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Furukawa
Aula de 3/11/2020 – Amplificador Operacional I
Leia a apostila antes da aula. Anote suas dúvidas para que discuti-las durante a aula.
Como requisito parcial para cômputo de frequência, TODOS os exercícios devem entregues até 9/11
(se estiver enfrentando dificuldades, entre em contato com o professor).
o Apenas respostas finais não serão aceitas. Inclua os passos da resolução.
Digis: as regras de bonificação para entrega dos exercícios estão na página do eDisciplinas
NOTA: Os tópicos a seguir podem ser encontrados no livro-texto (Scherz) nas seções 8.1 a 8.4.
O amplificador operacional (ou, abreviadamente, amp-op) é o componente básico dos circuitos analógicos de
precisão. A Figura 22.1 mostra o seu símbolo. Os terminais ‘+’ e ‘–’ são chamados respectivamente de
entrada não inversora e de entrada inversora, e V+ e V– são as tensões aplicadas nessas entradas. Vout é a tensão
de saída. VCC e VEE são as tensões de alimentação, sendo que VCC > VEE .
A saída é proporcional à diferença das tensões de entrada. O ganho do amp-op é dado por
Vout
AO . (22.1)
V V
Ganho em Malha Aberta (AO): também chamado de ganho diferencial; corresponde à amplificação em
malha aberta (Open Loop), ou seja, é medido com saída em aberto. A constante AO (lê-se “a-oh”) é
adimensional mas costuma ser dada em V/V, e é da ordem de 100.000 vezes.
A Figura 22.2a mostra o modelo simplificado do amp-op, com as convenções de sinais de correntes
e tensões. A Figura 22.2b detalha as fontes externas que fornecem as tensões de alimentação do amp-op.
Impedância de Entrada: impedância vista pela fonte que fornece o sinal diferencial de entrada Vd.
No modelo, é representada pela resistência Ri (mais detalhes à frente) e é da ordem de megaOhms.
Pelo modelo da Figura 22.2a, as correntes nos terminais de entrada são iguais e tensão de saída Vout é
fornecida pelo gerador de tensão controlada. Portanto I+ = I– = Vd/Ri e Vout = AOVd .
O amp-op precisa ser alimentado por fontes externas de tensão como mostra a Figura 22.1b.
Frequentemente usam-se tensões simétricas, isto é, de amplitudes iguais e sinais contrários (p.ex., VCC = 12 V e
VEE = –12 V), mas isso não é obrigatório. É preciso apenas que se tenha VCC > VEE.
Encontra-se em anexo o datasheet dos amp-ops da série TL081 que usaremos no laboratório. É um circuito
integrado de 8 pinos (um deles não é usado e está indicado por “N.C.” - not conected ).
O ganho diferencial (AO) está representado por Avd . O valor típico é 200 V/mV (ou 200.000 V/V),
mas repare que no valor mínimo garantido pelo fabricante é bem menor (25 a 50 V/mV). Como veremos
mais frente, o valo exato do ganho não é importante, desde que seja suficientemente elevado (como no caso
do ganho de corrente β dos transistores bipolares, lembra-se?).
O circuito conta com transistores JFET nas entradas ‘+’ e ‘–’, o que confere uma impedância de
entrada Ri bastante elevada: da ordem de teraOhms (1012).
A impedância de entrada é a impedância vista pela fonte do sinal entrada e implica na corrente que a fonte deve
fornecer. Para ilustrar, a Figura 22.3 esquematiza um circuito elétrico qualquer. No caso geral, as tensões e
correntes podem ser senoidais e nesse caso são representadas por números complexos. Usando a notação
de costume, as variáveis complexas estão grafadas em maiúscula e em negrito.
Sendo Vin o sinal de entrada e Iin a corrente de entrada do circuito (e que é gerada pela fonte Vin), a
impedância de entrada Zin é definida por
Vin
Z in . (22.3)
I in
Em frequências não muito elevadas, em que as capacitâncias e indutâncias do circuito podem ser
desprezadas, pode-se ignorar a parte imaginária da impedância e simplificá-la por uma resistência (que é
representada por um número real). É o que foi adotado no modelo do amp-op da Figura 22.2.
