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1) Termos essenciais da oração

simples
composto
Sujeito indeterminado
oculto
oração sem sujeito
nominal
Predicado verbal
verbonominal
do sujeito
Predicativo
do objeto
de ligação
transitivo direto
Verbo
transitivo indireto
intransitivo
2) Termos integrantes da oração
Complemento nominal
objeto direto
Complemento verbal
objeto indireto
Agente da passiva
3) Termos acessórios da oração
Adjunto adnominal
Adjunto adverbial
Aposto
4) Vocativo

Sujeito
Núcleo e classificação
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
O sujeito, um termo essencial da oração, é de quem (ou do quê) fala o verbo (quem
morre? quem foi às compras? quem estava florindo?). Pode ter um ou mais núcleos.

No exemplo "Tonico mora no interior de São Paulo", o sujeito da oração - "Tonico" -


é composto por uma só palavra. Mas o sujeito pode ser composto por mais de uma
palavra.

Suponha que disséssemos:


"O meu amigo Tonico mora no interior de São Paulo".

Qual o sujeito desta oração? "O meu amigo Tonico", isto é, o nome próprio Tonico,
precedido pelo artigo "O" e pelo pronome possessivo "meu".

Veja as seguintes orações:

a) Minha tataravó já morreu.


b) As belas modelos do Brasil encantam o mundo.

c) O safado do presidente se faz de ingênuo.

Os sujeitos de todas elas são expressos por mais de uma palavra.


Em a) "Minha tataravó";
em b) "As belas modelos do Brasil";
em c) "O safado do presidente".

No entanto, uma das palavras que constitui cada um desses sujeitos é mais importante
que as demais, pois ela é propriamente o termo sobre o qual se diz alguma coisa. Essa
palavra é chamada de núcleo do sujeito. Nos exemplos citados, os núcleos do sujeito
são, respectivamente, "tataravó", "modelos" e "presidente".

Núcleo do sujeito é, portanto, a palavra principal que forma o sujeito.

Classificação do sujeito

Além disso, existem duas categorias ou tipos básicos de sujeito. São elas:

1) Sujeito determinado: É identificado pelo contexto ou pela terminação do verbo


(que sempre concorda com o sujeito). São determinados todos os sujeitos que vimos
nas três orações acima.

Observe que o sujeito determinado pode ser:

a) Simples: caso tenha um único núcleo. Exemplo:


Um homem alto abriu a porta.
O sujeito (quem abriu a porta?) é "um homem alto", ou seja, três palavras. Mas o
"núcleo do sujeito" é homem. Ou seja, não é "um" quem está abrindo a porta, nem
"alto", mas sim "homem". Logo, Núcleo do sujeito: "homem". Uma única palavra,
sujeito determinado simples.

b) Composto: caso tenha mais de um núcleo. Exemplo:


Os tigres e os rinocerontes estão ameaçados de extinção. Núcleos do sujeito: "tigres"
e "rinocerontes".

c) Oculto, elíptico ou desinencial: caso não esteja expresso na oração, mas possa ser
identificado pela terminação (ou desinência) do verbo. Exemplo:
Ficamos abestalhados com tanta corrupção.
Veja, a desinência "amos" refere-se à primeira pessoa do plural, "nós".

2) Sujeito indeterminado: é aquele que não se pôde ou não se quis apontar e que
também não se pode identificar pelo contexto ou pela terminação verbal. O sujeito
indeterminado pode acontecer:

a) Com o verbo na terceira pessoa do plural não se referindo a nenhum substantivo no


plural ou aos pronomes "eles" e "elas" anteriormente mencionados. Exemplo:
Bateram minha carteira no ônibus.

b) Com verbos intransitivos, transitivos indiretos ou de ligação, na terceira pessoa do


singular, acompanhados da partícula "se". Exemplo: Trata-se de um ladrão hábil, de
um mão leve.

Oração sem sujeito


Apesar de ser um termo essencial da oração, o sujeito pode não existir em algumas
orações. São as orações de sujeito inexistente, ou orações sem sujeito. (O mesmo não
pode acontecer com o predicado - toda oração possui um).
No caso de orações sem sujeito, o processo que o verbo expressa refere-se a si mesmo
e não pode ser atribuído a ninguém.

