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CONTINUIDADE
● O êxodo do Egito
○ O êxodo do Egito
○ O milagre do êxodo do Egito
○ “E o rei do Egito morreu”
O êxodo do Egito
195. Rabash. Notas Sortidas. Artigo 922, "Quanto mais se fala do êxodo do
Egito"
“Quanto mais se fala do êxodo do Egito, melhor”. Devemos entender por que
devemos falar tanto sobre o êxodo do Egito, a ponto de dizerem que quanto mais se
falar melhor. Além disso, devemos entender o que é dito: “Cada geração, cada
pessoa deve ver-se como se ela tivesse saído do Egito”.
É sabido que não há nada a acrescentar na luz, mas sim nos Kelim [vasos].
Consequentemente, “mais” pertence aos Kelim, que pertencem à falta de sensação
de exílio. Quando alguém sente o exílio, sente que ele mesmo está no Egito. Em tal
estado, como ele pode louvar o êxodo do Egito enquanto ele está no Egito?
Este é o significado de “deve ver-se como se ele saísse do Egito”.
196. Rabash. Notas sortidas. Artigo 934, "O dever de contar a história do
êxodo do Egito"
“Mesmo que sejamos todos sábios ... recebemos a ordem de contar a história do
êxodo do Egito”.
Devemos dizer, que embora já tenhamos adquirido a Torá e o entendimento, ainda
devemos invocar a raiz do surgimento do povo de Israel do exílio do Faraó. Isso
porque, o mais importante é o surgimento da Klipa [casca/pele] e a entrada em
Kedusha [santidade].
Os demais graus são considerados causa e consequência. Portanto, devemos
glorificar e louvar o Criador por isso, e com isso, estender a alegria a todos os
mundos. Isso significa, que ao sentir a preciosidade e a importância da liberdade
das Klipot, nessa medida a alegria aumenta. Na medida em que temos alegria,
nessa medida podemos glorificar e louvar.
É por isso que a cada ano devemos despertar a raiz.
197. Rabash. Artigo 11 (1990), "O que significa, ‘Colocar a vela de Hanukkah à
esquerda’, no trabalho?"
“Um milagre” implica em algo que uma pessoa não pode obter. Isto é, é impossível
obtê-lo a não ser por um milagre do alto. Só assim é chamado de "milagre".
Por esta razão, quando uma pessoa chega a um estado em que já tem
reconhecimento do mal, que é impossível para ela emergir do domínio das nações
do mundo nela, que Israel nela está exilado sob eles, e ela não vê nenhuma
maneira de sair do poder deles, neste momento, é quando o Criador os ajuda e os
remove da autoridade das nações do mundo, reverte a situação de modo que o
povo de Israel os governe, e isso é chamado de “um milagre”.
198. Rabash. Artigo 11 (1990), "O que significa, ‘Colocar a vela de Hanukkah à
esquerda’, no trabalho?"
O Criador os libertou da terra do Egito, o que significa que o Criador os tirou das
aflições do Egito. Deve-se acreditar que, como este milagre aconteceu no êxodo do
Egito, cada um que está caminhando na obra do Criador deve acreditar que o
Criador o libertará, pois é verdadeiramente um milagre que alguém saia do governo
do amor a si mesmo, e se preocupe apenas com o que pertence ao benefício do
Criador.
199. Rabash. Artigo 17 (1990), "Qual é a assistência que aquele que vem
purificar-se recebe, no trabalho?"
A capacidade do homem de mudar a natureza está apenas nas mãos do Criador, o
que significa que Ele fez a natureza e pode mudá-la, e isso é chamado de "êxodo do
Egito", que foi um milagre. É por isso que está escrito: “Venha”, significando os dois
juntos, como dizemos: “Venha junto”, da mesma forma, o Criador e Moshe.
202. Baal HaSulam. Shamati 159, "E aconteceu no decorrer daqueles muitos
dias"
Eles gostavam muito do trabalho no Egito. Este é o significado de “E eles se
misturaram com as nações e aprenderam com suas ações”. Significa que se Israel
está sob o domínio de uma certa nação, essa nação os controla e eles não podem
se retirar de seu controle. Assim, eles experimentaram o sabor suficiente naquele
trabalho e não podiam ser redimidos.
Então, o que o Criador fez? “O rei do Egito morreu”, indicando que eles haviam
perdido sua servidão. Assim, eles não podiam mais trabalhar; eles entenderam que
se não há perfeição do Mochin, a servidão também está incompleta.
