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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9

Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE


NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
SECRETARIA DE ESTADO DA
EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO –
SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E
PROGRAMAS EDUCACIONAIS– DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL – PDE

MAURICIO BENTIVOGLIO

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA – CADERNO PEDAGÓGICO

A CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS COOPERATIVOS NA EDUCAÇÃO


FÍSICA ESCOLAR

CASTRO

2013
MAURICIO BENTIVOGLIO

A CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS COOPERATIVOS NA EDUCAÇÃO


FÍSICA ESCOLAR

Produção Didático-pedagógica - Caderno


Pedagógico apresentado como um dos
requisitos do Programa de
Desenvolvimento Educacional - PDE
2013/2014, ofertado pela Secretaria
Estadual de Educação do Paraná - SEED-
IES - Universidade Estadual de Ponta
Grossa – UEPG.

Professor Orientador: Ms. Paulo Sérgio


Ribeiro.

CASTRO
2013
FICHA DA IDENTIFICAÇÃO

TÍTULO A Contribuição dos Jogos Cooperativos na Educação Física


Escolar

AUTOR Mauricio Bentivoglio

DISCIPLINA Educação Física


DA ÁREA
NRE Ponta Grossa

ESCOLA DE Colégio Estadual Professor Basílio Chrun- Ensino


IMPLEMENTAÇÃO Fundamental e Médio

IES Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG

PROFESSOR Professor Ms. Paulo Sérgio Ribeiro


ORIENTADOR
RESUMO Na educação física escolar, verifica-se que os conteúdos
ainda são fortemente marcados por atividades
excessivamente competitivas e muitas vezes excludentes.
Embora no Paraná, os jogos cooperativos constem como
conteúdo básico da educação física escolar, observa-se que
esta proposta ainda é pouco conhecida e difundida nas
escolas. Conforme esta realidade surgiu o interesse em
pesquisar este tema, tendo como objetivos, verificar qual a
contribuição dos jogos cooperativos enquanto conteúdo
básico da educação física escolar, apropriar-se dos seus
fundamentos teórico-práticos e oportunizar aos alunos novas
formas e possibilidades de aprendizagem. Esta proposta será
apresentada em forma de caderno pedagógico, e será
desenvolvida através de explanações teóricas, atividades
práticas, apresentação de vídeos, organização de murais,
atividades no laboratório de informática, confecção de
cartazes e saída de campo. .

PALAVRAS- Jogos cooperativos; educação física escolar; professores;


CHAVES alunos.
FORMATO Caderno Pedagógico

PÚBLICO ALVO Alunos do 6º ano do Ensino Fundamental

APRESENTAÇÃO
Este caderno pedagógico, como parte integrante do Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE-2013, da Secretaria de Estado da Educação
do Paraná (SEED), tem como finalidade apresentar a fundamentação teórica e
atividades práticas a serem desenvolvidas na escola como Proposta de Intervenção
Pedagógica.

Na escola verifica-se que os conteúdos de educação física ainda são


fortemente marcados por atividades esportivas excessivamente competitivas e
muitas vezes excludentes. Embora no Paraná, os jogos cooperativos constem como
conteúdo básico da educação física escolar, observa-se que esta proposta ainda é
pouco conhecida e difundida nas escolas.

Conforme esta realidade surgiu o interesse em pesquisar sobre este tema,


tendo como pressuposto responder a seguinte problemática: Que benefícios os
jogos cooperativos oferecem aos alunos? É possível desenvolver um trabalho com
os jogos cooperativos na educação física escolar?

Em resposta a estas questões, a presente proposta tem como objetivos:


verificar qual a contribuição dos jogos cooperativos enquanto conteúdo básico da
educação física escolar, apropriar-se dos seus fundamentos teórico-práticos e
oportunizar aos alunos novas formas e possibilidades de aprendizagem.

Esta proposta de Intervenção Pedagógica será implementada por meio de um


Caderno Pedagógico, que esta organizado com cinco Unidades Didáticas. Cada
Unidade Didática apresentará um tema, objetivos e as orientações metodológicas,
onde constarão as atividades a serem desenvolvidas.

A implementação desta Produção Didático-pedagógica ocorrerá no Colégio


Estadual Professor Basílio Chrun, município de Castro- PR, com os alunos do 6º ano
do ensino fundamental, turmas A e B, onde serão ministradas 18 aulas em cada
turma.

MATERIAL DIDÁTICO
Os conteúdos do Caderno Pedagógico estão organizados em cinco
Unidades Didáticas (I, II, III, IV e V), onde cada uma apresentará um tema
específico, objetivos e orientações metodológicas.

A Unidade I apresentará a Fundamentação Teórica dos jogos cooperativos


que servirão de base para os professores desenvolverem as atividades previstas
nas demais unidades. Unidade II- Jogos Cooperativos Sem Perdedores, Unidade III-
Jogos Cooperativos de Resultado Coletivo, Unidade IV- Jogos Cooperativos de
Inversão e Unidade V- Jogos Semi-cooperativos. As Unidades II, III e IV serão
compostas por 4 aulas cada uma, e a Unidade V por 6 aulas, perfazendo assim um
total de 18 aulas por turma.

As Unidades Didáticas serão desenvolvidas através de atividades práticas,


explanações teóricas, apresentações de vídeos, atividades no laboratório de
informática, confecção de cartazes, organização de murais e saída de campo.
Figura 1: Alguns materiais didáticos que serão utilizados. Fonte: Bentivoglio,
M. 2013

UNIDADE I: Fundamentação Teórica

Objetivos: - Apresentar a fundamentação teórica referente aos jogos


cooperativos.

- Oferecer subsídios teóricos aos profissionais de educação.

Orientações metodológicas:

Nesta unidade serão apresentados alguns tópicos que norteiam a


fundamentação teórica básica referente aos jogos cooperativos. Portanto
recomenda-se que os professores leiam e reflitam com atenção, buscando as
referências citadas e pesquisando novas fontes de informações para seu
aprofundamento.

1- Origem dos Jogos e dos Jogos Cooperativos


O jogo apresenta-se como um dos elementos da cultura corporal muito
utilizado nas aulas de Educação Física, dada a sua abrangência. Ele permite que
seja trabalhado de múltiplas formas, de modo a possibilitar aos professores de
Educação Física muitas alternativas de intervenções junto aos alunos, de forma a
oportunizar a realização das atividades e atingir os objetivos propostos.

É a partir do jogo enfatizado de forma lúdica e prazerosa que a criança se


expressa, se solta, se libera, mostrando seu jeito de ser, com seus costumes e
valores através do brincar, ou seja, é nesse momento de prazer, alegria e
descontração que a criança (adolescente, jovem ou adulto) expressa suas emoções
e deixa transparecer um pouco mais de quem ele é na realidade, assim como nos
diz Soler:

Pelo jogo, também podemos buscar alcançar diversos objetivos


educacionais, e de uma forma prazerosa e divertida. È muito importante ir
além das regras, táticas e técnicas presentes no jogo. Devemos sempre
reforçar a importância da compreensão; não basta jogar, tem que se
compreender o que se acabou de fazer. O que na verdade diferencia o
racional do irracional é justamente o poder de simbolizar. (Soler, 2011-b.
p.28).

Um pouco mais sobre a origem dos jogos Vila e Santander nos diz:

O jogo como técnica de ensino parece ter suas raízes históricas


mergulhadas nos primitivos jogos de guerra. Um dos mais antigos é o
“Chaturanga” ou Jogos do Exército, que data do século VI a.C. e acredita-
se tenha nascido na Índia. Este jogo, que deu origem ao atual xadrez,
consistia de um tabuleiro sobre o qual soldados, carruagens, elefantes e
cavalos se enfrentavam simulando um campo de batalha. (Vila; Santander,
2003, p. 53).

Mesmo quando já somos adultos o jogo faz parte de nossas vidas, através de
diversas situações, quem não ouviu falar em ciranda financeira, jogo de interesses,
jogo da vida, etc. Portanto sabe-se que o jogo acompanha a evolução da
humanidade, pois Homero já fala de jogos infantis na odisséia, datada do ano VIII
a.c, por isso torna-se difícil precisar com exatidão a origem do jogo (Soler, 2011-b).

A palavra jogo (jocu) tem origem latina e possui como significado maior
gracejo, ou seja, o jogo é divertimento e distração. Porém o jogo também
significa trabalho sério, pois tem o poder de transformar valores, normas e
atitudes. (Soler, 2011-b. p. 27).

Em relação à origem dos Jogos Cooperativos Brotto (1999-b, p.63) nos diz: “Os
jogos cooperativos surgiram da preocupação com a excessiva valorização dada ao
individualismo e a competição exacerbada [...] mais especificamente, pela cultura
ocidental”

Os Jogos Cooperativos não é uma novidade, coisa recente, conforme (Orlick,


1982.p.4 apud Brotto, 1999-b, p. 66). “Começou a milhares de anos atrás, quando
membros das comunidades tribais se uniam para celebrar a vida”

Ainda sobre a origem dos Jogos Cooperativos Brotto nos diz:

Alguns povos ancestrais, como os Inuit (Alaska), Aborígenes (Austrália),


Tasaday (África), Arapesh (Nova Guiné), e os Índios norte-americanos,
entre outros, ainda praticam a vida cooperativamente, através da dança, do
jogo, e outros rituais como, por exemplo, a tradicional “corrida das toras”,
dos índios Kanela, no Brasil. (Brotto, 1999-b. p.66).

No mundo ocidental os Jogos Cooperativos iniciam seu crescimento a partir


de 1978 quando Terry Orlick publicou o livro “Winning Though Cooperation” em
português “Vencendo a Competição”, reconhecida mundialmente como uma das
principais fontes de inspiração para a compreensão dos Jogos Cooperativos,
servindo de base para novas pesquisas sobre o assunto. (Brotto, 1999-b).
No Brasil é a partir de 1980 que a proposta dos Jogos Cooperativos começa a
ser incorporada com mais ênfase, onde se consolida algumas ações importantes
como: (1980) A “Escola das Nações” é fundada em Brasília, tendo como filosofia
“Educação para a Paz”.(1988) Universidade Espiritual Mundial Brahma Kumaris
apresenta manual “Cooperação na sala de aula”, (1994) Guilhermo Brow ocorre
publicação do segundo livro no Brasil”Jogos Cooperativos: teoria e prática,(1995)
Brotto publica primeiro livro de autoria nacional “Jogos Cooperativos: se o importante
é competir o fundamental é cooperar”, (1999) Brotto publica segundo livro “Jogos
Cooperativos: o jogo e o esporte como exercício de conveniência”(Brotto, 1999-b).