Por envolver valores elevados, o ganho de tensão dos amplificadores normalmente é dado em decibéis (dB),
cuja definição é dada por
Vout
AO dB 20 log , (22.4)
Vd
onde log( ) é a função logarítmica de base dez. Por exemplo, uma amplificação de 1.000 vezes corresponde
a um ganho de +60 dB, e no TL081 o AO típico de 200.000 V/V equivale a um ganho de +106 dB.
Como a potência de um sinal é proporcional ao quadrado da tensão, o ganho em dB equivale à
Pout
AO dB 10 log dB, (22.5)
Pin
onde Pout é a potência do sinal de saída e Pin é a potência do sinal de entrada.
Em particular, +3 dB é um valor notável que corresponde a um ganho de 2 em amplitude (confira
na sua calculadora), ou equivalentemente quando a potência do sinal dobra. Inversamente, –3 dB
corresponde a uma atenuação de 2 (amplitude dividida por esse valor), ou equivalentemente quando a
potência do sinal cai pela metade. Essa faixa de –3 dB é usada na definição da frequência de corte de filtros.
ALERTA 1 Um ganho em dB negativo NÃO SIGNIFICA que a saída seja negativa ou que o sinal da saída
seja o inverso do sinal da entrada. O ganho em dB é negativo se |Vout| < |Vin|.
Na seção 22.1, dissemos que o ganho em malha aberta AO corresponde ao ganho medido com a saída Vout
em aberto. No entanto, o conceito envolvido é mais amplo.
Um sistema opera em malha aberta quando a entrada é acionada sem ser ajustada em função da saída
resultante (algo como voo cego). Por isso o amp-op da Figura 22.1, estando alimentado e com tensões
presentes nas entradas, estará em malha aberta mesmo que uma carga seja conectada na saída. A operação
em malha aberta é possível quando é baixo o risco (ou as consequências) da saída não se comportar como o
esperado para uma dada entrada.
Em sistemas de malha fechada a saída é monitorada e seu valor é usado a cada instante para ajustar a
entrada. Dessa forma é possível garantir que a saída siga uma determinada trajetória, superando imprecisões
do sistema ou imprevistos de forma automática. São sistemas desse tipo que veremos a seguir.
Em malha fechada, a saída afeta a entrada efetiva do sistema. Dizemos que a saída é realimentada na entrada.
A realimentação é negativa quando se opõe a variações de saída. Ou seja, se a saída aumenta, a
realimentação atua na entrada para causar uma diminuição na saída; inversamente, uma diminuição na saída
atua na entrada para aumentar a saída. É o princípio básico dos sistemas de controle, usado para se
estabilizar um sistema e fazê-lo seguir uma trajetória no tempo.
O ganho elevado faz com que a saída de um amp-op em malha aberta fique instável. No entanto,
podemos estabilizar a saída fazendo o amp-op operar em malha fechada e com realimentação negativa. O ganho
entrada-saída do circuito pode ser ajustado com precisão. Isso é feito por meio de circuitos que realimentam
a tensão de saída na entrada inversora (–).
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Por ser muito elevado, o ganho AO nessas condições implica em um efeito pouco óbvio: a tensão
diferencial de entrada Vd tende a zero! É o que veremos a seguir.
NOTA: A realimentação é positiva quando reforça variações de saída: o aumento desta causa mais aumento, e
vice-versa. Em sistemas desse tipo a saída está sempre em saturação se a realimentação atua sem atraso
significativo, ou oscila em caso contrário – veremos aplicações para isso no futuro.
A Figura 22.4 mostra um exemplo simples de circuito com realimentação negativa. A tensão de saída Vout
está conectada na entrada inversora do amplificador.
ALERTA 2 A realimentação da saída deve ser feita na entrada INVERSORA (–) para que seja negativa.
O circuito é chamado de seguidor porque a tensão de saída é igual a tensão de entrada. Ou seja,
Vout = Vin .
