da cana,
. ' .
que contava com a abundanc1a de rios, relevo relativamente plano, ma-
tas extensas e terras férteis.
. .
teiro, a criação de gado estava inclusive ocupando áreas propícias 1
ao plantio da cana de açucar.
16
'
J)esde os meaàOs do século XVII, mais exatamente após a
restauração portuguesa e a expulsão dos holandeses, a coloniz·ação ser
gipana foi acelerada. A Capitania de Sergipe, no séc. XVIII, viveu
um clima de reorganização e de luta para· superar toda sorte de difi
culdades. Nele já se percebem os primeiros sinais de um sentimento '
de autonomia através do comportamento político das câmaras munic~pai~
Em 1727, são em número de seis: a de s. Cristóvão, Santa Luzia, Lagar
to, Itabaiana, Vila No'Va e Santo ·Amaro. "Lutam pela integridade ter
ritorial, protestam contra os excessos ao ouvidor e o arbítrio dos ca
pi tães-:".l.ores, ou chamam a si o lançamento de novos imposto à. n
12
,
Essas sesmarias localizavam-se em areas hoje correspon-
dentes a Lagarto, Itabaiana, Rio Salgado, Serras Negras e Serra do Ca
pitão. As áreas localizadas no interior não pennitiam produções mais
importantes do que a pecuária. Excetuando-se duas concedidas ao mes
mo peticionário e destinadas a um engenho, as demais sefiam utiliza-
das para a criação de gado.
,
Tomando em particular a area de Itabaiana, centro do no§.
so estudo, todos os pedidos indicaram dimensões de "uma légua de la!,
go e três de compriào ". Os aluarás expedidos en 'i.rt= l 72ó t: lôúü '..,E::út'
'
QUADRO 3
Dimensoes
Dia/ilês/Ano · Sesmeil'Os . Concedidas Local
, Rio
18.10.1726 Cap.Francisco de Alm. Cabral 3 Leguas Jacarecica
. Rio
10.04.1731 Gel. Manuel Nunes Coelho Vaza-Bar.ris
"
29.01.1732 Cap. Antonio Martins Fontes n
"
Rio
16.02.1735 Antonio Tavares de Menezes n
qampanha
Entre Ita-
07.12.1748 Sg.-mor José Correia de Araújo . baiana, Ge-
remoabo e
R.S.Franc.
t
oportuno questionar: será que a predominância de se~
marias de três léguas pode ser explicada apenas pelas lÍmi taçÕeE", das
ÓÍ-dens régias'? De certo modo não deixam de influenciar, entretanto, a
'
cred_i tamos poder percebe-la . '
sob outra otica.
,
Nos fins do século XVIII, .uma alta nos preçoc d.o açucnr
não SÓ favoreceu a recuperação parcial da cultura canavieira em ::i,re:3.s
tradicionais, como também promoveu o desenvolvimento noutras regiões•
do país. Manuel Correia de Andrade argumenta que:.
.
' '
19
'
. .., "' ,,
3º - A criaçao de gado nao podera atingir grandes dis-
tâ~cias em virtude ãas funções que lhes passaram:
a ser requeridas internamente~ pelos engenhos de'
açucar. Estas funções eram: produzir alimento, •
meios de transportes e energia a.~imal.
'
·O objetivo Pi-iÍnordial .desta pesquisa, é entender como'
, ,
evoluiU uma area de Sergipe, no seculo XIX, enfocando os aspectos e-
conômico ·e social. A área esco1hida é o agreste, e o municÍpio é It-ª
baiana. O estudo se insere num contexto que abrange desde a ext~nção
do tráfico (1850) até a eboliçâo da escravatura (1888).
,
12) que a Vila de Itabaiana situada na areado agreste
apresentou um variado setor de produção:
'
'
22) que os setores agricolas se impuseram ao da pecua-
ria a partir do século XIX.
Partindo -
cor:.cidcraçoes qual teria sido o proce.§
so de formação e evolução his·tÕricas da referida vila~?
21
ºª•
Dessa relação, Pedra Mole, Pinhão e S.Domingos, não se
fazem representar no mapa indicado, por dois motivos:
N ,
MAI'A N2 01
' . ITABAIANA
RIDEll,OPOLI S ,'
19 7 9
.
--.. ESCALA APROX
"'""
''
...
'
•• ,·
Hold eia
•• J>
r
:e
. J>
C.1
c1
;tl
Ltniotiro
o
<(
u '
•,
/ ITAPORAMGA
O'AJUOA
.. _, ···- "--·. ··-. ·--·- ..•. -- ..... ·" -
"
-···------------.------·. ,
..
. .
Fonte: SANTOS, Aldeci Pig-qeiredo et alli - O p_rocesso de minifund!
ItA,br:da.n::::i, Cadel'nos Sergipanos de Ge-
ografia ne 06, 1979,
23
ra;
B°"
09.04.1601 Francisco da Silveira Heia légua Vale do rio Vaza-Barris mantimentos
... 1
Junto 'a Serra da Caj cc,1 ha
10.10.1601 JoâD Guergo " nrÓximo Vale do V, ---·
lla:c:
"" cita
Manoel Tome de Andrade Ao ocidente da Serra dn .do e
21.01.1602 Francisco Borges Uma légua e Itabaiant:. ot:.tras
,~--
1
Gonçalo Francisco meia criações
1 '
·-···
19.04.1602 Pedro de Novais Sampaio À leste da Serra de ~:tab:, . .
f.leia légua ~_:·3-Q.
05.10.1603
p'; Felipe
e
da Costa
Uma légua
Junto 'a Serra de l'taba.i.ar:
perto das terras dos P:..d:c
da Companhia de Jesus
:::í":,ç
r
as_ e
c:r::.açoes
Melchior Velho
,,
A criação da freguesia ocorreu em. 30 de outubro de 1675 _
depois da compra da terra pela Irmandade das Santas Almas para cons-
•
trtiir uma Matriz, embora existam divergencias entre os historiadores
quanto à data de fundação da primeira Igreja na área.
-
Quanto a instalaçao da vila de Itabaiana -e, uma decor -
rência da Portaria- de D.João de Lancaster~3~;de 20 de outubro de 1687
encaminhada ao Dr.Diógo Pacheco de Carvalho, primeiro ouvidor de SeL
gipe. Onze anos após a Portaria ou seja 1698 nasceu a vila de Santo'
Antonio e Almas de Itabaiana. A elevação à categoria de vila não lhe
•
era adscrita. Ser·iaw as t:1ua.s cougener~s as freguesias de Lagarto e
moradores. 11
25
'
A maioria da.-p6pulação itabaianense vivia, no século
XVIII, espalhada pela zona rural entregue às fainas agrícolas e ati
vidades criatÓrias, num habitat Tural bastante disperso. Segundo •
. .
descrição do mesmo vigário, a vila de Itabaiana compreendia:
,
dos almotacés, das vereações, da acefalia em algu.ns cargos judiciará,
os e administrativos, de falta de casas de prisão, pois as existentes
não apresentavam as minimá~ ~ondiçÕes de segurança, sendo submetidas'
a constantes arrombamentos .. Registra, outrossim,. o desprezo dos mula
tos, negros forros e alguns brancos pelo trabalho por considerarem •
somente tarefas para os cativos, razão que os levava a viver entrS?,
gues à vadiagem_e à criminalidade.
-· --
-·-
DATA
1728
._.
INVEMTAHIADO
-·-
r'!uarte :Yluniz Barreto
-
INVENTARIANTE
dois sftíós
ESCRAVOS
07 escravos
,
1
__1742 · Cap.Anti:>nio de Almeida Maciel S~la de Menezes (esposa)
dois sítios·
, __e
..:i •• ..,,::, - 22 escravos
i Antonio Dutra de Almeida (esposo) engenho 25 esc-ravo a
'
-·1757 Bernarda de Jesus Maria José
.
-
; 1759
,__
1'163
Ignácio da Costa Feyo
-
sítio
"
05 escravos
03 escravos
Sargento-mor Leandro Jose de Vas
1774 P.e Domingos Salgado '
de Araujo -coneelos " . -
1777 Sutéria de Vasconcelos Vitor Manoel de Vasconcelos (pai " 04 escravos
Qs
30
.
. . .
dispensavam trabalho forçado. Pressupondo-se que os_ sitias_ ·desenvol-
.
viam lavoura de subsistencia utilizando basicamente força de traba-•
lho familiar, esbarramos com um fato que deve ser levado em conside-
ração, ou seja o uso de escravos até em lavouras de menor rentabili-
dade.
•
Finalmente, quais eram as atividades economicas mais•
importe:1_nte~ em Itaba.i.:=ina? fürnj_camente s~ as lavouras de subsistência
voltadas para. o cultivo de mandioca, fei_jão, milho e legumes, e a '
criação de gado, principalmente bovino, seguido do eqdino e do le.nÍ-
gero.
,
cavalos mansos e duas eguas.
'·
. Quanto a segunda ativi·dade, ou seja a criação de gados
seu destino é conhecido. Servir de transporte, alimentação e energia
animal para os engenhos instalados na zona litorânea da Capitania.
, .
"q_ue estão cortando carne em suas propr1as casas sem'
ser no talho, em diferentes sftios e lugarés do
A
traz para Sergipe avanços importantes no plano economico e no plano'
político. Em primeiro lugar, 11
ao limiar do século XIX, definia-se a
ocupação agrícola da região: Itabaiana vende cereais e algodão; La-'
garto exporta gado; Campos vende couros ,e sola; e os vales do Cotin-
guiba, Vaza-Barris e Piauf - se ocupam da lavoura açucareira3 2 Em s~
gundo lugar, a ~utonomia jurídica de 1696 foi completada com a auto-
nomia pol{tica, em relação à Bahia, em 8 de julho de 1820. A desvin-
culação defini tiva verificou-se a 5 de dezembro de 1822", quando D.P~
dro. I por carta Imperial referendou o decreto baixado por seu pai, D.
João VI.
.
32
NOTAS
.
3- Livro -
gue da' Razao do Estado do Brasil. Instituto do Livro. Mi
nistério da Educação, 1960.
-- .........