Em geral, são orações sem sujeito:

a) As que se referem a fenômenos da natureza. Exemplos:


Anoitece tarde no horário de verão. (pense: "quem é que anoitece tarde no horário de
verão?", obviamente, 'ninguém anoitece. A oração não tem sujeito!)

Choveu muito ontem. (ninguém chove!)

Está trovejando. (o mesmo raciocínio!)

b) As que apresentam os verbos "haver", "fazer" e "ser", empregados de forma


impessoal, como nos exemplos: Há poucos leitores no Brasil. Faz três anos que me
mudei dali. Hoje são oito de fevereiro.

A propósito, cabe aqui uma observação: O verbo da oração sempre concorda com o
sujeito em pessoa e número. Não se pode dizer, por exemplo, "ela vivemos na
Europa", nem "nós vive na Europa". Sendo assim, volte umas linhas, ao item b e note
que, embora estejamos nos referindo a "poucos leitores" e a "três anos" o verbo está
no singular, assim como ao nos referirmos a "hoje" o verbo está no plural - o que
reforça a ideia de inexistência de sujeito.

Predicado (2)
Nominal e verbonominal
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
O predicado, um termo essencial da oração, pode ser classificado em:
a) predicado verbal
b) predicado nominal
c) predicado verbonominal
Os predicados verbais estão presentes em orações do tipo:

De grão em grão, a galinha enche o papo.

O núcleo do predicado é um verbo (o verbo "encher").

Predicado nominal
Há casos, porém, em que o núcleo do predicado não é um verbo. A declaração que se
faz sobre o sujeito não está contida no verbo (ou seja, o mais importante não é que a
galinha "enche", ou que o galo "canta"), mas sim num substantivo ou adjetivo (que,
em gramática, são também chamados de "nomes") que se seguem ao verbo.

A galinha do vizinho é sempre mais gorda.

O sujeito é "a galinha do vizinho". O núcleo do predicado não está contido no verbo
("é"), mas sim no adjetivo - "gorda". Isto é, a ideia mais importante do predicado não
é o verbo "é", mas o adjetivo "gorda". "Gorda" é o nome que se liga ao sujeito através
de um verbo de ligação. "Gorda" é o predicativo do sujeito. O predicativo do sujeito
exprime a qualidade ou condição que se atribui ao sujeito. O verbo de ligação tem a
função de ligar o predicativo ao sujeito.
Na oração que analisamos, o nome é mais importante do que o verbo de ligação. A
esse tipo de predicado chamamos de predicado nominal.

Verbos de ligação
O verbo de ligação pode indicar o tipo de relação que existe entre sujeito e
predicativo. Os verbos de ligação mais frequentes são: "ser", "estar", "ficar",
"parecer", "permanecer" e "continuar". Além deles, vários outros verbos podem servir
como verbo de ligação. Vamos analisar as orações abaixo:
a) Hermógenes é louco.b) Hermógenes parece louco.c) Hermógenes fica louco.d)
Hermógenes anda louco.

Todos os verbos em itálico são verbos de ligação: fazem uma ponte entre o sujeito
("Hermógenes") e uma qualidade que se atribui a ele ("louco"). A relação que se
estabelece entre o sujeito e seu predicativo, todavia, sofre pequenas variações,
suficientes para mudar o impacto e o sentido de cada frase.

No primeiro caso, dizemos que a loucura é uma característica permanenete de


Hermógenes. Na frase b) apontamos um semelhança entre Hermógenes e um louco.
Na oração c), o que se destaca é a mudança de estado sofrida por Hermógenes.
Finalmente, na oração d) o que fica evidente é o fato de que o estado de Hermógenes
é transitório.

Verbo de
Aspecto
ligação
A qualidade ou estado atribuído ao
Ser
sujeito é permanente.
Estar, andar,
Exprime estado transitório.
achar-se, etc.
Ficar, tornar-se,
Exprime mudança de estado.
fazer-se etc.
Ficar, continuar,
Mostra continuidade de estado.
permanecer, etc.
Parecer,
Denota semelhança.
semelhar, etc.

Predicado verbonominal
Vamos observar a seguinte oração:

Marianita chegou esbaforida.

