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1) Inconstitucionalidade Formal
2) Inconstitucionalidade Material
3) Inconstitucionalidade por Omissão.
1) Inconstitucionalidade Formal
Em síntese, ela diz respeito a violação das regras do processo legislativo a partir do
art. 59 da CF. ou seja, quando a constituição cria o processo legislativo e o regime
interno na câmara dos deputados e do senado na qual organizam como essas normas
deverão ser interpretadas pelo legislativo, nos criamos o que o supremo chama de
devido processo legislativo. Em síntese, seria a criação das regras procedimentais
para a criação de uma norma, seja uma lei, um decreto etc.
Outro vício formal seria a votação, na qual a constituição cria uma série de Quóruns
para aprovação das leis a depender do tipo da lei ou ato normativo e além disso,
temos outros ritos procedimentais como os turnos. E quando houver violações em
um desses momentos, nós encorreremos em uma inconstitucionalidade formal.
3ª Competência legislativa
Seria a forma pela qual a lei ou ato normativo será inconstitucional no momento em
que ela viole preceitos, princípios, regras amplas previstas na constituição brasileira.
Uma lei não chega a violar completamente o devido processo legislativo, mas o que
vai ser inconstitucional é sua incompatibilidade com os valores da constituição e o
seu sentido.
O TEMPO DA INCONSTITUCIONALIDADE
No brasil, uma lei declarada inconstitucional é nula de pleno direito, portanto, essa
lei não gerará qualquer sorte de feitos. Ou seja, ao declarar uma nulidade, essa
nulidade será feita de forma retroativa, ou seja, essa retroação de efeitos alcança a
data de edição da lei. Ex: Se o Congresso criar uma lei inconstitucional no dia
22/03/2021 e o STF julgar esse caso no dia 22/03/2022, isso significa que todos os
efeitos produzidos por essa lei devem serem desconstituídos pela supremacia
constitucional.
A relação entre esses modelos irão ter muitos problemas e começou na ADI Nº 02
em 1989. Nessa ADI estava a discussão sobre a possibilidade do STF via ação
direta de inconstitucionalidade aferir a constitucionalidade de uma lei editada antes
da constituição de 1988. Portanto, uma lei que foi criada antes de nossa constituição.
Desse modo, o STF entende que não se pode ter ação direta de inconstitucionalidade
de lei anterior porque essa discussão deve ser feita no campo da recepção e não da
inconstitucionalidade. Ou seja, o STF restringe seu trabalho e em segundo lugar, ele
blinda do STF de questões delicadas que não estavam no campo democrático de
direito.
1988 CP (1940)
Nesse sentido, o código penal hoje em dia está em vigência como uma
lei federal ordinária porque ele passou pelo filtro da constituição de 1988 e este filtro
atribui-lhe um novo perfil. No entanto, esse filtro também analisa especificidades se
essa legislação é compatível materialmente com a constituição de 1988. Além disso,
algumas impurezas fiquem no filtro, ou seja, pode não passar completamente.
Nesse sentido, a justificativa para não reconhecer a ADI nº 2 foi de que o filtro
estabelecido pela constituição de 1988 deixou todas as impurezas em 1988 no momento
da recepção. Ademais, pela tese da recepção, eu não poderia analisar pelo viés formal,
porque a figura do decreto lei não ser mais existente em nosso ordenamento e também
por Vargas criar a lei sob o viés totalitário e sem discussão do povo.
Recepção: O STF irá dizer que não cabe ação direta de inconstitucionalidade de leis
anteriores a constituição porque essa legislação pode não ter sido recepcionada pela
constituição de 1988, ou seja, não se sabe se ela existe ou não de fato. A saída da ação
de indireta de inconstitucionalidade pela recepção é artificiosa, pois o supremo
pressupõe que há uma dúvida da lei ser recepcionada ou não. (não há como saber o que
foi recepcionado pelo filtro).
Ex; lei de benefício de prestação continuada que a renda per capita era de 1/4.