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De eee Cee en CCE erat ees clara, concisa e bem estruturada. Como escrever eilustrar um artigo cientifico ha CIC Une Ke knee sek gee Cree eae Tear Ee ices ec sees CEC ae OCT eee ata coy Cake Cana ee kOe en ey Se Lene cu een Reece terete tee que estejam dando seus primeiros passos na escrita cientifica. Sua leitura é indicada tanto para autores quanto para editores de revistas e obras académicas DR eo ee ewe Rc ed Re ee Ror ee ene eae) campos: medicino, biologia, economia, direito, historia, ciéncia politica e letras, DE en oe ee nee eae eet ee Cee ie eke Cee els eon eae Oe me ema cme ec eae Seem Seu eee ee a mesmo autores cientistas acrescentardo muito a sua proficiéncia ao atravessarem as paginas deste volume simultaneamente divertido e rigoroso no que diz respeito Peter} 7 priate Leone mea tents Bjorn Gustavii Como .escrever e ilustrar um artigo cientifico 1ueo: Marcos Marcionilc feeten) Sevan eee ey See EEStor Ret eee errant Bjdrn Gustavii pensou em auxiliar Peers erat eee Reet Piaeeeee eee Enea oc Pees seca Peet cet earn Peet tanto se fala em intern pesquisas pela publi ener ee eet e meee prow) Sete eet ee eee) ee ene aT eee ace ae) ec Shee cet Seen) Pet tenants Peete eR ont eter nhecimentos que emper Breton PCTs Worn: eet 5 LEITURA E PRODUCAO DE TEXTOS TECI E ACADEMICOS. COS. Bjorn Gustavii Como escrever e ilustrar um artigo. . cientifico ‘Tadugao: Marcos Marcionilo 18st 7003, 2008, 2017 Oniginaente pubeago em inglés pelo Susentitsatr Lun Swede 2000 1 edi Cambriige University Press 2003 Reimpressees: 7005 2006 2 digo: Cambridge Univers Pess 2008, Feimpresso: 2008 2 edi: Cambridge University Pes 2017 IsBN 9769-107. 15405-6 Isenovest-316c0701-6 Diese: ont Cao rojtogsfio e cape: Tes Gustine evisier Ken es CCP-BRASIL. CATALOGACKO NA FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES OE LIVROS, A cua ten Conta en Ge toi ioc ogta 1. ecto tea 2. Peer cents 2 sgn Meologe To. SBiksoe Decitsreserads 8 PARABOLA EDITORIAL ua De Mio Vent, 34-Ipranga ‘04270000 a0 Paulo. SP abs i11] 5061-8262] 2589 925 | foe) so6-807 ‘home page: winsparaboleatonalcom al. prabolaaporaboladitorseom be Trees tnane enn aie gue ‘sens 976-55-7528-083-9 ‘Vetiio - 1 rempresss: agosto de 2019 © doen: Boe Gusta 2017 ‘© da cea Prabal tater SEo Paula ulbo de 2017 onaina Hono White arcuate o See Paper Seon Como escrever e ilustrar um artigo cientifico Este livro compacto e de leitura acessivel contém indicagées essenciais para vocé levar seu manuscrito do planejamento direto para a publicacao. Ble auxiliaré tanto escritores iniciantes quanto autores mais experientes @ apresentarem mais eficientemente os resultados de suas pesquisas. Mesto conservando a abordagem bem estruturada e de leitura fécil das edigdes anteriores, este guia essencial foi ampliado para incluir dicas mais abrangentes sobre desenhar gréficos ¢ mais informagio sobre 0 regime Open Avess de publicagio. Mustragées sio detalhadamente discutidas, com exemplos deficientes extrafdos de artigos reais até ilustracdes re- desenhadas para publicacao em revistas de alta pontuacio, para efeito de comparacio. Exemplos de antes e depois também so apresentados para demonstrar estilos de escrita adequados ¢ inadequados. 0 leitor recebe conselho prético ~ de como apresentar um artigo, a qual revista submeter 0 manuscrito, chegando até a como lidar com 0s comentérios dos pareceristas e a corregio de provas —, tudo isso a partir da extensa experiéncia de ensino do autor e de seus muitos anos de atuagao como. editor de revistas. BJORN GUSTAVIT deu muitos cursos de escrita cientifica para doutoran- dos em medicina por mais de trinta anos. Ele traz a este livro toda a sua experiéncia pessoal, tanto por ter escrito mais de cem artigos cientificos quanto por ter trabalhado como editor de revistas cientificas Sumario Prefacio & 3 edicao.. ‘Agradecimentos... 1 reegras basicas de escrita : etal ences : Logica e clavezo. Fiscamente soon 2 éLinguagem cientifiea comentads.. inglés como lingua extrangera. S1g9 0 EMO sen Verborragia Elefela.. Vor ava vor passva Tempo verbal apostos e modiicadores. Frevalénce¢ lncdénco Bite usar “respectvarenie ‘construcdo "ou" ‘enuagao desnecessiia ‘é quando 28 joven? : Evite sinnimos para alcancarelegancla de variaga0... Selo ditante 20 verbo nn : 3 elaboracio do manuscrito... Registre seus pensamentos na medida em que eles surgem Onde e quando este errenne sree Order reversa. A cscother uma revista Fator de impacto. Faculty of 1000 eesso lve, 5 ara comecar CComece com os grafico Usar um grafico. Programs arpa ac, Peogramas usados, Oo grificos dest ico lustradores 6 Legendas. Dos ens ogee Mensagem pineal Abreu, i Fonte T ereparar um gti. Graco de tnhae rao de bares Grain de ara. Graco de pra. Digrama ge can. Ogitico trdimensiona. Dados indiidusis em ve de rosumidos. 