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<■• n n i l l l l i r i U
Contexto bíblico
Origem
Doutrina e
eficácia na
vida cristã
5122
nossa fé. Neste período de estudos terem os a o p o rtu n id a d e de nos a p rofu nda r neste
cristã", corrobora o nosso pensam ento quando diz: "Há sem pre um a razão para não
orar. Agora não ten ho tem po [...]! Acordei tarde e já estou atrasado para o tra b a lh o !
Estou m u ito cansado [...] e para orar devo estar descansado! O utra hora eu oro [...]!
Depois [...], depois [...], depois [...]! E o Senhor"sobra"! Nem percebem os que ele não
Mas podem os m u dar esse quadro e fazer com que a oração seja o marco fun d a m e n ta l
da nossa vida cristã. Ao longo dos estudos você terá o p o rtu n id a d e de m e d ita r no
v a lo r e sig n ifica d o da oração para sua vida. Experim entará ta m b é m a sua eficácia
na vida de hoje.
que você a u m e n te a cada dia o seu te m p o de oração. 0 nosso desejo é que você
alcance esses o b je tiv o s que será bênção para a sua vid a e para a vida daqueles
COMPROMISSO 1
COMPROMISSO 3
O segredo dos pássaros está nos tendões de suas pernas. Eles fu n cio n a m de form a
que, quando o pássaro está com o jo e lh o dobrado, seus pés tra va m , segurando
firm em ente qualquer coisa. Seus pés somente irão "destravar"quando ele desdobrar
o joe lho para voar. Um joelho dobrado dá à ave força para segurar-se.
É incrível o que DEUS fez para que o passarinho possa descansar e d o rm ir em segu
rança. Conosco isso não é diferente. Quando não conseguim os nos firm a r em nosso
"galho", nossa vida fica d ifícil d ia nte das dificuld ade s, acham os que a q u a lq u e r
m om ento podem os cair, então devemos dobrar nossos joelhos, pois som ente assim
ganharem os forças para nos segurar firm es.
Dobre seus joelhos e quebrante-se diante do Senhor, pois Deus não resiste a um
coração quebrantado.
(Autor desconhecido)
Extraído: m arcioburgonovo.blogspot.com /2011/04/o-passaro-e-oracao.htm l
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TEXTO BÍBLICO
Mateus 6; Marcos 1;
Salmo 139
TEXTO ÁUREO
Marcos 1.35
expulsou muitos demônios; mas não perm itia que os demônios falassem,
porque eles sabiam quem ele era. De m adrugada, ainda bem escuro, Jesus
levantou-se, saiu e foi a um lugar deserto; e a li começou a orar. Então Simão
e seus companheiros saíram para procurá-lo e, quando o encontraram,
TERÇA
Mateus 6.7- disseram-lhe: Todos te procuram. Jesus lhes respondeu: Vamos a outros
QUARTA
lugares, aos povoados vizinhos, para que tam bém eu pregue ali, pois foi
Mateus 6.9-13 para isso que {"m
ivM c 1.32-38).
QUINTA
Mateus 6.33 0 QUE É ORAÇÃO?
■ í.
1 Mateus 6.9-13.
COMPROMISS011
Uma das respostas possíveis nos é dada por mos tão ocupados, tão preocupados e tão
sobrecarregados, como é que conseguiremos
Henri Nouwen:
dar espaço para aquele que diz:"
"Oração é o esforço intencional, concen primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas
trado e regular visando criar um espaço essas coisas vos serão acrescentadas "?4
para Deus"3.
A vida sem espaço para Deus pode facilmen
0 que Henri Nouwen quer nos ensinar com te se tornar estreita para nós. Quando não
esta resposta? abrimos espaço para Deus em nossa vida
somos tomados pela inquietação e alienação.
"Oração é um esforço intencional
E quanto mais preocupados, mais somos leva
A decisão de orar precisa ser nossa.
dos a imaginar que nós temos o controle da
"[...] concentrado Requer foco. So vida nas mãos, mais nutrimos a ilusão de que
licita que façamos calar as vozes que falam controlamos todas as nossas circunstâncias.
ao nosso redor. Requer silenciar a nossa voz Temos a ilusão de que controlamos as outras
interna que tenta nos distrair a todo instante. pessoas. E quanto mais imaginarmos ter o
controle da vida nas mãos, mais possessi
"[...] reg u lar Requer consistência, vos, mais defensivos, mais exauridos nós nos
regularidade. Não dá para pensar em orar tornam os. Vamos nos tornando reféns da
hoje e só voltar a orar no mês que vem. agenda, da correria e das nossas ilusões a tal
'Mateus 6.7. ponto que, aos poucos, vamos nos alienando
3 Christensen, Michael J e Laird, Rebeca J. Formação da própria vida.
espiritual - seguindo os movimentos do Espirito.
Petrópolis: Vozes, 2012. 4 Mateus 6.33.
Depois de aprenderm os a abrir m ão do con 0 nosso Senhor Jesus nos ensina que Deus
circunstâncias e sobre as pessoas com quem Mas para isso precisamos orar, a b rir espaço
convivem os, vam os ap rend er a entreg ar a para Deus. Assim, Deus poderá acrescentar
nossa vida, os nossos dias, as nossas circuns em nós tudo o que precisamos. Jesus disse:
tâncias, aprender a entregar as pessoas com "Mas tu, quando orares, entra no teu quarto
quem nos relacionamos aos cuidados de Deus. e, fechando a porta, ora a teu Pai que está
Vamos aprender a valorizar tud o aquilo que em secreto; e teu Pai, que vê o que é secreto,
tem valor para Deus. Vamos aprender a abrir te recompensará" (M t 6.6).
CO M PRO M ISS013
TEXTO ÁUREO
I Gênesis 3.8-10
INTRODUÇÃO
; ’ • ■,* \ r i * e• , 1t • *. ' v . y-,
'Gênesis 1.27,28.
Já não é mais assim. Depois da nossa expulsão aqui?"Eles responderiam apontando para ár
do Jardim do Éden2, falar com Deus passou vore do conhecimento do bem e do mal:"Está
a ser um a tarefa que exige o em penho de vendo aquela árvore lá? Não podemos comer
todos os nossos esforços. Tanto é assim que e nem mesmo tocar no fruto que ela produz."
o p ró prio Deus falando por in te rm é d io do E se nós ainda perguntássemos: "Por quê?"