ô- GAHAJ3RAVA, Aliee ?. - op. cit. !-'•c..vc...
o de gado 0;-r1 l ta
j2- Arac aju. APES - Rela ção dos deve dore s do à.Ízim
inho , Caix a 32.
baia na, nover.1bro de 1798 , (Ms) Acer vo sebr ão Sobr
35
CAPÍTUL.O II
Geme de ':!.'erras de
aa pelo decreto de 30 de janeiro de 1854, processarrun-se os registros
. • ..-. f' ' ., T "' . ' ., - •
de 1856-1857. Realizados em "toaas as .1.--rov1.nc1as uo ..1.ruperJ..ú pe..1.os vi-
gários das freguesias, deveriam ter a finalidade de vir a se consti-
•
38
QUADRO 01
N1'.rr1ER0S DE TERRAS POR REGISTROS
'
A B e D
nº de terras nº de registro s ·:,;i dos registro s % das terras em
incluído no
registro
onde tem nº
de no total dos· cada tamanho de
terras registro s registro
01 1,702 80,98 54,5
02 203 9,65 13,0
03 65 3,09 6,2
04 45 2,14 5,8
05 26 1,23 4,1
06 22 1,06 · 4,2
07 10 0,48 2,2
08 11 0,54 2,8
09 5 0,25 1,5
10 3 0,15 1,0
11 2 0,09 0,7
12 2 0,09 0,8·
13 1 0,04 0,4
14 2 0,09 0,9
15 1 0,04 0,5
16 o
17 o
18 o
19 o
20 o
21 1 0,04 0,7
22 o
23 1 0,04 0,7
QUADRO 02
1002
Proprietário
José Vicente
vocábulos
Descritivos
Local
[ Si tue.ção
Jurídica
- - - - + - - - - - - - + - - -----+---------+----+-l
4 posses ôe terra Icanoas
___v_a1__o_r___
Herança Não cita
1-:_!;i,::::--f
1 Nií:o dta
Dirnen.são :~
Não ci'::a 1
~ Revoredo " tt
" " ·'ti.tas cb Fiachão tt
1
" · n 11
1
e'
•• 1005 " " posse " " si tio c,,quei ro compra l a José CustÓdfo de 11E·lc
"ó da Moí ta l a Vicência t,::ar.i.a
o,
3 a José Ant,5nio Don fii:
m 1 a José Frc.:ndsco d--~ SJuza 1
1 a FranciscJ José
~"" 1 a João Lourenço
••·
&
1 a Francisca Rodr:Lg.1eF.•
1
ó
"'m
1006 " I" porção " n lcar.oas. !compra j l a Brás dos santo~:, :~i~c::.
·1 a Mar.oel Raimundo '3arTeto
cl 1 a José custódio de ME!lo
m 1 a José Francisco d; scuza
~
~
2', a. Joaquina Maria
~ 1 a I<Ianoel José de M~lo
• 1 a Roque José "Barreto
• l a Ana Franciec4
i'ã 3 a José /.!,ntÔnio
'"
•"'
o
••• 1007 " 2 posses 11 tt
!l!ctas CO Riachão compra Não menciona valor, limite e dioensão
~ 1 " n " Cabaceiro "
=
.
~
"
n
li
·,u " " Cunoas "
J t;
" " tAlagoa "
43
Nº
,1;--T Vocábulo Descrit,ivo Local
Situação Valor Limite
.1 . -
'Extenseo
Pro:priet;rio
Regi;:itro Jurídica
-.--~--+
Terra Não cita Não cita Não cita
613 1anoel Carvalho Carregosa Uma posse de terra Vermelha
Compra
.. . .
-----
Fazenda Her~ça
72 " " Caenda da mae " " "
f-------- ----
73 " " Telha Compra " " "
t---......--,--+ --- .
"
+--T~--l --------·
"
-··--·
"
Fazenda
"
Herança
" " "
-
r:6 ~=-l
·-77
"
"
-···-·
"
"
Pedro
Gomes
Sa.co das
Pedras
Compra
Herança
do pai
"
"
"
"
"
"
; ___ _ - ------ -
.
-·-1
Pé da Serra
" " " " !
·--l
1
1068 " " Grande
. 1 .J
1069 " " Serra " .. " 1 " "
·-- ' ·-1·
1070 " " '1'ape;-a " 1
" " "
---~
1071 " " Zanguê " " " "
-·-f
___\i
,- n ,.
1072 " " " " "
··--
Serra
1073 " " " " " "
Grande
. ·-···-
. QUADRO 05.
02 203 50,8 -
03 65 16,3
04 45 11,3
05 26 6,5
06 22 5,5
07 10 2,5
08 11 2,8
09 5 1,2
10 3 0,8
11 2 0,5
12 2 0,5
13 1 0,2-
14 2 0,5
1 0,2_
15
16 o
17 o
18 o
19 o
20 o
-·22~
-."": l
o
0,2
..,
~~ l 0,2
QUADRO 06
NÜHERO DE DECLARANTES POR SEXO
N2 de registros 2,102
QUADRO 07
NÚMERO DE INDIVÍDUOS POR REGISTRO
Total 3,144
,,
100,0
er
~·onte ãe â.aõ.os brutos: Livro à.e Re.:;istros ••• APES, Gé:!.L xa :;io •
49
QUADRO 08·
7 10 2,2 T
8 10 2,6 1 0,2
9 5 1,4
10 3 1,0
11 2 0,7
12 2 0,8
13 l 0,4
14 l 0,5 l 0,4
15 1 0,4
16 -
17
18
19
20 -
21 1 0,7
22
23 1 0,7
'
Na anális e cfe uma estru tura agrár ia, ·a identi ficaçã o •
jurí-
da forma de aprop riaç~ da terra e de igual manei ra, a relaçã o
dica aprese ntam- se como um dos ponto s centr ais, ao lado de outro s
não menos impor tantes como dimen sões .e limite s.
QUADRO 09
VOCÁBULOS DESCRITIVOS
,
Numeres de regist ros vocáb ulos %
959 posse 45,6
301 si.tio de terra 14,3
278 expre ssa em dinhe iro 13,2
202 quinhã o 9, 6
118 sorte 5,6
89 porçoo 4,3
87 sítio 4,2
28 pedaço 1,4
6
)9 engenn c
15 (misce lâ.nea ) 8 0,1
2.102 100,0
Fonte de dados brutos : Livro de Regis tros ... APES, caixa 56.
51
b. 2.1 - "Posse"
,]·
. A inexistêncta: das· dim·ensÕes, nos registros, impossibi
litou-nos:
, ,
a) O calculo da area ocupada por cada uma das formas '
de apropriação, :em função da área total ou seja 7. 200 Km~
tão da localização.
QUADRO N2 10
Posses (exemplos)
NQ do
Prop ri etf~ric,' vocábulo Situação
.
fet!i stro Descriiivo Local Valor Limite . Dimensão
Jurídica
724 Maria Manoela 1 p::,s se de terra No S1' tio das 21: ooosooo R6 Não cita Não cita . ·11ãci cita
Pi abas
9:ill David de Souza ]t;.,rr ) 5 " n
" . No sítio iVJ:oi ta Não cita Compra li
10(15
"
,José Vicente Revo:r·eé 1 li li li
No sf tio ·:o- li
Compra tt n
queira daMJi ta
1093 Cap. João AntÔ.nio de :,!oraes 1 li li li
Denominada Fa- li
Põ'1:' Indi vi li
"
zenda cam:.Janha, so
na Fazenda
11 Caenda"
.
~------' -
Fonte de Cados brutos·- Livro du Registro ••• · APES, Caixa 56
V1
N
53
das terras, àquela época, era dado muito. mais em função das benfei-
torias •.
54
que a relaç&o dos engenhos e seus resp~cti vos J?I'Oprie tários não tem '
qualqu.e r relnçao com a vila de ltabaian a.
55
trinta e tres proprie dades açucar eiras: dezenov e estão acompa nhadas
do ·respec tivo registr o· e quator ze16 entre colche tes. Destas , encon-
1
tramas oito cítada s como limite s d. outros vocábu los descri tivos e s~
1
lo Meneze s; seis, o mesmo nome e novos donos Gamele ira dEi Antoni o'
11 11
raes, "Santo Antonio " do Barao de Estanc ia, "Limoe iro de Manoel Del_
... A II
QUADRO 11
Relação dos engenhos da vila de Itabaiana (1856 - 1859)
,__-~•---
33 1Sem !!orne
------
__L_
Fonte de dados brutos - Livro de Registro ••• APES, caixa 56.
!José
J -
da Cruz de vasconcelof'2o
··! '
;i.,
ro
-;1 n
•
.,,:1
.J
~.j
",J
MAPA N2_ 02
,,-
I'
,!
.' ~ .
i1
fj ' -------,-·------'------,ç,,,,h'f,,_
f,
~\ • ' tr, 1r·1· •O ,/' ,,-, l!i[
' ;: ~ !
i -"\ ~ , ni ~--A · t J , \'-_J"~"\\ 't'
1 ' ' "'~ ,, "
'
¾
3 \. \ \/ f •> . ','õ
iê\
-/ ' ___,,.,- '\ ·, c,, ...,,._,.,,
..,,,..,0 \ 1
!"
i ~----\_Í_-\~\\L[ /. l ' \ ~. ·'ê~~~-\~'.i;
'' '
• ~
ê ·:\
/-Y-
~
) -_/ "'
N
;-º, '
:;r[;
t--i4 ' L ! '
j
o
\.:.--7
C. l. .~ (.~
º \
" . \ .: ' .,
1 ,_"
' .- ,i::i-l ~1 j l ê1 ,<i o
1
o
.
>
í~~
w
'"' _/ \'\ .
J
'
•• o '
','
1/¼
*"
~j
w
" '"-._ ,
/
1
--------
~ l
~ J;-1:~,--
-
'"
o
o
"o
"
.-,'
"o
/
: ) ( -~_ \ ./ \ ·: <fl 1/ }d ,
o • / r- ~ ./ i7\"-----.! .
•
o
~ I' . i: _,-
tJ) ',~ ~ i, . )J 1 \)~J
' 1:..
, \ , , Ji /" -J') º' /) ---,-------
1 ~
j '~,'\,_~ .· . --71
.~-
\ J \~ '? º' ;;z__/ '~
1
~
w
o
l> o • ;
•e, '\
. -i= ~· .o
1
f
>
'"o'
•'
g_
r:); D
-J;
/'
·o
.,
ii•
D
1 N
:,
io
~
J
'!-------------------- --_:____::_-'-------L,·_J_,~'
Fonte de dado::;. brutos ~s limi~es citados no Livro de Registro de Terras '
-da_ Vil.a ele Itabaiana~. (i85G..,,-l859} APES., cáixa_,%,.
58
b,2,3 - Outras.designações
'
·As outras designações não são menos pi-oblemáticas do'
que 11
posse", "fazenda'\ e "engenho 11
,. Para ilustrar a variedade, esCQ.
lhemos um exemplar de cada forma tomando em consideração o maior nú-
mero de informações contido nos registros.