8 cratcos combinates. ce Combinagio de pic de bares com grlic de inhas Graco eombinaéo com tabela 9D decethe$ mene LO como desennar abel “tle deseo “Titulo delat on sredoneoment “abel ow gate! Digitar a tabel, 11 tau. = Sempre que posse, use um tito declarativo era vex de um titulo neuro. Titulos que termirar num ponte de interrogacao ‘Comece eam glavras-chave Use verbos em verde substantivos abstratos Evite abreviatras no ttl on titalo para su tse Titulo de cabecatho 12 autores... ee Dirtrizs para atibugdo de autora, Lista de ealaboradores Fergunta de um esuearte sobre coauiora. Astor flecico. 13 resin. Resumo convencional Resume estrutura. 14 introducio 15 necotos.. Sujets de pesquisa ConsentimentoInformace. (misses nos relatos de experimentos randomizados controlades eee us llT ar us 19 19 9 20 120 123 123 1a 125, 125 a7 a 2a 16 resuttodos Flaxo de participantes e acompanhamenta, Resultado do estudo, 1 discussae Estrutura para a discuss Avalie resultados ~ no autores. Evite revindicae priordade. “rugue da nota 13 18 pgradecimentos rnin ‘ngradega as pessoas que realmente ausaram Nao dee de repiatrar ae subvengaes linanceias 19 rcteroncias : Estila de Vancouver va eailo Ge Harvard Exatido das referencias e ctacdes Sev nome de autor Nomes chineses Andnimes. Registre os titulos na lingua de puaicagso Come citar material eleteonico 20 teses doutoras.. Comsitacses. 35 teses do futuro. Colaboradores ‘tose num rlance lntrodugso eral : Objetivos DMétodos # esutedoe Discussdo geal Agradecimentes.. = tustagso da capa {Um altar mais atento Estrutura da viedo geval da eos 21 cartas.e relatos de caso ‘carta da talidomida.. z Formato ¢tamanhno de uma carta, Transformer um artigo numa carte Relatos de casos, Formato tamanho dos relatos de caso. 22 nameros Talimeras abaixo de 10. Dois niimetos lado a lado Separador decimal Withares NNiumeros seguidos de varios zeros Quocientes de unidades. Porcentagens. Arredondar pera dois digitossignficarivos. Enumeracéo, : (© que queremos dizer com “trequentemente™y 23 noreviatcas. Unidedes te medica Principio pera 24 como apresentar resultados estatstices sar meta em ves de mediono. Usar ere pedtdo em verde dest padi fatha em datinguic entre signicdneeestaisca e importa boigica Apresentacdo seleta de testes estatisticos miltiplos v= = Supernterpretacao do efeitos subgrupsis Use nimerosrefatios em ver de absolutes Comentarios sdicionais 25 oigitar... — Nolo de dgtacso do monacerio “Espagamento Twain Times 12 Evite maidscilas dnteo do texto Estilo caixa Alta e baita ve. esto aia boi Extensdo de um manuseFt.nnssnnnn Importancia ds pontuacdo 26 idar com editors & pareceristas ‘Acolha respeitosamente a: comentiros dos parcewrates Parecersts aeasan. Trabalho inecito Encurtar@ manwscrte Aesita ou recsado 27 comregso de provas © que corre Fazer courage. 28 responsabitidades dos autores Direto dos sujeitas be pesquisa & privacidad Dupliarsubmizzbes Empréstino de material pubicado Sale seus dados originals Leitura indicada Obras citadas 10) oe 181 182 163 ase 184 aT 17 188, 188 188 130 130 ist 193 193 201 201 201 202 202 205 205 206 206 207 208 208 210 213 2a nia 24 28 219 224 Prefacio a 34 edicdo Querido escritor, querida escritora iniciantes, Quando eu estava na sua pele, preparando meu primeiro artigo, consultei um livro sobre escrita. E nele encontrei uma frase que encorajava o leitor ase manter em Agua fervente durante uma hora antes de fazer a andlise: Depois de ter ficadlo em dgua fervente por uma hora, examine 0 cantet do do frasco, Eu sabia 0 que estava errado com a frase, mas, naquele tempo, nao far ia ideia de como revisé-la, € 0 autor nada me disse. Agora, eu faco. Se, depois de uma hora, voce ainda estiver vivo: Ponha o frasco em Agua fervente por uma hora, depois examine seu contetido, Entao, neste livro, a todo exemplo problematico se segue uma versio melhorada. Bons exemplos so dados com as devidas referencias bi bliograficas. 4 0s exemplos deficientes sto apresentados com créditos autorais € titulos dos artigos expurgados. Fico muito feliz de ter descoberto, desde a publicacdo da segunda edicao, que meu livro é usado em muito mais disciplinas do que apenas em medicina ¢ biologia. Isso € compreensivel porque o principio da escrita cientifica é 0 mesmo para todas as disciplinas. Muitos leitores também me pediram para escrever mais demoradamente sobre graficos. Por isso esta 2° edigao foi ampliada com varias novas sects, que discutem esse assunto em quase todos os seus aspectos com exemplos extrafdos de varios campos que nao apenas medicina e biologia: economia, direito, histéria, ciéncia politica ¢ estudos de familia. Por fim, no aceitem todas as minhas sugestdes, porque nao existe verdade tilkima a respeito de como escrever um artigo — como eu equivocamente acreditava quando era um pouco mais jovem. Boa sorte, meu amigo, minha amiga! BJORN GUSTAVIL ay ig = Agradecimentos Agradeco a Bengt Kallén, Carol Norris ¢ Pal Wilner Hanssen, que fize- vam a leitura critica do manuscrito desta 3* edicdo € fizeram sugestées muito vélidas. Agradego especialmente a Tomas Soderblom, que lew o manuscrito para torné-lo mais compreensivel. Durante 0 proceso de escrita, nos encontra- mos um vez por més para trocar ideias sobre trechos desta nova edicao, Muito obrigado também a Yvonne Hultman Ozek, que revisou os acrés- cimos referentes a mimeros de revista eletrinicos; a Richard Fisher, que