Consequentemente, “e os filhos de Israel suspiraram do trabalho”. O trabalho
significa que eles não eram suficientes para o trabalho, visto que não tinham
vitalidade na servidão.
Este é o significado de “o rei do Egito morreu”, que todas as dominações do rei do
Egito, que nutria e cuidava deles, morreram. É por isso que eles tinham espaço para
oração. E eles foram salvos imediatamente.
205. Rabash. Artigo 15 (1990), "O que significa que ‘Antes da queda do
ministro egípcio, seu clamor não foi respondido’, no trabalho?"
Quando eles foram recompensados com ver, "E o rei do Egito morreu", que O Zohar
chama de "a queda de seu ministro", esta consciência, que eles pensaram que
havia um ministro para o Egito, que ele tinha autoridade e estava detendo seus
clamores para que não fossem ouvidos acima, essa visão caiu do povo de Israel.
Em vez disso, agora eles foram recompensados com ver que não havia nenhum
ministro para o Egito, que impedia que as orações de Israel fossem aceitas. Em vez
disso, o Criador ouviu sua oração e endureceu seus corações. Ou seja, o Criador
queria que a forma real do mal, chamada “desejo de receber para si mesmo”, fosse
revelada.
Segue-se que Ele ouviu seu clamor.
206. Rabash. Artigo 15 (1990), "O que significa que ‘Antes da queda do
ministro egípcio, seu clamor não foi respondido’, no trabalho?"
Quem fez com que o ministro deles caísse de sua autoridade? É que trabalharam o
tempo todo e não escaparam da campanha até que houvesse espaço para revelar
todo o mal. Então, eles foram recompensados com a verdade. Até então, também
não havia nenhum ministro deles aqui, mas eles pensavam que sim. Segue-se que
duas coisas vieram ao mesmo tempo, que nossos sábios chamam de "Seu divórcio
e sua mão vieram como um".
De acordo com o acima, precisamos de um grande fortalecimento e não escapar da
campanha, mas para acreditar que "O Senhor ouve a oração de cada boca", e não
há outra força no mundo, mas apenas uma força - a do Criador, e Ele sempre ouve
tudo o que é dirigido a Ele.
● Êxodo do Egito
○ E suspiraram do trabalho
○ E eles clamaram e seu clamor subiu
E suspiraram do trabalho
207. Baal HaSulam. Shamati 159, "E aconteceu no decorrer daqueles muitos
dias"
“E aconteceu no decorrer daqueles muitos dias que o rei do Egito morreu; e os filhos
de Israel suspiraram por causa da obra e clamaram, e seu clamor chegou a Deus
por causa da obra. E Deus ouviu seus gemidos” (Êxodo 2: 23-4). Isso significa que
eles sofreram tanto que não podiam suportar. E eles suplicaram com oração, que
"seu clamor subiu a Deus".
208. Rabash. Artigo 14 (1987), "A conexão entre Pessach, Matza, Maror”
Está escrito: “E os filhos de Israel suspiraram por causa do rabalho”, de que trabalho
estamos falando? Isso significa que é da obra do Criador, que isso é chamado de
"trabalho árduo", uma vez que era difícil para eles trabalharem para doar porque os
egípcios e o Faraó, rei do Egito, instalaram neles seus pensamentos e desejos .
Em outras palavras, uma vez que a Klipa do Egito é principalmente amor a si
mesmo, os egípcios governavam o povo de Israel para que o povo de Israel também
andasse em seu caminho, chamado de “amor a si mesmo”. Foi difícil para Israel
superar esses pensamentos. Este é o significado do que está escrito: “E os filhos de
Israel suspiraram por causa do trabalho”.
209. Baal HaSulam. Shamati 86, "E Eles Construíram Arei Miskenot"
O trabalho deve ser em fé acima da razão e em doação.
No entanto, eles viram que eram incapazes de sair do poder do Faraó por conta
própria. É por isso que está escrito: “E os filhos de Israel suspiraram por causa do
trabalho”, visto que temiam ficar no exílio para sempre. Então, “seu clamor subiu a
Deus”, e eles foram recompensados com a saída do exílio no Egito.
210. Rabash. Artigo No.36 (1990) “O que significa, ‘Os filhos de Esav e Ishmael
não queriam receber a Torá’, no trabalho?”