Vejamos o quadro 12:
QUADRO 12
Exemplos de outros vocábu:Los descri ti vos, excetuando "posses."
·-
N• éo
registr,
'
Valor
~----
Limite
r--1
1 Dimcnsã::i.
~
73 Serafim Alves de Almeida Roxa uma sorte de- terras Tanq_ue de Serra Compra :rão cita Não ci tal Não ci-ta
80 ~!ajor Antonio Correia Dantas um a! tio (3) Não cita " . " "
97 1 Francisco Manoel Tei.~eira um pedaço de terra Rio do tanque Não eita " " .
188 · Jos~ Cornélia Alves dos' Santos urna sorte de terra' (1) Cansanção Meação ( compra) 1
" " "
353 Manoel dé Melo Torres urna po rçao de terra-1 Na fazenda Boa Sorte Herança f
" " "
655 João Machado de Souza 16.000tOOORS de terra No sitio Boa Vista " " . "
814 José Vieira Barreto lurn sítio de terras No Engenho MÕes l'l"ão cita '
1
"
' "
1 1 "
84l Constantino Lu:is Carneiro 1.t'1la _horta Em ::ianta Ro:::.a Terras P'.:'óprias ! "
1.079 Manuel ·Antônio Barbosa
" 1
"
'rilm pedacinho de terra Em Figueiras CCH " "
1.564 Manoel Alves de Jesus uma nesga de terra Em c:anabrava Por indiviso i ;,
l. 777 Antonio Diniz Rezende
" n
__ J_
1
1
1 -----
Fonte de dados brutos - Livro de Registro de Terras ••• API:s, cah:a 56
u,
"'
60
•
Persiste o pro?lema da inêxistencia da dimensão. Cham~
mos a atenção para as fomas. de exploração indicadas nos registros: 1
criação de gado (188,353, 1.777), gado e p1antaçÕes- (73) e gado e aJ.
godão (80). Sabendo a·utilização das terras esclarece mais, como lem
bra Graziano: "identificar à.a propriedades somente pelo aspecto ex -
terno a área total - sem considerar. o aspecto interno fundamental,
que é a produção!•
21
Partindo das indicações concluimos que "sorte" ,
11
porção II e "quinhão II são fazendas.
, .
ti ( . . . . ) era arrendatar10 dos vendedores, plantando man-
diocaS' no sitio
< -
em questao por espaço de dez meses;que
após a venda, os vendedores se mudaram pa:ra. o SÍ tio
Campo Grande; quando ele comprador foi tomar posse do
mesmo ;Ítfo, e tractando de trabalhar-lhe 7 impedirão '
Manuel Prudente de Meneses e seu irmão Dionísio Eleut.Q
rio de Meneses que -
nBceverao Ber possuidores igual_
men t e do t erreno ".. ::,-:o;
-~
Neste caso, "sÍtio de terras" é um estabelecimento a -
gricola utilizado para a lavoura de ~ubsistência 1 tendo sua produção
praticada mui tas vezes pelo seu prÓprj_o produtor e fa...11:ilia, podendo,
'
também ser facilita_da a rendeiros e moradores. Independente da nrea,
e de sua utilização distinguimos "sÍtio de terras" de "sÍtio" a par-
'
Quanto aa -
expressoea "horta", "pedacinho" e "neaga" a-.!
'
pareceram. muito ráramente. en_~re os regist:°s. Consul tand.o dicionarios 24
do século pas~ado e compar.ãnào as definiçoea com aa nossas constata~'
çÕes, in-loco, através do interior do estado de Sergipe, afirmamos
que_ se tratavam de unidades agrícolas mui to pequenas onde se cultiva-
vam hortaliças e cereais para. o corisumo dos- seus próprios proprietári
os.
i
1
1
1
'
QUADRO 13
---1
Expressão Monetária ( exemplos)
, 1 Co,isa - , - í
NO do correnpon dente
+--L_o_ c_a1 a I F'.elaçao Jur dica
____+Expressa o Mone.·;a_,_-_,_· --l-
registre ,__ _____ ____P_r_o_p_r_i_·e_t_a_r _i_º---- ------+- ---------
____
+
Ni~o cita Fii9!eiras lDOSOOOr s de t,~rr.·9s C:omllill c/possti.id oreS
830 Jose Joaq_uim de ::;ant'Anna
11
Varjada ] 80$00,) ra '
11
e/herdeir o a 1
1598,: Antonia Maria de-_ Jeslls· .'.
" Curralinh o 80$000 rs e/outros "
1865 Jose Germano da Trindade 1
"
Pai nandú
S{ tio da I•Ioi ta
do Coqueiro
2$000 rs,
48000 rs
! •)Otlum "
e/ out::-o s :ter-.
___ ____i:-d ei ró s :.________.,j
l
Fonte de dados brut-os: 'Livro de Registro de Terras.-..A PE!I, t:aixa 56
,,
o,
63
! C - Situação Jurídica
, ~ •
,I"
Machado l..,ei te, propriet n.rio da Fazenda Tapera do Lazaro vende a vis-
ta, um pedaço de tc:::-ra da mesma fazenda e. Jos~::' Pereira d::i. Afanseca .,
- -
"que nao so nao cxistf'!rn nP.ste r:111ni.r-ip in terrenos al- t
e;uns concedid os por esta c;_m~ra: visto -como as -:00.nses originao -se de
f \ ~ -~Fl-<:l ~~~~--~-~ ~n~~n ~~+n~ n~r--~,·~ -,. ~-
'.l,;:-
• •
~r.t!;lü3.tl •
::ieerne,:.·.t ~B \i'~~! e 8,::- .. L><,•>rnc, ....................... ......_. ---··~~~ -~_, ••. r, ,, .......
64
QUADRO 14
SITUAÇÃO JURÍDICA
Total 100,0
Fonte de dados brutos: Livro de Registro de Terras ••• APES, caixa 56.
mente impuls ionado por gratid ão, reconh ecime nto, etc. Ex.: o P; José
. -
Antcrr ic de ;2.ro heita0 I!!On~/l_or n~ frP.gu esia da Imper atriz dos
7
Cam- 1
do
pos· (hoje Tobia s Barret o) possui .a uma sorte de terras por doação
vigári o E'ranc isco Xavie r de GÓis e Amara l.
. .
Postur as~ eorres ponde ncias _admi nistra tivas, proce ssos crime s permi
tem o estudo fundiá rio de uma localiô .o.üe éiu :::i;;t..:ulu pc:t&nct,'.;.v ..
, 1
da::;
Conseq_ue:ntmncntc fica.mo s tolhid os de ohter os cxtra-LotS de éiTC:-ü.
~----.-J~i.
fo :rmns ele apro-p riaç ão em função da ~rE:a gio bal, como "Lc;:1.lil bÉ,;:;;. ~.iü_jJ'-,U..
66
1
"pedacinhus 11 , "nesgas 11 e 11
hortas" agrupamo-los numa ÚniCa categoria:
si< ••
.,ios, independente da magnitude da produção da lavoura de subsis;
tência.
l
Excluindo-se as posses que representavam 45,6 % entre' .1
' .
l - VIOTTI DA COSTA, Em1lia
. , .
Da :Monarquia a Republica: Momentos de-
cisivos, S. Paulo, Editorial. Grijalbo, 1977, p.132.
-
10- Não relacionamos as pessoas vendedoras para nao estender o qua-
dro n~ 10 .. A propÓsito, ver o quadro n2 02, p .13. Nele, José Vi
.LVV I
----
.,. ,...,......, uVlliV de
cinco posses, em comum com outros possuidores; ao passo que no
1002!' é herdeiro de três posses .. paréru não menciono. u participa-
ção de outros.
68
•
13- Of:f cio da Camarada Vila de Itabaiana de 18/03/1854 Me, Cml
(APES),
ªº"·
15- Os registros são: 73 .(sorte), 188 (sorte), 353 (porção},
(posse), 1095 (posse) e 1777 (quinhão)~
16- 0-s engenhos encontrados a partir dos limites doa vocábulos de!!,
critivos são: Brioso, Carão, Cruz, Espírito Santo, Jesus Maria 1
17- O maps nº
2, baseado estritamente nos limites declarados no li
vro· de registros de terras da Vila de Itabaiana, foi organizado
no setor de Cartografia do Departamento de Geografia da UFS, pe
,
los professores Emanuel Franco e Jose Augusto Andrade e execut~
,
20- O registro nQ 171G de Jose da cruz de Va.sêonuelos inBnciona que e
A
25- ~RENDER, Jacob - çenese e desenvolv:i.mento do capitalismo brasi
leiro, in Trabalhadores~ Sindicatos e Política, Coleçã.o Culturã
e Política, Cedec/Global, são Paulo, s/d, p,48,
VIDA ECONÕMICA
1
1
1
71
' principal-
ue.1.s
mente no nordeste. Em Sergipe, no século XVIII, as culturas algodo~i-
ras locõ1izava.m-se ,..,,_,-_...,,..+ .. A,.._
'->V '-'L <;, ............ ..,
Francisco, porém seu cultivo era modesto tendo apenas expressão inte_r
na.
, ,
Da segunda metade do seculo XVIII ate o final do primei
.}.'O quartel do século XIX, a cultura algodoeira expandiu-se. Est.a fase
seria interrompida "ante o impacto. das formidáveis safras dos Estados
Unidos graças a mecanização do processo de beneficiamento" e 'a queda
4
do preço internacional. Sua recuperação estaria reservada para a se-'t
gunda metade do século XIX, mais precisamente, durante o Período da•
Guerra da ~ecessão.
'
1
!
!
73
QUADRO 1- .
•
PROVÍNCIA DE SERGIPE
EXPORTAÇÃO DO ALGODÃO EM RAMA, PELA BARRA DO RIOS. FRANCISCO
1838 / 1850
1838 13.035
1839 28.485
1840 14.460
1841 10.575
1842 1,410
1843 6.165
1844 6.720
1845 1.500
1846 5.160
1847 ••••••
1848 585
1849 840
1850 60
,
n 1 ,:;n t.>1 ~r,; 011 -i 1 n1:;
11
por0m depois a ferrugem _acomm.etendo a .t"--· -- --- .. ----- --
~~ta lavoura e começou sua decadOncia diminuindo o seu
comercio que ora mais vantajoso que o da cidade de .Pe-
nedo" 8
-
11 (., • • ) hoje por muito poucas é elle cultivado, em razao
õ.o bolor que logo nos primeiros f:t:l··moa ataca e +...........
........ ..., ........
,. ..... .... t
75
,,
a arvore! '
9
"As dissenç ões civis que agitão actualm ente os Estado s'
da Confed eração Norte Americ ana paralis ando seca trab!!