revisou todas as questdes de linguagem © aos seguintes ilustradores: Linnea Dunér (Hela Paletten), Asa Jagergird (Asas Firma), Annalena Sandgren (Formligen) e Eva Dagnegird. Todos participaram do rede- senho dos graficos originais ¢ das versdes revisadas de meus esbocos. Agradeco ainda a Timor Mangal, que consertou to rapidamente meu computador, quando ele resolveu parar de funcionar. Por fim, meus agradecimentos a Katrina Halliday, editora da Cambridge University Press, por suas valiosas sugest Regras basicas de escrita Winston Churchill estava sentado a sua escrivaninha, trabalhando em seu épico sobre a Segunda Guerra Mundial, quando seu secretério parti- cular entrou na sala. Churchill tinha chegado até as Blitzen ~ os ataque aéreos alemaes contra Londres. Sua equipe de pesquisadores produzira anteriormente um briefing de 150 paginas sobre os ataques, Pediu-se a0 secretirio que cortasse o briefing para cerca de duas paginas € meia Depois de ter “trabalhada como louco”, ele agora podia entregar orgie thosamente a verso condensada. Churchill, entdo, pegou sua caneta vermelha ¢ comecou a editar. “Todas ‘as minhas frases piegas foram ajustadas e todos os meus adjetivas su- pérfluos foram eliminadas’, nos diz o secretério em um documentério rodado cerca de cinquenta anos depois (Bennet, 1992). Em meio a tudo Churchill disse gentilmente: “Espero que 0 senhor nao se incomode com 0 fato de eu estar fazendo isso”. O secretirio respondeu: “Obrigado, senhor ~ 0 senhor estat me dando uma lig gratuita de como escrever ‘em inglés com clareza”. Brevidade Devemos imitar Churchill e excluir cada palavra que nfo seja essencial. Escritores profissionais agem assim. Brevidade € uma regra elementar de toda escrita, nfo apenas para economizar 0 dispendioso espaco de publicagio, mas também porque uma escrita verborrigica obscurece 0 sentido € desperdica 0 tempo € a paciéncia do leitor. E essa é também. aesséncia da préxima regra bisica. Logica e clareza Transmitir informagao € uma questo, sobretudo, de légica e clareza, Tudo © que vocé queira dizer deve estar ordenado de tal modo que 0 leitor possa seguir sua argumentacio ponto a ponto. Além disso, suas frases tém de ser tio claras, to facilmente compreensiveis, “que o lei tor esqueca que esta lendo ¢ saiba apenas que estit assimilando ideias” (Baker, 1955). Agora passemos & importancia de tomar o manuscrito fisicamente atra- ente por meio de um exemplo bem Fisicamente atraente Em 1987, época em que quase todos nés ainda usdvamos maquinas me- cénicas de datilografia, Paul Fogelberg, editor de uma revista cientifica finlandesa, era um dos professores em um curso de escrita cientifica. Certa noite, jé bem tarde, ele nos contou que estava avaliando um ma- 0 no qual apenas a metade da lewa “a” ex leyivel. Pagina apds pagina, aquela meia letra 0 perseguiu até que, por fim, ele comecou a achar que aquilo devia ser algo pessoal contra ele. Nao vi mais Fogelberg até uma reuniao de editores ocorrida doze anos depois. Mencionei 0 tipo avariado, sem realmente esperar que cle fosse se lembrar daquilo. Mas ele respondeu no ato: “Ele nfo estava avariado, Muito pior ~ estava suo!” Exros de tantos tipos que podem ocorrer realmente importam? Sim, porque os editores conhecem, por experiéncia prépria, a estreita relagao entre um manuscrito pobremente apresentado € uma ciéncia pobre. Certifique-se, nto, de que seu manuscrito pareca ter sido cuidadosamente preparado; isso pode influenciar editores e pareceristas a seu favor. 16 comocscrever «liystraruce artico cientitcs | i 2 Linguagem cientifica comentada Uma busca na MEDLINE! mostrou que nada menos de 90% dos artigos listados no Index Medicus em 1999 tinham sido escritos em inglés, com- parados a 53% em 1966 (ano em que 2 MEDLINE teve inicio) Logo, a frase “publique em inglés ou sucumba” deve ser levada muito a serio, Lamentavelmente, isso significa que muitos autores sto obrigados a escrever em uma lingua diferente de sua lingua nativa — com todas as implicagdes que isso possa acarretar. Quero compartilhar aqui um epis6- dio de minha propria experigncia como um escritor nao nativo de inglés. Inglés como lingua estrangeira Meu primeiro artigo publicado em inglés foi inicialmente escrito em sueco € depois traduzido para o inglés por um tradutor profissional “Brithante!”, foi o que pensei quando vi a versio traduzida. Mas quando meu supervisor a leu, balancou a cabeca ¢ disse: “Tente eserever dire iamente em inglés!” “Caramba’, eu disse a mim mesmo, pensando em minhas notas insuficientes em inglés na escola. “Nunca, jamais serei capaz de fazer isso”. 