2- Conceitos de Jogos, Cooperação e Jogos Cooperativos.


.Na língua portuguesa constata-se que “cooperar” significa trabalhar, atuar em
conjunto para o mesmo fim, colaborar, ajudar e a palavra “jogos” é sinônimo
de ação ou efeito de jogar, balanço, brinquedo, divertimento, etc.(Luft, 2002.
p. 197, 407.).
Segundo Brotto, (1999-b. p.35) “Cooperação é um processo onde os objetivos
são comuns e as ações são benéficas para todos”. .
E ainda sobre cooperação Albuquerque, Abbud, kaltenbach nos diz:

Cooperação é ação em conjunto. Cooperação é harmonia baseada num


propósito definido e é o meio através do qual grande poder pessoal pode
ser obtido, é a coordenação do esforço para atingir um objetivo específico.
(Albuquerque; Abbud; kaltenbach, 2009, p.191.).

Portanto é possível perceber que a composição dessas duas palavras


(jogos/cooperativos) abordadas em relação a um contexto escolar podem ser
definidas como atividades, movimentos ou ações expressadas concomitantemente
por todos os envolvidos de forma lúdica, almejando propósitos comuns.

3- Princípios dos Jogos Cooperativos


Na educação física escolar, o professor pode utilizar-se de vários
elementos da cultura corporal para desenvolver seus alunos e atingir seus
objetivos, dentre eles inclui-se os jogos cooperativos.
Desta forma para que as atividades desenvolvidas em forma de jogos
sejam classificadas como jogos cooperativos, elas precisam contemplar alguns
princípios que os caracterizam. Segundo (Barreto, 2000. Apud Soler, 2011-c, p.24.),
os jogos cooperativos baseiam-se em cinco princípios fundamentais que são:
- Inclusão: almeja-se trabalhar com as pessoas no sentido de procurar
sempre aumentar a participação e integração de todos.
- Coletividade: conquistas e ganhos que se realizam coletivamente (sem
deixar de reconhecer a esfera da individualidade de seus membros).
- Igualdade de Direitos e Deveres: garante a participação e a
responsabilidade de todos pela decisão e gestão, bem como a justa divisão dos
benefícios promovidos pela atividade cooperativa.
-Desenvolvimento Humano: o objetivo é o ser humano e seu
aprimoramento enquanto sujeito social.
- Processualidade: a cooperação privilegia o processo (os meios), isso
significa também que o trajeto é traçado a medida que é trilhado, progressivamente,
valorizando os passos anteriores.

4- Características dos Jogos Cooperativos


Verifica-se que os jogos cooperativos surgem como uma nova proposta
para as aulas de educação física. Portanto além de alguns princípios fundamentais,
eles apresentam características próprias que devem ser conhecidas e aplicadas
pelos profissionais que desejam trabalhar com esta proposta. Segundo Brotto, no
seu livro o jogo e o esporte como um exercício de convivência, 199-b, p. 76, ele cita
algumas características dos jogos cooperativos como:
- Os participantes jogam uns com os outros e não contra os outros.
- Joga-se com o propósito de superar desafios e não para derrotar alguém.
- Busca-se atingir objetivos comuns e não fins exclusivos.
- Prioriza o trabalho em equipe.
- Joga-se pelo prazer de jogar com os outros.
- Não há comparação de habilidades.
Ainda sobre as características dos jogos cooperativos, de acordo com Soler,
2011-b. p.53, os jogos cooperativos apresentam características libertadoras que são
muito coerentes com o trabalho em grupo que são:
- Libertam da competição: visa à participação de todos para alcançar uma
meta comum.
- Libertam da eliminação: objetiva a participação de todos (coletivo).
- Libertam para criar: as regras são flexíveis e permitem a criação de
novas regras.
- Libertam da agressão física: diminui a pressão das competições e das
agressões físicas.

5- Objetivos dos Jogos Cooperativos


A proposta dos jogos cooperativos pode ser utilizada em várias situações
como nas aulas de educação física, como treinamento de equipes, em clubes
sociais, colônia de férias, festas comemorativas, em empresas, etc. Conforme o
ambiente e a clientela são de fundamental importância definir os objetivos que se
pretende alcançar. Desta forma apresentamos alguns objetivos dos jogos
cooperativos apresentados por Brotto, 199-b. p.65-66, que são:
-Promover a autoestima e o desenvolvimento das habilidades
interpessoais e motoras, através das brincadeiras, dos jogos e das
danças.
- Prevenir problemas sociais, antes de se tornarem reais.
- Resgatar valores humanos (bondade, amizade, honestidade, confiança,
autonomia, compaixão, alegria, convivência, amor, etc.).
- Potencializar valores humanos e atitudes essenciais, capazes de
favorecer o desenvolvimento da sociedade humana como um todo integrado.

6- Classificação dos Jogos cooperativos


Os Jogos Cooperativos podem ser desenvolvidos de diversas formas na escola
conforme o contexto que se apresenta. Eles apresentam várias categorias, aqui
vamos citar as categorias definidas por Orlick e citadas por Brotto, 1999-b que são:

1- Jogos Cooperativos Sem Perdedores: Todos os participantes constituem


um único grande time. São plenamente cooperativos (100%), onde todos
jogam coletivamente para suplantar um desafio comum, mas principalmente
jogam pelo prazer de jogar.
2- Jogos de Resultado Coletivo: São bastante movimentados, permite a
existência de duas ou mais equipes, os objetivos são comuns e necessitam
da união de todos.
3- Jogos de Inversão: Enfatiza a noção de dependência mútua, ocorrendo à
mudança dos jogadores, esses jogos brincam com o nosso conceito
tradicional de vencer e perder. Eles se subdividem em:
3.1- Rodízio: Os atletas variam de lado conforme situação pré-
determinada, após sacar (voleibol), após uma cobrança de escanteio (futebol,
handebol), etc.
3.2- Inversão do goleador: O jogador que marca o ponto (gol, cesta,
etc.) inverte para outra equipe.
3.3- Inversão de Placar: O ponto (gol, cesta, etc.) conseguido é
marcado para a equipe adversária.
3.4- Inversão total: É uma combinação das duas inversões anteriores.
4- Jogos Semi-Cooperativos: São indicados para iniciar a aprendizagem
esportiva.

Unidade II: Jogos Cooperativos Sem Perdedores


Objetivos:- Caracterizar os jogos cooperativos sem perdedores.
- Propiciar o desenvolvimento das habilidades motoras e
interpessoais.
- Fomentar o desenvolvimento de valores humanos.

Orientações Metodológicas
Nesta Unidade II, serão realizadas quatro aulas, onde estarão implícitas
atividades de jogos cooperativos sem perdedores, que visarão aos objetivos
propostos da unidade. Portanto a organização e o detalhamento das atividades são
importantes para o desenvolvimento do trabalho dos professores e para o êxito das
aulas.

1)- Quanto a organização das aulas: As aulas serão organizadas tendo como
referência Callado, 2004. p. 83-84, onde em seu livro “Educação para a Paz”, onde
ele apresenta uma proposta que divide uma aula em cinco fases distintas.

Com base nesta proposta, cada aula deste Caderno Pedagógico será
constituída por três fases: 1 Fase de animação, 2 Fase principal e 3 Fase de análise
grupal, onde se estabelece alguns pressupostos:

1) Fase de Animação: é o momento da recepção dos alunos, incentivação,


aquecimento, introdução ao tema.

2) Fase Principal: É o foco da aula, momento principal onde se busca atingir os


objetivos.

3) Fase de Análise Grupal: é o momento final da aula, onde o professor fomenta


uma análise das atividades realizadas, reflexão e despedida final, ou seja, o
feedback. Segundo Soler, R. 2011-b. p. 81. “O feedback é uma discussão com o
grupo e sua prática é utilizada para extrair o máximo de informações do grupo
depois da atividade proposta”.

Soler ainda cita na página 82, algumas perguntas que auxiliam na hora do
feedback, extraídas do manual para professores Vivendo valores na escola da
organização Brahma Kumaris (1977), que são: O que você fez? O que a pessoa do
seu lado fez? O que cada pessoa do seu grupo fez? No que todos vocês
concordaram/ O que houve de engraçado? Qual foi a primeira ideia que você teve?
Foi fácil começar a pensar? Quando suas ideias mudaram?

Portanto verificamos que estas fases das aulas são importantes e devem
ser comtempladas durante a implementação das unidades didáticas.

2) – Quanto a formação dos grupos no momento do jogo:

Nas atividades que envolvem a organização de grupos, é muito importante


pensarmos nas maneiras que vamos se utilizar para formá-los, tomando muito
cuidado para não constranger, excluir ou inferiorizar os alunos. Muitas vezes os
grupos são formados tradicionalmente pela divisão dos sexos, pela habilidade (os
mais ou menos habilidosos) ou escolhem-se dois alunos para eles escolherem os
demais, geralmente ficando os “amiguinhos” sempre juntos.
Portanto quando o foco é cooperação, um dos objetivos implícitos é a
promoção da autoestima, assim sendo precisamos pensar em outras formas de
separar os alunos na formação dos grupos. Desta forma vamos utilizar alguns
critérios para formação de grupos citados por Soler, R. 2011-b. p 79. São eles: Por
data de nascimento (dia, mês, por quinzena, etc.), por números, tipo de calçado
(tênis, sandália, sapato, pela cor, etc.), cor da camiseta, tamanho ou cor dos
cabelos, cartas de baralho ou fazer cartões coloridos, etc.

Primeira Aula

Objetivos: Reunir informações, conceituar (jogos, cooperação, amizade, etc.),


propiciar trabalho em grupo e desenvolver cooperação.

A) - Fase de Animação: Conversa com a turma sobre o início do projeto e as


atividades do dia.