, ~ ;
, -
Alem das razoes aponta das a circul ar recome nda ao Presi
dente concit ar e persua dir os lavrad ores a se aplicar em a çultur a de~
te gênero .
varas de algodão t das quais 69.013 foram exporta dos, cbrresp ondend o a
15lé8? 8 metros ou 120btU Kg e o restan te àa proõ.w ;~ f'úi t:illpregado no
, ' t·ico."
uso ,..ornes 12
76
QUADRO 02
PROVÍNC1A DE SERGIPE
EXPORTAÇÃO DE TECIDOS
1857/1888
1
"A cultura d'esta importante lavoura desenvolve-se em
larga escala e prome·tte augmentar consideravelmente a
~iquesa pública e particular.
·centenares de braços livres e escravos, avultados cap!
tais de dentro e fora da Província:, buscão diligente
mente, os centros ·pràductores do algodão 11 13
QUADRO 03
PROVÍNCIA DE SERGIPE
1851/1888
'
ESTADO DE SERGIPE
1889/1899
EXPORTAÇÃO DO ALGODÃO EM RAMA
. .
.
937.833
2,131.705 1
, .-
Apesar destas consta taçoes os avanço s tecnico s sao aca-
-
nhados . Ã propós ito, em 1871, o Presid ente da Provín cia oferec e um si
gnifica tivo depoim ento sobre o sistem a dos descaro ça.dore s.,
. '
usaa.OG para transforma=
,
rem a matéria-prima, eram extremamente rudimentares .. Isto porem, nao 1
-
- , -
impcdo a percepçao de uma divisa.o tecnica no procesoo de benefjciamerr
to do algodão •
.
tropas de burros serviMl de meios de comunicaçao -
e de transporte·,
publicou na·'
Em 1914., Francisco Carvalho Lima Junior
21
revista do Instit~to Histórico e Geográfico de Sergipe uma monografia
sobre o município de Itabaiana. Apesar de inserida no século XX, eu-
- ... N ,
. as informaçoes sobre o algodao sao validas para a segunda metade do '
'
seculo XIX. ·Nasce:u em itabaiana, no ano de 1859, meio a uma familia '
de plantadores e negoci&'ltes de algodão. Entre outros bens de raiz, '
• seu pai' e tios eram donos das fazendas 11 Patury;, e canindé 11 • •
seu avo,
Além d0 cultivadores foram beneficiadores da malvácea. Testemun~am oa
inventários onde constam máquinas de descaroçar à enfardar algodão.
1
Eis alguns trechos da monografia: o algodão 11 ch.amado -
criolo Única espécie conhecida, o qual depois de apanhado era desc,!!
roçado a dedo , como quem de bulha milho, ou em pequeno a engenho a de m-ª
deira, com dous cilindros, como os de espremer a canna. Depois deste 1
processo penoso, aberto em pastas, era batido com a corda· de um arco,
em todas as direções ate' ficar todo egual, de onde fa para o fuso ou'
a roca, d I ahi tirado o fio em massa rocas, em segu'ida novelladoa, e
........................................................................ i
!'
1
Os tecidos e as redes, aquelles em grandes rolos para ' 1
Postura n2 14, "a vara de pano algodão fabricado .na terra e exportado
para fora" rendeu para os cofres 22$75Õrs enquanto a cobrança do im-'
posto de "hora em cada arroba de algodão em pluma exportado II rendeu 1
8$020.,ra. 24
. , -
cstnoc~cccnaa=Dc como
-
J.UV!",!;!
85
A
Com refereuo ia as receitas municip ais quase quintupl ic!!
ram. Passaram de 664$150. cs em 1863 para, 3:0}8$7 70rs em 1869. 31 Atribu
{mos o aumento aos impostos cobrado s do algodão .
rimonios o.;
!
t;
"Esta câmaraentende E:xmo Sr. que o. municÍp io de Itabai-
ana indisput avel direito tem a uma maior aomma Ue gozos
1
e de commodos que estejão na equival ência dos tributos '
, A
1
que el.a. derramad es no seio dos cofros publico s e cre
que V.Ex~ estaria bem a par que ainda na safra transada
este municíp io rendera. mais de 60 contos de reis somen-
te de imposto· sobre a expor·taç ão do algodão i 32
1
,
"A decada de setenta pode ser caracterizada como fase '
de intensos contrastes 0 Nela se deu a maior produção 1
rante o fisco.
..
A Camara negou ns arbri ta.riedades denunciadas, mas sem
1
!1'
deixar de reforçar cm sua defesa 11
q_ue a situação da vila era de com- 1
, ____ "'.:_.:_ -l:'~-----.:--11 ...-.-...,.,.-.,4{+.-,,~n.ct ,...,~o A Deleg2..,.k, aeiG00 por
pleta 1,11:::HUlJ..d. O:::.!.J.<;1.•35 M'.".'.,.,.
H<.JJ-J
~J.U.ctJJ .... uv._...., ..... ..,,., ........,..,..., '1.,"'",....
conta vi.i.':pria.. Se assim o fazia, devia contar com algum beri..epl8.o:i. to '
ext:ra=o ficial.
87
, ,
o numero dos escravos, embora ô uso da força. animal tambem na.o deva
- 1
,
1870 foi introduzido e generalizado; havendo em 1874 cinquenta maqui-
nas dé descaroçar movidas à vapor. Baseados no orçamento da Câmara pª
ra 1871-1872 confirmamos o emprêgo· doa três tipos: cobravam-oe 5$000'
de licença anual sobre máquinas de descaroçar à vapor, 2$000 '"àobre di
tas movidas por animais e. 1$000 sobre ditas à braço. 38
-""'~,._,,., ..;,l,..
ª'
\ .,.,. ______ .,,_ __
.CJ."i:l.Hl..::..L b\,.,U
,, ______
.J.AJ.1.PLJU O
"----~-
\/C.L.1.0. \.,VUU\..fa" '-..&.U.~, corr. .:::cu. ecgro, o
'
b) Que B::,rsone tenha sido um daquel es que acorreu a vi-
la de Itabaia na, levado pelas notfci as de prospe ridade ô.o algodã o,ten
do acumula do relativ o capita l como lavrad or. Apesar dos preços da
ar-
roba do algodão terem baixado de 7 e 6 contos de reis em 1863, pa1·a 4
e 3 contos de reis em 1866, recupe raram- se em 1869 para 5 contos de
reis. De qualqu er maneir a, os preços ainda eram convid 'ativos , posaib i
litando cobrir os custos de produçã o levand o-se em conta que a lavou-
'
ra algodo eira não exigia o empreeo de grande s capita is,
, ........ ,..,...
,., ... +,.,,.,,., ,,._. ... r""" .... """"' t'n,10
epo Cctõ v..,.,u.yv.... '"''"'"' ----~-· -"""·-
"Colh e-se ali uma arrob a de algod ão inclu indo despe sas de
plant io. limpa s, etc., por 720 reis, varia ndo esta. desp e
' o de arrob as que produ zir uma taref a.
za confo rme o numer
, , -
O salar io ali, na epoca da plant açao ou da colhe itaf e
,
1
Todos os fJ.ad0!::l B~rvP.m unica mente como indic adore s" entr_~
s econÔmi
tanto , preci saría mos de outro s dados perti llente a às ativi dade
capit al.
cas de Franc isco Eorso ne para justi ficar a orige m de seu
Força de
N2 de Looa1 onde estão motor de
Órdem Nome dos Proprietários situadas cada uma
dentes da produçã o de alimen tos que produz ia. Para alcanç ar Larang ei-
ras era necess ário vencer sete léguas de "estrad as" pratica mente in-
1
ência era menor não soment e pela distan cia e por terem de passar pe-
11
lo Rio Sergip e, onde as vezes embara ça os vianda ntes as enchen tes daa 1
marés, que nelle lança té acima doa lugare s por que p~ssão~ 45
"he mui to conven iente huma estrad a de navega çao que vem
dos certõe s e passa na vila do Simão Dias athé o porto
de embarq ue na cidade de Larang eira·s, cuja estrad a se
acha mui to arruina da na passage m do rio Vasa Barris~ 46
.
É oportunú q_ueationar: por que a subestima do o
- -
tários pela utilizaçao <ln mao-de-obra livre quando e' sabido. que den-'
' aptos para as
tre a população livr.e havia trabalhadores ociosos porem
'
lides agr1colao?
< •
Em 1873; o Presidente da P rov1nc1ar.:r.
.) u
e a Associação Co-'
m~rcia1 comentando sobre a situação da lavoura em Itabaiana, princi.
57
palrnente no que tange w algod::::n~ prcpalava!!! oficialmente a existencia
de 300 escravos e tl.000 Draços .1ivrea (ou seja,. 4;; üe es<.:ravoB para '
_,....1 1.1.vreB/.
'jO/ti -· '
e,
~ ~ - t
aos loca.is de exporta.çao ou sejaJn: DaJ1ia e Larangeiras,. Mas nao sao
·-
012.ras se o aJ_god.ao ia ' diretamente~ por terra, para a Bahia ou se de'
It.abaianai:;tamh;..10 por via terrestr~ parD. os trt~,picl1Gs de Lnrangeiras {;
destes por Via fluvial para i,racaju d0 onde seria exportr..do para n B;.!
hia ou pnra o exterior .. Provalecendo o Último caso, obri5e.torüunente 1
esse era o pe1•ctirr;o devido a inexiBtência de entradas terrestres li.- v
.""""-""''
~--->J•
.'=-.....
~ ---~-.~
".... ' ....
' ' -.,,,.. . . .- ;:.,
-..,.,.~~ '
.. --.
, -
,-,,
_____,·-
.. ,...,__.,,
,-,.,-. --
-; ... 1 -: .,
-., . ._,_,,
~ ,_,.~.,-. ,_.,-,
-...,· ·. ---
~-.·. ,•;. º"
""'
96
NOTAS
íV-
.-,;.;:,{·
,u-,a.vav..,
.~ ::: ~ I2E3 ~ Circular ng 09;. Diretoria Geral do
Negócios da Agricultura, Comérci.o e Obras Públicas em 07/08/1861'
-1303.
n-'
13- Relató rio com que no dia 24/02 /1864 , o ex-pr esiden te Dr, Alexa
dre Rodrig ues da. Silva Chave s, passou a admin istraçã o ao 22 vice-
-presi dente Comen dadai· AntÔn io Dias Coelho e Melo, p.,43.
Ser-
14-· Relató rio aprese ntado à As.sem bl.éia Legis lativa : Provi ncial de
gipe em 01/03/ 1869 pelo presid ente Dr.Ev aristo Ferre ira da Veiga,
p.65.