Com a realimentação negativa, o ganho global entre a entrada Vin e a saída Vout é diferente do ganho
em malha aberta, e é representado por ACL.
Ganho em Malha Fechada (ACL): razão entre as tensões de saída e de entrada do circuito realimentado
(Closed Loop). Ou seja,
Vout
ACL (22.7)
Vin
Portanto o seguidor é um amplificador com ganho ACL unitário (ou 0 dB, certo?). Pode não parecer
muito útil, mas tem aplicações. A impedância de entrada do seguidor é muito alta, por isso a corrente que a
fonte do sinal Vin precisa fornecer é próxima de zero. O seguidor permite que se meça a tensão Vin sem
interferir no circuito que a gera, e o amp-op fornece a corrente necessária no lugar da fonte de Vin. Por
exemplo, o seguidor pode ser usado para se medir a tensão em um capacitor sem descarregá-lo.
NOTA: repare que o amp-op não tem um terminal conectado diretamente no terra. A conexão do circuito
interno do amp-op ao terra se dá por meio das fontes VCC e VEE . Confira isso na Figura 22.2b.
É possível explicar o funcionamento do circuito seguidor de forma expedita usando-se o modelo do amp-op
ideal. Pela definição do ganho em malha aberta (expressão 22.1) temos que Vd = Vout/AO .
Pelo modelo do amp-op ideal, AO tende ao infinito. Portanto
V
lim out 0 Vd 0 . (22.8)
AO
AO
No amp-op ideal, com AO → ∞ e realimentação negativa, se a saída está dentro dos limites de
operação (ou seja, não está saturada em VCC ou VEE), necessariamente deve-se ter Vd ≈ 0.
Pela forma que o amp-op está conectado na Figura 22.4, temos que
V+ = Vin e V– = Vout Vd = Vin – Vout , (22.9)
e portanto Vd = 0 Vin = Vout (c.q.d.).
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Em amp-ops reais, AO não é infinito e Vdnão é zero; porém seu valor é tão baixo que pode ser
ignorado. Por exemplo, supondo AO = 100.000 (100 dB) e Vout = 1 V, a tensão Vd seria de apenas 10 μV.
Veja como a realimentação negativa atua. Na Figura 22.4, suponha inicialmente que o sistema esteja estável,
com Vout = Vin, e portanto Vd = 0 conforme concluímos na seção anterior. A partir dessa condição:
Suponha que a tensão Vin na entrada não inversora aumente ligeiramente (no circuito, V+ = Vin).
Isso faz Vd aumentar (pois Vd = V+ – V–).
O aumento de Vd faz Vout aumentar (dado que Vout = AOVd).
O aumento de Vout faz a tensão V– na entrada inversora aumentar (devido à realimentação)
Isso tende a zerar novamente a tensão Vd, anulando dessa forma o aumento em V+.
No exemplo, repare que se a tensão Vout passar de Vin por algum motivo, tem-se Vd < 0 e Vout é
forçado a diminuir, voltando a se igualar a Vin . Trata-se portanto de um caso de equilíbrio dinâmico (mais
uma a nossa coleção).
A realimentação negativa e o ganho elevado do amp-op fazem com que a diferença de tensão entre as
entradas ‘+’ e ‘–’ tenda a zero. É como se elas estivessem em curto, mas obviamente não estão. Entre elas existe
a impedância de entrada Ri que, pelo modelo ideal, tende a infinito. Disso resulta um conceito importante.
Curto Virtual: condição em que a diferença de tensão entre dois pontos é praticamente nula, mas a
passagem de corrente também é praticamente nula devido à alta impedância de um ponto ao outro.
ALERTA 3 O amp-op NÃO FORÇA Vd ir a zero (mesmo porque V+ e V– são entradas, e não saídas). É
a realimentação negativa que faz o amp-op ajustar a saída Vout para que se tenha V+ ≈ V– .
ALERTA 4 A corrente Ii através de Ri é próxima de zero, mas NÃO É ISSO que faz Vd = 0. De fato,
tem-se que Vd = Ri.Ii , mas com Ri → ∞ e Ii → 0, o produto dos dois fica indefinido.