B) - Fase Principal: Atividade 1: Aplicação do questionário

Objetivo: Identificar informações básicas da turma.

PRODUÇÃO DIDÁTICA- PEDAGÓGICA – CADERNO PEDAGÓGICO

QUESTIONÁRIO
Objetivo: Identificar conhecimentos e informações do grupo.
Público alvo: Alunos do 6º ano do ensino fundamental

Leia com atenção e marque com X apenas uma alternativa:

1) Na sua opinião o que é cooperar?


( ) Desorganizar, atrapalhar, incomodar
( ) Operar juntamente com alguém, colaborar, ajudar.
( ) Falar, expressar.

2) Em sua opinião o que é competir?


( ) Desistir, parar, olhar.
( ) Explicar, transmitir
( ) Concorrer em busca de um objetivo, disputar, rivalizar.

3) Você gosta de participar das aulas de educação física?


( ) Sim
( ) Não.
( ) Às vezes
4) Que tipo de atividades você mais gosta?
( ) Jogos mais competitivos (esportes)
( ) jogos mais cooperativos ( brincadeiras )
( ) Nenhum.

5) Você tem vergonha de participar das aulas de educação física?


( )Sim
( )Não
Se a resposta for Não diga por quê?
__________________________________________________________

Atividade 2: Quebra Cabeça


Objetivos: Trabalhar conceitos de (jogos, cooperação e valores humanos),
incentivar a cooperação, desenvolver trabalho em grupo.

Material: Aparelho de Som, cartolinas, lápis de cor, canetas hidrográficas, papel


kraft, réguas, cola, grampeador, revistas velhas, etc.

Disposição: Na sala de aula, divide os alunos em 3 ou 4 grupos de igual número.

Desenvolvimento: Após a formação dos grupos, o professor entrega para cada um


deles, uma frase com conceitos de jogos, cooperação, jogos cooperativos, amizade,
respeito etc. que deverão ser memorizados pelo grupo em 1 minuto. Depois a frase
é recolhida e entrega-se a mesma frase recortada em partes (quebra-cabeça), onde
o grupo deverá montar a frase em 2 minutos. Na sequencia cada grupo de posse de
vários materiais deverão confeccionar um cartaz, com a frase trabalhada. Em
seguida fazem-se as apresentações, anota-se as frases nos cadernos, fixa-se os
cartazes no mural e o professor encerra com suas considerações.

Variações: Direcionar as frases para determinado assunto, aumentar ou diminuir os


grupos, aumentar o tempo de realização da tarefa, etc.

C) - Fase de análise grupal: Comentários da sessão (o professor enfatiza


pontos importantes e abre espaço para perguntas e opiniões).

Segunda Aula

Objetivos: Promover a autoestima, desenvolver habilidades motoras e


interpessoais, propiciar momentos de interação e reflexão.

A) - Fase de animação:

Atividade 1: Dinâmica de Boas Notícias


Objetivos: - Incentivar a ver o lado bom dos fatos da vida, criar um clima de
otimismo e alegria, encorajar os alunos a falar em público e exercitar ouvir com
atenção.

Material; Nenhum

Espaço: Sala de aula, quadra ou pátio.

Disposição: Sentados nas cadeiras.

Desenvolvimento; O professor explica da importância de ver e falar das coisas


boas que acontecem em nossas vidas. Em seguida pede para todos pensarem em
algo bom que aconteceu na sua vida nos últimos 7 dias. O professor inicia a
dinâmica contando algum fato bom que ocorreu em sua vida (seguida de aplausos),
na sequencia o professor incentiva todo o grupo a falar, porém não obriga ninguém.
Realiza de 3 a 6 depoimentos, ou mais se tiver voluntários, em seguida o professor
reforça a ideia inicial e comenta que haverá outras oportunidades para falar.

Variações: - Organizar em posições diferentes (sentados em círculo no chão na


quadra, em pé, fileiras, etc.), em duplas um fala para o outro e depois fala para o
grande grupo, ficar em pé no momento de apresentar, etc.

Atividade 2: Vídeos de Cooperação


Objetivos: Reforçar o conceito de cooperação, sensibilizar para agir
cooperativamente.

Material: Um Pendrive, uma televisão com entrada para pendrive, ou similar.

Espaço: Sala de aula

Disposição: Todos sentados nas cadeiras voltados para a televisão.

Desenvolvimento: Apresentação de vídeos (curta metragem) sobre cooperação,


vídeos de sensibilização e motivação. Em seguida o professor enfatiza pontos
importantes e abre para perguntas e opiniões. Sugestões de vídeos:

Disponível em: http://youtu.be/nmRqw8KflEg (Cooperação- acesso em 05/12/2013).

Disponível em: http://yuotu.be/N6uk5L3C_dA (O menino e a árvore – acesso em


05/12/2013).

Disponível em: http://youtu.be/DID_ojhCkjY (Sapinho) - acessado em 5/12/2013).

B) - Fase Principal:

Atividade 3 - Dança das Cadeiras Cooperativas


Objetivos: - Estimular a cooperação e criatividade, reforçar o trabalho em grupo,
propiciar momentos de Integração e descontração.

Material: Cadeiras iguais ao número de participantes

Espaço: Quadra, pátio ou sala.

Disposição: Cadeiras voltadas para fora formando um círculo, todos os


participantes ao lado de cada cadeira por fora.

Desenvolvimento: Ao som de músicas alegres e descontraídas, todos devem se


movimentar (dançar) ao redor das cadeiras, quando a música parar, todos devem
sentar nas cadeiras, sem encostar os pés e nenhuma parte do corpo no chão. A
cada rodada o professor retirará uma cadeira e reiniciará a brincadeira. O jogo
continua até que todo o grupo consiga compartilhar uma única cadeira.

Variações: - Ficar em pé nas cadeiras, retirar duas cadeiras de cada vez, deslocar
em duplas de mãos dadas, etc.(Baseado em Soler, R. 2011-a. p. 147).

Atividade 4: Olho no Olho


Objetivos: - Promover a autoestima, desenvolver habilidades motoras e
interpessoais, propiciar momentos de descontração e interação.

Material: Uma cadeira para cada dupla mais uma (Ex. 31 participantes = 15 duplas
e sobra 1 , neste exemplo precisará de 16 cadeiras).

Espaço: Quadra, pátio ou sala de aula

Disposição; Formar um círculo de cadeiras voltadas para dentro, afastadas um


pouco umas das outras. Um participante da dupla vai se posicionar um sentado na
cadeira, denominado de (pedra preciosa) e o outro ficará em pé atrás da cadeira,
que será o (guardião). O guardião tem a função de não deixar a pedra preciosa
escapar, porém ele não poderá encostar as mãos nem os braços na cadeira, estes
deverão ficar soltos ao lado do corpo no início do jogo. Uma cadeira ficará vazia,
apenas com o guardião em pé atrás dela, recomenda-se que o professor inicie a
brincadeira nesta posição.

Desenvolvimento: O guardião que está com a cadeira (casa) vazia deve tentar
atrair um aluno (a) (pedra preciosa) para sua casa. Para conseguir ele deverá olhar
para todos os alunos sentados e piscar para um deles, este aluno que recebeu a
piscada deverá se levantar rapidamente e sentar na cadeira que estava vazia. Para
impedir a saída dele, o guardião deverá ser rápido e segurar a pedra preciosa pelos
ombros ou braços, assim conseguindo este aluno deverá permanecer sentado.
Como o guardião que piscou não conseguiu êxito, deverá ir tentando até atrair
alguém (pedra preciosa) para sua casa. E assim aquele que ficar com a cadeira
vazia (casa) tenta atrair outra pedra preciosa piscando para os colegas. Depois
inverte os papéis quem era guardião vira pedra preciosa. Observações: É
importante o professor iniciar a brincadeira junto com o grupo para dar segurança
aos alunos, depois ele pode sair e monitorar. Importante fazer um aquecimento
antes para aprender a piscar com o olho direito e esquerdo, pode ser
individualmente, melhor ainda é fazer em duplas frente a frente olho no olho.

Variações: - Mudar o gesto para atrair (Ex. com o nariz, cabeça, etc.), guardião
deve falar o nome de uma peça de roupa que os alunos sentados podem estar
vestindo, etc.

C)- Fase de análise grupal: Discussão e reflexão.

Atividade 5: Reflexão
Objetivo: Fazer uma reflexão das atividades anteriores, encorajar os alunos para
opinar e discutir valores como (respeito, amizade, honestidade, etc.).

Terceira Aula

Objetivos: Sociabilização, estimular os sentidos (tato, audição e dicção) e


propiciar descontração, e interação.

A)- Fase de animação: Recepção dos alunos, incentivá-los no sentido de


participar em atividades que envolve música e movimentos corporais.

B) Fase Principal:

Atividade 1: Ginástica Musical.


Objetivos: - Socializar, promover a autoestima, propiciar momentos de
descontração e interação.

Material: Aparelho de Som e músicas com ritmos diferentes

Espaço: Quadra, pátio ou sala ampla.

Disposição: Todos os alunos se movimentando pelo espaço ao som da música.

Desenvolvimento: Todos se movimentando (dançando), quando a música baixar ou


parar, o professor ordenará algumas ações como: cumprimentar os colegas com um
aperto de mão, joelho com joelho, orelha com orelha, dar um abraço, abraço a três,
em quartetos formar um círculo, parados como uma estátua, e assim
sucessivamente. No final a ordem é que todos se abracem (abraço coletivo).

Variações: - Diversificar os ritmos musicais, formar figuras como círculos,


quadrados, triângulos, estátuas individuais e em grupo, solicitar para os alunos
definir algumas ações a serem executadas. (Baseado em Soler, R. 2011-a. p. 117).
Atividade 2: Dança dos Cegos
Objetivos: - Estimular a cooperação e integração, vivenciar atividades sem o uso da
visão, promover a autoestima.

Material: Aparelho de som, músicas e vendas para os olhos.

Espaço: Quadra, Pátio ou sala ampla.

Disposição: Todos os alunos a vontade pelo espaço com uma venda nos olhos.