ãQ.'
15- DINIZ , Diana M~ de. Faro Leal. - fülta Sobr..sL~ H·istÓ ria do Jil.god
~~ Sergip e, Araca jur separ ata da Revis ta do Instit uto Histó rico e
Geosrá f'ico de Sergip e, 1965-1 978, n2 27, p,44.
Ser-
16- Relató rio aprese ntado à Assem bléia Legis lativa Provi ncial de
gipe pelo Presid ente Ten,.C el,.Fra ncisco José Cardos o Júnio r er.1 03Í
03/187 1, p,87.
Ser-
17- Relató rio aprese ntado à AsSem bléia Legis lativa Provi ncial de
:
gipe pelo Presid ente Dr., Antôn io de AraÚjo .l:lulcão em Ü;;;'.Í03Íl868
p. 25.
1
21- Franc isco Carval ho Lima Junio r (1859- 1929) nasceu em Itabai ana,
r, ,1 /
seu pai, o revere ndo franci sco Antôn io de Carva lho nascid o em v<-tr
1
ceição 4 filhos sendo doía homen s e duas mulher es.,. Dentre os ho-
roens~ um foi Lima Junio r .. Este foi profes sor- em Itabai ana,. Poste -
riorme nte)' fixou residÔ ncia na missão de Japar~ atuba exerce ndo a
-ª
mesma funç'no ., Além de profe ssor foi um políti co de idéias propre
sistns , jo rnalís' taJI. poeta , direto r da Bi bl íoteca Públi ca e oo bre-
tudo hi.stor iad0r6 Entre seus tra,'ba lhos dcntac a.mos: 1) !i_ish,? ri~
al l '.)lE;
do i::i .~~g_1 't_N> mitre Serrd.p_.2._~__J.~~~~!i.l!:, Araca ju, Irnpr-a;,:;a. Of i.ci
2) Uemó'xi.H-._JW_br_Q__Q __ J:9JJQ1L),02iBl:;c;.tj. v o ~ ? ~ (1824 à 1889) In~
He'!.- ,:1.. :rm:~ voJ ~IV; J 91 Cl; ~)_) Vice-Prqi'Jid~n.:, t_~_i;i~cl_?_ :J_e~
1
.)
~ public. §.
,
do no ECHO 1 lBEHAL em &e;osto de 1878 .. Alem disso f ha ainda em ma-
99
1
2 - Antonia Maria fü.1. Con<.:eiç&O ( t·ia postiça) 1865. Inventar :i.onto:
- Cel.Jo,sé lmtÔnio de Carvalho Lima (tio).
1
5 - T.en .. Cel.,José Antônio de Cs.rva.J.ho Lima (tio) 1883 era casado
rae , . ~ . .
em L .. ~ nupc1as com Maria Antonia a qual 1.oi a 1n.vcnta ri8.nte~
24- \..,UH \,i::',O <.;:: U\....,1-::>11c;;:,ü• :> \..u:::a;;, """" V<.,cUl~v.<. ,,. '-"C<. ......... " '
Xü 27.,
27- Informaç ões da Crunara da vila de Itabaian a para o Pi,eside nte da '
Provínc ia em 21/12/18 61;, en 1 48 (Ms); APES.
28- Relatóri o com que. o ex-Pres idente Dr,,ÃJ.ex andre Rodrigu es da Silva
Chaves passou a administ raç2.o ao 22 vice-Pre sident_e Comenda dor An.
tÔnio Di.as Coelho e lfollo err: 2<',/02/1 864,
34- ú1foru.aç ÕeB da c2111ara à.a vila de ltabaian a para o pr(rnidc nte da
1
Provfnci e. d0 23/01/18 72 e de 13/01/18 74-; cm 1 60 " cm 1 62, (Ifa),
APES.
35- lnform2ç ÕGs da c&.ma.ra dc1. vila de ItabaiW1 a para o Presiden i:e d&.
3G- Dc1dos eoletrtdo s 'ao "invent& rio de D.. Maria Antônia (la Conceiçã o em
1865; Acervo Sebrão Sobrinho , (Ma), JiPES.
•
39~ Reconn'.::.:i.tu{rn.cs,. p2.rc:i.ttlment1?t os dados acerca de E'rnncisc o lloreo-
!d_, . ,
;?IT.j""~VPf-t
1
LP. OI~r
.
lC).0S
dO ....
e,·QVe[i.lU u·~q
...,, l'l __Q ...
.e J.
f~1-..:-.
v .Lo VJ.C.. -
(' 1·::i:,, '
..,,,--.,__,,_._.,,! ~,-,,..,,..;,..,"
,~,._.,_,,_,y,._,,~
1
i ,
nhaclos de tnwxos conctnnd o relações tloc proprie tnrios do rrwquin:1 ;
:reu a m.tto1~j_r]_ado polioüü lic0nça pnra venda etc Ulil cscn>cvo Ci'l
101
quando regressava c1a Bahia 9 onde fora tratar de nes:ó cios rel nti- 1
vos à sua loja cora seus credores "Pinto e Nobre.'.' Até 1873 manteve
sozinho suus ativicladea comerciais. No Último mEls daquele ru1Q,
constituiu com seu genro Joã.o :rosé Fernl:".ndes '1oux·eiro ºUma Socie-
dacle· de Capital 0 Indústria sob o nome "Loureir·o e Lacerda~ Nessa
11
ocasie.o o seu a.ébito com os credores brdanos Pinto e Nobret' no '
valor de J.6:172~~79lrn foi tra.nsferido par& a nova firma .. Ao fale-
cer em 1875, o débt to era uin<lu mut to grande: 15: 074i;516rs., Três i
anos depoJ.u os crec'.ores entraram com U'.na execuçio civil comercial
Somados à quantia príncipaljl juros e custos totalizavam ·- 18:635~~
650rseo
1
Fina1mente, um outro processo da 1884!' tratava d.e uma
.
queixa--críme onde Fra.110.isco l:(:n.. ~mne acusava lJ.UaL:i:-o indiviúüü.S
. d:3
zen domicÍl:1.o ~71.l I>'!nroim, ::iprove:U:nndo
l!Ê:noia p::do se oncontravn no seu engenho Tanque Ver-de,.
.. ~2.
"". sei;/J<.'O ...
õ.u ,', H'·'' ,.,,;
,_,.._.,, ~
, ... , .. -,.,.,_., __ _
.: ,: . .1.--' t~i"_~ .1. ,:; .L ·e!. 1,.;,, V l..1. Tl----·"·10.:-"1
......;; ::..'~•"''--'" J.!VVJ,I
--
·J.c.W. ._.,,,
r,7Ír,·~i·1,;a~1~
v.-,1 ~ / 1 ·'•'""''"''I" ", ..
93.
PES
43- Regis tro de passa portes e guiv,s , SP 1 645, em 23/11/ 1876 (Hs),A
44- Livro ,le Notas (escr itura de compr a e venda de l 7/04/1 8'/7). Sem
'
53,
46- Inform ações da Câmar a da vila de Itabai ana em 09/11/ 1865, Cm 1
(Ms), APES.
ao
47- Reque rtment o do Engen heiro Civil C:el .. F:irJnin o Rodrig ues VieiP~
Impera dor acamp2:1hado de orçwu ento para um projet o de constr ução
1
Luiz
48- ifo1atÓ rio aprese ntado ao llmo .. e Exrno. Sr .. Conse lheiro I'eêl.ro
da
Perei ra de Souza , Minir:> tro e Secre tario de Estado dos Het;Óc ioo
1
... 24))t
51 ..., O censo demog ráfico de 1872 regic tra: PopvJ_ ação Ger~ü (176
Livre s (153~6 20) e escrav os (22.,62 3) .. Percen tualm ente estas ÚlU.-
mas 2~epres entrim. J.2~836% da povula ç2..o coinO um todo .. ror outro la-
a r· .. I .
do~ a pro f .. 'lB.r:ta 1u1za M:aro.Íl io em seu trabal ho intitu
lado ºEY2~~~
r
An51
lu,gz9_ful_f~.QlYt:l._9g__s,Q_~tIL'iJ}ç).ra ~illvc s dos çe_Q.fJOS a:te:_1:Q.'.{2, :i.n
"' ,.-
"'
'
is G,;, HictÓ ria" AsGÍSr Ano V!t 19711-. p~l27 rrc't:is trn pr11•n o mnn,:10
. ,,. - - ' - - · .- .. .. - /.· ..--.,
... ~~
a..110 o,'3 segu.1 ntca numcro,'3: .t'opu..1.a9s.o s.roroJ. \.C:.)Lr .. 0,1-,_;1; ..J...1..11.0..t.:. \.:.u•~
-· .\ {-." q•,r,\ A··•···· .~- .'.!-'----- ·.:..-~~- rl~r, ..,_;,,...~
~··<-''-'"""'
,-.
1-·--··
'-"
, .. ,.,.,... __
'.)c:'.L;c) e escrctV Oi;;! \Jv.,.LJ. '.JJ,. itJ:.11;;1;;,;:,• .t· u21. o..L'-""", ·ü"""''-.,·= u.v, ..
, 836).
J~ o relató rio do Presid ente G;yJix·iano de AJineiél.fa s~1l1i.~&t:.,
indica 15L.12 0 hc""bit0 .11t0s para 1872r A rnZ~\l) e que a popu.la çf;ü
d8
a.1.f~UDaS vilas !18.0 foi estima do. inclus ive n de Itab:ü ana.,. Entnn·
,u.n
., . ,., "
'
o numero d& G$0r'8..V 0.8 cu:::er c c.o::i :-:..nterí aros .. De ncc•rJ.<.,
, '
d0 .'.",,:-)ril ate )l
103
'
53- Em 1863, o relatorio do Presidente Joaquim ,Jacinto de Mendonça, 1
ORGANIZAÇÃO SOCIAL
105
1- Os censos eleitorais
mento, seja por criação de novos e/ou desdobramentosi deve ser inter
pretado como uma conseqüênd.a do cresciJnento demog:t'áftco.,.
A) O quadro eÓc1o--profisnioneJ.
QUADRO l
Distribuição das categorias profissionais conforme os censos eleito-
rais (1848 - 1875)
Criadores Clérigos
Feitores Sacerdotes
Lavradores sacristãos
Proprietário a Vigários
Vaqueiros
C) Administração pivil
E) Comércio
Negociantes
F) outros serviços
Advogados
Escritores Caixeiros
111édicos
Tabeliães C) Sem Profissão i
I''
1
Eatudentes 1
4 1
!