I profeta Jeremias disse: "Então me invocareis Eles responderiam : "Porque Deus proibiu".
e vireis orar a mim, e eu vos ouvirei. I me
Isto significa dizer que o prim eiro casal tinha
buscareis e m e encontrareis, quando m e bus
plena consciência do que era certo e errado.
cardes de todo o coração" (Jr 29.12,13). Isto
Entretanto, o eixo decisório de suas escolhas
é, depois da expulsão do paraíso, falar com
morais e éticas estava centrado em Deus. Era
Deus passou a requerer de nós um grande
Deus quem dizia o que era certo e errado. Não
em penho existencial.
comer o fruto não era uma decisão tomada no
A final de contas, o que foi que aconteceu? A isolam ento de suas consciências. Não comer
resposta está na experiência da queda (lap do fru to era um ato de obediência a Deus.
so). Queda é um term o teológico que se refere
Satanás, na tentação, ofereceu um a propos
ao m ais trágico evento da história humana,
ta diferen te. Qual? Trocar o eixo decisório
um a vez que todas as nossas tragédias pos
de Deus para eles m esmos. Satanás disse:
teriores são oriundas dela. A queda se refere
Com certeza, não morrereis. Na verdade, Deus
à ru p tu ra dos seres humanos com Deus, por
sabe que no dia em que comerdes desse fruto,
causa do pecado. A ruptura com Deus ocorreu
vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus,
p o r term os aceitado a proposta satânica de
conhecendo o berne o m a l" (Gn 3.5). Adão
tra n s fe rir o eixo decisório da nossa vida de
e Eva aceitaram os argum entos ardilosos da
Deus para nós próprios.
! i 9-í ♦ V: V*' i;.i serpente. A ideia da proclam ação da a u to
Quero te n ta r explicar isso m elhor. Im agine nom ia em relação a Deus pareceu ser m uito
se nós pudéssemos en trar em um a nave do sedutora e convincente. Afinal, eles mesmos
te m p o e retornássem os ao m arco zero da deveriam assum ir os seus próprios destinos
criação dos seres humanos, e nos encontrás nas mãos.
semos com Adão (averm elhado) e Eva (vida)
Desde então, os seres humanos passaram a
e perguntássemos:"o que nós podemos fazer
viver em busca de uma suposta autonom ia
aqui neste belo Jardim ?" Eles responderiam :
em relação a tud o e a todos, inclusive, em
"podem os fazer praticam ente tudo". E se per
relação a Deus. Essa busca pela autonom ia
gu ntássem os: "E o que não se pode fazer
em relação a Deus e a sua vontade é o pano
COMPROMISS015
Não é possível orar e fugir às nossas responsa Em um contexto cultural que todos aceita
bilidades. Orar é tornar-se responsável diante vam a vida como um destino previam ente
de Deus. A oração verdadeira á aquela em que traçado, o Senhor Jesus inaugurou uma nova
nós oferecemos a nossa vida como garantia, form a de pensar. Jesus conclamou os seus
a fim de que Deus aja por nosso interm édio discípulos a fazerem escolhas d ia n te de
e n ã o em nosso lugar. Deus4. Jesus ensinou que é possível um ser
humano escolhera maneira como construirá
EM TERCEIRO LUGAR,
a sua vida5. Jesus ensinou que era possível
PORQUE PASSAMOS A NOS
am arem vez de odiar67.0 que o Senhor Jesus
VER COMO V ÍT IM A S DAS
estava fazendo? Estava nos ensinando que,
NOSSAS CIRCUNSTÂNCIAS
apesar de tudo, as escolhas ainda estão em
Confrontada por Deus, a m ulher respondeu: nossas mãos. A m a io r lição, a respeito da
“A serpente me enganou, e eu Gn 3.13). experiência de orar, que Jesus nos deixou
Como se não houvesse nenhuma alternativa foi quando, no Jardim do Getsêmani, aceitou
a n ã o se rce d e rà te n ta çã o .N o m o m e n to e m abrir mão da sua vontade para que a vontade
que passamos a aceitar que somos reféns de de Deus fosse feita.
situações que determ inam tudo o que nos
acontece, orar deixa de fazer sentido. Para CONCLUSÃO
que orar se o nosso destino já está traçado
Se no Jardim do Éden, com os nossos pais,
em to d o s os seus detalhes? É com um , no
nós trocam os a oração p o r um a aventura
O riente , as pessoas pensarem que a vida
não passa de um jo g o de cartas marcadas. trágica, em busca de autonom ia; no Jardim
M aktube é um a palavra árabe que s ig n ifi do Getsêmani, com Jesus, nós recuperamos
a firm a r a vida com o destino previam ente vontade de Deus, dizendo: "não seja feita a
COMPROMISS017
TEXTO AUREO
Gênesis 18.32 DE INTERCESSÃO
'Gênesis 11.27,28.
2 Gênesis 12.
’ Gênesis 13.8.
4 Gênesis 13.12.
18 COMPROMISSO
foram cobiçados sexualm ente5. Entretanto, lugarpor causa dos cinquentajustos que ali es
as Escrituras Sagradas revelam que, além da tão? (Gn 18.24). Deus respondeu: "Se eu achar
luxúria, havia um espectro m uito m aior de em Sodoma cinquentajustos dentro da cidade,
pecados sendo cometidos. Além da luxúria e pouparei o lugar todo por causa deles" (Gn
de "práticasrepugnantes", havia arrogância, 18.26). Em seguida, Abraão se humilha diante
i
ganância e indiferença para com os pobres de Deus, e oferece uma segunda pergunta: ■
Ao tom ar conhecimento das intenções divinas destruirás toda a cidade por causa dos cinco?"
de destruir as duas cidades, Abraão iniciou um (Gn 18.28). Ele respondeu: Não a destruirei, se
processo de negociação com Deus, que se tor eu achar ali quarenta e cinco"(Gn 18.28). Esse
nou um caso clássico de oração intercessória. diálogo continuou até que Abraão ofereceu a
Abraão aproxim ou-se de Deus e perguntou: sua últim a indagação: "Ese achares a li dez? O
"Chegando-se Abraão, disse: Destruirás ojusto SENHOR concordou: Não a destruireipor causa
aterra?"(G n 18.25). Abraão, então, ofereceu vos da oração é abrir espaço para Deus, mas
a prim eira pergunta: "Se houver cinquenta aqui o que estamos observando é justamente
justos na cidade, destruirás e não pouparás o o contrário. É Deus quem abre espaço para
Abraão. 0 que fica patente é que o Criador,
’ Gênesis 19.1-5.
6 Ezequiel 16.49,50. Todo-poderoso, perm ite que a sua criatura
I Harris, R. Laird; organizador. Dicionário Interna amada se apresente, se expresse e se compro
cional de Teologia do Antigo Testamento. Trad.
meta. Deus não reclamou e não repreendeu
Márcio Loureiro Redondo, Luiz AlvertoT. Sayão, Carlos
Osvaldo C. Pinto. Sáo Paulo: Vida Nova, 1998, p. 472. Abraão. Deus abriu espaço para o diálogo.
COMPROMISS019
V, ^
neustos) significa que Deus soprou sobre as obedeço à tua "arvl(pS1119.67). C. S. Lewis
r V .
Escrituras. E por isso ela é“útir (ophelimos), pensador cristão, do século passado, disse
isto é, ela é proveitosa, traz benefícios tanto que:"Deus sussurra em nossos ouvidos por
paraensinarquanto para repreender, corrigir meio de nosso prazer, fala-nos mediante nos
deixamos de agradecer a Deus, pois quando Abraão reconhece Deus como leg ítim o ju iz
ouvistes de nós a sua palavra, não a recebestes dos seres hum anos. Entretanto, ao mesmo
como palavra de homens, mas como a palavra tem po em que reconhece que Deus é justo
de Deus, como de fato é, a qual também atua
8 Lewis, C. S. O problema do sofrimento. Trad.
em vós, os que credes"{1Ts 2.13).AKplo de França Neto. São Paulo: Editora Vida, 2009.