1. MEDLINE (Meelieal Literature Analysis and Retrieval System Online), criada pela Biblioteca Nacional de Medieina dos Estados Unidos da Ameriea (UI National Library of Medicine, inelat rai de 21 milhGes de referéucias a artigos de vevistus em ciéncias dx via, com concentracio fem biomedicina, A cabertura remonta «1946, A stualizagin de ticuloe ¢mienssl és bd Mesmo assim, decid tentar e consultei livros didaticos, que aconselhavam ler grandes escritores da lingua inglesa, como Gibbon ¢ seu Declinio e queda do Império Romano. Comprei o livro (3.616 paginas em wrés volu mes!), mas no encontrei tempo nem interesse para lélo, Por conta disso, assinei as revistas semanais americanas Newsweek © ‘Time. E como elas frequentemente cobrem as mesmas pautas, o leitor tem a oportunidade de ler duas vezes, com diferentes palavras, sobre as mesmas questbes. Achei isso muito instrutivo. E também encontrei outro método que me foi muito teil. Quando tinha de lidar com um novo t6pico, eu lia as principais publicagdes em inglés sobre o assunto, sublinhava frases e palavras titeis e depois criava uma lista de termos para cada segdo (introduggo, métodos etc). Mas logo vi que raramente eu precisava consultar minha lista. No processo de criar a lista, 0 cérebro parecia ter retido o que eu lera € anotara. E eu dificilmente submetia um manuscrito em inglés sem pedir a um especialista que desse uma olhada nele. Idealmente, pessoas que revisam 1 inglés tém de ser aquelas que: (1) nao apenas sfo falantes nativas de inglés, mas que também habitem seu pafs ¢ falem sua lingua; @) volte a seu pais natal pelo menos uma vez ao ano para renovar seu inglés; @) tenham intimidade com a eserita cientifica. Revisores que atendam a esses critérios s4o espécie rara. Por isso, muitos autores tém de confiar em falantes de inglés que, por exemaplo, estefam trabalhando em seus departamentos ou Iaboratérios. No final das contas, isso pode néo ser to ruim, porque nao hé diivida de que essas pessoas tém familiaridade com seu campo de pesquisa. Mas vocé também tem de estar consciente de que pesquisadores falantes natives de inglés nio necessariamente escrevem em inglés fluent — da mesma maneira que nem todos 0s pesquisadores suecos si bons em sueco, nem os brasileiros, grandes escritores em portugués brasileiro. Retomei meu antigo artigo, traduzido do sueco para o inglés, Ao relélo trinta anos depois, descobri, embaragado, que ele nao expressava exatamen- te 0 que eu queria dizer, embora eu tenha achado o estilo bem elegante. see eee eee aera eee eee eee Mesmo assim, até um texto desajeitado teria funcionade melhor que ele, desde que tivesse conseguido transmitir a informacao com precisao. Por que artigos em biomedicina so quase sempre ininteligiveis? Talvez um editorial publicado em The Lancet (1995) tenba dado a resposta quando afirmou que autores de artigos cientificos quase sempre escrevem mais para agradar o editor do que para informar o leitor. Eles no se arriscam a desviar do estilo tradicional por medo de ter sew trabalho recusade. Outro equivoco comumente cometido por iniciantes é a compulsio a ser “completos”. Charlie Chaplin costumava dizer algo a respeito disso. Siga 0 “teitmotiv” O documentétio Unknown Chaplin (Brownlow e Gill, 1983) traz sequén- cias inéditas das produgdes de Chaplin. Algumas delas so muito mais divertidas do que as que foram realmente incluidas nas verses finais de seus filmes. Por que foram, entdo, excluidas? Chaplin responde a isso em sua autobiografia (Chaplin, 1973). “Se um caco interferisse na légica dos acontecimentos, por mais engracado que fosse, eu no 0 usava.” Logo, aconselho vocé a fazer como Chaplin: resistir ao apelo de incluir todo e qualquer item de evidencia obtido, Em outras palavras, nao inchia observacdes que se afastem do tema principal — por mais interessantes que elas parecam ser (vocé certamente encontrar espaco para elas em outro Tugar, ou elas poderao originar hipéteses a serem testadas em estudos futuros). Contudo, se determinada informacio exige ser men- cionada, voce pode inseri-la entre parénteses — como acabei de fazé-lo na sentenga anterior, Pesquisadores normalmente tém muito pouco tempo. Certa vez, ouvi um cientista dizer que s6 conseguia ler artigos enquanto se encaminhava para o trabalho! Essa é uma forte razao para fazer artigos curtos; a outra 6 que termos supérfluos obscurecem 0 sentido. Verborragia No pardgrafo a seguir, adaptado de Kesling (1958), 40 das 59 palavras podem ser omitidas: Bale eeee cecal eeeeaee ees eeeeae eee 2 pe avenose de droga, Durante mentos, uma quantidade relativamente ps ‘administrada a cada animal. €m 100% dos casos, a PGFs, se demonstrov letal; todos os 10 cdes faleceram antes de um lapso di minutos apés a injegao. ampe de cinco Dezenove palavras seriam suficientes: Injecdo intravenose de 30 mg de prostagiandina PGF: para cada cio, hum total de dez, mata-os em cinco minutos. “Omita termos desnecessérios" € a regra n° 17 de The Elements of Style, de Strunk ¢ White (2000). Na introducio A 3* edicfo do livro, E. B. White, um discipulo de Strunk, nos conta que seu mestre omitiu tantas palavras desnecessarias em seu curso de inglés que nada Ihe restaria a dizer no encerramento de sua aula, se ele nio tivesse usado um truque bem simples: enunciar a mesma sentenca trés vezes: “Omitam termos desnecessérios! Omitam termos desnecessirios! Omitam termos dese Mas nao precisa exagerar. O estilo telegrafico da frase a seguir, extraida de Contraceprion, deve ser um enigma para um nio especialista: Ratos jovens maduros Sprague Bailey (200 g) (Charles River, ta foram [usados]. O que € que “jovens” e “maduros” querem