Desenvolvimento: Ao som de uma música animada todos os alunos devem se


movimentar (dançar) e se misturar. Quando a música parar, cada participante deverá
procurar um colega e formar duplas, em seguida cada um deverá tocar no outro
tentando perceber o rosto, os cabelos, braços, respiração, enfim, tentar descobrir
quem é seu par. Após este momento sem tirar a venda cada um fala para o outro
quem ele pensa que é, e o outro responde se acertou ou não. Em seguida retiram a
venda e se abraçam. Em seguida colocam novamente a venda se misturam e
formam novas duplas.

Variações; - Aumentar ou diminuir o espaço, tocar apenas no cabelo e no rosto,


agrupar por sexo, formar trios, quartetos etc. (Baseado em: Soler, 118).

Atividade 3: Festa dos Animais


Objetivo: Vivenciar atividades sem o uso da visão, estimular a audição e dicção,
favorecer momentos de descontração e criatividade.

Material: Vendas para os olhos

Espaço: Quadra esportiva ou pátio.

Disposição: Todos a vontade pelo espaço com uma venda nos olhos

Desenvolvimento: O professor forma 5 grupos de 6 alunos (Ex: 30 participantes)


onde cada grupo deverá escolher um animal e emitir o seu som característico (Ex;
cachorro au, au, leão hummmm, etc.). Após definidos os animais e padronizado os
sons característicos, o professor espalha e mistura todos os alunos novamente.
Após o sinal do professor todos ao mesmo tempo deverão emitir os sons em tom
alto definido pelo grupo. O objetivo do grupo é se reunir novamente identificando-se
pelo som.

Variações: Aumentar ou diminuir os integrantes do grupo, emitir outros tipos de som


(números, letras, nomes de países, frutas, criar um grito de Paz, etc.), realizar em
duplas, etc.

C) Fase de análise grupal:

Atividade 4 : Meditação
Objetivo: Voltar à calma, propiciar momentos de introspecção e reflexão.

Material: Aparelho de som e músicas para meditação, colchonetes.

Espaço: Quadra esportiva, pátio ou sala de aula.

Disposição: Todos deitados no chão ou colchonete em círculo, com as vendas nos


olhos.

Desenvolvimento: O professor orienta dizendo para eles da importância de relaxar,


respirar calmamente em silêncio, incentiva a refletir sobre as atividades que fizeram
e como se sentiram. Em seguida ao som de música para relaxamento, todos se
deitam e ficam em silêncio entre 3 a 5 minutos. Em seguida todos sentados em
círculo, o professor incentiva para relatem a sua impressão da atividade, em seguida
o professor faz as considerações finais.

Variações: Realizar a meditação sentados no chão ou nas cadeiras, retirar as


vendas dos olhos, diminuir ou aumentar o tempo.

Quarta Aula

Objetivo: Desenvolver habilidades motoras e interpessoais, fomentar a


falar de coisas boas, propiciar momentos de interação.

A)- Fase de animação:

Atividade 1: Dinâmica de Boas Notícias.


Idem a descrição da atividade 1 da segunda aula, utilizando-se de algumas
variações e incentivando maior participação do grupo.

C) – Fase Principal:

Atividade 2: Corrente Humana


Objetivos: Desenvolver capacidades físicas (velocidade e resistência), proporcionar
momentos de cooperação e descontração.

Material: Nenhum

Espaço; Quadra poliesportiva ou pátio.

Disposição: Um aluno será escolhido pegador e os demais deverão ficar


espalhados em um espaço delimitado na quadra.

Desenvolvimento: Ao sinal do professor, o pegador deverá correr atrás dos


demais, quando encostar em alguém, este deverá dar a mão para o pegador e de
mãos dadas deverão pegar os demais alunos, a corrente irá aumentando
sucessivamente até pegar o último. Os alunos que ultrapassarem os limites
definidos pelo professor serão considerados pegos. A corrente humana só poderá
capturar de mãos dadas (juntos) até capturar o último aluno, após isso ocorrer todos
se agrupam e fazem um abraço coletivo.

Variações: - Definir espaços maiores ou menores para a atividade, os fugitivos


deverão se deslocar em duplas de mãos dadas, aumentar o número de pegadores.

Atividade: 3 Rebatida
Objetivos: favorecer momentos de integração, desinibição, atenção e agilidade.

Material: Uma bola de plástico ou similar e um bastão

Espaço; Quadra de Esportes ou pátio.

Disposição: Na quadra de esportes os alunos formando duplas. Desenhar “bases”


(círculos com 1 m de diâmetro) ou bambolês equidistantes e numeradas ao redor da
quadra. A quantidade de círculos é igual à metade do número de participantes,
menos 1. Exemplo: 30 participantes: 2 = 15 – 1 = 14 círculos.

Desenvolvimento: Escolhe-se uma dupla para ser a dupla de Rebatedor (R) e


lançador (L), com bastão e bola, respectivamente, esta dupla ficará no centro da
quadra, distantes um do outro aproximadamente 4 m. As demais duplas entram nas
bases verificando o número correspondente a “base” que entraram. O jogo inicia
com o lançador arremessando a bola para que seu parceiro, o rebatedor, faça a
“rebatida”. Após a “rebatida” o rebatedor grita o número de qualquer uma “das
bases” (Ex.8). A dupla que estiver ocupando a “base” número 8, deve ir buscar a
bola e depois (com a bola) tentar entrar em qualquer “base”. Enquanto isso, todas as
demais duplas deverão trocar de “base”, simultaneamente e aleatoriamente,
inclusive a dupla de lançador e rebatedor. A dupla que ficar sem base passa a ser o
lançador e rebatedor.

Variações: - Após a “rebatida”, trocar de parceiros antes de entrar na base,


se deslocar de mãos dadas, substituir a “rebatida” pela realização de fundamentos
de alguma modalidade esportiva (chute (futsal), saque (vôlei), arremesso (basquete,
handebol)).

⃝ ⃝ ⃝ ⃝ ⃝ ⃝

⃝ ⃝
“L” “R”
⃝ ⃝

⃝ ⃝ ⃝ ⃝ ⃝ ⃝
Figura: 2 Rebatida (Baseado em Brotto, F.O. 1999-a. p.188.).
Atividade 3: Pim
Objetivos: Voltar à calma, desenvolver a atenção e raciocínio, propiciar
descontração.

Material: Nenhum

Espaço: Quadra, pátio ou sala de aula.

Disposição: Todos sentados em círculo no chão ou colchonete (opcional).

Desenvolvimento: O professor explica o que são números múltiplos de 3 (3,6,9...) e


números terminados em 3 (13, 23, 33...). Ao sinal do professor os alunos um de
cada vez seguindo a ordem do círculo falam em voz alta: (aluno 1- um, aluno 2- dois,
aluno 3, pim, 4, 5, pim..., 12, pim...),ou seja, quando chegar a números múltiplos de
3 e terminados em 3 o aluno da vez deve falar pim. Quando houver um erro,
recomeça novamente pelo número 1.

Variações: - Mudar as regras deixando mais difícil (Ex; múltiplos de 4 e números


terminados em 5, etc.), criar outra expressão no lugar de pim, falar e fazer um gesto
ou movimento (deitar, bater palmas, ficar em pé, ..etc.).

C) - Fase de análise grupal: Discussão e reflexão

Figura 3: Quadra Poliesportiva do Colégio Est. Prof. Basílio Chrun, Castro-Pr, onde
serão realizadas as atividades práticas. Fonte: Bentivoglio, M. 2013.

Unidade III – Jogos Cooperativos de Resultado Coletivo

Objetivos: - Caracterizar os jogos cooperativos de resultado coletivo.


- Propiciar o desenvolvimento das habilidades motoras e
interpessoais

- Contribuir para o desenvolvimento de valores humanos.


- Favorecer a promoção da autoestima

- Enfatizar a importância do trabalho em grupo e cooperação.

Orientações Metodológicas

Quinta Aula

Objetivos:- Sociabilizar, favorecer a cooperação e discutir valores humanos.

A) - Fase de animação: Recepcionar os alunos com um bom dia, explanar


sobre os objetivos da aula e incentivá-los na participação e envolvimento.

B) - Fase Principal:

1ª Atividade – Basquetinho
Objetivos: Compartilhar de um objetivo comum, sociabilizar, favorecer o
cumprimento de atitudes como (respeito, comunicação, criatividade, coragem,
honestidade e ética no cumprimento das regras).

Material: 90 bolas de (tênis de mesa, frescobol, plástico, papel ou meia), 4 a 5


cestas com diâmetro e alturas diferentes (caixas de papelão, balde, cestos de lixo,
etc.), fita crepe, giz ou similar (para demarcar o espaço), quadro branco ou similar
para marcar os pontos.

Espaço: Quadra, pátio ou sala. Demarcar um quadrado de cerca de 8x8m


= 16 m² onde as cestas serão distribuídas. As cestas corresponderão a
pontos de acordo com o grau de dificuldade de acerto (por exemplo,
cestas mais difíceis de acertar valem 100 pontos, 50 para as
intermediárias e 10 pontos para as fáceis).

Disposição: Dividem-se em dois grupos de igual número, os arremessadores de


bola (ficam fora da área) e os recolhedores de bola (ficam dentro da área dos 16m).

Desenvolvimento: O Objetivo do jogo é fazer o maior número possível de


pontos em um determinado tempo através da conversão de cestas. Os
arremessadores devem lançar as bolas em direção às cestas, enquanto os
recolhedores devem apanham as bolas que não entraram nas cestas e as
devolvem aos arremessadores. Recolhedores não podem fazer cesta e
arremessadores não podem invadir a área demarcada. É marcado 1
minuto para a cada grupo, ao final do tempo são contados os pontos
marcados pelo grupo e anotados e depois se faz a soma total. Em
seguida inicia novamente e o professor faz o desafio para que o grupo
melhore sua pontuação. Após o final reúne o grupo sentado em círculo e
faz uma reflexão e discussão sobre o trabalho em grupo, estratégia
liderança e cooperação.

Variações: Aumentar ou diminuir (o espaço do jogo, número de


bolinhas, quantidade de cestas e o tempo do jogo), propiciar competição
entre equipes.

(Baseado no jogo apresentado por Guilhermo Brown no Curso de Jogos


Cooperativos realizado no I Festival de Jogos Cooperativos - SESC
Taubaté – 1999. Disponível em: www.jogoscooperativos.com.br acessado
em 30/11/2013 – 20:44h).