Fonte de dados brutos: (APES) Acervo Geral, Lista de qualificação de
elE1itorea da vila de Itabaiana (1848 - 1875).
t
1
109
~•a~,·,.,,..
p e .,.,_· .:1 .. ~ .............. .,,
.;.,::.., ""'v....:.:.."'ii."u"" --ti
m.1....1.
_::.:._
J.,;.i.i.;,
,.-,,...,.-_,.,,...,~,.,,\ · n - .. , -
l_,.:.vu4;,\)LJU/n 1:'t:l.'l,t:HL,
'u·a'l!I···,.;-._,
.L ,.::11.,.,0~
"'~>•C,L"O
' _, ... ,,--,.
r<C'
·'""'
110
B) As classes de rendas
-·-·---
PROFISSÕES fiºl'otal 200 250 300 350 400 450 500 600 700 800 lOOO 2000
-··----
Advoga.doa 1 - - - - - - - l -.
Alfaiates 16 7 - l - - - - 6 2
Carpinas 14 10 ;i. - - 2 - - 1
Coletores l - - - - - - - l
Eecri,rãea 4 - -1 - - - - - 2 - 2
Ferrei rae 7 4 - - - - - 2
Fogueteiros 3 l - l - - - - l
FunilE'iros 1 - - l
Juiz de Paz 1 - - - - - - - - - - - l
Juiz ô.e Diro.!. ·to l - - -
- -
- - - - - - - - l
Juiz !'(unicip::W. 1 - - - - - - - - l
Lavraa.or-es 1866 925 515 251 90 31 - - 54
Médicos 1 -2 - - .- - - - l
Negociantes 44 l l l l l - 38
Ouri vt:·a 5 l l l - - l - l
Pintores l - - - - - - - l
Promotoras l - - - - - - - -2 - l
Propri etárici s 8 - - - - - - - - 2 - 4
Sacerà.o tes 2 - - - - - - -. l - - l
Solici tadorns l - - - - l
Sapateiros 15 7 2 2 e. - - l 3
Vaqueiros 5 l l l - - - - 2
-- :PROFISSÜES NQTo 1;al 200 250 300 350 400 450 500 600 650 700 800 1000 2000 :,000
Advogados
------
2 - - - - - - - - - - 1
A:.faiates 17 1 - - 5 5 - ~ 6
A::-ti stas 2 -2 - - - - - - 2
C1u-pinas 11 3 - - 5 - - l
co:etores l - - - - - - - l
D1pregado l'Úbiico 2 - - - - - - - 2
E:icrivâes l - - - - - - - - - - 1
Escrivão dos ôrfãc,s 1 - - - - - - e - - - l
Escrivão de Paz l - - - - - - - 1 - - - 1
Ferreiros 9 - 2 l 3 3
F:igueteiros l 1
Juiz de Direi to 1 - - - - - - - - - - - - - 1
Juiz Municipal
lavradores 1668
l
-
602
-
768
-
330
-
84
- -
38 'l
-
SI
-
Y.i
-
3
-3 -
4
l
- -9 -
1
- - - - - - - - l
-
!'.éC.icos l
t'egociantes 43 - - - - - - 25 9
Curi vea 5 - - - - 2 - 3
l'edeiroa l - - - - ., - l
I·edreiros 3 - - - - l - - 2
I'intores 1 - - - - - - - - - l
I'roprietárioa 8 - - - - ·- - - - - - - 8
?'rofeeaores l - - - - - - - - - l
!)acerdotes 2
- - -
-' -
::>apE.teiroS 14 l l 8
5olici ta.dores l - - - - - - - - l
Yaquéiros 5 - l 3 1
TOTAL
2003 607 774 334 94 62 l 8 74 14 1; 11 13 - l
--
"'
""'
Pontes de dados brutou: Apes, Aceno Geral - Qualifioaqão de votantes d:! vila de
1·:abaiana - 1874.
,'F"'~º ,._ iw,,Alí' .,..,:rm::e -...... i~rn-:c™mrn naamm1mms IRllr:tP'IFTlif , . , naao•xww:,s;m4;,;-;, o l&&ZEZ&.GA#.QJ!GiizjJ àX aza1AJ&M&!Si,... ; . iill ,._:.; ""' ==- . ,., X •• .,.;;m
QUADRO •• 04
----·
PROFISSÕES Ng Te ·:al 200 250 300 350 400 450 500 &)O 700 800 900 1000 1200 1500 2000 3000
Advogados l - - - - - - - - - l
Alfaiates :.t;
,.
2 - - 3 - 4 l 6
Artistas - - - - l - l 2
ll:ai:-pinae J.5 4 3 - - 6 - l l
Empregado8PÚblico L - - - - - - - 2 - 2 - -.
Escritor l - - - - - - - - l
Escrivães 1,. - - - - - - - 2 - 1 l
Ferreiros 'i' - 3 2 1 1
Fogueiteiros 1 1
Juiz d.e Direito l - - - - - - - - - - - -. 1
Juiz Municipal 1 - - - " - - - - - - - - - . ~
Lavradores lE !)~1 830 641 235 73 42 - - :se
!o!édicos !. ~-
- - - -2 - - - - - - l
Negociantes ,,
'-'"' 2 - - 1 -2 2 :~9 4 3
· Ourives
-
' - - - - - 3.
Padeiros r- - - - - -1 -2 2
Pedreiros 4 - - - - - 1
Promotores 1 - - - - - - - - - - - - 1
Proprietários 6 -- - - - - - - - - 3 - 3
Professor Público l - - - - - - - - l
Sapateitos 14 - - - - 1 7 3
seleiros l - - - l
solicitadores 1 - - - - - - - - - l
Vigários: l - - - - - - - - - - - - - - ,.
TU TAL 1994 842 647 237 79 54 15 13 "1 5 12 1 4 1 l 1 l
~
~
"'
Fonte de dados brutos - A!IES, Acervo Geral - Qualificação de votantes da vila de
,.~~SP.1._, __- _ ,___
..,,....,.._., ... =•- u oo
Itabaiana 1875.
*'"'"·-«'"""" '"" ""'"" tumz dU..iJR;:AW,IPWI.
114
QUADRO Nº 5
RENDIMENTOS Mf:DIOS ANUAIS (em mil-r.éls)
-=·-================
1873 1874 1875
=-·--=-~==--------------·=======
fo:n-te (le, êl.ar'tos brutos: {Al?ES) /,cE':rvc Geral- Listas d.e quaJ.ificn.ç!ÜO 1
~ -· ,. -·. d.UVt.,
Uo::1 J.. t.,!;l,UdJ.aua.,
--·--- .,,_
uo
negociaJ1te e sace1~aote.
c)Al tas ílüül a 3000 mil réis)- ju!z de direi to, . '
Juiz
de paz, proprietário e
vigário ..
dor era mai.s fácil,. pois comnenaava sl';'ns custos alimentar0s :reco !'!'~n
@".l (~:) t! -!_:. !ª:Ci _;:,,:,.;. ;:- !_.:';_ :'}_~;_; Ê'l '-'- ,::}_ C: 0 (] ~_:_ ,_: -
,:E}_;)
2- Os Lavradores
A at:i.vidade de 11
lav:r.ado:Í:-p sem a especificação do tipo
de lnvourà., é a designação mais empregada e, com o correr do tempo,. a
que se vai generalizando nas listas posteriores a .1050".,
6
-
Em 1854 9 dos 1 .. 766 qualificados, 1656 sao lavradores
'
equivalendo a 94,0%. Os proprietiirJ.os são 1,1% e os vaqueiros 0,1%. G
Quer dizerr as atividarles primárias representam 95, 2%~ Dos 4,8% · re_§.
tantes; 2,3% são para as ativide,des secundárias e 2,5% para as terciÍ
ria.s,.
.,
117
QUADRO 06
ATIVIDADES Nº DE QUALIFICADOS
l - PrimárüÍs
Lavradores 1656 94,0
Proprietários 20 1,1
Vaqueiros 3 0,1
1679 5,2
2 - Secundárias
Aa:faiatee 15 0,7
Carpinas 7 0,3
Ferreiros 5 0,3
F,:, g,_y;:• te 5. ro e 1 0:1
Ourives 5 0,3
Pedreiros l 0,1
Sapateiros 10 0,5
44 2,3
3 - Terciárias
a) ProfissÕea Liberais
Advogados l 0,1
b) Igreja
Sacerdotes ·4 0,2
d Aoniini!':ltraçâo civil
Avaliadores l 0,1
Carc.erei ro s 3 0,2
0,2
f:qr:rivR.e::'I
- -."·
M'171~T'F>~::>Ô.""' !'UD.11.CGc.'
'
l 0,1
d) Comércio
Nego oi.antes 30 1,6
43 2,5
TO T A L 1.766 100,0
1
i
ll8
.QUADRO 07
ATIVIDADES N2 DE QUALIFICADOS
1 ..: Primárias
Lavradores 1.868 93,1
PrOprietários 8 0,4
Vaqueiro~ 5 0,2
1.881 93,7
2 - Secundárias
Alfaiates 17 0,8
Artistas 2 0,1
Carpinas ll 0,5
Ferreiros 9 0,4
Fogueteiros l 0,1
OuriVea 5 .0,2
Padeiros l 0,1
Pedreiros 3 0,1
Pintores l 0,1
Sapateiros 14 0,6
64 ~,o
'3 - Terciárias
a) Profissões Liberais
Advogados 2 0,1
Médicos 1 O,l
b) Igreja
Sacerdotes 2 0,1
e) A&::inistração Civil
Coletores l O,J.
2 O: l
EacriVÕea l 0,1
E(lcrivão dos Õrfãos l 0,1
Escrivão de Paz 1 0,1
Juiz de Diroi to l 0,1
Jv.iz Municipal l 0,1
Professores Públicos l O,l
Solici tadorea l 0,1
7
16 e ern J.881, e.no para o qual não terrios a lista de eleitores, são a
penas 14; segundo,. a atração pela facilidade do cultivo do âlgodG.o·,
e o aito preço de que gozou devido a causas excepicionais, fizeram
alguns nenhoreS de engenhos abandonar o p1.antio da cana.....de-agúcar .,
A mudança implicou também na converni;',o do t! tulo de senhor de eng,2
nho para lavrador. Por exemplo; Antônio Carneiro de Meneses (Eng~
nho Morcego} e Ezequiel Profeta :;arneiro {En&enho Carão} estão com
essa denomj_nação entl'·e 08 elegíveis. do ano de 1874.
1874 1875
1873
f.
