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E aí, estudante do Me Salva! Tudo certinho com você? É chegada a hora de nos preocuparmos com o
que tem sido estudado sobre Trabalho e Educação no Brasil, nos últimos anos. Primeiro, dá uma olhada
nessa charge:
Fonte: h
ttp://www.juniao.com.br/dp_charge_02_05_2012_72/
O desemprego, não só na Europa, mas também no Brasil, é um dos pontos mais abordados nos
últimos anos. Uma das saídas para o desemprego no início de nosso século foi a aposta dos governos
federais em investimento na Educação Superior e em Cursos Técnicos. Mesmo assim, anos depois, os altos
índices de desemprego assustam os brasileiros. Em 2017 os números chegaram a contabilizar 14 milhões de
pessoas desempregadas! Mas por que tudo isso? Quais as raízes disso? Como consertar isso? Porque
estudar isso? Veremos aqui e agora.
- O trabalho nos últimos anos: o trabalho no Brasil tem tido muitos problemas nos últimos anos – e não
foi diferente em outros tempos. Temos um perfil de trabalhadores majoritariamente no setor terciário
(comércio e serviços), uma gama grande de pequenos empresários que recebem até 2000 reais por
mês (mais de 50 por cento da população) e uma quantidade muito grande de trabalhadores informais,
que não trabalham com carteira assinada e não são autônomos.
Esse perfil de trabalhadores revela um crescimento urbano desordenado que desestruturou ainda mais
as relações de trabalho por aqui, que já eram desestruturadas, depois de mais de 300 anos de escravidão e de
desigualdade legitimada. Lembram da “coesão social” de Durkheim? Ela parece não estar sendo aplicada por
no país, já que as instituições não têm funcionado como deveriam. A rede de trabalhadores que tanto falamos
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quando o assunto é “mundos do trabalho” não funciona quando mecanismos básicos deixam de fazer seus
papéis.
Ainda temos o agravamento de situações de trabalho análogo à escravidão. Ou seja, vimos que a
escravidão é uma forma de trabalho em que a pessoa não é dona do próprio corpo (diferente da servidão, por
exemplo). Num regime análogo à escravidão o mesmo ocorre; a pessoa é obrigada a trabalhar sem receber
salário. Mas o nome disso não é nem escravidão nem servidão. É chamado de trabalho análogo à escravidão,
pois não vivemos mais em uma sociedade escravocrata. De qualquer forma, pessoas passam por isso
cotidianamente, mesmo sem que saibamos.
Fonte: correio.rac.com.br
A correria do dia a dia (maratona de estudos, nossos trabalhos, nossas diversões) muitas vezes não
permitem que vejamos a fase superior do fordismo-taylorismo que vivemos hoje. Mas é importante que
pensemos sobre essas coisas. Mais do que isso: é importante criticar.
Passamos diariamente por pessoas de outros países (haitianos, senegaleses, sírios, etc) que buscam
um espaço no mercado de trabalho brasileiro e que muitas vezes são “culpados” pelo desemprego dos
brasileiros. O desemprego não é uma questão particular, ou seja, ele não é culpa de um ou outro indivíduo,
mas de uma estrutura social que não soube ser “solidária” – para utilizar a expressão de Durkheim, e nem
superou a fase das classes, para usar a expressão de Marx.
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Todas essas questões precisam estar na ponta da língua – ou na ponta da caneta – na hora da prova,
heim! Não esqueça: existem infinidades de assuntos que são abordados em provas como a que você vai fazer
em breve. Este é um resumo sobre alguns assuntos que são importantes para lhe ajudar nos estudos sobre
trabalho e educação na atualidade. Mas para ir além, deixo aqui dicas de livros e filmes que também podem te
ajudar a estudar enquanto você se diverte.
Abraços e bons estudos!
PARA ESTUDAR LENDO:
Suzana Albornoz. O que é trabalho? Editora Brasiliense, 1994.
E. P. Thompson. Costumes em comum. Companhia das Letras, 2011.
Ricardo Antunes. Adeus ao Trabalho. Editora Cortez, 1995.
Érico Veríssimo. Incidente em Antares. Editora Globo, 1971.
PARA ESTUDAR NO CINEMA:
A classe operária vai ao paraíso, dir. Elio Petri, 1971.
Eles não usam Black Tie, dir. Leon Hirszman, 1981.
Tempos modernos, dir. Charles Chaplin, 1936.
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