20 COMPROMISSO
’• v ' v v ^ .
COMPROMISSO 21
COMPROMISSO 21
TEXTO ÁUREO
Êxodo 33.11a
COMPRO
'Êxodo 8-10.
2 Números 12.
'Números 14.
4 Números 21.
5 Êxodo 24.18.
6A Bíblia: Nomes (Êxodo) - tradução para o francês Conhecer o Filho de Deus como nosso Senhor
e comentários de André Chouraqul; tradução, Ivan Es
e Salvador traz profundas implicações para a
perança Rocha e Paulo Neves. Rio de Janeiro: Imago
Editora, 1996, p. 360,361. maneira como nós vivemos. Deus espera que
i:
:
COMPROMISSO 23
:
Digitalizado com CamScanner
- ■■ *
- j
24 COMPROMISSO
COMPROMISSO 25
(TEXTO ÁUREO
2Crônicas 7.14,15
76 COMPROMISSO
Eainda mais, quem serão os agentes da cura? Deus passou a ser percebido de outra form a.
Jesus disse que povo de Deus é "todo aquele
Vamos ao texto. A prim eira coisa que quero
que faz a vontade do Pai".
chamar a sua atenção é para o fato de que
esta promessa se inicia com uma convocação De todos os apóstolos, aquele que m e lh o r
dirigida exclusivamente para o povo de Deus. compreendeu este novo conceito, introduzido
Deus diz: "Seo meu povo, que se chamapor
pelo
Jesus, fo i o apóstolo Paulo. Escrevendo
meu nome A pergunta é: quem é o povo aos Efésios, ele vai dizer que povo de Deus é
de Deus? Quem está incluído nesta convoca todo aquele que está em Cristo1.
'![ J ' } i J * >>
ção? Há m uitas tentativas de responder esta
0 apóstolo está nos ensinando é que o con
pergunta: para alguns, povo de Deus é Israel;
ceito de povo de Deus fo i am pliado.
para outros são os católicos; outros ainda
responderão dizendo que são os evangélicos; Não é mais possível se d e fin ir povo de Deus
há ainda aqueles que dirão que são os pobres. por critérios étnicos, raciais, culturais, geo
Esta mesma pergunta tam bém foi feita para gráficos. Acabou isso. Agora, só existe apenas
Jesus. Mateus diz que Jesus estava falando um critério universal, capaz de de te rm in a r
para uma grande multidão, quando sua mãe quem faz parte do povo de Deus. Que critério
e seus irmãos tentaram se aproxim ar dele. é esse? Esse critério é Cristo. Quem está em
Como não era m uito fácil te r acesso a Jesus, Cristo, faz parte do povo de Deus.
nem mesmo para a sua fam ília, alguém se
Quando uma nação adoece, todo aquele que
aproxim ou do Mestre e disse: "E alguém lhe
está em Cristo é chamado para:
disse: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e
querem falar contigo. Ele, porém, respondeu 1. HUMILHAR-SE
ao que lhe falava: Quem ém inha mãe? E quem
"se om eu povo, que se chama pelo meu nome,
são meus irmãos? E, apontando com a mão
se hum ilhar [...]".
para os discípulos, disse: Aqui estão minha
mãe e meus irmãos. Pois quem fizera vontade H um ilhar-se é o p rim e iro passo que to d o
de meu Pai que está no céu, este ém eu irmão, aquele que está em Cristo, precisa d a r a
irm ã e m ãe" (M t 12.47-50). fim de que um a nação seja restaurada. Hu-
m ilh ar-se é a d m itir seus pecados e erros.
Antes de Jesus, as Escrituras Sagradas apre
Hum ilhar-se é se despir de arrogância, é se
sentam como povo de Deus todos os descen
despir do orgulho. Hum ilhar-se é saber que
dentes de Abraão. Sendo assim, o conceito
de povo de Deus tinha a ver com etnia, com a resposta que buscamos não virá por causa
COMPROMISSO 27
2. DEPENDER DE DEUS que querem os, mas sim com o um filtr o para
obterm os tu d o o que precisamos, segundo
"e orar [...].
a sua vontade.
Além de hum ilhar-se, o povo de Deus precisa
orar. Orar é pedir ajuda. Porque só ora aquele c) Precisamos aprender a esperar por
que sabe que depende de Deus. Quem não uma resposta e perseverar
te m essa consciência, não ora.
Paulo, escrevendo aos efésios, ensinou:
Agora, com o devemos orar?
com toda oração e súplica, orando em todo
tempo no Espírito e, para isso mesmo, vigiando
a) Precisamos aprender a orar por todas
as coisas com toda perseverança e súplica por todos os
santos"(Ef 6.18). Precisamos estar atentos
0 apóstolo Paulo, escrevendo aos filipenses,
à maneira como Deus está respondendo às
vai dizer: "Não andeis ansiosos por coisa a l
nossas orações.
gum a; pelo contrário, sejam os vossos pedidos
plenam ente conhecidos diante de Deus por
meio de 3. BUSCAR A PRESENÇA DE DEUS
oração e súplicacom ações de graças;
[..J "(F p 4.6). Isto significa dizer que, não há
"buscar a m inha presença
nenhum a área em nossas vidas, sobre a qual,
possamos proclam ar autonom ia em relação 0 foco da nossa oração é o Senhor Deus.
a Deus. Não existe nenhum a dim ensão da Não há nenhum problem a em querer um a
nossa existência que deva fica r de fora da resposta da parte de Deus. Mas certifique-se
nossa vida de oração. de que mais do que uma bênção do Senhor,
você quer o Senhor da bênção na sua vida.
b) Precisamos aprender a nos submeter
è m ediação de Jesus Por que a orientação de Deus é para buscar
a sua face, antes de qualquer coisa? Porque
Jesus disse: "Em verdade, em verdade vos digo
quando você busca Deus, recebe tu d o o que
que o Pai vos concederá tudo quanto lhe pedir
des em meu nome" [lo 16.23). Por que orar em precisa. Ao passo que, se você quiser im p or
nome de Jesus? Basicamente por duas razões. a sua vo ntad e para Deus, corre o risco de
P rim e ira , porque nós só tem os acesso a perder a perspectiva da presença de Deus e
Deus, pelo que Jesus fez por nós na cruz do da sua vontade.
28 COMPROMISSO
gente colocando a sua confiança em coisas d e stin o da nossa nação. Nunca devem os
que não são capazes de garanti-las. Podem lim ita r quando, como e o quanto é capaz de
ser coisas ótim as, mas podem desabar de agir. Só Deus é a nossa Rocha e Fortaleza.
um a hora para o u tra . Só Deus pode ser a Precisamos continuar orando e intercedendo
nossa Rocha. pela nossa nação.
j
COMPROMISSO 29
1i
Digitalizado com CamScanner
[v Vylin &j S Sfla lí
b S f& ^ L i • ' ' ' . ’ .