Verificamos que o predicado possui dois núcleos. O primeiro é constituído pelo verbo
intransitivo "chegou" e o segundo é constituído pelo adjetivo "esbaforida".

Dizemos que o predicado é verbonominal, pois tem um núcleo verbal e outro


nominal. Nesse caso, o predicativo refere-se ao sujeito, ou seja, "esbaforida" refere-se
a "Marianita". Temos um predicativo do sujeito.

Observe agora uma outra situação.


O júri julgou o réu culpado.

Nesse caso, temos um verbo transitivo ("julgou"), um objeto ("o réu") e um


predicativo ("culpado"). Aqui também temos um predicado verbonominal. Ele tem
dois núcleos: um verbo e um adjetivo.

Se observarmos com mais cuidado, veremos algo importante. Nesse caso, o


predicativo não se refere ao sujeito, mas sim ao objeto direto ("culpado" refere-se a
"réu"). "Culpado" é um predicativo do objeto.

Portanto, há dois tipos de predicativo:

a) predicativo do sujeito (num predicado nominal)Ex. Ela ficou triste.

b) predicativo do objetoEla achou a amiga triste.

Predicado (1)
Definição e predicado verbal
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Os termos essenciais da oração são sujeito e predicado. Tudo aquilo que se diz do
sujeito é o predicado. Vamos tomar um fato corriqueiro como exemplo:

O galo canta.

O sujeito da oração é "o galo". Pois bem, aquilo se diz do galo é o predicado dessa
oração. Ou seja, "canta" é o predicado da oração. Nesse exemplo, podemos observar
que o predicado é formado por um verbo intransitivo - o verbo cantar.

A ação que ele expressa tem sentido completo. Vamos a uma outra situação, dessa vez
expressa por um ditado popular.

De grão em grão, a galinha enche o papo.

O sujeito da oração é "a galinha". Tudo que se diz da galinha é o predicado. Ou seja
"de grão em grão, enche o papo". Nesse exemplo, o verbo do predicado é um verbo
transitivo direto - o verbo encher. Ele pede um complemento, o chamado objeto
direto: "o papo". A maneira como o sujeito enche o papo é expressa por um adjunto
adverbial, "de grão em grão".

Mais um exemplo.

O cravo brigou com a rosa.

Como o sujeito dessa oração é "o cravo", todo o resto é o predicado: "brigou com a
rosa". O predicado é expresso por um verbo transitivo indireto - o verbo brigar. Ele
pede um complemento, um objeto indireto. O complemento do verbo transitivo
indireto sempre se liga ao verbo por uma preposição.

O predicado também pode ser expresso por um verbo transitivo direto e indireto, ou
bitransitivo. Vejamos:
Ele contou o segredo a todos.

O sujeito é "ele" e o verbo do predicado é o verbo "contar". Trata-se de um verbo que


tem dois complementos: um objeto direto ("o segredo") e um objeto indireto ("a
eles").

Alguém conta algo a outro alguém. Nos quatro exemplos que analisamos, o predicado
estava expresso por verbos.

Quando o núcleo do predicado é um verbo, temos um predicado verbal. O núcleo do


predicado verbal pode ser um verbo intransitivo ou transitivo. O verbo transitivo, por
sua vez, pode ser transitivo direto ou indireto.

Predicado Verbal
a) verbo intransitivo. Ele sorriu.
b) verbo transitivo direto. Ele olhou a paisagem.
Ele lembrou-se de
c) verbo transitivo indireto.
Rosita.
d) verbo transitivo direto e Ele explicou a lição ao
indireto. aluno.

São como objetos dos "não verbos"


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Alguns nomes (substantivos e adjetivos) se comportam de maneira similar aos verbos
transitivos. Não entendeu? Pois bem, você vai ver que esse conceito de análise
sintática não é tão difícil. Veja essas três orações:
A comunidade aguarda a construção da estrada.
O fechamento da fábrica causou grandes transtornos.
O avião fez uma mudança de rota.
O que essas expressões têm em comum? A resposta é: o fato de trazerem um nome
ligado a um complemento, que chamamos de complemento nominal. Veja o
esquema:

Há certas palavras (substantivos, adjetivos e advérbios) que apresentam alguma


transitividade, isto é, seu sentido fica incompleto sem um complemento. É o mesmo
raciocínio dos verbos: "quem constrói, constrói algo"; "se há construção, há
construção de algo". O complemento dessas palavras é o complemento nominal.
Outro esqueminha ajudará a entender:

Basta pensar um pouco e você vai verificar que o mesmo ocorre nos outros dois
exemplos dados.