dizer? O que “Sprague Dawley” e “Charles River, Itélia” fazem aqui? E todos os ratos pesavam exatamente 200 g? O leitor médio provavelmente estaré mais bem informado com © seguinte: 05 ratos usados nesse experimento foram obtides no Charles River Bre- eding Laboratories e descendiam da linhagem Sprague Dawiey. Eram animais sexvalmente maduros, de 100 dias, © pesavarn de 190 a 245 g Ele/ela A maioria dos escritores no usa mais pronomes masculinos (ele, sea, 0) para denotar tanto homens quanto mulheres. Significara isso que nossas 20 comoescrovereilustrarum artioa cientifies ; linguas agora sio menos sexistas? Naa. Ao contrério, chegamos a cons- trugSes como ele/ela, ee(a) , ofa), que dificilmente resolvem o problema, antes 0 enfatizam, Vejamos um exemplo extrafdo de um manuscrito: Cada paciente fai entrevistac fa} na unidade arnbulatorial a que elela) pertencia Como evitar constracdes como esta? O modo mais simples frequente- mente é usar o plural: Todos os pacientes foram entvevistados na unidade ambulatorial 8 qual pertenciam Nas ocasides especificas em que 0 uso do plural parece impossivel, refaga @ oracio, tentando eliminar as marcas de género. Apenas quando todos os expedientes fracassarem, use 0 menos esquisito ele ou ela, Por fim, preciso contar uma piada de Sheila McNab (1993). Em um acidente de transito muito grave, o pai morreu e seu filho ficou gravemente ferida. Quando 0 garoto fol posteriormente levada para 0 centro cirargico, 0 cirurgiao empatideceu e exclamou: "Nao posso operar esse garato, ele é meu filha!” Se vocé foi incapaz de entender imediatamente que o cirurgifio era a mie do garoto, trate de pensar um pouco mais. Quando testei essa pia- da com meus estudantes de graduaco, apenas um estudante do sexo masculine conseguiu atinar com uma resposta: 0 homem que morrera era 0 padrasto! \Voz ativa ou voz passiva Outrora, os cientistas eram obrigados pela tradi¢ao a usarem a voz passiva. O uso de pronomes de 1* pessoa (eu ou nés) era visto como pretensioso, até mesmo indelicado. J hoje, nem tanto. Os cientistas atuais ousam fazer 0 mesmo que Watson e Crick, 4 em 1953, tiveram coragem de fazer na frase de abertura de seu clissico sobre a estrutura do DNA — dizer nds: one Nés gostariamos de sugeric que € mais direto, mais fécil de ler mais sintético que a passiva: Nesta carta, fazse uma sugestao ‘Temos a seguir outro exemplo, extraida da New Scientist (1993). Seu anti- go editor, Bernard Dixon, encontrou a seguinte frase em um manuscrito apresentado para publicago 0 mode de acéo do soro antilinfocitério ainda nao fol determinado por pesquisadores neste pals ou no exterior, Dixon a substituiu por: Nao sabemos como o soro antiinfocitario funciona, “O autor me ligow imediatamente”, Dixon lembra, “para se queixar da interferéncia editorial. [..] Como podia uma revista de tamanho prestigio quanto a New Scientist mudar o sentido de uma frase de um autor de maneira tao arrogante? Mas eu respondi que o sentido nao fora alterado. Simplesmente t{uhamos cunhado uma frase mais legivel e direta — re- duzida a um terco de sua extensdo original”. Contudo, em métodos ¢ segdes de resultados, a vor passiva geralmente € mais eficiente. Ela enfatiza a aco, em vez da pessoa que a desempe- nhou. Logo, a forma ativa: Eu interrompt a divisdo celular com colchicina no tem vantagem real sobre a passiva: A divisdo celular foi interrompida com colchicina, visto que ninguém esté interessado em quem tenha desempenhado 0 ato, Além do mais, quando se trata de varios autores, 0 nds em: Nés interrompemos a divisao celular com colchicina provavelmente nao é verdadeiro — a menos que cada um dos autores tenha adicionado uma porcio! Portanto, as vozes ativa e pas cada qual, seu lugar na escrita cien Se eee eee reece Tempo verbal Apenas dois tempos verbais so normalmente usados em escrita cienti- fica: o presente € o pretérito (Day, 1995; Day ¢ Gastel, 2006). O presente é usade para o conhecimento estabelecido (incluindo seus préprios acha- dos, jé publicados), o pretérito € usado para resultados que voce esteja reportando naquele momento. A maioria das segdes de resumo descreve seu préprio trabalho atual; ele é referide no tempo pretérito. Grande parte das secdes de introducio enfatizam o conhecimento previamente estabelecido; dado no tempo presente, A seguir um exemplo (Dembiec et al, 2004; destaques meus): INTRODUCAO Tigses s80 frequentemente transportados [mas] 0 efeito da transferéncia sobre eles ainda ndo foi documentado [2] As segdes de métodos € de resultados descrevem aquilo que voce fez ¢ descobriu; elas vem no tempo passado: METoDOs Nés simufamos o transporte transferindo cinco tigres para uma pequena Jaule individual de transferéncia, RESULTADOS A frequéncia respiratoria média de todos os tigres aumentou, Por fim, na segio de discusso, onde voc® compara o conhecimento es- tabelecido com suas préprias descobertas, normalmente vocé oscila para frente e para tras entre 0 tempo presente e o pretérito — até mesmo numa mesma frase Apostos e modificadores No USA TODAY (de 13 de outubro de 1992), vi o seguinte: Muther de transplante de figado de porco