, í . i ."
i-\.
TEXTO BÍBLICO
ORAÇÃO DE DAVI
;-: 2Samuel 22; r" ^ i b 553
| Lamentações 3; '* * * : • fB Ml HR f i &A A iyj f l In - % h
r» i j fc
; Lucas 17; Salmo 18 v.<;> d «& vi J H % 0 Su£S3
| TEXTO ÁUREO
í; 2Samuel 22.20 TRANSFORMAR
Irineu foi um dos pais da igreja. Ele foi pastor na França, na cidade de
Lyon, no século 2. É dele a seguinte frase: "A glória de Deus é um ser
humano completamente vivo1." D m se encaixa nesta descrição.
ki■
r
;'
0 que Davi nos ensina a respeito da oração? não alim enta a nossa vida de oração, não se
■' - . ' transform a em atos de obediência, não se
PRECISAMOS APRENDER A ORAR transform a em adoração, em compromisso
COM DEUS E NÃO APENAS A DEUS2 com Deus nós entram os autom aticam ente
em aliança com o diabo. Por quê? Porque o
Nos prim eiros sete versículos Davi testem u
diabo é o p ro tótip o daquele que sabe tud o
nha que a sua vida está mergulhada em Deus.
a respeito de Deus, mas não quer nada com
Fica m u ito claro que Deus é a razão da vida
Deus. Davi orava com Deus, nós precisamos
de Davi. Deus é rocha, fortaleza, libertador,
ta m b é m aprender a orar com Deus e não
escudo, torre alta. Davi dem onstra te r m uita
apenas a Deus.
consciência do que Deus significa para ele. . fc
. . V. . • , |,K
‘ ' <■ $
E tu d o o que Davi fo i capaz de perceber a
AO ORAR PRECISAMOS TER |
respeito de Deus, ele colocou em suas orações.
CONSCIÊNCIA DOS ATOS
À m edida que Deus ia sendo revelado ao seu
DE DEUS NA H ISTÓ R IA 3
coração, mais Davi ia incorporando Deus e a .C
sua vontade para a sua experiência concreta. A partir do versículo 8, Davi descreve a história
V
Davi não registrava nos salmos apenas con do povo de Deus de m odo poético. U tiliza
ceitos eruditos a respeito de Deus. Não era imagens fortes, vibrantes, para fa la r dos atos
o conceito de Deus que mais o interessava. de Deus na história. M enciona a libertação
Davi não ora apenas a Deus, mas Davi ora com do Egito. M enciona ta m b é m o livra m e n to
Deus. Isto é, não há nada que Davi soubesse através do M ar V erm elho. Faz referência à
a respeito de Deus que não fizesse parte da aliança do Sinai. No versículo 20, Davi declara:
sua vida de oração. Isto nos ensina m uito, "Trouxe-me para um lugar seguro; livrou-m e,
mas, tam bém , pode soar como uma adver porque se agradou de m im "(2Sm 22.20). Davi
tência de que qualquer coisa que sabemos tem consciência de que Deus não é um mero
a respeito de Deus, que não é incorporado à observador da história. Deus está agindo na
nossa vida de oração, se perde ou se torna história.
1 * 1'
• * • ' %
Deus* restá red
'
im ind o os hom ens e í
má. 0 nom e de Deus sem oração a Deus é m ulheres. Deus está contando com Davi e,
blasfêm ia. A verdade sobre Deus sem oração por isso, "deu-lhe am pla liberdade".
js
a Deus é soberba.
0 cham ado de Deus para nós consiste exa
Uma luz vermelha se acende para nós, porque ta m e n te na p o ssib ilid a d e de c o n s tru ir o
se o que nós sabemos sobre Deus, sobre seu fu tu ro com ele. Preste atenção no que Deus
am or, sobre seu poder, sobre sua vontade, está fazendo na história. Diga para Deus em I
I
II
Í
COMPROMISSO 31
42Samuel 22.29-46.
de vista tecnológico, entretanto, do ponto Jesus quis dizer quando disse: "Quemprocurar
te n d o que lid a r com os mesmos problem as perder, este a preservará"(Lc 17.33). Quando
J
COMPROMISSO 33
TEXTO ÁUREO
Mateus 6.9-11
■ vV ' * ** *•" * * * .
1
No início da era cristã, a espiritualidade pessoal judaica era caracte
rizada por três elementos principais: esmolas, oração e je ju m 1. Jesus
valorizou essas práticas, contanto que realizadas com um a a titu d e
interior correta, dando ênfase especial à oração. Ele estabeleceu alguns
princípios a serem observados quanto a oração: prioridade da oração
particular, discrição e hum ildade2 ("fechada a po rta "), ob jetividade3
(sem "vãs repetições") e confiança no cuidado paternal de Deus. Essas
orientações fornecidas por Jesus tin h a m mais a ver com a a titu d e
do que propriam ente com o conteúdo da oração. Até que, Lucas, no
seu Evangelho, nos relata que os discípulos pediram que Jesus lhes
ensinasse a orar4.
Isto não significa dizer que eles não soubessem como orar. Alguns
deles já tin h a m uma cam inhada espiritual. Alguns deles foram discí
pulos de João Batista. Qual foi, então, o significado do pedido deles?
Na verdade, eles queriam orar como Jesus orava. Era com um que os
'Mateus 6.1-18,
1 Mateus 6.6.
'Mateus 6.7.
4 Lucas 11,1.
ser vista, então, não como um conjunto de umas quatorze vezes no A ntigo Testamento.
palavras que precisam ser repetidas à exaus Deus era considerado Pai de Israel5. Mas é com
tão. A oração do "Pai nosso" é m uito mais do Jesus que o conceito da paternidade de Deus
que isso. Nela, Jesus nos ensina as dimensões ganha densidade e am plitude. Deus é o nosso
pelas quais nós precisamos aprender a orar. Pai e isto im plica que todos nós podemos nos
Ela funciona exatam ente como um modelo aproximar confiantes no seu cuidado e amor*.
para a nossa vida de oração. Éverdade que o nosso conceito de Deus, como
Pai, pode ser aprim orado ou d ificulta do em
COMPROMISSO 35
"venha o teu reino, seja feita a tua vontade, a terra por acréscimo. Mire na terra e você
assim na terra como no céu" não terá nenhuma das duas coisas"7.
0 mundo em que vivemos é injusto, violento, 0 problem a é que, diante desse estado de
m u ita coisa não faz sentido, exatam ente coisa, m uitas pessoas responsabilizam os
porque ainda está em desarm onia com o céus. Elas veem que há crianças morrendo de
céu. 0 mundo está em desarmonia com o céu fome, então elas acusam a Deus. Testemu
porque nós adotamos um padrão existencial nham tantos atos de violência, de injustiças,
a vontade de Deus seja feita na terra, assim Jesus nos oferece um desafio. Nós não somos
como é feita no céu. 0 que acontece é que, na chamados apenas para constatar o estado
terra, ainda vivemos uma grande colisão de de coisa do m undo. Nós somos chamados
vontades. Haverá um dia em que a vontade como aqueles que são aliados de Deus na
de Deus prevalecerá sobre todas as outras. construção do seu reino. Nós somos aqueles
Mas, por enquanto, no mundo, precisamos ' lewis, (. S. Cristianismo puro e simples.
orar para que a vontade de Deus seja feita •Lucas 19.41.