Atividade 2: Festa das Bexigas 1


Objetivo: Integrar ao meio social, reforçar o trabalho em grupo, adquirir hábitos
saudáveis de relações interpessoais e discutir valores.

Material: Aparelho de som, músicas alegres e uma bexiga para cada participante.

Espaço: Quadra esportiva, pátio ou sala.

Disposição: Todos os alunos à vontade pelo espaço com uma bexiga na mão.

Desenvolvimento: Ao som de músicas animadas, os alunos deverão encher as


bexigas e deslocar-se pelo espaço destinado ao jogo, tocando a bexiga sem a deixar
cair no chão, explorando as partes do corpo. Exemplo: mãos, cabeça, nariz, testa,
nuca, joelho, cotovelo etc. Em seguida fazer os movimentos em duplas, trios,
quartetos, etc. Aumentar os grupos até envolver todos em um único grupo formando
um grande trem, tendo as bexigas como engate (barriga e costas). Voltar a formar
dupla, dar dois fortes abraços estourando as bexigas.

Variações: Trabalhar com mais bexigas (Ex. cada aluno com duas bexigas), criar
movimentos e tarefas diferentes (Ex: dançar em dupla sem deixar a ou as bexigas
caírem). (Baseado em Soler, R. 2011-a, p.186).

C) - Fase de Análise Grupal: Analisar e refletir sobre as atividades, atitudes e


comportamentos observados.

Sexta Aula

Objetivos: Sociabilizar, descontrair e propiciar trabalho de cooperação.

A) - Fase de animação:

Atividade 1: Dinâmica de Boas Notícias


Idem a descrição da atividade 1 da segunda aula, utilizando-se de algumas
variações e incentivando maior participação do grupo.

B)- Fase Principal:

Atividade: 2 Volençol
Objetivos: Desenvolver habilidades motoras e interpessoais, incentivar a
cooperação, descontrair o grupo.

Material: 1 bola de voleibol ou similar, rede de vôlei e ”lençóis” (pedaços de tecido


em tamanhos variados).

Espaço; Quadra de voleibol ou similar.

Disposição: Divide o grupo em 2 equipes de igual número.

Desenvolvimento: - Os participantes formam pequenos grupos, segurando um


“lençol” cada grupo. Distribuídos “dos dois lados da quadra”, procuram fazer
lançamentos da bola com o ”lençol”, de um lado para outro, o maior número de
vezes possíveis.

Variações: - Permitir que a bola toque uma vez no chão, utilizar mais que uma bola,
ao mesmo tempo, realizar inversões. (Baseado em Brotto, F. O. 199-b. p.191.).

Atividade 3 : Bola Alternativa


Objetivo: Sociabilizar, aprimorar o trabalho em grupo, discutir valores.

Material: Uma bola de praia (tipo inflável)

Espaço: Quadra, pátio ou sala ampla.

Disposição: Formar grupos pequenos de seis a dez alunos, colocados em círculo,


olhando para fora, bem entrelaçados pelos braços.

Desenvolvimento: Coloca-se a bola no chão dentro do círculo. A tarefa do grupo é


tentar tirar a bola usando os pés, costas, ombros, etc., porém não pode usar as
mãos. O grupo que conseguir o objetivo pode orientar os demais.

Variações: Utilizar um bambolê no lugar da bola, o grupo se posicionar voltados


para dentro do círculo com as mãos nos ombros dos colegas, definir um tempo para
as equipes realizar a tarefa. (Baseado em Soler, R. 2011-a. p.137.).

Atividade 4: Bola no Ar
Objetivo: Conhecer o grupo, exercitar a atenção e observação, exercitar o trabalho
em grupo (cooperação) e descontrair.

Material: Uma grande bola macia (tipo inflável).


Espaço: Quadra esportiva ou pátio.

Disposição: Todos formando um grande círculo

Desenvolvimento: O objetivo do grupo é manter a bola no ar, sem deixar cair no


chão, o máximo de tempo possível. Poderão utilizar qualquer parte do corpo para
golpear a bola, porém um mesmo jogador não poderá golpear a bola duas vezes
seguida.

Variações: Formar grupos menores, não poderá utilizar as mãos para golpear, só
pode utilizar uma parte do corpo para golpear a bola (Ex; Só pode com a cabeça),
definir um tempo para o grupo manter a bola no ar. (Soler, R. 2011-a. p. 139).

C) - Fase de Análise Grupal: Refletir sobre as atividades realizadas

Sétima Aula

Objetivos: Desenvolver habilidades motoras e interpessoais, favorecer


cooperação e promover a autoestima.

A) - Fase de animação: Recepção dos alunos, explanar sobre as atividades do


dia e incentivá-los a participar.

B)- Fase Principal:

Atividade 1: Teia Humana


Objetivos: Integrar, enfatizar a importância da cooperação, desenvolver a atenção e
o raciocínio, descontrair e discutir valores humanos.

Material: Aparelho se som e músicas alegres (opcional)

Espaço: Quadra esportiva pátio ou sala.

Disposição: Divide os participantes em 2 grupos de igual número (+ - 15),


posicionados um em cada lado da quadra.

Desenvolvimento: Ao som de uma música alegre os participantes se movimentam


livremente (dançam), ao parar a música todos devem parar no lugar. Em seguida o
professor ordena que eles devam dar as mãos para dois colegas diferentes, porém
não pode ser o colega da direita e nem o da esquerda, formando assim uma grande
teia humana. Em seguida a tarefa do grupo é desfazer a teia sem soltar as mãos até
formar um grande círculo.

Variações: Marcar um tempo para o cumprimento da tarefa, desenvolver com um


único grupo ou grupos menores, etc. (Baseado em Soler, R. 2011-a. p.218.).

Atividade 2: Ponte Móvel


Objetivos: Incentivar o trabalho em equipe (cooperativo), desenvolver habilidades
motoras (equilíbrio, coordenação, agilidade), discutir valores.

Material: Cadeiras (uma para cada participante)

Espaço: Quadra, pátio ou sala ampla.

Disposição: Um único grupo, todos em pé em cima da sua cadeira, dispostos em


coluna (um atrás do outro)

Desenvolvimento: Os participantes terão que levar todas as cadeiras até um ponto


determinado pelo professor (= ou - 6m). Os alunos não poderão colocar os pés nem
as mãos no chão até que o último cruze a linha de chegada com sua cadeira. Eles
terão que criar uma estratégia cooperativa para cumprir a missão.

Variações: Mudar a posição inicial (fileiras, círculos, quadrado, etc.), utilizar


colchonetes no lugar das cadeiras, formar grupos menores , aumentar ou diminuir o
trajeto, determinar um tempo para o cumprimento da tarefa, etc. (Baseado em Soler,
R. 2011-a. p. 245).

Atividade 3: Cabra Cega


Objetivo: Propiciar descontração e interação.

Material: Uma cadeira para cada aluno (opcional) e uma venda para os olhos.

Espaço: Quadra, pátio ou sala.

Disposição: Todos os alunos sentados nas cadeiras formando um grande círculo,


ou em pé. Escolhe-se um aluno que ficará no meio em pé com uma venda nos olhos
que será a cabra cega.

Desenvolvimento: O professor gira o corpo da cabra cega, em seguida ele deverá


se dirigir até um colega e apalpando os seus cabelos, rosto, braços. etc, deverá
identificar e falar o nome dele. Se ele acertar o nome este passa a ser o novo cabra
cega, se errar continuará sendo cabra cega.

Variações: Colocar dois ou mais cabras cegas, a cabra cega só poderá identificar
pelo rosto, todos os alunos vendados deverão identificar pelo tato um aluno que
ficará no meio do círculo de olhos abertos.

B) - Fase de Análise Grupal: discussão e reflexão

Oitava Aula

Objetivos: Utilizar as tecnologias, favorecer a cooperação e criatividade.

A)- Fase de Animação: Recepção dos alunos, explanação sobre as atividades


do dia, enfatizando a importância do trabalho em grupo e da cooperação.
B)- Fase Principal:

Atividade 1: Pesquisa Virtual


Objetivos: Incentivar o uso do computador navegando na internet, incentivar o
trabalho em grupo e despertar a criatividade.

Material: Lápis, caderno, caneta, lápis de cor, pincéis atômicos, cartolinas, papel
kraft, cola, revistas antigas, etc.

Espaço: Laboratório de Informática e sala de aula

Disposição: No laboratório em duplas com um computador. Na sala de aula


formando grupos com 4 alunos.

Desenvolvimento: O professor explica o desafio da turma: Eles terão 20 minutos


para em duplas assistir alguns vídeos de (jogos cooperativos, cooperação,
motivação, etc.) na internet. Em seguida na sala de aula com grupos de 4 alunos,
terão 15 minutos para fazer um cartaz, enfatizando pontos importantes das imagens
assistidas. Para confecção do cartaz poderão usar vários materiais já citados
anteriormente. Para finalizar cada grupo deverá apresenta seu cartaz, em seguida
os cartazes serão expostos no mural da sala.

C)- Fase de Análise Grupal: Reflexão sobre as atividades realizadas.

Figura 4: Laboratório de informática do Colégio. Fonte: Bentivoglio, M. 2013.

Unidade IV - Jogos Cooperativos de Inversão

Objetivos: - Caracterizar os jogos cooperativos de inversão


- Propiciar o desenvolvimento das habilidades motoras e
interpessoais.

- Contribuir para o desenvolvimento de valores humanos.


- Favorecer a promoção da autoestima.

- Enfatizar a importância do trabalho em grupo e cooperação.

Orientações Metodológicas:
Nona Aula

Objetivos: Desenvolver habilidades motoras e interpessoais, promover


a autoestima e descontrair.

A)- Fase de Animação:

Atividade 1: Dinâmica de Boas Notícias


Idem a descrição da atividade 1 da segunda aula, utilizando-se de algumas
variações e incentivando maior participação do grupo.

B)- Fase Principal:

Atividade: 2 Galo e Gato


Objetivos: - Desenvolver habilidades motoras, aprimorar as capacidades físicas
(velocidade e resistência), estimular a atenção e audição e propiciar descontração.