Os verbos acima são transitivos diretos e pedem como complemento um objeto direto.
Quando comparamos esses verbos com os substantivos, percebemos que os
substantivos também pedem um complemento. O nome que se dá a essa função
gramatical é complemento nominal. Podemos perceber assim que o complemento
integra o sentido do substantivo.

Mas nem sempre os nomes que pedem complemento nominal estão ligados a um
verbo. Há casos em que um substantivo abstrato demanda um complemento. Veja os
exemplos abaixo:

Há também advérbios acompanhados de complemento nominal, como neste exemplo:

Na lista abaixo, apresentamos vários exemplos de palavras acompanhadas de


complemento nominal. Observe como a estrutura gramatical dessas expressões é bem
parecida. Só para lembrar: o complemento nominal sempre é precedido de uma
preposição (como a, de, com, em, por e outras).

Nome Complemento nominal


sede de viver
ávido pelo dinheiro
alheio aos estudos
prejudicado pelos irmãos
sorte no amor
atração pelo desconhecido
estada em Machu Pichu
merecedor do Prêmio Nobel
confiança na medicina
contrário à pena de morte
atenção ao cliente
necessidade de dormir
farto de ouvir bobeiras
invenção do avião
acima da lei
capaz de voar

Termos integrantes da oração


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Com os exemplos abaixo, ficará fácil entender o que são objetos diretos e indiretos,
conceitos importantes de análise sintática. Imagine que você pergunte a diversas
pessoas se elas gostam de futebol:

"Amo futebol. Não perco um jogo."

Vamos analisar um pouco essa afirmação. O verbo amar pede um complemento.


Nesse caso, futebol é o complemento do verbo amar; por isso se diz que ele é um
objeto direto, já que integra um verbo transitivo direto.

A oração seguinte tem uma estrutura bem parecida. Ela é formada pelo verbo perder,
que também é um verto transitivo direto.
Mas nem todas as pessoas gostam tanto assim de futebol. Pode ser que alguém
responda a seu questionário de forma bem diferente:

"Não suporto futebol. Detesto esse esporte."

O conteúdo é diferente, mas observe como a forma gramatical é parecida. Veja que
ele também usou dois verbos transitivos diretos: suportar e detestar. Dizemos que
esses verbos são transitivos diretos porque seus complementos são introduzidos
diretamente após o verbo, sem preposições (ama o quê? futebol. detesta o quê? esse
esporte).

Como poderíamos fazer a análise sintática dessas frases?

Se você pensar um pouco, verá que a análise é idêntica à das frases anteriores. Assim,
aprendemos que os verbos amar, perder, suportar e detestar são verbos transitivos que
pedem um complemento: o objeto direto.

Mas voltemos ao futebol. Pode ser que seus entrevistados não sejam tão apaixonados
pela redondinha. Pode ser que deem respostas diferentes, como:

"Eu gosto de natação.


Assisto a todos os campeonatos."

Nesses dois casos, temos verbos transitivos indiretos. Quem gosta, gosta de alguém
ou de algo, pois gostar é um verbo que exige a preposição de.

Verbos que exigem preposições antes de seus complementos são chamados de


transitivos indiretos. O mesmo acontece com o verbo assistir, seguido da preposição
a. O complemento dos verbos transitivos indiretos é o objeto indireto. Vamos ver
melhor.
Ainda sobre a pesquisa futebolística: nem sempre a resposta para a sua enquete seria
tão direta. Observe a resposta abaixo.

"Eu prefiro natação a futebol."

Provavelmente essa pessoa gosta também de futebol, não é?

Uma coisa é certa. Ao fazer essa afirmação, o entrevistado usou um objeto direto e
um objeto indireto. É isso mesmo. O verbo preferir é um verbo bitransitivo. Ele é ao
mesmo transitivo direto e indireto.

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