36 COMPROMISSO
Numa leitura rápida e superficial, dá impres com Deus, sabe que o seu dia seguinte já
são de que Jesus está nos ensinando a suplicar está g a ra n tid o , hoje. Não dependerá das
:t
COMPROMISSO 37
TEXTO ÁUREO
Mateus 6.12,13
Jesus nos encoraja a confessaras nossas dívidas diante de Deus. Se, por
um lado, isto nos ensina que não há espaço para aqueles que se julg am
perfeitos, entre os seguidores de Jesus, por outro lado, tam bém nos
ensina, que não há espaço para aqueles que se ju lg a m tão pecadores,
a tal ponto de não poderem ser contados entre aqueles que seguem
o Senhor Jesus. Jesus nos ensina esse princípio na parábola do fariseu
e do publicano1. Nos dias de Jesus, os fariseus eram aqueles que se
consideravam moral e espiritualm ente perfeitos. Eram zelosos quanto
ao estrito cum prim ento da Lei de Deus. Por causa disso, os fariseus se
sentiam no direito de receber as bênçãos de Deus. Na sua oração, o
fariseu agradeceu por não ser como os demais homens, ladrões, injus-
3 8 COMPROMISSO
t
Digitalizado com CamScanner
tos e adúlteros e, ainda, por não ser como profundamente, dizendo: Ó Deus, tem miseri
um publicano. Aproveitou para desfilar suas córdia de mim, um pecador" (Lc 18.13).
virtudes: "Jejuo duas vezes por semana e dou
Após contar esta parábola, Jesus disse que
o dízimo de tudo quanto (h
n
agLc 18.11,12).
o publicano vo lto u para casa ju s tifica d o e
Mas, sua oração não passou do teto, um a
concluiu dizendo: "pois todo o que se exaltar
vez que ele apenas "orava consigo mesmo"
será humilhado; mas o que se hum ilhar será
(Lc 18.11). Isto é, a única coisa que o fariseu
exaltado"(Lc 18.14).
conseguia considerar, enquanto orava, era
a sua suposta perfeição. Isso acontece com Na oração do Pai Nosso, o Senhor Jesus nos
ensina a confessar os nossos pecados a Deus.
todos aqueles que se acham capazes de viver
Confessar é contar para Deus exatam ente
à altura do padrão de Deus.
quem nós somos, com toda a sinceridade do
Mas, além do fariseu, havia tam bém um pu
nosso coração. E, ao fazê-lo, ter a consciência
blicano. Os publicanos eram uma classe de
de que não estam os co n ta n d o ne nhu m a
funcionários públicos que cobravam impostos
novidade. Deus sabe m u ito m ais a nosso
do povo para o im pério romano. Eram reco
respeito do que nós mesmos. Quando nós
nhecidos por sua corrupção, praticada tanto
decidimos ser absolutam ente sinceros dian
contra o povo, quanto contra o erário público.
te de Deus, Deus sem pre nos revela coisas
"Havia duas classes de coletores. A prim eira
novas que ainda não estavam claras para
pertencia à ordem romana equestre2, os quais
nós. Coisas que nos ajudam , que nos escla
agiam com o diretores do sistema. A outra
recem. Foi assim quando o apóstolo Paulo
se com punha de empregados contratados,
declarou a sua fraqueza m otivada pelo que
usualm ente aproveitados da população da
ele mesmo cham ou de "espinho na carne"\
localidade. OTalmude classificava os pu b li
Deus disse para o apóstolo dos gentios: "A
canos como ladrões e assassinos e, portanto,
m inha graça te é suficiente, pois o meu poder
além do alcance do arre pen dim e nto e da
se aperfeiçoa na fraqueza [...]" (2Co 12.9).
vida eterna"3. Mas, ao contrário do fariseu,
Paulo não sabia disso. Ele im aginava que
0 publicano enquanto orava, "nem mesmo
quando se sentisse fo rte , isto era a m a io r
levantava os olhos ao céu, mas lam entava-se
^ [f , • • l **
1 evidência da presença de Deus na sua vida.
1A ordem equestre romana formava a mais baixa das Paulo não sabia que o poderde Deus pudesse
duas classes aristocráticas da Roma Antiga, estando se aperfeiçoar, exatam ente por m eio da sua
abaixo da ordem senatorial. Era formada por plebeus
fraqueza. Isto nos ensina que quando nós nos
que eram chamados de equestres por andar a cavalo.
1 Champlin, Russel Norman. O Novo Testamento dispom os a contar a nossa vida para Deus,
interpretado versículo por versículo. Trad. João com toda a sinceridade, Deus sempre acaba
Marques Bentes. São Paulo: Milenium Distribuidora
Cultural Ltda. p.176. Vol. 2. - < :• 42Coríntios 12.7.
COMPROMISSO 39
4 0 COMPROMISSO
Foi por esta razão que, quando estava reunido Deus13, o apóstolo Paulo concluiu: toda
com os seus discípulos, na noite em que seria oração e súplica, orando em todo tempo no
traído, Jesus lhes a d v e rtiu :" Vigiai e orai, Espírito"(Ef 6.18).
para que não entreis em tentação; o espírito
está pronto, mas a carne é fraca" (M t 26.41). C O N C LU SÃO
Orar pedindo que Deus nos proteja de todas paternidade de Deus, ao mesmo tem po em
COMPROMISSO 41
V.
1Mateus 6.6.
2 CHAMPLIN, Russel Norman. O Novo Testamento interpretado versículo por
versículo. Trad. João Marques Bentes. São Paulo: Milenium Distribuidora Cultural
Ltda. p.321. Vol. 1.
ser feita no isolam ento e no silêncio de um cham am de coração3. Só Deus é capaz de
M A IS PROFUNDO DO NOSSO SER nós e Deus, que Deus espera ser buscado. É
desse lugar que Deus nos ouve e responde
Por que penso que este é o verdadeiro signi às nossas orações.
ficado que Jesus quis dar às suas palavras?