- 14 5 650$000rs 0,3 - - - -
- 14 3 700t0D0rs 0,1 - - - -
- 7 3 B00$000ra 0,1 - - - -
>---·-----
1.866 100,0 1.868 100,0 1,859 100,0
L__ ____ _:
Fo.1tes de dados brutos para os três anos - Lista.e de qualificação de volantes •••
....
APfül, AMrvo Geral •. "'o
121
A - Fazendeiros
siw.:i. r-o d;:, Si1.vc. !fol:: ::::r::-:. :c::ir:1~1 t::..~c2..I!:fmt.e ·l2.~.1rfl.d.0:r- e n9r;0ei2.nte~ Un.u
10
liflcndo em todas e.G liBtaa como el.0t;fvcl,contudo al tornando a .incli
l.22
to de vista econom~co,, algun.s vivi rim d:1 explo rHÇ ~.o e cor.ae:cctali.za.,.. •
ç2.o de produtos vinculados S grande lavoura ..
demais com rendas entre 450 e 200 mil reis eram ai tiantes., Por seu'
. s 1
turno, as tabelas ê.o quad_ro OB,·!'t!velam que a maioria deles estava
incorporado à Última faix::i. éÍe renda. Logica.'Uente, outros com rendi-
mentos inferiores exi.stiam~
1
"Este._municÍpio, por ventura o mai.or da .Província de
. • •
Serg1pe, e · .seguramente t2.mbew. um dos maia pohres,,foJ.:
mado ffe t-errenos de catinga, e naturalmente pouco fó.r
teis, não pode offerecer a agricul t.ura bellos att.r::i.c-
tivos e abundf:l.ntes oolhcitas; 0. mm. :1grioul tura é i.n-
foliz, pequena e puu(.;u vantajosa, não sa-;.H:,mo.3 ôi }=·Or'
:, ___ --
---
}'VUt:aJ.VO"J
-----.:,.:--,
,:;t.U..A.>..-1• c,.J. ,
--.~
'--J.
.L ....;,,.~~~-
U.<;, ........
,..,__,...,,_,. .......
.., ..;..,;:;,..
,.._...,
balh.os,,.
A cann~1 (,, .... ) é neste munic1pio cult:Lvada f:1:1 PQ
qucn0 e.sco..la pela impropriedade dDS ter:rcmos, e g prQ.
1
va d'um ou o·~ltro e:rgt,nho edificado n'e~_lo bern nnl n '
demonstra; n excepç8n do ã.il3tricto àe 3,J{uuu, ou. J.ü,
.L. - _, ·-
\,U l..\l;
' N •
vanto..gem se cultiva por-em o nlt;odac e or:~ lcc;umN:1 rk
124
caroço,
.............................................................
. .
Oa legumes como sejão o feijão, o milho, e a
mandioca fazem a primeira occupaç.ão dos lavradores do
termo, e d' e;I.les é _Jll,:te ti rão mui tos a sua subsistên:: 1
Qia, (grifo é nosso) pois as mais das vezes é daqui 1
1:JNlCA~,1P
;: p; ! 1OTf ( A·- ( f: P Í 'J .\
125
das casas que. lhos_ forneciam diversos tipos de frutas (bananas, la-
ranjas, mangas, jacas, m8!!1Ões, abacaxis, etc~) e as malhadas (isolg
das por cêrcas) contendo póucos gados graúdos (vacas lei te iras, um 1
ou dois .sendeiros, burregos) e criaçq'es miúdas (ovelhas parideiras,
cabras l';:!iteiras e suinos).
<
Mui tos sitiantes po ssu1am casas de farinha. Depreendg,
mos .pelos bens arrolados nos inventirios14 de José de_ Andrade e Hou
rn, em 1844, em que constam: uma roda de sevar mandioca com seus
pertencr;.s, (lOGOOOrs) e wua prensa para massa (6$000rs}; Jacintha 1
Maria .do Esuirito Santo, em 1846, são relacionadas: uma roda de se-
---- ____ ,._ -- \ .., . ,..,,., ........ "'/'
fi::.::r.nn ...... \ . T~
V«.t..L" Wtl.UU..1.U'-'~
-
tron cos das arvo res corta dos pelo ferro derru bado r. •
i
De novo torna m a cort ar com mach ados os gros sos made
ros, que ficam dispe roo,s i; com facõ es .devid ero 'Os páos
1
A
s1
torna m a por fogo , que reduz a carvã o e cinz a tgnta
made iras, as veze s prec iosa s.
( ••• ) prep arad a a_ terra corta m verg onte as do ª.!:
dous
busto da mand ioca do comp rimen to de, um palmo até
e finca m nas cova s algum tanto deit adas ( ••• ); come -'
çam a plan tar desd e julho até setem bro e algum as ve-•
zes em jane iro ou març o.
Passa do um anno ou dezo ito meze s, ( ••• ) arra~ - 1
,
cam a raiz~ que desc ascad a, e ralad a em uma roda movi
bo-'
da por vm negro ou por um cava 1lo, a qual chamam
land eira. Junta a mass a em um cÔcho ou game lla comp ri
da, que fica por baixo da roda , é lavad a e depo is ap~
,
r-
ou em uma pren sa, dond e e leva da ao forno para coze
-se e torra r-se em fogo brand o e depo is de cozid a
é 1
depo sitad a em tulha s para vende rem ou emba rcare m por'
sua conta ~'
estra da gera l,
Serra s do Quizo ngo, Alec rim e Capú nga, a entr ar na
do luga r Gruv.:1
que serv e de divis ão acim a até a estra da do Ouri cury
adia nte do
tá.; d' ahf, ru.'110 dire i to, a passa gem do riach o Caju eiro t
a Lago a do Vic~ -
Sacco do Ribe iro;: d'es te ao Tanq ue do Brejo ; d'aJ1 Í
Sobr ado; desta a
rio; desta ao Serro te do KÚgado e pico da Serr a do
n..- llA V~.l· nar·-• 0 Junc o, ~1·ach O 8bCiX 0 1
__ ,..r,_,._
1.1a.o..,, ~,
.;ql>"'"' .::J,-.
........ -~~~.· C"
.T<:>r,O .... , ........ - rh:i
no estr::i ·- - <.L u ..
ronta r co~ a
até mBtt er no Vasa -Bar ris, por este rio abaix o a conf
, n~ estr~ dP
Serta c1a Ribe ira; desta , rumo dire ito, ~ rio Pcxim
!J.UF..-
,
rumo dtre itu - u
vai desta vila r)ara a cidad e do S.,Gr istov ao; d' nhi
127
B - Como viviam?
2
- eram ricos mas viviam folgadamente
Os sitiantes nao
com sua família em casa de taipas, rebocadas com ,cal e cobertas de '
telhas •. A famÍlia, geralmente ·numerosa, variava entre 8 a 10 pessQ,
18
as compreendendo a esposa e filhos; e alguns escravos. A maioria pOf
suía 8.1)Snas a casa térrea àe parede de mão, tendo ao lado· ou cerca-'
das das diversa.a benfeitorias entre elas o pbmar e a malhada, Outros
tinhrun cetra morada na vila. A propósito, concordamoa com a profess~
ra Kátia Mattoso quando escreve: 11 para dizer a verdade, a distinç8.0 1
1
permanece difícil numa época em que os jaTdins eram ainda bastante
numerosos na cidade e onde era, impossível, saber onde começava a ci-
t:1A_de e onde começava o camno" ... ,..
- "~
Outros possuíam terras em locais próximos ou distan- 1
tes dos sitiosJ' destinadas à roças. Entre os semoventes, todos, sem
exceção, tinham animais, fossem cavalos, burros e os equipamentos '
necessá.rios como selas e cangalhas. Serviam para o próprio desloca-
mento e para o transporte de mercadorias. Com especialidade, os bur
ros, numa época em que os péosimos caminhos dificultavam. sobremodo 1
acessos rápidos à vila. Os escravos*" ind·ependente da forma como fo-
ram adquiridos, compusermn a ·força de trabalho de alguns sitiantes ..
-
Os objetos de ouro e pr.ata sao bastante relacion ados
1
'
' rias dos sitiante s, dos fazende iros e ,aos proprie tarios. 1
nos inventa
O gosto por essas coisas, explica muito bem a presenç a dos dez ouri-
ves nas listas de qualific ação de votante s. AS jÓias, além de serem'
objetos de adornos tanto masculin os quanto feminino s, eram certame n-
te urna forma de entesour amento, como exemplo de sitiante s temos; a'
inventar ia.da.; Antonia Francisc a de Jesus, morador a no sitio.'-: Caraíba
e possuido ra de uma casa na vila, deixou em 1844 entre os objetos de
ouro e prata, uma redoma com duas varas de cordão de ouro de 14 oitg
vas no valor de 35S840r s, um par de brinco de 11S500r s, dois cordões
------ . ,.
de ouro de 1v~~4ur s, ~res calheree Ue
esporas de 7$040rs .. Em 1852 quando do término do inventá rio de Maria
VictÓria da Graç::-1, morador a no sitio Joana D'are e falecida sem tes-
tamento em 27/03/18 49, forrun partilha dos entre o viúvo Gonçalo Pin-
to Lobão e seus dez filhos o sitio, uma morada-d e casa na vila, vári
os móveis, 18 ovelha,s parideir as, 8 burrego s, urna cabra. leiteira , um
cavalo de estriba ria, duas vacas, quatro escravo s, um oratório e ma-
is 9 colheres de prata (25$600 rs), 5 garfos de prata (16~400 rs), um
anel de prata (8S400r s), um par de esporas de prata (31~200 rs). Em
'
Outros casos poderiam ser citados. Esses porem sao su-
-
ficiente s para confirma r o uso da J)rata em utensili os doméstic os e'
1
de montari a, de ouro e da prata em forma de jÓias~ Por foJ.o.r nelr-~s,
até hoje os itabaJ._ç. nenses se dedicam a ouriver snria, entreten do um
largo comércio dentro e fora do nmnicÍp io tendo alguns ourives lojas
fil~,_çi,i.3 na cidade de .Ar2,c$oju. ..
diversos instrume ntos de trabalho , usados 1arg8Ille nte como seja.D.J.: ma-
129
. , . , .
Quanto as dividas ativas, os inventarias que a elas se
reportam não deixe.m bem claro como as transações foram feitas. Por '
exemplo, no inventário de Haria VictÓria da Graça consta uma divida 1
de 85S000mil reis (1852) e o de Maria Francisca de Almeida de 1868,
A
mencionou que devfa ao Cap. Antonio Manuel da Costa l4S420rs.