Para a coisa não ficar muito abstrata, vamos considerar que o ganho AO seja limitado e refazer a análise de
forma algébrica. A técnica para se analisar sistemas com realimentação da saída na entrada já conhecemos:
equacionamos o sistema como se a saída fosse uma entrada adicional, manipulamos as equações e isolamos
a variável de saída, escrevendo-a em função das entradas e dos parâmetros do sistema.
Dado que Vd = Vin – Vout (expressão 22.9) e da definição do ganho diferencial,
Vout = AOVd Vout = AO (Vin – Vout),
de onde se obtém
AO
Vout Vin . (22.10)
1 AO
O passo seguinte é admitir que AO >> 1, resultando em
1 + AO ≈ AO Vout ≈ Vin ,
e essa aproximação será melhor quanto maior for o ganho em malha aberta do amp-op.
R2
R1
O circuito mostrado na Figura 22.5 é conhecido como Amplificador não Inversor. Vamos mostrar que
R R2
Vout 1 Vin . (22.11)
R1
O ganho de malha fechada desse circuito é sempre é positivo e sempre maior que 1:
R1 R2
ACL (no amplificador não inversor). (22.12)
R1
ALERTA 5 A realimentação da saída deve ser feita na entrada INVERSORA (–) para que seja negativa.
NOTA: da mesma forma que no circuito seguidor, o amp-op no amplificador não inversor não tem um
terminal conectado diretamente no terra, mas isso se dá por meio das fontes de tensão de VCC e VEE.
Com Vd ≈ 0, tem-se um curto virtual entre as entradas, que está representado na figura pela linha
tracejada. Como V+ está ligado à Vin, temos também V– ≈ Vin.. Podemos então determinar a corrente que
passa pelo resistor R1 por
V Vin
I R1 . (22.13)
R1 R1
Com I– ≈ 0, as corrente IR1 e IR2 são praticamente iguais e a tensão de saída é dada por
Vin
Vout R1 I R1 R2 I R 2 Vin R2 , (22.14)
R1
que é equivalente à expressão do ganho dada na equação 22.11.
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Repare que o divisor resistivo R1 e R2 realimenta na entrada inversora uma parte da tensão Vout e
não o valor integral desta, como no circuito seguidor. Com isto, tem-se a seguinte definição:
Fração de Realimentação (B): fração da tensão de saída que é realimentada negativamente, ou seja,
R1
B . (22.15)
R1 R2
De fato, na Figura 22.6 podemos ver que
V BV
. out . (22.16)
Exercício 1 (D+) No amplificador não inversor da Figura 22.5, assuma VCC = 10 V; VEE = –10 V; R1 = 1 kΩ;
R2 = 1 kΩ; e que o amp-op seja ideal.
a) Calcule o ganho em malha fechada. Apresente o valor do ganho em V/V e em dB.
b) Calcule a tensão de saída e a corrente nos resistores para: (i) Vin = 2 V; (ii) Vin = 0 V; e (iii) Vin = –2 V.
AO
Vout Vin , (22.17)
1 AO B
com B dado pela definição 22.15. Vemos então que é necessário que se tenha AOB >> 1 para que as
hipóteses simplificadoras da seção anterior sejam válida e se possa aproximar a expressão 22.17 por
1
1 AO B AO B Vout Vin , que é equivalente a expressão 22.11.
B
No circuito amplificador não inversor, o sinal de entrada Vin é aplicado diretamente à entrada não inversora
do amp-op (Figura 22.5). Com isso, a impedância vista pela fonte de Vin é a impedância de entrada Ri do
amp-op. Portanto, a corrente que Vin deve fornecer é próxima de zero.
Com isso, temos uma característica importante: a impedância de entrada do circuito amplificador
inversor é igual à resistência de entrada Ri do amp-op, que na prática é muito elevada.