“E os filhos de Israel suspiraram por causa do trabalho, e clamaram, e seu clamor
subiu a Deus por causa do trabalho”. Ou seja, ao pedir ajuda, eles tiveram que
receber novas luzes cada vez, como ele diz no O Zohar, que a ajuda que é dada de
cima é considerada uma "alma sagrada", e por isso, o povo de Israel precisará das
grandes luzes porque, de outra forma, eles não poderão sair do controle dos
egípcios.
Segue-se que a resposta do Criador foi que Ele daria a eles a necessidade de pedir
ajuda, que indica que a cada vez, Ele mostrará a eles mais coisas ruins, então eles
precisarão constantemente pedir por uma ajuda maior. Com isso, a luz do propósito
da criação será revelada a eles.
211. Rabash. Notas sortidas. Artigo 933, "A respeito do êxodo do Egito"
Precisamente com ver as mudanças, ascensos e descensos a cada vez, com lutar,
um lugar de oração desperta. Então, as palavras “E os filhos de Israel suspiraram
por causa do trabalho, e seu clamor aumentou” se tornaram realidade. Se o exílio
for revelado por completo, então começa a redenção.
Isso nos mostra a ordem de exílio e redenção que ocorreu no Egito naquele
momento, e esta é a ordem que devemos estender até o fim da correção.
212. Rabash. Artigo 11 (1986), "Uma oração verdadeira é sobre uma carência
verdadeira"
Existem duas condições para orar do fundo do coração:
1) Sua obra deve ser contra a natureza. Ou seja, ele quer fazer tudo apenas
para doar e quer sair do amor próprio. Naquele momento, pode-se dizer que ele tem
uma carência.
2) Ele começa a abandonar o amor-próprio por si mesmo e se esforça nisso,
mas não consegue se mover um centímetro de seu estado. Nesse momento, ele se
torna carente da ajuda do Criador e sua oração é real porque ele vê que não pode
fazer nada por si mesmo.
Então, quando ele clama ao Criador para ajudá-lo, ele sabe disso pelo trabalho,
como está escrito: "E os filhos de Israel suspiraram por causa do trabalho". Isso
significa, que trabalhando e desejando atingir o grau de serem capazes de doar ao
Criador, eles viram que não poderiam emergir de sua natureza, então oraram do
fundo do coração.
213. Rabash. Artigo 38 (1990), "O que é, ‘Uma taça de bênção deve estar
cheia’, na obra?"
Quando uma pessoa já está perto do lugar de onde receberá a ajuda de cima, e
"perto" significa que o Kli [vaso], ou seja, o desejo de doar, está longe dela, então
ela vê que apenas o Criador pode salvá-lo. Como disse o Baal HaSulam, este é o
ponto mais importante no trabalho do homem, pois então ele tem contato próximo
com o Criador porque ele vê cem por cento que nada pode ajudá-lo a não ser o
próprio Criador.
Embora ele acredite nisso, ainda assim, esta fé nem sempre ilumina para ele que
especificamente agora é o melhor momento para receber a salvação do Criador,
que especificamente agora ele pode ser salvo e o Criador irá trazê-lo para mais
perto, ou seja, dar-lhe o desejo para doar e emergir do controle do amor-próprio,
que é chamado de "êxodo do Egito". Em outras palavras, ele sai do controle dos
egípcios, que afligiram Israel e não os deixaram fazer a obra sagrada.
215. Zohar para Todos. Shemot [Êxodo], "Suspirar, Chorar e Clamar", Item 354
Qual é a diferença entre clamar e chorar? Há um clamor apenas na oração, como
foi dito: "Ouve a minha oração, ó Senhor, e dá ouvidos ao meu clamor" e também
"Para Ti, Senhor, é o meu clamor" e "Meu clamor é a Ti, e Tu vais me curar".
Assim, um clamor significa palavras de oração. Um choro significa chorar e não
dizer nada, sem palavras. O choro é o maior de todos eles, pois o choro está no
coração. Está mais próximo do Criador do que uma oração ou um suspiro, como
está escrito: “Porque se eles chorarem a mim, certamente Eu ouvirei o seu choro”.
Um suspiro, um choro e um clamor são pensamento, voz, fala - Bina, ZA e Malchut.
Portanto, um choro em que não há fala é mais aceitável para o Criador do que uma
oração em palavras, uma vez que a fala é revelada e há uma limitação nela, mas
um choro, onde não há revelação exceto no coração que chora, não há nenhum
apoio para os acusadores. Também é mais aceitável do que um suspiro porque é
revelado apenas no pensamento daquele que suspira, que é Bina, e o inferior não
pode aderir adequadamente ao Criador por meio dele. É por isso que um choro é
mais aceitável.