Material: Nenhum

Espaço; Quadra ou pátio.

Disposição: Divide-se 2 equipes com igual número de participantes (equipe 1 se


chamará GATO e equipe 2 GALO). As equipes deverão se posicionar em fileiras (um
ao lado do outro) frente a frente distante aproximadamente 6m uma da outra,
divididas por uma linha central (3m para cada lado), se a quadra tiver as linhas do
vôlei, as equipes poderão se posicionar na linha dos 3m.

Desenvolvimento: Após o posicionamento das equipes, o professor explica que o


nome da equipe que ele chamar será a pegadora e a outra automaticamente será a
equipe fugitiva. Exemplo: O professor chama Gaaaa... to (GATO- equipe1 pega), os
alunos sairão correndo para tentar encostar a mão em algum participante da equipe
(GALO2- foge), que neste caso são os fugitivos. Ambas as equipes deverão correr
sempre em linha reta, os participantes da equipe GALO que ultrapassar a linha de
fundo (+ - 15m) estarão salvos e os participantes que forem encostados passam a
jogar para a outra equipe (Gato). Cada jogador que for encostado vale um ponto, um
detalhe fundamental da brincadeira é no momento de falar o nome da equipe, onde
o professor deve criar um suspense dizendo GAAAAAAAAA......LO, ou
GAAAAAAAA......TO! No momento da definição as equipes vão se aproximando até
ouvir a silaba final.
Variações: - Alterar o posicionamento inicial (sair sentados, deitados, de costas,
etc.), acrescentar outras vozes de comando, se deslocar em duplas, a equipe que
for chamada foge, etc.

Equipe 1- Gato Equipe 2 – Galo

X 6m
X Meio O
X I O
X O
X O
X O
X ..............← O
X I O
X →............. I O
X O
←-Zona de fuga O
Zona de aproximação Zona de fuga→

Gaaaaa (to ou lo) aaaaaaG


Figura 5: Gato e Galo Fonte: Bentivoglio, M. 2013.

Atividade 3: Queimada Dinâmica


Objetivo: Desenvolver habilidades motoras e interpessoais, descontrair e integrar.

Material: Uma bola de borracha leve, uma de plástico e uma de voleibol.

Espaço: Quadra de voleibol ou pátio demarcado com as linhas do voleibol

Disposição: Divide em duas equipes de igual número

Desenvolvimento: Inicia o jogo de queimada tradicional com algumas diferenças


como: o aluno que é queimado passa a jogar no time contrário, quando o aluno que
for atacado defender (segurar abola) o que atacou passa para a outra equipe. Na
sequencia pode ir acrescentando outras variações de modo que o envolvimento no
jogo seja mais importante que o resultado final.

Variações: Os alunos queimados vão se posicionando alternadamente nas laterais


da quadra, a bola deve passar por todos antes de ser arremessada, trocar de bola,
acrescentar mais uma bola, só pode queimar através de um fundamento esportivo (a
cortada ou toque do voleibol, um chute do futebol), colocar uma música de fundo,
etc.

C) – Fase de análise grupal: discutir e refletir sobre as atividades desenvolvidas.


Décima Aula

Objetivos: Desenvolver habilidades motoras e interpessoais, sociabilizar, integrar


e descontrair.

A) - Fase de Animação: Recepcionar os alunos e refletir sobre a importância de


competir honestamente.

B) - Fase Principal:

Atividade 1: Rodízio
Objetivos:- Desenvolver habilidades motoras e interpessoais, favorecer a iniciação
esportiva, propiciciar integração.

Material: Uma bola de handebol ou similar

Espaço; Quadra de Handebol ou similar.

Disposição: Distribuir os participantes em 8 áreas de igual tamanho, ficando de 2 a


3 alunos em cada uma delas. As áreas são numeradas time 1 e time 2
alternadamente.

Desenvolvimento; - O time 1 deve tentar fazer gol no time 2 e vice-versa. A bola


deve ser passada para a “zona” mais próxima correspondente ao time, feito o gol,
promove-se um rodízio, onde todos trocam de área, (ex; a dupla que estava na área
1 passa para a área 2 e assim sucessivamente).

Variações: - utilizar 2 bolas simultaneamente, aumentar o número de participantes,


diminuir ou aumentar o número de áreas, utilizar outros tipos de bolas, etc.

← 2 ← 2 ← 2 ← 2

☺ ☻ ☺ ☻ ☺ ☻ ☺

) ☻ ☺ ☻ ☺ ☻ ☺ ☻ ☺ (


☻ ☺ ☻ ☺ ☺ ☻ ☺
1 → 1 → 1 → 1 →

Figura 6: Rodízio (Baseado em Brotto, 1999-b.).

Atividade 2: Cadeira Livre


Objetivo; Despertar a consciência da cooperação, instigar a ter tomada de decisão
e iniciativa, exercitar a criatividade e integração.
Material: Uma cadeira (sem braço)para cada participante + 1

Espaço: Quadra ou pátio

Disposição: Sentados nas cadeiras. Elas devem ser colocadas bem juntinhas em
círculo, voltadas para dentro, uma delas fica vazia.

Desenvolvimento/ Instruções: A cadeira vazia deve ser ocupada pelo participante


que estiver à direita ou à esquerda, o mais rápido possível. O participante que
conseguir sentar-se diz em voz alta "Eu sentei!". Sobra então uma nova cadeira
livre que será ocupada pela pessoa que estava ao lado do 1º participante a se
movimentar. Esse, ao sentar, diz em voz alta: “No jardim!". Na sequência, sobra
outra cadeira livre que será ocupada pelo participante que estava ao lado daquele
que se movimentou. “Esse, por sua vez, completa a frase dizendo": Com meu
amigo fulano!" (dizer o nome da pessoa escolhida). A pessoa chamada é escolhida
aleatoriamente, sendo qualquer pessoa do círculo. Esta pessoa deverá ir mais
depressa possível até a cadeira e sentar. Dessa forma, a cadeira em que essa
pessoa estava sentada ficará livre, o que possibilita o início de um novo ciclo: "eu
sentei", "no jardim “ "com meu amigo Ciclano".

Variações: Acrescentar mais uma cadeira vazia, colocar vendas nos olhos, mudar
as frases, etc. (Baseado em Soler, R 2011-b. p.148.).

Atividade 3: Lá vai o Pato

Objetivo: Voltar à calma, descontração, interação, raciocínio, atenção, coordenação.

Material: Uma cadeira para cada participante.

Espaço: Quadra, pátio ou sala.

Disposição: Cada participante sentado em uma cadeira, dispostas em círculo


voltadas para o centro, um pouco afastada uma da outra.

Desenvolvimento: O professor inicia a brincadeira voltando o rosto para o


participante da sua direita (1), olha nos seus olhos e fala: lá vai o pato, o
participante (1) olhando para o professor responde: O que? O professor replica: O
pato! Ai o participante (1) volta-se para o colega sua direita (2) e fala a mesma
coisa: Lá vai o pato, participante (2) responde: O que? O participante (1) volta -se
para o professor e fala: O que? O professor replica: O pato, o participante (1) fala
para o (2): O pato, e assim o (2) fala para o participante (3): Lá vai o pato, este
responde: O que? (2) para o (1) O que?, (1) para o (professor): O que? O professor
replica para o (1): O pato, (1) para o (2) O pato, (2) para o (3) O pato, (3) fala para o
(4) Lá vai o pato e assim sucessivamente até passar por todos os participantes.
Quando alguém errar inicia tudo de novo. É muito divertido.

Variações: Pode se posicionar sentados no chão ou em pé, pode acrescentar no


momento da fala um gesto ou movimento, mudar o tom de voz (alto, baixo), criar
falas diferentes, marcar um tempo para o grupo cumprir a tarefa sem errar, etc.
C)- Fase de Análise Grupal: Discussão e reflexão

Décima Primeira Aula

Objetivos: Desenvolver habilidades motoras e interpessoais, sociabilizar,


favorecer a integração e descontração.

A)- Fase de animação: recepção e incentivar o trabalho de equipe.

B)- Fase Principal:

Atividade 1: Todos Contra Um


Objetivos: Desenvolver habilidades físicas e interpessoais, fortalecer o trabalho em
equipe e integrar.

Material: 1 bola de handebol, de borracha ou similar

Espaço; Quadra esportiva ou pátio.

Disposição: Um aluno será o fugitivo, todos os demais espalhados pela quadra


delimitada pelo professor.

Desenvolvimento: - Ao sinal do professor o grupo deverá (em 2 minutos) se


movimentar e passar a bola rapidamente de mão em mão até encostar a bola no
corpo do aluno fugitivo. Não é permitido bater a bola no chão e nem correr com ela
na mão, isso exigirá movimentação e passes rápidos. O aluno que encostar a bola
no colega passa a ser o fugitivo ou escolhe alguém, e assim reinicia o jogo.

Variações: - Permitir dar 3 passos com a bola na mão (progressão no handebol),-


aumentar ou diminuir o tempo da tarefa (conforme o grupo),permitir se deslocar
batendo bola no chão, diminuir ou aumentar o espaço do jogo, aumentar o número
de fugitivos, aumentar o número de bolas e variar seus tipos. (pequena, grande,
pesada, leve), etc.

Atividade 2: Policia e Fujão


Objetivos: Desenvolver habilidades motoras e interpessoais, propiciar cooperação e
descontrair.

Material: Aproximadamente 8 bolas de borracha ou similar referente a uma turma


com 32 alunos

Espaço; Quadra de esportes ou pátio.

Disposição: Divide-se 2 equipes com igual número de participantes.


- Uma equipe será os policiais (pegadores) formando duplas de mãos dadas e a
outra equipe será os fugitivos que se deslocarão individualmente. Os pegadores
(duplas) se deslocarão com uma bola na mão.

Desenvolvimento: - Dado o sinal as duplas de policiais correrão atrás dos fugitivos


com o propósito de arremessar a bola e tentar acertar neles. Quando um policial
acertar a bola no fugitivo, este vira policial e o policial vira fugitivo. Agora a bola é
levada pelo o integrante da dupla de policiais que ficou. Assim sucessivamente vai
ocorrendo um rodízio tanto dos jogadores, como de quem leva a bola e faz o
arremesso. Depois de um tempo inverte os papéis, quem iniciou como policial vira
fugitivo e vice-versa.