Porque Jesus não está fazendo um contraste COMO DEVEMOS ORAR A DEUS
entre público e privado, mas, sim , entre a NO QUARTO SECRETO?
hipocrisia e a sinceridade. Nos primeiros ver
1) Com hum ildade
sículos do capítulo 6, Jesus está recriminando t 1* . • i • ., , . • * ! •. ' .’ . .» * ví ’ '
responda às nossas orações, vamos preci graça sabe que vive de favor. Mas aí alguém
sar orar a pa rtir do lugar, onde só Deus nos poderia perguntar: mas e a nossa parte? Nós
enxerga. Que lugar é esse? Há um lugar no não tem os que fazer a nossa parte? Afinal de
COMPROMISSO 43
Este mesmo princípio está presente no evento Jesus nos ensinou a confiar na bondade de
da pesca maravilhosa4. Qual é o princípio? Nós Deus. Ele disse: "Quem dentre vós, se o filho
podem os fazer tu d o o que estiver ao nosso lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe
alcance, mas nunca devemos nos esquecer de pedir peixe, lhe dará uma cobra?" [tM 7.9,10).
esforços, por melhores que sejam, por mais No Evangelho de Lucas, capítulo 18, Jesus
dedicados que sejam , não conseguem dar pronunciou a parábola de um ju iz que não
conta da vida em toda a sua complexidade. A te m ia a Deus e nem se im p orta va com as
vida é m uito m aior do que nós. Nós podemos pessoas. Mesmo sabendo disso, todos os dias
nos esforçar, podemos ser m uito bons no que um a viúva batia na porta do ju iz dizendo:
fazemos, podem os ser m u ito dedicados mas "julgue m inha causa, julgue m inha causa".
quando entrarm os no quarto secreto, para 0 juiz, mesmo sendo mau, atendeu ao seu
orar, precisamos nos lem brar de que mes pedido, a fim de não ser mais im portunado
m o depois de term os fe ito tudo, da m elhor por aquela viúva.
m aneira possível, ainda assim nós irem os
Jesus não está com parando Deus com um
precisar daquilo que só Deus é capaz de fazer.
ju iz injusto. Mas está nos ensinando que, se
4 Lucas 5.1-7. até um ju iz injusto, por razões egoístas, foi
44 COMPROMISSO
ama, se ele é o guardião da nossa justiça, se todos os dias a nos subm eter à vontade do
nós podem os ficar tranquilos porque Deus Pai. Oramos perseverantemente para trazerà
não irá se esquecer de nós, então, por que nossa m emória tudo aquilo que traz esperan
perseverarem oração? ça. Oramos todos os dias para nos lem brar de
que nada poderá nos afastar do am or de Deus
Acredito que a resposta para estas perguntas
que está em Cristo Jesus. Oramos sem cessar
está nas motivações que nos levam a orar. Se
porque sabemos que Deus não se esqueceu
oramos apenas com o in tuito de satisfazer os
de nós e que vai fazer a nossa justiça brilh a r
nossos desejos e nossas vontades, para obter
como sol do m eio-dia.
1* f . *j I.% . 1J l
bênçãos, favores de Deus ou ainda quando
É por isso que precisam os perseverar em
algo sai do nosso controle. Então, realmente
oração todos os dias. Porque tod as as ve
não sentirem os a necessidade de ser perse
zes que somos d o m ina do pela ansiedade,
verantes em oração.
ir f j * c íj m tom ados pela ganância, pelo s e n tim e n to
A gora, se Deus é para nós apenas um fo r de vingança, pelo m edo; todas as vezes que
necedor de bênçãos, alguém a quem nós somos dom inados por pensam entos ruins e
buscamos nas horas difíceis ou aquele que por desejos maus que te n ta m nos em purrar
quebra os nossos galhos. Então, não faz o para o abism o; todas estas coisas nos dizem
m enor sentido perseverar em oração. Ora que estamos longe do nosso qu arto secre
rem os apenas qu and o precisarm os. Mas, to, e que precisamos vo lta r a perseverar em
não é isto o que a Bíblia nos ensina. A Bíblia oração.
toda nos exorta a orar sem cessar, orar em
todo o tem po, a perseverar em oração5. Por CONCLUSÃO
quê? Porque oração não é um botão que nós
Nesses dias de grande exposição da vida
apertamos para receber uma bênção de Deus.
privada, as palavras de Jesus chegam a nós,
Deus não é um velhinho que tem um depósito
co nvidando-nos a ree nco ntrar o cam inho
grande cheio de bênçãos só esperando que
para o nosso "qu arto secreto", porque é na
alguém faça um pedido. Não! Deus não é
dim ensão do coração que Deus quer se en
s ITessalonicenses 5.17. contrar com os seus filhos.
COMPROMISSO 4 5
TEXTO ÁUREO
Efésios 3.16-19
46 COMPROMISSO1
1 BS •
Digitalizado com CamScanner
m eio da oração, e que as orações dos irmãos a im portância e 0alcance das nossas orações,
produziram um pro fun do im p acto no que quando 0 que está em jo g o é a missão de
estava acontecendo. Deus no m undo.
f i * ' .■) . . 1• ■-11. ’ 1, I Obi! i ■-1■‘
Paulo acredita na oração como um in s tru
ORANDO PELA MISSÃO DE DEUS
m e nto de lu ta e s p iritu a l. Ao convocar os
irmãos da igreja de Roma a se unirem a ele 0 que fazer para que as nossas orações pas
em oração, Paulo escreveu: "Rogo-vos, irmãos, sem a focalizar a missão de Deus no mundo?
por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo am or do Orar pela missão de Deus é a m aneira mais
Espírito, que luteis juntam ente comigo nas básica de p a rtic ip a r de tu d o a q u ilo 0 que
vossas orações em meu favor diante de Deus" Deus já está fazendo no m undo e ao m eu
(Rm 15.30). A palavra usada por Paulo, aqui redor. Oramos pela missão de Deus quando:
traduzida como luta, é synagonizomai, cujo • Oramos a fim de que 0 evangelho seja
pre fixo syn expressa um tip o de lu ta , em anunciado para todos os povos e nações,
contexto de sofrim ento, que pode chegar, para a m inha cidade, para 0 m eu bairro e
inclusive, ao m a rtírio 1. para as pessoas com quem m e relaciono;
O conceito que o apóstolo Paulo tinha a res • Intercedemos pelo crescimento da Igreja de
peito da oração era bem diferente da maioria Cristo, inclusive, a m inha com unidade local;
das motivações que nos levam a orar hoje.
• Intercedem os pelos m issionários, pelos
Orar, para o apóstolo, era o mesmo que lutar,
pastores, pelos que trabalham e se esforçam
e lu ta r pelo progresso da missão de Deus.
pelas causas do reino e pelos irmãos e irmãs, a
E ntretanto, a m aioria das nossas orações,
fim de que permaneçam firm es no propósito
em nossos dias, está relacionada com as
de Deus para as suas vidas;
nossas necessidades pessoais. Oramos por
m o tivos sérios como, necessidades fin a n • Clamamos pela igreja perseguida, pelos
ceiras, conflitos pessoais, enfermidades, bem irmãos e irmãs que pagam até mesmo com
como por m otivos frívolos como, encontrar suas vidas, pelo simples fato de confessarem
1
COMPROMISSO 47
Em sua Epístola aos Romanos, no ca pítu difícil sem perder a esperança, e até mesmo
lo 15, Paulo ora dizendo: o Deus da com um se ntim ento de alegria, as pessoas
perseverança e do ânim o vos dê o mesmo se perguntam com o eles conseguem . Isto
modo de pensar entre vós, segundo Cristo pe rm ite ao cristão c o m p a rtilh a r a sua fé.