216. Zohar para Todos. Shemot [Êxodo], "Suspirar, Lamentar e Clamar", Item
355
“E ele chorou ao Senhor toda a noite”. Ele deixou tudo - o suspiro, o clamor - e
tomou o choro, visto que era o mais próximo do Criador, como está escrito: “E
agora, eis que o choro dos filhos de Israel chegou a Mim”.
217. Rabash. Artigo 41 (1990), "Quais são as Mitzvot leves que uma pessoa
pisa com os calcanhares no trabalho?"
O mal dentro do coração do homem. Uma pessoa não pode derrotá-lo e deve
clamar ao Criador para ajudá-la e libertá-la do governo do Faraó, rei do Egito. Como
Ele a ajuda? É como se diz em O Zohar, “com uma alma sagrada”. Isso significa
que cada vez que ele pede ajuda, ele recebe uma alma sagrada.
218. Rabash. Artigo 14 (1987), "A Conexão entre Pesach, Matza e Maror"
Quando uma pessoa vê a verdade como ela realmente é, quando vê o quão imersa
ela está no amor a si mesma e não há uma centelha em seu corpo que a deixe fazer
qualquer coisa para doar, nesse estado, a pessoa já alcançou a verdade, o que
significa que ela reconheceu o mal. Naquele momento, ela não tem como ajudar a si
mesma, e há apenas um conselho: clamar ao Criador para ajudá-la, como está
escrito: “E os filhos de Israel suspiraram do trabalho, e clamaram, e seu clamor
subiu para Deus a partir do trabalho”.
Este é o significado do que foi dito: “Aquele que vem para purificar é auxiliado”. O
Zohar pergunta: "Com o quê?" Ele responde: “Com uma alma sagrada”.
219. Rabash. Artigo 11 (1986), "Uma verdadeira oração é sobre uma carência
verdadeira"
“E seu choro por causa do trabalho subiu a Deus”. Isso significa que os piores
tormentos, sobre os quais eram todos os clamores, eram apenas por causa do
trabalho, e não por causa de outras coisas. Ao contrário, significa que eles estavam
clamando por sua situação - que não podiam emergir do amor a si mesmos e
trabalhar para o Criador. Esse foi o exílio deles que os atormentava - que viram que
estavam sob o controle deles.
Segue-se que, no exílio, no Egito, eles obtiveram Kelim, o que significa um desejo
de que o Criador os ajude a emergir do exílio como dissemos acima, que não há luz
sem um Kli, pois somente quando se faz uma oração verdadeira, quando alguém vê
que ele não pode ser salvo, e apenas o Criador pode ajudá-lo, isso é considerado
uma oração verdadeira.
220. Rabash. Artigo No. 34 (1991), "O que é ‘Comer seus frutos neste mundo e
manter o principal para o próximo mundo’, no trabalho?"
Aqueles que falam que querem fugir do trabalho mas não têm para onde ir, pois
nada os satisfaz, essas pessoas não saem do trabalho. Embora tenham altos e
baixos, elas não desistem. Isso é como está escrito: “E os filhos de Israel
suspiraram por causa da obra, e clamaram, e seu clamor subiu a Deus por causa da
obra”. Em outras palavras, eles clamaram a partir da obra porque não estavam
avançando no trabalho do Criador, para que pudessem trabalhar a fim de dar
contentamento ao Criador. Naquele momento, eles foram recompensados com o
êxodo do Egito. No trabalho, isso é chamado de “emergir do controle do desejo de
receber e entrar no trabalho de doação”.
221. Rabash. Artigo No. 16 (1985), "Mas quanto mais eles os afligiam"
“Por causa do trabalho”, sendo escrito duas vezes. Devemos explicar que todos os
suspiros eram do trabalho, o que significa que eles não podiam trabalhar para o
Criador. Na verdade, o sofrimento deles era por não serem capazes de fazer o
trabalho que estavam fazendo, ser para o Criador, devido à Klipa do Egito. É por
isso que está escrito, “Por causa do trabalho” duas vezes.
1) Todos os suspiros não eram porque lhes faltava alguma coisa. Faltava-lhes
apenas uma coisa, o que significa que eles não desejavam nenhum luxo ou
pagamento. Sua única falta, pela qual sentiam dor e sofrimento, era não poder fazer
nada pelo Criador. Em outras palavras, eles desejavam ter um desejo de dar
contentamento ao Criador e não a si mesmos, mas eles não podiam, e isso os
afligia. Isso é chamado de "querer ter algum domínio na espiritualidade".