Variações: -Os fugitivos também se deslocam em duplas, aumentar o número de


bolas para os policiais, aumentar ou diminuir o espaço do jogo.

Atividade 3: Pobre do Meu Gatinho


Objetivo: Acalmar, descontrair, desinibir e integrar,

Material: Nenhum

Espaço: Quadra, pátio ou sala.

Disposição: Sentados no chão formando um círculo, um pouco afastados um do


outro. Escolhe-se um aluno que ficará na posição de quatro apoios no chão que será
o gatinho (a).

Desenvolvimento: Ao sinal do professor o aluno do centro (gatinho), deverá imitar


um gatinho e se posicionar na frente de um participante miando e fazendo graça
para ele rir, se o participante rir ele vira gatinho(a). Para ele não virar gatinho, deverá
colocar a mão na cabeça do gatinho três vezes e falar: pobre do meu gatinho, pobre
do meu gatinho, pobre do meu gatinho. Se ele fizer isto e ficar sério (sem rir), o
gatinho terá que se dirigir para outro integrante. É muito divertido.

Variações: Colocar uma máscara no gatinho, mudar o nome do animal e das frases,
etc.

C) - Fase de Análise Grupal: Discussão e reflexão.

Décima Segunda Aula

Objetivos: Exercitar o raciocínio, criatividade e cooperação.

A)- Fase de animação:

Atividade 1: Dinâmica de Boas Notícias


Idem a descrição da atividade 1 da segunda aula, utilizando-se de algumas
variações e incentivando maior participação do grupo.

B)- Fase Principal:

Atividade 2: Criando Novos Jogos


Objetivos: - Exercitar o raciocínio e a criatividade, incentivar a cooperação e o
diálogo, fortalecer a autoconfiança.

Materiais: Aparelho se som, músicas clássicas, lápis, caneta, caderno, borracha e


ficha padrão.

Espaço: Em sala de aula

Disposição: Todos sentados em duplas

Desenvolvimento: O professor relembra os alunos de alguns jogos que foram


vivenciados e reforça alguns princípios básicos. Em seguida orienta para que em
duplas pensem e criem um jogo para ser aplicado com a turma. Primeiro eles
descrevem no caderno para depois passar a limpo na ficha padrão. Os alunos terão
aproximadamente 25 minutos para exercitar esta tarefa, portanto esta atividade
deverá ser terminada em casa ou em outros momentos na escola. As fichas serão
recolhidas na segunda aula da unidade V (os alunos terão entre 7 a 10 dias para
terminar a tarefa). Algumas atividades serão selecionadas e desenvolvidas na
terceira, quarta e quinta aula da unidade V. Na ficha padrão deverão constar alguns
itens e suas descrições que são: nome dos alunos, nome do jogo, material, espaço,
disposição e desenvolvimento.

Variações: Realizar a atividade em trios, quartetos ou grupos maiores.

C)- Fase de análise grupal: discussão e reflexão.

Modelo de Ficha para Criar Novos Jogos

ESCOLA: SÉRIE: TURMA:


Nome dos Alunos:

Nome do jogo:
Objetivo:
Espaço:
Disposição:
Desenvolvimento:
Variações:
Observações: (preenchido pelo professor)

Unidade V - Jogos Semi-Cooperativos

Objetivos: - Caracterizar os jogos semi-cooperativos


- Propiciar o desenvolvimento das habilidades motoras e
interpessoais.

- Favorecer atividades para iniciação esportiva.

- Propiciar o desenvolvimento de valores humanos.

- Favorecer a promoção da autoestima.

- Enfatizar a importância da cooperação

- Proporcionar contato com a natureza e incentivar a preservação.

Orientações Metodológicas
Décima Terceira Aula

Objetivos: Favorecer a iniciação esportiva, desenvolver habilidades motoras,


vivenciar trabalho de equipe, integrar.

A)- Fase de animação: recepção dos alunos.

B)- Fase Principal:

Atividade 1 : Iniciação Esportiva


Objetivos: Desenvolver habilidades motoras voltadas para a iniciação esportiva,
incentivar o trabalho em grupo, discutir valores.

Material: 1 bola de handebol mirim ou similar e 1 bola de basquete infantil ou similar

Espaço: Quadra poliesportiva ou similar.

Disposição; Divide os alunos em duas equipes de igual número (equipe A e B). A


equipe A se posiciona em circulo em cima da linha do garrafão do basquetebol (com
uma bola de handebol na mão). Enquanto que a equipe B se posiciona em coluna
um atrás do outro, de frente para a equipe A (distante + ou – 5m) com uma bola de
basquete mirim.
Desenvolvimento: Ao sinal do professor a equipe A deverá passar a bola de mão
em mão o mais rápido possível (passe lateral do handebol), toda vez que a bola
completar uma volta marca um ponto e todos da equipe devem gritar bem forte (Um,
dois, três...) e assim sucessivamente. No mesmo instante o primeiro aluno da equipe
B, deverá sair batendo a bola (drible no basquete) a toda velocidade, dar a volta no
círculo formado pela equipe A e entregar a bola para o próximo colega de equipe e
se dirigir para o fim da coluna. O próximo aluno executa a mesma tarefa assim
sucessivamente até todos completarem a tarefa. Quando todos da equipe B
realizarem a tarefa, a equipe A deverá parar de passar a bola e anotam-se quantos
pontos a equipe A realizou. Em seguida inverte os papéis e anotam-se quantos
pontos a equipe B irá realizar, identificando assim no final qual grupo conseguiu
mais pontos.

Variações: - Mudar os tipos e quantidades de bolas, criar novos movimentos


(andando, conduzindo a bola com os pés, passando um arco, etc.), determinar um
tempo para realizar a tarefa, aumentar ou diminuir os espaços.

XX XXXXX XXXXXX ⃝
EQUIPE B__ _______5 m_____EQUIPE A

Figura 7: Iniciação Esportiva Bentivoglio, M. 2013.

Atividade 2: Festa das Bexigas II

Objetivo: Sociabilizar, reforçar o trabalho em equipe, desenvolver habilidades


motoras e interpessoais, promover a autoestima e discutir valores.

Material: Bexigas, papel, caneta, aparelho de som.

Espaço: Quadra, pátio ou sala.

Disposição: Todos em círculo formando pares com uma bexiga, papel e caneta.

Desenvolvimento: Pede para que cada aluno da dupla escreva duas coisas para
melhorar o mundo, escrever em papéis diferentes e colocar dentro da bexiga.
Colocar músicas diversas e pedir que todos comecem a se movimentar (dançar),
colocando a bexiga na testa, queixo, peito, barriga, coxa, joelhos, nádegas etc. (sem
deixar a bexiga cair). Aos poucos pedir para que troquem de pares e continuem a
dançar. Ao final devem estourar as bexigas, num grande abraço, cada participante
pegará um papel, que estava dentro da bexiga. Sentados em círculo, cada um faz
uma reflexão a respeito do que estava escrito.

Variações: Desenvolver em grupos maiores (trios, quartetos, etc.), direcionar outros


temas para serem escritos, criar outros movimentos, etc. (Baseado em Soler, R.
2011-a. p. 186).

C) - Fase de análise grupal: Discussão e reflexão.

Décima Quarta Aula

Objetivos: Propiciar atividades de iniciação esportiva, desenvolver habilidades


físicas e interpessoais, fortalecer o trabalho em equipe e cooperação, fomentar a
criação de novas regras e descontrair.

A)- Fase de animação: recepção dos alunos e conversar sobre as


atividades do dia.

B)- Fase Principal:

Atividade 1: Corrida Cronométrica


Objetivos: Aprimorar a velocidade, desenvolver habilidades motoras, fortalecer o
trabalho de equipe, propiciar interação e descontração.

Material: Nenhum

Espaço: Quadra esportiva ou pátio

Disposição: Divide os participantes em duas equipes com igual número. Utilizando


as linhas da quadra de voleibol, a equipe A se posiciona um ao lado do outro em
cima da linha dos 3m, sendo que a equipe B fica espalhada na quadra oposta.

Desenvolvimento: Ao sinal do professor sairá correndo o primeiro aluno da equipe


A, que deverá encostar a mão em qualquer aluno da equipe B. Ao conseguir ele
deverá retornar rapidamente para seu lugar, em seguida sairá o aluno seguinte que
deverá executar a mesma tarefa, assim sucessivamente até todos da equipe A
concluírem a tarefa. Os alunos da equipe B que forem encostados deverão ficar
sentados no chão, no lugar que foram pegos, estes servirão de obstáculos
dificultando o trabalho do pegador. Depois inverte a equipe que pegou vai fugir e
vice-versa. O professor cronometrará o tempo das equipes, no momento que elas
estiverem pegando, portanto será vencedora aquela que for mais rápida.
Observações:1ª- cada integrante só poderá encostar (pegar) um aluno. 2ª
quando um aluno da equipe estiver tendo dificuldade em pegar (demorar), o
professor autorizará que saia o próximo da fila e este ajudará o companheiro a
pegar, quando isto ocorrer aquele que estava tendo dificuldade volta e o que
foi ajudar pega mais um.

Variações: Aumentar ou diminuir os espaços, sair em duplas de mãos dadas, sair


com uma bola na mão (no lugar de encostar a mão, deverá lançar a bola e acertar o
aluno), etc.

Atividade: 2- Multiesportes
Objetivos: Desenvolver habilidades motoras e interpessoais, propiciar trabalho de
equipe (cooperação), favorecer a iniciação esportiva, despertar o gosto pelo esporte,
propiciar descontração. i

Material: Uma bola mirim ou similar de (handebol, vôlei, basquete e futsal), 2 bolas
de borracha leve ou similar e uma grande de plástico (bola de praia).

Espaço: quadra poliesportiva ou similar (pátio amplo com traves, cestas e redes
improvisadas).

Disposição: Divide em duas equipes com igual número de participantes.