Jesus. Para que, unânim es e a um a só voz, É por esta razão que Paulo orou não para
glorifiqueis o Deus e Pai de nosso Senhor que os irm ãos fossem poupados de situ a
Jesus Cristo" (Rm 1 5 .5,6 ). A inda, no ca
ções difíceis, mas que m antivessem a paz,
p ítu lo 15, Paulo ora dizendo: "Queo Deus
a alegria e a esperança no m eio delas, a fim
da esperança vos encha de toda alegria e
p a z na vossa fé, para que transbordeis na
esperança pelo pod er do Espírito Santo"
(Rm 15.13).
4 8 COMPROMISSO
COMPROMISSO 4 9
| TEXTO ÁUREO
[í Hebreus 13.16
Paulo inicia o capítulo 16, o ú ltim o capítulo da sua Prim eira Carta aos
Coríntios faland o em din heiro, cuidado e generosidade. 0 pano de
fun do desta fala de Paulo está relacionado com as severas privações
que os irm ãos de Jerusalém estavam passando. Por que os irm ãos de
Jerusalém estavam passando por necessidades? Há pelo m enos três
fatores que contribuíram para isto:
Seja com o for, o fato é que Paulo convoca a Igreja de Corinto para o
exercício do cuidado. Pouco im p o rta va se a necessidade havia sido
resultado de ignorância teológica, im previdência, ou ainda m otivada
1 Atos 11.27,28.
"Mas não vos esqueçais de fazer o bem e de esteja pronta como contribuição e não como
vilégio de particip ar da assistência em favor cristão, qu e não deve ser n e glige ncia do.
dos santos" [Id o 8.4). Porque, se era um dever sob a Lei Judaica,
m u ita mais agora, que a nossa justiça deve
Aqui, a palavra koinoneo é traduzida como
exceder à justiça dos fariseus e doutores da
participar. Em ÍT im óteo nós lemos: "quepra
Lei2. Entretanto, o apóstolo Paulo recomenda
tiquem o bem e se enriqueçam com boas obras,
um critério mais am plo, sem a preocupação
sejam solidários e generosos" (IT m 6.18). A
palavra koinoneo é traduzida mais um a vez 2 Mateus S.20.
COMPROMISSO 51
com o filh os de Deus7. Se você já aprendeu a A consciência da posse de Deus sobre todas
confiar no Senhor Jesus, então já descobriu as coisas in te n sifica , na rea lida de, nosso
nele um am igo, que jam ais poderia sonhar relacionam ento com ele. Quando tem os a
te r um d ia 8. Ser um d o ado r generoso nos consciência de que tu d o pertence a Deus,
torna mais parecidos com Jesus. então, tu d o o que está debaixo da nossa ad
52 COMPROMISSO
______
Digitalizado com CamScanner
gratidão a Deus. A generosidade, praticada
com alegria, gera no coração de quem é aben
çoado por ela um sentim ento de gratidão a
Deus. Por isso, seja generoso enquanto há
tem po, porque chegará o dia em que você
desejará te r sido m ais generoso, mas não
haverá m ais tem po. E algum as perguntas
poderão b ro ta r dos nossos lábios: por que
eu não fiz mais, quando podia? Por que eu
devo dar a Deus?" aprendem os a perguntar:
não me dediquei mais? Por que eu não con
"Com quanto do dinheiro de Deus devo ficar?"
A diferença entre estas duas perguntas é de trib u í mais?
A ge nte não faz negócio com Deus por uma PESSOAS A ORAREM POR NÓS
razão m u ito sim ples, Deus não é negocian Talvez você se pergunte, mas, por que falar de
te. No evangelho de Jesus, Deus não nos foi generosidade, quando o nosso assunto é ora
apresentado como um negociador, mas, sim, ção? A resposta é o apóstolo Paulo quem nos
com o Pai. Um Pai que tem prazer de suprir
dá. No fin al da passagem que estamos estu
seus filh o s.
dando, nos versículos 13 e 14, nós lemos: "Ao
aprovarem essa ministração, eles glorificam a
A GENEROSIDADE PROMOVE
Deus por causa da obediência que confessais
A GRATIDÃO ENTRE NÓS
quanto ao evangelho de Cristo e por causa da
"Porque o m in is tra r essa assistência não generosidade da vossa contribuição para com
apenas supre as necessidades dos santos, eles epara com todos. Eeles, orando em vosso
m as tam bém transborda em muitas ações de favor, demonstram a profunda afeição que têm
graças a Deus. Ao aprovarem essa ministração, por vós, por causa da extraordinária graça de
eles glorificam a Deus po r causa da obediên Deus que vos foi concedida". 0 que Paulo está
cia que confessais quanto ao evangelho de nos ensinando é que se nós queremos que as
Cristo e por causa da generosidade da vossa pessoas orem por nós, precisamos aprender a
contribuição para com eles e para com todos" ser generosos com elas. Quando mais am or
(v. 12,13). nós form os capazes de com partilhar, mais
Paulo nos ensina que a generosidade pro pessoas se levantarão diante de Deus para
move a gratidão entre nós, mas tam bém a interceder por nós.
COMPROMISSO 53
TEXTO ÁUREO
| Isaías 55.8,9
Há m uitos exem plos na Bíblia em que Deus disse não para grandes
hom ens e mulheres de fé. Deus disse não para as orações de Abraão,
disse não para as orações de Moisés, disse não para as orações Paulo.
Deus já disse não até mesmo para as orações de Jesus.
'Jeremias 33.3.
54 COMPROMISSO
Vamos analisar algumas razões possíveis que de modo errado, só para gastardes em vossos
podem estar por trás dos nãos de Deus. prazeres"(Tg 4.2,3). Em outras palavras, muitas
de nossas orações são mais bem respondidas
1 . DEUS VÊ O QUE NÒS NÃO quando Deus diz não. Deus tem sempre tem
CONSEGUIMOS ENXERGAR algo m elhor para nos oferecer.
Deus é capaz de enxergar toda a conjuntura No livro do profeta Isaías lemos: "Porque os
da nossa vida; nós, não. A nossa perspectiva meus pensamentos não são os vossos pen
é sem pre lim ita d a . Na Carta aos Hebreus samentos, nem os vossos caminhos são os
nós lem os: "E não há criatura algum
meusa caminhos,
enco diz o SENHPorque, assim
berta diante dele; antes todas as coisas estão como o céu ém ais alto do que a terra, os meus
descobertas e expostas aos olhos daquele a caminhos são mais altos que os vossos cami
quem deveremos prestar o nhos, Ae os meus pensamentos mais altos que
c(Hb 4.13).
expressão "todas as coisas estão descobertas os vossospensamentos"(Is 55.8,9). Deustem
e expostas sua m aneira de fazer as coisas. Tudo o que
[.]"revela que o ponto de vista
de Deus é profundo e abrangente. 0 sig nifi Deus faz é m u ito mais elevado, isto é, o que
cado o rig in a l é de que tudo está desnudado Deus faz é m uito m elhor, é com pleto. Agora,
d ia n te de Deus, isto é, nada pode lhe ser isto não significa dizer que os cam inhos de
ocultado. Só Deus é capaz de ver o que nós Deus sejam fáceis. Muitas vezes, os caminhos
não conseguim os enxergar e, por isso, ele é de Deus, para nós, requererão fé, coragem e
capaz de dizer sem que nós, m uitas vezes, capacidade de adaptação.