2) O segundo “Por causa do trabalho” vem para ensinar que, “E o seu clamor subiu
a Deus”, que Deus ouviu seus gemidos, foi porque seu único pedido era trabalho.
Isso passa a significar para o outro "por causa do trabalho". Acontece que todo o
exílio que eles sentiram foi apenas porque eles estavam sob o governo da Klipa do
Egito e eles não podiam fazer nada para que tudo fosse apenas a fim de doar.
223. Rabash. Notas Variadas. Artigo 584, “A face do Criador está nos
malfeitores"
Aqueles que desejam caminhar na trilha do Criador, na trilha da verdade, veem que
estão sempre fazendo o mal. Eles clamam ao Criador para que os salve daquele
estado do mal, e tudo que eles podem fazer não pode estar livre do mal, como
explicado no êxodo do Egito. “E os filhos de Israel suspiraram do trabalho, e seu
choro subiu a Deus”, e Ele livrou-os do Egito.
Da mesma maneira, deveriamos interpretar aqui, que o Criador fez Seu rosto brilhar
para eles, e então, a ocultação que eles tinham tido, partiu deles. Através de “A face
do Criador está nos malfeitores”, a face do Criador cancela até mesmo a memória
do mal. Este é o significado de “apagar a memória deles da terra”. Eretz [terra], vem
da palavra Ratzon [desejo]. Até mesmo a lembrança do mau desejo não despertou
neles pois “Eles clamaram e o Senhor escutou, e os salvou de todas as suas
afições”.
● Saída do egito
231. Rabash. Artigo 22 (1989), "Por que quatro perguntas são feitas
especificamente na noite de Pesach?"
Não há luz sem um Kli [vaso] - o que significa que não há preenchimento sem
carência, e Avram disse ao Criador que ele não viu que eles precisariam de luzes
tão grandes, chamadas de "a terra de Israel" - o Criador disse a ele que estando no
exílio e pedindo ao Criador para libertá-los do exílio, como Ele os livrará? Apenas
com grandes luzes, já que “A luz nele o reforma”. Assim, eles terão a necessidade
das grandes luzes.
Ele explicou sobre isso, que é por isso que o Criador disse para pedir emprestado
Kelim [vasos] dos egípcios - ou seja, eles tomaram as perguntas dos egípcios,
porém como um empréstimo - para receber as luzes, e depois, devolver os Kelim
para eles. Em outras palavras, eles pegaram as perguntas para entender as
respostas. É como foi dito acima, é impossível entender a luz senão de dentro das
trevas.
Um pulo e um salto
238. RABASH. Artigo No. 13 (1987) “Por que o Festival de Matzot é Chamado
de Pesach”.
Devemos interpretar o que está escrito lá, que Ele pulou as casas de Israel e
apenas os egípcios foram mortos. É como RASHI interpreta, Ele passou, ou seja,
saltou do egípcio para o egípcio, e Israel escapou no meio. Isso significa que todos
os egípcios foram mortos, e apenas os israelitas, que estavam no meio, entre os
egípcios, permaneceram vivos. O significado literal é que todas as descidas entre as
subidas foram apagadas e apenas as subidas permaneceram. É como se nunca
existissem descidas, pois foram apagadas. Este é o significado dos egípcios serem
mortos. Portanto, agora é possível que todas as suas subidas se conectem e se
tornem um só estado. Existem muitos discernimentos no desejo de receber que foi
corrigido para trabalhar a fim de doar e se tornar um Kli completo para receber a luz
da redenção, chamado de "êxodo do Egito", quando foram libertados do exílio no
Egito, escravizados ao amor-próprio, chamada de “Klipa do Egito”, como está
escrito, “e Ele trouxe Seu povo, Israel, de entre eles, para a liberdade eterna”.
239. RABASH. Artigo No. 13 (1987) “Por que o Festival de Matzot é Chamado
de Pesach"
Pesach tem o nome em homenagem à passagem do Criador pelas casas de Israel e
ao abandono de cada um de Israel vivo. É sabido que não há ausência de
espiritualidade, pois o menor discernimento em Israel permaneceu vivo e nada se
perdeu. Porque o Criador salvou Israel, este dia bom é chamado de Pesach, após
as obras do Criador.
Com Pressa
240. RABASH. Artigo No. 13 (1987) “Por que o Festival de Matzot é Chamado
de Pesach”.