morre Como manchete de um jornal, esta frase é aceitavel. Ela é inteligivel ¢ sem ambiguidade, E a redugao de espago a torna necessiria, Mas em 22 um artigo cientifico, uma sentenga como essa pareceria ridicula. Vamos agora registré-la por extenso: A mulher transplantada com um figade de porco faleceu. Alfrase a seguir, extraida de Contraception, deve ser inteira e imediata- mente inteligivel para um especialista no campo: Soro celular antirrato de baco de coetho. ‘Mas pesquisadores que ndo atuam nesse campo podem indagar a qual ‘animal o baco pertencera. O escritor poderia ter poupado muitos leitores de alguma perturbagao se tivesse escrito: Soto antirrato de coelhos imunizados com células de base de rato. Contudo, é bastante aceitével conjugar uns poucos substantivos € modifi- cadores desde que fique completamente claro 0 que vocé pretende dizer € desde que o leitor possa aprender o fio de palavras na primeira leitura, como neste cxemplo de uma segio de métodos (Melsotia vt ul, 197 Colénia de ratos albinos fémeas. © este, usado como subtitulo (Gardiner et al, 1980): Porquinhos-da-india anestesiadas respirando espontaneamente. Prevaléncia e incidéncia ‘As palavras prevaléncia e incidéncia estao entre as mais inadequadamente usadas em relatérios médicos. Prevaléncia diz respeito ao mimero total de casos de uma doenga ou condigao clinica existente em determinado momento. Incidéncia refere-se ao mimero de novos casos que se desen- volvem durante um tempo determinado. No exemplo a seguir, extraido da Newsweek (Begley, 1996), a prevaléncia & de 200.000 e a incidéncia, de 12.000. ‘Acada ano, cerca de 12,000 americanos juntam-se aos mais de 200.000 ue ja convivem com lesées paralisantes da medula espinhal 24 comasserevers itustrar am arise eiemttics Evite usar “respectivamente” Respectivamente obriga o leitor a parar e reler a frase, como no exemplo a seguir, visto em um manuscrito em preparagio: A redugBo de fitato no tigo, ubados com 40 g de agua/i00 g de cereat par 24 horas 45, 56, 48 e 77%6, respectivamente, A versio a seguir & direta e permite ao leitor avancar (texto revisto em. itélico negritado) 10 com 40 g de agua/100 g de cereat durante 24 horas @ 55° C, a redugdo de fitato no trigo foi de 45%; no centefo, de 56! cevads com cascas, de 48%; e na cevada sem cascas, de 77%. Aconstrucio “e/ou” A expresso e/ou desordena o fluxo textual, como neste exemple: 0 efeito da estreptoquinaseintcavenota efou da aspirin oral. que o leitor teria achado mais facil se 0 texto foss O efeito da estreptoquinase intravenasa, da aspirina oral, ou de ambas, Um olhar mais atento ao texto quase sempre revela que e/ou pode ser substituido por ¢ (The ACS Style Guide, 197): Nosso propésito ¢ confirmara presenca do alcalolde nas fothas efou raizes, ‘ou por ou (De Looze, 2002): Informacao confidencial pode ser dada exclusivamente aos pacientes e/ ou parentes préximes. A construgao e/ou ndo tem lugar na escrita cientifica Atenuacao desnecessaria Atenuar € uma maneira de dizer “talver” mais de uma vez. Dois ou mais atenuadores podem minar completamente a forca de uma sentenca. O reser secre seer sieereeeeaa erat aeee ‘eminente escritor da tirinha a seguir substituiu sete atenuadores (tem a impressio”, “nao € inconcebivel’, “sugerir”, “pode”, “indicar”, *possivel”, “pro- vavelmente”) por apenas um: “Acho”. Um atenuiador € mais que suficiente. #85 un Gs Ade om gor 2.1 tort naira paso dua wz ates de apres ‘pense eins cm peri, eMac 1) Até quando se é jovem? Analise o titulo de um artigo: Hrniografia ce mutheres mais jovens com dores de vir nso excarecids, 0 resumo desse artigo afirmava que se tratava de mulheres abaixo dos 40 anos de idade. Bem, vistas desde minha perspectiva, essas mulheres eram jovens, mas a média dos leitores certamente teria apreciado uma definigéo mais precisa da idade delas, como no exemplo a seguir (Sundby € Schei, 1996): Infertiidade © subfertitidade em norueguesas na faixa de 40-42 anos, Prevalencia e fatores de risco, Geese Em outros casos, uma faixa evéria pode ser definida por um termo es pecifico, como no titulo abaixo (Gold et al., 1996): E recomendavel vocé usar terminologia especifica, quando ela exista, para reporter a idade dos sujeitos. Veja os grupos etdrios recomendados. por MEDLINE em janeiro de 2007: Bits Os funciondrios do governo norte-americano sao corruptos? Em um estudo parcial, os autores compararam as visbes que afro-ame- ricanos € brancos mantinham acerca da corrupcio entre funcionsirios do governo norte-americano. Os dados foram compilados do banco de dados NES DATASET. 7 oe 0 Porcentagem —sBranco ve wegro | 19581952 1966 ToHD ISTH LaTe 15821085 ay gSHAsGe 2002 ane Fgura 7: Raga e percep de Dewimestidee” no Goveens (19552002 (redid, com pra, de Pie Lami, erat a von aw Ree Os marcadores mais Faceis de distinguir s0 os cfrculos fechados e aber- tos, usados a seguir no gréfico redesenhado. As curvas sfo rotuladas diretamente. Mais uma vez, 0 leitor tem de virar a pagina para poder ver 0 que a figura quer dizer: ou seja, que a diferenca racial era mais pronunciada Spee eee eee eee em 1972, quando 65% dos afro-americanos julgavam que os funcioné: rios ptiblicos norte-americanos eram desonestos, contra apenas 35% de brancos. Esses nimeras foram inseridos no grafico redesenhado junto com uma linha de referéncia ao ano de 1972. 