Desenvolvimento: O professor estabelece com os alunos a ordem das modalidades


(Ex: handebol, basquete, futsal e vôlei) definindo algumas regras alternativas
(diferente das oficiais). Exemplo 1 (handebol): O jogo inicia com a bola de handebol,
cada equipe deverá passar a bola de mão em mão sem bater no chão, a equipe que
encostar a bola na trave da equipe adversária marcará o ponto (não tem goleiro).
Exemplo 2 (basquete): basquete normal, as equipes marcarão pontos se fizerem dez
passes consecutivos sem que a outra equipe intercepte a bola, ou fazer cesta
normal. Exemplo 3 (futsal): sem goleiros e a equipe só pode marcar gol dentro da
área do adversário. Exemplo 4 (voleibol): Rede humana, forma 3 equipes, uma de
cada lado e a terceira se posiciona em fileira na linha do meio como uma rede
humana. Começa o jogo, se a rede humana encostar na bola, a equipe que deixou
encostar vira rede e a equipe que era rede vai para a quadra e o jogo continua. O
multiesporte permite várias modificações dependendo dos objetivos a serem
alcançados. O jogo é muito dinâmico, portanto à medida que for trocando as regras
deve-se interromper o jogo por alguns minutos, extrair o sentimento dos alunos e
instiga-los a sugerir novas regras, sempre analisando o grau de dificuldades e
focando na participação de todos. Ao final sentam-se todos em círculo no chão e o
professor fomenta uma reflexão sobre a atividade.

Variações: Criar diferentes tipos de regras, intercalar meninos contra meninos e


vice-versa, colocar duas bolas, jogar vôlei tradicional intercalar pequenos, médios e
grandes grupos, etc.

(Baseado em Brotto, F. O. 1999-b. p. 186.)


C)- Fase de análise grupal: discussão e reflexão

Décima Quinta Aula

Objetivos: Desenvolver o raciocínio e criatividade, favorecer o trabalho em grupo


e cooperação, promover a autoestima.

A)- Fase de animação:

Atividade 1: Dinâmica de Boas Notícias


Idem a descrição da atividade 1 da segunda aula, utilizando-se de algumas
variações e incentivando maior participação do grupo.

B)- Fase Principal:

Atividade 2: Execução de novos jogos


Objetivo: - Valorizar as iniciativas e a criatividade dos alunos

Espaço: Quadra poliesportiva, pátio ou sala de aula

Desenvolvimento: Serão realizadas de 2 a 3 atividades escolhidas pelo professor,


referente as atividades criadas pelos alunos na Unidade IV.

C)- Fase de análise grupal: Discussão e reflexão.

Décima Sexta e Décima Sétima Aula

Objetivos: Sociabilizar, fortalecer a importância da cooperação, propiciar atividade


extraclasse e integração.

A)- Fase de animação: recepção e incentivação para o passeio

B)- Fase Principal:

Atividade 1: Passeio Ecológico Cooperativo


Objetivos: Despertar o espirito de cooperação, incentivar o trabalho em grupo,
propiciar contato e respeito à natureza, desenvolver habilidades motoras e
interpessoais, integração e descontração.

Material: Alimentos (frutas, salgadinhos, doces, bolos), bebidas (água, refrigerantes,


sucos), objetos (copos, pratos, guardanapos e sacolinhas plásticas (30), etc.)
materiais esportivos (bolas, petecas, raquetes, etc.).
Espaço: Parque público da cidade (Parque Lacustre) com grande área verde, lago,
trilhas, árvores, areia, aparelhos para ginástica, ponte e outros.

Disposição: Os alunos realizando as atividades sob o comando do professor e mais


dois voluntários adultos.

Desenvolvimento: O deslocamento da turma até o parque será concedido pela


escola, onde serão utilizadas para esta atividade duas aulas geminadas. Ao chegar
no parque o grupo deverá organizar os materiais em local adequado, para em
seguida iniciar as atividades.

Atividades: 1ª Ginástica matinal: Todos em círculo, o professor coordena uma


sessão de exercícios físicos (coordenação motora, exercícios articulares e
alongamentos). 2ª Atividade: Caminhada Ecológica Cooperativa: todos os
participantes em grupo com uma sacolinha de plástico na mão deverão fazer uma
caminhada percorrendo toda a trilha do parque. Quando achar materiais recicláveis
jogados no chão deverão recolher na sacola. Após a chegada deverão, jogar os
materiais coletados no lixo, e lavar as mãos com água e sabão. 3ª atividade:
Lanche: Organizar em local agradável os alimentos e lanchar. 4ª atividade:
desenvolver alguns jogos que foram criados pelos alunos na Unidade IV escolhidos
pelo professor. 5ª atividade: Espaço Livre; os alunos terão liberdade para escolher
as brincadeiras que desejar (peteca, bola, areia, aparelhos ginásticos, etc.).

C)-Fase de análise grupal: 6ª atividade: Volta à calma: todos sentados em


círculo na grama, o professor incentiva todos a falar um pouco sobre a experiência
vivida (gostou, não gostou, o que chamou sua atenção, etc.), em seguida o
professor faz as considerações finais e organiza o retorno para a escola.

Observações: Esta atividade exige alguns procedimentos importantes como:


agendar a atividade com antecedência com a escola, obter a autorização do diretor
e dos pais por escrito, solicitar dois colaboradores adultos (professores ou
funcionários) para ajudar no dia, solicitar transporte e preparar os materias e
alimentos.

Figura 8: Parque Lacustre – Castro – PR Fonte: Bentivoglio. M. 2013.


Décima Oitava Aula

Objetivos: Coletar informações, refletir sobre o projeto e confraternizar.

A)- Fase de animação: recepção e informações sobre a aula.

B)- fase Principal:

Atividade 1: Questionário de Avaliação


Objetivo: Coletar informações da turma, refletir sobre a implementação do projeto.

Material: Questionário de avaliação.

Disposição: Todos sentados em sala de aula.

Desenvolvimento: O professor faz as explicações básicas e entrega o questionário


para os alunos responderem, sem a intervenção do professor.

C)- fase de análise grupal:

Atividade 2: Reflexão e Confraternização


Objetivo: Fazer uma reflexão do trabalho, confraternizar o encerramento do projeto,
promover a autoestima e fortalecer os laços de amizade.

Material: Aparelho de som, cd com músicas alegres. Opcional (bombons, balas,


doces e refrigerantes).

Espaço: Sala de aula

Disposição: Todos sentados nas cadeiras em círculo.

Desenvolvimento: O professor agradece e parabeniza todos os alunos pela


participação e envolvimento nas atividades. Em seguida abre espaço para os alunos
falarem um pouco das experiências que viveram. Em seguida inicia a
confraternização com músicas alegres, doces, salgados e refrigerantes.

APÊNDICES

1- Avaliação (Coleta de Informações)


Para a avaliação da implementação desta proposta, serão utilizados
alguns recursos para coletar informações, tais como: relatório de observação por
aula, questionários, ficha de atividades (criação de jogos), confecção de cartazes
e organização dos murais.
Figura 9: Alguns materiais para confecção dos murais Fonte: Bentivoglio. M.
2013.

A) Questionário:
Este questionário será aplicado para os alunos na primeira e na décima
oitava aula. Conforme o desenvolvimento das atividades e o envolvimento
dos alunos poderá ser criado um questionário adicional para a última aula,
com o propósito de captar novas informações. Modelo conforme apresentado
na aula 1.

B) Relatório de observação:
FICHA REGISTRO DE OBSERVAÇÃO

(Estas informações serão anotadas por aula)

Nome do Observador:
Data:
Horário:
Local:
Tema:
Etapas:
Etapa de Observação:
Objetivos da Aula:
Categorias Resultado Reflexão Anotações Gerais
de
Análise
1- Número de Freq. as aulas:
Alunos (Quan- Presentes:
tidade e % Participantes:
porcentagem Não particip.:
2- Ótimo ( ) Bom ( )
Envolvimento Regular ( ) Fraco ( )
dos alunos
nas
aulas.
3- As Totalmente ( )
atividades Parcialmente ( )
previstas Insuficiente ( )
foram
realizadas
4- Os Totalmente ( )
objetivos da Parcialmente ( )
aula foram Não foram ( )
alcançados

IMPRESSÕES E COMENTÁRIOS:

Assinatura do professor: _________________________________________

C) Organização dos Murais


Objetivo: - Expor os trabalhos produzidos pelos alunos, socializar informações,
exercitar a comunicação, incentivar a criatividade e cooperação.

Materiais: Papel kraft, cartolinas, chapas de isopor, TNT, placas de EVA papel
crepom, cola, barbante, fita adesiva, grampeador, lápis de cor, etc.

Disposição: Serão organizados dois murais, dispostos nas paredes dos fundos de
cada sala de aula.

Desenvolvimento: Sugestão: Revestir 4 placas de isopor com EVA, fixar com cola
quente, em seguida afixar em pregos na parede da sala e firmar com fitas adesivas.
Se desejar pode enfeitar com papel crepom, TNT ou outros materiais.

Os murais serão confeccionados pelo professor junto com os alunos que


puderem comparecer no contra turno escolar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Albuquerque, J; Abbud, M; Kaltenbach, W. A lei do triunfo: para o século 21.
Ribeirão Preto- SP: Napoleon Hill, 2009.

BROTTO, F.O. Jogos cooperativos: ”se o importante é competir o


fundamental é cooperar”. São Paulo-SP: O autor, 1993-a.

BROTTO, F.O. Jogos cooperativos: o jogo e o esporte como um exercício


de convivência: Campinas, SP: 1999-b.

CALLADO, C.V. Educação Para a Paz: Santos, SP: Projeto Cooperação,


2004.

LUFT, C.P. Minidicionário Luft, São Paulo-SP: Ática, 2002.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação


Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Física. Curitiba. SEED, 2008.

SOLER, R. 210 Novos Jogos Cooperativos Para Todas as Idades. Rio de


Janeiro: Sprint, 2009-a.

SOLER, R. Brincando e Aprendendo com os Jogos Cooperativos. Rio de


Janeiro: 3ª edição: Sprint, 2011-b.

SOLER, R. Jogos Cooperativos para a Educação Infantil. Rio de Janeiro:


3ª edição: Sprint, 2011-c.

Vila, M; Santander, M. Jogos Cooperativos no Processo de Aprendizagem


Acelerada. Rio de Janeiro-RJ. Qualitymark, 2003.

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