Exercício 2 (D+) No amplificador não inversor da Figura 22.5, assuma VCC = 10 V; VEE = –5 V.
a) Considere que o amp-op seja ideal e calcule R1 e R2 para que o ganho em malha fechada seja de 20 dB e que a
corrente de polarização nos resistores de realimentação seja de 10 mA no pior caso.
b) Assuma R1 = 1 kΩ; R2 = 1 kΩ; e que o amp-op tenha ganho em malha aberta finito e igual a 80 dB. Calcule o
ganho em malha fechada (em V/V) nessa condição e compare com o resultado do Exercício 1.
R1 VCC
Vin –
Vd Vout
+
VEE
Usando essas hipóteses, o circuito pode ser simplificado como mostra a Figura 22.8.
No circuito do amplificador inversor, a realimentação negativa faz com que as entradas ‘+’ e ‘–’ do amp-op
fiquem em curto virtual (desde que a saída não esteja saturada). Como a entrada ‘+’ está aterrada, o nó entre
os resistores R1 e R2 que está conectado à entrada ‘–’ se torna um terra virtual . Esse fato está representado
na Figura 22.8 pela linha tracejada.
Um ponto de terra virtual tem tensão muito próxima de zero, mas não está conectado diretamente
ao terra: está em curto virtual. Ou seja, entre o ponto e o terra existe uma alta impedância (que é
impedância de entrada Ri do amp-op) e não há corrente entre eles.
O terra virtual é um conceito importante e aparecerá em outros circuitos com amp-op.
Repetindo o que fizemos nos circuitos anteriores, convém analisar o circuito considerando que o ganho em
malha aberta AO seja finito para melhor compreender o seu funcionamento. Mas desta vez, a diversão vai
ficar por sua conta. Para encaminhar o seu trabalho (álgebra linear), vamos dar alguns passos.
Como AO não é mais infinito, aplique a lei das malhas de Kirchhoff no circuito da Figura 22.8 sem
assumir que Vd ≈ 0 ou que existe o terra virtual na entrada não inversora. Portanto,
AO R2
Vout Vin (22.29)
AO R1 ( R1 R2 )
Portanto, a condição para que as hipóteses simplificadoras da seção anterior sejam válidas é dada por
AOR1 >> (R1 + R2). Com isso, podemos aproximar a expressão 22.29 por
R2
AO R1 ( R1 R2 ) AO R1 Vout Vin .
R1
Exercício 3 (D+) Faça a dedução da expressão da tensão de saída do amplificador inversor considerando um amp-
op com ganho AO finito (expressão 22.29).
No caso do circuito do amplificador inversor, temos que a corrente de entrada é dada por IR1, conforme
mostra a Figura 22.8. Como a resistência R1 está conectada ao terra virtual, a impedância de entrada desse
circuito é igual a R1 (confira pela definição 22.3 de Zin e pela equação 22.23 de IR1).
Portanto, sendo Rin a resistência de entrada desejada para o amplificador,
R1 = Rin (22.30)
Com R1, podemos definir R2 pelo ganho ACL desejado.
Os mesmos cuidados para a polarização do amplificador não inversor (seção 22.4.3) também valem
aqui. No modelo do amplificador inversor da Figura 22.8, a corrente de polarização IP é dada por
Vin Vout
I P I R1 I R 2 IP . (22.31)
R1 R2
Como I– = Vd/Ri, para que possa ser desprezada frente a IP, a condição R1 + R2 << Ri do
amplificador não inversor (expressão 22.19) também é válida neste caso.
Deve-se observar também o limite de corrente de saída do amp-op (IOS). Como se trata de um
amplificador inversor, nos casos extremos a saída fica próxima da tensão de alimentação superior (VCC) no
menor valor de entrada (Vin mín) e próxima da alimentação inferior (VEE) na maior entrada (Vin Máx).
Algumas respostas
Exercício 1 a) 2 V/V (6 dB). b) (i) 4 V; 2 mA; (ii) 0; 0; (iii) –4 V; -2 mA.
Exercício 4 a) -2 V/V (6 dB, fora de fase). b) (i) 4 V; -2 mA. (ii) -4 V; 2 mA. c) R1 = 100 Ω; R2 = 9 kΩ.