Por que Pesach é chamada de “pressa”? De acordo com o que RASHI interpreta, a
Pesach é chamada de “pressa” porque o Criador saltou e passou do egípcio para o
egípcio, e Israel no meio escapou. Vemos que pular para o fim significa que Ele
apressou o fim, como se ainda não fosse a hora. Já que ele próprio se apressou, é
por isso que Pesach é chamada de "pressa". É como se tivesse que se apressar
para que os egípcios que estavam entre os israelitas não acordassem, pois ainda
não era hora de serem corrigidos. É por isso que Ele se apressou e salvou o que
podia salvar. Ou seja, apenas Israel recebeu correção e não os egípcios. É por isso
que é chamado de "pressa".
241. RABASH. Artigo No. 13 (1987) “Por que o Festival de Matzot é Chamado
Pesach”.
Também está escrito: “e comerás com pressa; é a Pesach do Senhor. ” RASHI
interpreta que a oferenda é chamada de Pesach após a passagem, e a passagem é
que o Criador pulou as casas de Israel dentre as casas dos egípcios. Ele pularia do
egípcio para o egípcio, e Israel escapou no meio. Devemos entender o significado
de pular e ignorar no trabalho. É sabido que a essência do nosso trabalho é
alcançar Dvekut [adesão] com o Criador, que é a equivalência de forma, pela qual
recebemos Kelim [vasos] que são adequados para receber a abundância. Também
é conhecido que nossos Kelim vêm da quebra dos vasos. O rompimento dos vasos
significa que queremos usar os vasos de recepção para receber, e isso é
considerado como separação do Criador. Isso ocorreu nos mundos superiores, e
também por meio do pecado da árvore do conhecimento, quando os Kelim caíram
nas Klipot [cascas], e devemos elevá-los porque viemos de seus Kelim. Ao trabalhar
com nossos desejos de receber - que vêm de lá - a fim de doar, corrigimos cada vez
um pedaço desses Kelim, que estão nas Klipot, e os elevamos a Kedusha
[santidade], querendo trabalhar apenas com o objetivo de dar contentamento ao
Criador.
242. RABASH. Artigo No. 13 (1987) “Por que o Festival de Matzot é Chamado
de Pesach”.
Podemos interpretar o que está escrito: “Porque não saireis com pressa, nem
fugireis”, não como era na terra do Egito, quando a redenção foi com pressa e Ele
saltou do egípcio para o egípcio, e Israel no meio escapou, pois Ele teve que
obliterar os egípcios e apenas o povo de Israel permaneceu vivo. Mas, no final da
correção, quando os egípcios também serão corrigidos, não haverá necessidade de
pressa porque não haverá necessidade de saltar do egípcio para o egípcio com
Israel no meio permanecendo em Kedusha. Em vez disso, todos os egípcios
receberão sua correção do Todo. Portanto, não haverá necessidade de pressa, ou
seja, pular, mas todos os discernimentos que estavam nas Klipot serão corrigidos,
como está escrito: “E eu removerei o coração de pedra de sua carne e lhe darei um
coração de carne. ”
Eu e não um Mensageiro
243. RABASH, Artigo No. 8 (1987), "A diferença entre misericórdia e verdade e
falsa misericórdia".
Está escrito sobre o êxodo do Egito (na Hagadá [história] da Pesach): “E, em todos
os deuses do Egito, farei julgamentos. Eu sou o Senhor; Eu sou Ele, e não o
mensageiro. Eu sou o Senhor; sou eu e não outro. ”
Isso significa que apenas o Criador pode ajudar alguém a sair da escravidão no
exílio no Faraó, rei do Egito, que o está impedindo de sair do amor-próprio e
fazendo apenas obras que beneficiam seu amor-próprio, e ele não tem como que
fazer algo por causa do Criador. Nesse momento chega a ajuda do Criador.
247. Rabash. Artigo 15 (1990), “O que significa que ‘Antes do ministro egípcio
cair, seu clamor não foi escutado’, no trabalho?”
“Na extensão em que os filhos de Israel pensavam que o Egito estava
escravizando-os e impedindo-os de adorar o Criador, eles verdadeiramente estavam
em exílio no Egito. Portanto, o único trabalho do redentor era revelar-lhes que não
havia nenhuma outra força envolvida aqui, que ‘Eu e não um mensageiro’, pois não
existe nenhuma outra força, apenas Ele. Essa foi, de fato, a luz da redenção”.