""- ·''
gislativas provinciais criadas em 1834 retirou muitas prerrogativas'
e limitou suas atribuições .. Ds.ÍJI salvo as disputàs eleitorais bast2!1
te acirradas dos anos de 1849, 1863, 1868, 1872, os eventos envolVen
do a Câmara da vila de Itabci.iana tiveram repercussões puramente lQ.
cais ou seja dentro da :própria Província.,
A vu.iaaru ,:;;;;
provo.çr:io da AssG:wblÓia Lec:i..slativa e ao referendo do Governo da PI'Q.
v{noi::i~ Sens membro.e::- em nlunero de seter eram eleitos polo povo devi
dn.ruente qualificado na posiçfÍo de elel.tor paroquial, para um mandato
ile doi~ ::inos .. Quanto U presidência~ cabia ao vereador muis votado.
131
,
Alem dos edis, havia o pessoal administrativoresponsável
pela execução dos serviço$ burocráticos. O quadro compunha-se de:· um
secretário, um ajudante de- secretátio, um procurador servindo de t~
aoureíro, seis fiscais e um porteiro. Os fiscâis atuavam na vila(2),
.
na Freguesia do Campo do Brito (1) e nos povoados de são Paulo (1) ,
de Pedra Mole (1) e do Alagadiço \1), Com relação aos vencimentos 25
A '
anuais dos funcionário ·s estavam na .dependenc1a da lei do orçamento '
municipal. Daí variavam de vila para vila.
tH::1 J.-ué!.;';:I '-!.lt6 ft,<Üri.iii pã.:-t..;. .J.a. c.;::;tru"tura urba.'1a. e:t'aJn cal
- -"--
l} é!.UctO
- --·-""'--
a. 1J!.1U..I..::..
-
V
-•-<-t-.-..:.-~
....... .Lª-''-'·'-''"",..•
,-, .-. ........ ..,...,...,..,,,.;-,..,.
_, l"'._."'" -o~ ~-.- ~
11
--
,::i,., ,...~p.:ft.11ln
~
I rl.. o.. 1.. A_.i ,,.: n2
"-
nu oapftulo Ida postura que ora trataw.os,
-
te que havia uma preocupaçao em promover e manter "alinhmnento, afor
moseamento das edificações e reedificações das casas, praças, ruas e
quintaes 11 e sobretudo asseio, segurança e defesa sanitária. EntretaQ
- ,
to, com recursos tao parcimoniosos, a pratica deveria estar bem lo.Q.
ge da teoria.
A propósito, o jornal 11
0 ESPIÃOº, em 1883, num dos se-
us artigos dirigido aos deputados provinciais por haverem negado a
liberação de seis· contos de reis para libertação de dezesseis escra-
vos, fez uma crítica incisiva ao Tertuliano Manoel de Nesquitatl. '.'não
nos era estranho Srs. Depute.dos a ~orte de nosso 'requerimento quando
vimos ser deputados o decrepto Major Tertuliano, que pertence a uma
frunÍlia que matou uma infeliz escrava nos açoites, junjida a um pé 1
'
Em "verbetes historicos da Antiga Coinarca de .Itabaiana''
manuscrito inédito de Bebrão Sobrin.ho do ano de 1920 encontramos o
segúinte depoimento: ·!lo Dr .. ~Tosé Nartins },ontés na.da sofreu na rainha.
t:erra 1 pois (.,,.,..) como era· do partido conserva.dor., o que era bastan-
nhas fíesqui tas, o 13 meliantes cabeças dos. 1 ugubres grupos r cace tistas.,
t: '~und1;1i r celebres e omfnoso,1 nos fastos polÍ ticos~1..:i::i::.
a-' J
134
__"'''
. .:, -
------=-
__ .:_
te -~· ·-,,.---
c:,,0,.....-7;,--,r,<:1 ... ...,_,.,..._..
_;
,_, .... ...,
centos réis {1$600rs), estipulado pela Câmara Todas as mercadorias
38
pagavam impostos ~ fossem i.raz.idao élli ba1~1•icas 1 q&rgas, sacos e ceg
39 A r • r
tos .. Os generos vendidos abrangiam desde o.s alimentos basicoa ·ate os
denominados miudezas. ou quinquilharias.. Carnes (frescas de boi ou 1
de vaca, seca., do sol, O.e -porco, de carneiro) mariscos (peixe, baca-
llu1u: cnrnngueijo), cereais (farinha, arroz, milho), açúcares, café,
, .
fumoB em rolo e 6m bcbiduo clcoolicas,
te cachaoa. e tnc:.balhoô de cGuro:.,,: flandrcs, ferro e latão ..
135
.
Quanto as solenidades religiosas e as festas realiza-'
das anualmente, destacavam-se: Semanas Santas e o dia do padroeiro '
da Irmandade das Santas Almas, comemo·rado em 28 de setembro. As fes-
N
NOTAS
154.
• em
13-Ara.caju (APES) Informação da Camara da vila de Itabainna
21/12/lSpl, Gl - 1303 (Hs).
•
15-SOUZA, D. r-:arcos Antonio de op. cit. pp.22-23.
16-THETIS, Maria Nunes op, '.cit. p.413; Apud ofício do Conde da Pal
ma à muito Alta ·e Poderosa pessoa de Vossa Magestade D. João VI em
2 de agosto de 1820. Arquivo Nacional, Seção Histórica.
•
Por sua vez~ do inventário judicial da imrentariaàa D, Vicencia de
S., ,fosé., em 1871~ ".:'0r:et2-r:i.~
lio da E'onseca: filhos - 1
2 - João José da Fonseca - casado
' Joaquim da. Ponr:;eca -
3 ..,. Jose cui'.Jado
4 José 'Cornélia da Fonseca casado
5 Maria Cândida da Fonseca solteira
6
•
Jllaria Vivencia da Fonseca - sol te ira
.E netos: 1 José Sutério de Carvalho
•
Maria Vi vencia
2
3 - cfcero de-Carvalho
5 E're.ncisco Filho
139
, ,
19-J'flATTOSO, Katia M. de Queiros ;... Testamentos de escravos libertos
na Bahia no século XIX, Centro· de Estudos Baianos, publicação da
UFBa, n2 85, pp.33-34.
1
21-Todos os comentários acerca da qualidade de vida dos sitiantes
foram baseados nos dados colhidos nos seguintes inventários do
século XIX constantes do Acervo Sebrão Sobrinho (APES),
Ana Tereza de Jesus - 1807
Ana Maria de Vasconcello s - 1808
João Telles de Meneses 1810
João Carlos de Resende 1844
Rosa Maria Andrade - 1845
Jacinta Maria: do EspÍri to Santo 1846
,
Jose de Andrade J.loura - 1848
Catharina Moura - 1848
Igncz Maria de Góis - 1848
José Tavares d 1 Almeida - 1849
' .
Haria Victoria da Graça - 1852
- Antônio José de Goes - 1864
-.- Maria Dorotéia do Sacramento - 1864
- Joaquim Pereirn,de Almeida - 1866
- !lrurnel da Silva Melo - 1868
Maria Fru,~cisca de Almêida 1868
- Viv;ncia de
;:";;:, iY, 1 11,a Üfi "i.'n...i. - 186:"J
são Jose' - 1871
- Joa4uim Alves Teixeira~ 1835
}~ariCT José ,Pinheiro - 1886
25-0s vencimentos variavrun de uma cidade para outra, bem assim entre
as vilas. Exemplos:
<
Esses dados foram extraidos da Lei nº 1203 de 13 de maio de 1881,
que orçava a despesa e fix~va a receita das Câmaras Municipais da
Província para o mesmo ano.
•
39-Lei nQ 1275 de 10/05/1883 - Aprova posturas da Gamara Municipal'
de Itabaiana, nela enconta.m-se discriminados os valores dos ifil
postos a serem coõrados sobre todos os gêneros vendidos nas feJ:,
rase todos os estabelecimentos comerciais. Coleção de Leis e R~
soluções, pp.24-28.
- •
40-.::ieguOUQ d 0Illl1ÇaQ
,_. • H i
2, .HP.
1 fiP
• ,.nr:::,,
' ', -::"I
• "D '
,,11::l.1"Q11E,
..:i-
'-'-'=
õõ --. ..,.,-. -
~n'"l l ~ ... o:;:
'l\i.-.-,.--.
J••-•"v•_•
. .
143
BIBLIOGRAFIA
FONTES SECUNDÁRIAS
, ,
ALMEIDA, Maria da Gloria s. de - Nota previa sobfe a propriedade '
canavieira em Serpipe, séculõ XIX. In, Anais do VIJIQ Simpósio '
Nacional dos Professores Universit_ários de História, vol. II, s.
Paulo, 1976.
, • <
CALDAS, Jose Antonio de - Noticia Geral de toda esta Capitania da
Bahia desde o seu,descobrimento até o presente ano ae 1759, Re-
vista do I.H.G.Ba.
,
A}ice P, - A, r:.r~nr!-A "Pmnri P.dRdA Rural. In Holanda,. Ser-
gio Buarque: de
.
História Geral da Civilização Brasileira,
Tomo 1, vol. 2, S. Paulo, Dif'el, 1962.
. ,
SOUZA, Marcos Antonio de - Memoria sobre a Capitania de Sergipe
,
{sua fundação, j,opulação 2 procductos e melhoramentos de que e ca-
.ll.êli• In Revista de Aracaju, Ano I, n2 1, 1943.
GORENnRR; ,Tf10oh -
•
CTP.neR.e e dP.RP.nvolvimento do Canitalism0 brasilei
ro. In Trabe.lhadoi'es, Sindicatos e PolÍ,tica, Coleção Culiura e
Polf tica, CEDEc; Global, s. Paulo, s/d.
'
•
.•
A N E X O- 3
AflEXO l
Relação dos fazendeiros com rendas anuais entre 800 e 600 mil réis
13 Olhos d''
agua.•••••••••••••• " "
Fonte:· Relatório de Francisco Pimenta Bueno sobre o projeto de Estr_ê:
das de Ferro para Sergipe, 1881.
' ..
ANEXO J
MUNICÍPIO DE ITABAIANA
Relação das fazendas que cultivam o algodão com a designaç ão do motor
çle cada uma
26 "
27 Espeto.s •••••••• •••••••• •••••••• •••• "
28 Espetos ••.• •••••••• •••••••• •••• ., •••• Braços
29 Onça•• •••••••• •••••••• •••••••• ••••• •
jO Onça •••••••• •••• • ••••• • • • • ••• • • • • • • "
31 Onça •••••••• ••••••.• ••• • • • • • • • • • • • • .. "
32 serrote ••••.• ....................... "
Gibci~ •••••••• •••••••• ••••••• i ••••• 1 n