65% oo Oe ise isto 380 1390 72000 Figura 25: Versio redesenhd do ertce orignal (7), Rasa eperopeo de “desoneidaden9 ssern (1938-2002) com diferenga racial send maior em 1972, com decescino posterior Por uma razio nfo evidente, duas figuras relacionadas (7.6) séo apresenta- das separadamente. Na versio revisada, elas so combinadas em uma sé. > Regras governamentals De 1981 a 2000, a Casa Branca revisou um total de 34.386 regras propos- tas pelos 6rgfos de governo. A figura 7.6 traz o ntimero total de regras revisadas (figura superion) © 0 mimero de regras alteradas ou mantidas (figura inferior) — ao longo do tempo. Visto que esto to intimamente relacionadas, as duas figuras foram posteriormente combinadas em uma tinica. Nas duas figuras originais, os dados dos eixos horizontais esto muito distantes uns dos outros. Além disso, na figura inferior, eles caem de maneira errada entre as marcas de escala; a data “2000” cai quase fora do eixo. Além disso, as duas fi- guras ndo podem ser facilmente comparadas, porque 0 eixo horizontal maior na figura superior. eee a 3000) 2000 zg S & 1000) i rs 1981 1983 19851987 1989 1901 1903 1985 1997 | 1599 { 1982 1984 1986 1988 1990 1982 1994 1996 1988 2000, ; 2000 1000 — Mantidas — Ateradas 00 eee 41981 18831985 1987 1999 1991 1993 1995 1887. 1999 41982 1984 1986 1985 1990 1992 1994 1996 1598 2000 Figura 6 (pine supsior): Nimero de regres revistas pes IRA, 1981-200. fase} [Nimmo de eps mantis eaievadas durante o process de revs, 1981-2000 reproduida, ow perms, de The Urey af hay af La Review 2003; 703) 321 28) preparsrumeriico | =49. Nos eixos verticais, “regras revistas” ¢ “regras” nao so unidades de medida; “niimero..., sim. (OIRA significa Office of Information and Re- gulatory Affairs — Escritério de Informacao e de Assuntos Regulat6rios.) 3000 2000 Inalteradas Namero de regras 1000 ‘Némero de regras revises (cota) alteradas ou ands pela Cata Branca 1980-2000, ‘0 total declinou mais acentuadamente depois de 1993 e, a par de 1995, a regres foram male mudadas do que masta, No grafico a seguir (7.8), 0 eixo horizontal esta equivocadamente expandido. > Aascensio da Europa Hipétese: a ascensao da Europa Ocidental a partir de 1500 se deve, em grande medida, ao crescimento de paises com acesso ao Oceano Atlin- tico. A figura 78 reforca a essa afirmacéo. 0 eixo horizontal esté equivocadamente expandido, porque a distancia entre as primeiras marcas de escala representa cem anos cada uma, enquanto a mesma disténcia entre as marcas seguintes representa vinte e cinquenta anos. Esse problema s6 pode ser resolvido quando se altera a escala temporal (79). © cixo horizontal € trés vezes maior do que o eixo vertical. Essa relagio entre cixos se desvia para muito além do aceitdvel (veja a seco “Escala 12”, no infcio deste capitulo, p. 44). No grafico redesenhado, a escala foi alterada para 1. fs Prenea e 2500 & 2000 g § 500 3 2000 rr a 0 1500 10 00 120 170 0 “= Europa cidental —+-Europa Oriental = Asia Figura 78: Europa Oidetal, Buropa Oriental e Asia: PU per capi pondeado pea popula 100-107 eps, com permis, da Arn Exon Ree, 205, 96): 6575) Para evitar atravancar a figura com marcadores de identificacdo, pelo menos a curva da Asia precisa ser classificada duas vezes, para ser re- conhecivel antes e depois de se cruzar com a curva da Europa Oriental 22000 Europa Ocidental 1500 1000 Europa Oriental soo Tela eal 1500 1600 3700 18001900 Pigura 29 Verso edesenhadadogriticn original (78) xm aJegenda origins] sida pla mencagem principal PIB per copte ponderado pela popalagto, com crescimento signifcativamente mais répido na Buropa ‘Ocidenta, em comparacio com « Europa Oriental, A Asia permanece com baito crescimento. ‘As préximas curvas (7.10) sobrepdem os dados do cixo horizontal. prenararumerifico DL > A Suiga e seus cantoes Em um estudo sobre @ economia da Suica e seus 26 cantdes, os autores comecaram 0 artigo mostrando um grafico descritivo baseado em dados de valores maximo, mfnimo e médio das taxas de crescimento anual nos cantdes no periodo 1981-2001. eis 4 enor erescimenta — Creseimento médio. — Mor crestimento % % 4% % Figura 210: Diferencas de cesiments econbmico no ate 0,981 2001 (reproduio, ce perms de Schakeggere Te Appi omen, 208), As curvas obscurecem a cadeia de datas. No gréfico redesenhado (7.11), ‘um eixo horizontal ¢ situado imediatamente abaixo do nivel -10, As datas esto em menor quantidade © podem agora aparecer horizontalmente. A linha zero permanece. Os eixos esto separados. 