consigam os compreender. Quando diz não,
É exatamente isto o que o apóstolo Paulo en
Deus tem todos os elem entos nas mãos, e a
sina na sua Carta aos Filipenses: "[...] aprendi
verdade é que Deus nos ama dem ais para
a estar satisfeito em todas as circunstâncias em
nos dar tu d o o que nós pedim os em oração.
que me encontre"(Fp 4.11). Quero chamar a sua
atenção para o verbo que Paulo usa, que tradu
2 . DEUS TEM SEMPRE ALGO
zimos como"aprender'; no grego ( )
M ELHOR PARA NÓS
significa uma aprendizagem que vem como
M uitas orações que fazemos a Deus, refletem resultado de um processo, de um a prática.
a nossa ignorância a respeito do que seria m e Traz-nos à m ente a ideia que é preciso crescer
lhor para nós mesmos. Tiago, em sua carta, para aprender. Imagina que você fosse dono
esclarece as razões que justificam o fato de de um restaurante e que estivesse contratando
algumas orações não serem atendidas. Diz o cozinheiros e houvesse apenas dois candidatos.
pastor de Jerusalém: "[...] Nada tendes porque Você pergunta para o primeiro candidato:"Você
não pedis. Pedis e não recebeis, porque pedis sabe cozinhar?" Ele responde: "Bem, eu já li
COMPROMISSO 55
à sua crucificação, Jesus orou ao Pai: "Meu incomparável, de valor eterno, pois não fixamos
Pai, se possível, afasta de m im este cálice; to 0 olhar nas coisas visíveis, mas naquelas que
davia, não seja como eu quero, mas como tu não se veem; pois as visíveis são temporárias,
queres" (M t 26.39). Esta oração é com posta,
1 Lewis, C. S. Peso de glória. Trad. Isabel Freire Mes
p rim e ira m e n te de um pedido. Jesus pediu sias. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, SP.
56 COMPROMISSO__________
Nós vivemos em um a sociedade que rom peu A graça de Deus nos coloca de pé quando
com a dim ensão do sacrifício. As pessoas do som os te n ta d o s, q u a n d o estam os cansa
nosso te m p o acreditam que o grande ob je dos, quando estamos aflitos. Certa vez, B illy
tiv o da vida é ser fe liz , custe o que custar e Graham fo i en trevistad o e o e n tre vista d o r
ser fe liz é e vita r to d o o tip o de dor, todo tip o p e rg u n to u : " 0 senhor te m 80 anos e te m
de s o frim e n to . Mas, a realidade sem pre se estado no centro das atenções públicas por
im p õe aos nossos desejos. Há situações na décadas, sem que nada tenha m aculado o
vida em que seremos chamados a enfrentar seu testem unho com o um cristão. Como o
situações difíceis por algo ou por alguém . senhor conseguiu construir um a história de
Todo co m p ro m e tim e n to envolve um a certa integridade?" Billy Graham então citou 1Co-
dose de sacrifício. ríntios 10.13: "Não veio sobre vós nenhum a
Paulo, escrevendo aos colossenses, disse: tentação que não fosse hum ana. M as Deus é
"Agora m e alegro nos meus sofrimentos por fiel e não deixará que sejais tentados além do
vós e completo no m eu corpo o que resta do que podeis resistir. Pelo contrário, jun tam en
po, que é a igreja"(Cl 1.24). 0 apóstolo dos para que a possais suportar". Este é o segredo.
g e n tio s tin h a a plena consciência do preço Quando Deus diz não para algum a coisa, ele
COMPROMISSO 57
I Gênesis 50;
Romanos 5; 8
TEXTO ÁUREO
| Romanos 8.32
■ r v ' i* ' •‘ ‘
5 8 COMPROMISSO
COMPROMISSO 59
60 COMPROMISSO
não nos reje ita. Por essa razão, podem os nos m e sm o to m o u a decisão de p a g a r pelos
a p ro xim a r de Deus confiantes. Estou e n fa ti nossos pecados. O Filho de Deus, sem peca
zando isto porque um a das prim eiras coisas do a lg u m , assum iu o nosso lugar, e m orreu
que nós fazem os, quando pecamos, é parar a nossa m o rte . Este é o evang elho , este é
de orar. Isto é o m a io r erro que um cristão o rei que se sacrifica pelos súditos. Esta é a
pode com eter na vida. Quando nós pecamos, expressão m áxim a do am or.
v
ai m e sm o e que precisarem os nos ag arrar Talvez, alguém se pergunte, mas o que isto
com Deus. Buscar a sua face, nos arrepender tem a ver com oração? A m inha resposta é:
e recomeçar. Deus não rejeita a nossa oração. TUDO. 0 que Deus fez por nós na cruz to rn a
Por quê? Porque Deus é bom . possível a nossa oração. Por quê? Vamos ler
Romanos 8.32: "Aquele que não poupou nem
PORQUE DEUS É B O M , ELE o próprio Filho, mas, pelo contrário, o entregou
SE M P R E COLOCA O NOSSO BEM por todos nós, como não nos dará tam bém
A C IM A DO SEU PRÓ PRIO BEM com ele todas as coisas?" 0 que Paulo está
nos e n sina ndo é que q u a n d o Jesus Cristo
Este é o co raçã o d o e v a n g e lh o . Esta é a
m orreu por nós na cruz, ele resolveu o nosso
b o a -n o va que o rei se sacrifica pelos seus
m a ior problem a.
súditos. Do pai que se sacrifica pelos seus
filh o s . Do S enhor que dá a vida pelos seus
CONCLUSÃO
COMPROMISSO 61
Nossa divisa está em Lamentações 2:19: "Derrama o teu coração como água diante
do senhor; levanta a ele as tuas mãos, pela vida de teus filhos".
■r ■ *v . ■;;; ( ... * • ' . - ’ 4,i3
Temos como missão encorajar duas ou mais mães biológicas, adotantes, ou espirituais,
com prom etidas a se reunirem , regularm ente, um a vez por sem ana e orar du rante
um a hora em fa v o r de seus filh o s, suas escolas, seus colegas, seus professores,
funcionários, diretores e todas as dem ais pessoas que te n h a m algum a influên cia
sobre eles, ta n to nas escolas quanto na sociedade em geral.
62 COMPROMISSO
oisisioiAisiommwisiõn
COMPROMISSO 63
o
Pelo Presidente da República, Vice-presidente,
Lideres do Congresso, Suprem a Corte e dem ais
lideranças do pais.
o
Digitalizado com CamScanner
o
Agradecer pelas experiências vlvenciadas neste
período de estudos. Suplicar para que o espaço de
oração na m inha vida continue crescendo.
ATIVIDADES DO SUPLEMENTO