10% 6 6 + Porcentagem z 10% (a 68) 1985, 1890) 1595) 72900 ‘Figara 71 Verso redeseuhads do grtico orginal (2) «wna deserci arreseentad Tegra, re dior conse own deter deve se intespretad Diletencs de crescimesoevnmen ne cates sls ORLA, com 4 re ina indica os "lores mimo e mistmo de ereseiment; a linha horizontal registra evescimento medio fg aS a Se duas escalas de um gréfico (7.12) sto realmente as mesmas, apenas com gradagdes minimas, combine-as depois de adapté-las. > Trabalho infantil Em um estudo sobre trabalho infantil, 0s autores verificaram: 0 trabalho {infantil deciinou quando a escolarizacao universal no Reino Unide teve inicio. cealariaagso ath inant 30 Texa de escolarizagso 3 8 yuejurouegen ap exes ° 10 1840 1850 1880) 1900 1920 Figura 742: Tass de enecavzaio (percent de cringe eate 1 anos scl) errata inant (pevcentaldeciagaseconamicamente aves etre 1-4 snoe) no Rei arora pei erm te ay w zg Fscolarizacao, E eo 3 i 3 40 3m — Tabahointnit™” ~~ 0 1850 1880 1910 igura 713: Redesenbo do ein orga (712), com toda egenda sbi pla mentagem priscipa No cine Unido, 0 incremmento do nismero de crlancas na escola rerltow ime dining de pelo menos metade da mio de obra infant. Sees eeeee eee As curvas na figura 7.12 criam uma espécie de X quando se cruzam, como sugerindo que crescimento de uma curva se iguala ao declinio de outra. Os autores chegaram a esse efeito impressionante usando duas diferentes escalas de gradacio: para a escolarizagao, a escola vai de 0a 80%; para o trabalho infantil, de 10 a 30%, O grafico redesenhado (7:13), na pagina anterior, usa a mesma escala, Um grafico (7.14) ineluindo duas séries desvinculadas mediante duas escalas separadas e desconectadas pode ser dificil de ler na impressio em preto € branco usada na maioria das figuras publicadas em revistas cienttficas, como vemos no caso a seguir. (Contudo, em cores, uma curva ‘esta escala, incluindo o texto, pode ser em vermelho, a outra, em azul) > Divércio e faléncia Um autor estudou o efeito da taxa de divércio nas cada vez mais frequen- tes declaragdes de faléncia nos Estados Unidos da América durante as likimas duas décadas do século XX. Ele nao encontrou relagdo alguma. Falencias por 1.000 demicilios /— Tea de divorcio por 1.060 domieilos soup wop o00'tJoD:0Np ap exe FIFE PLE PILES tno Fig 214 Divo alta eprodaito con perma, de Novovre Uinta Reve 25998) HCA ea) A figura contém duas curvas com dados desconectados que tm uma escala a esquerda e outra A direita, Dividi a figura em dois painéis (7.15). As datas angulares no eixo horizontal da figura original esto reduzidos; 0 ‘espago deixado & esquerda permite que eles sejam escritos horizontalmente, 54 comoescrevereilustrarum artigo cientifice Taxa de dlvéreis 65) 16 2 Numero defaléncias por 1.000 dom 1952” 1962 wn 1982 1992 2002 Figura 15 Ves rodesenkd do gio orginal 71), "Divcne falc Durance os das tims décadas do séeulo XX, a axa de divéreioscalu 25% (panel saperir), ‘enjuan as declaraedes de faléneia suonentaram quate 6 veres(paine] inferior. eae A seguir, uma figura basicamente correta (7.16). > Custo por milha (1,6km) percorrida Depois da genial aplicagao de Henry Ford do esquema de linhas de mon- tagem a fabricacao de automéveis (modelo T), que possibilitou a drastica diminuigao dos pregos dos vefculos, os custos de transporte rodoviério despencaram nos Estados Unidos. oor | os 0.0 | 03 Cust (em valores 1929) oo oon 00 1900 = asi01s20= 2930S aD 2950 1960 Ano Figura 746: Custo més esimado (em US) de una mit (Sk) percoria lores de 1929 (repro, com permis de Torukughy, American Eom Review, 2002), Essa € uma figura especialmente adequada: limpa, sem marcadores, sem grades nem quadro; embora os eixos estejam colados. O “de carro nos Estados Unidos” que est faltando é acrescentado ao titulo da legenda reescrita, junto com a mensagem principal: Custo médio estimado (em USS) de uma milha (1,6km) percorrida de carro ‘nos Estados Unidos (a pregos de 1929) caiu drasticamente 1910-1920. A seguir, outro grafico de linha simples (7.17), publicado em 1982, antes do surgimento dos programas de computador. Nesse grafico, os ntimeros exatos (no apenas a tendéncia) de tiros letais disparados pela policia em civis foram dados ano a ano. O desenho do grafico combina a virtude da tabela (ao dar os valores exatos) com a do gréfico (ao apresentar instan- taneamente a tendéncia), 56 comoescrever ilustrar un artige cientifico > Tiros letais disparados pela policia contra civis 1977 foi o primeiro ano em que, nos Estados Unidos, a forga policial de uma metrépole permitiu que seus arquivos de investigacao sobre tiros disparados fossem abertos ao publico, O ntimero de tiros disparados pela policia contra civis em Chicago durante 1974-1980 esta na figura 7:17. Nise ros 190 (ase 40 130 120 110 1917s Figura 717: Cis eas pla poiciade Chicago, 19741980 (sera, om point de Gell Karl, The fournal of Cin Le mink, 1982) grafico acima, anterior A introdugao dos programas de computagao srafica, provavelmente foi desenhado com caneta e régua, com dispensa dos detalhes supérfluos. Os gréficos feitos com computador de hoje geral- mente ficam sobrecarregados, como na figura 71 do comeco deste capitulo. A seguir, a mensagem. AreducSo geral fol de 26%, com um ponto de bascula durante o estudo. See eect a A seguir 718), temos outra boa apresentacdo. Cada curva aparece em seu préprio painel. > Importagao de vestudrio pelos Estados Unidos. ‘Transportar mercadorias custa tempo € dinheiro. Em 2005, os autores se indagaram: a importagio de vestuério pelos Estados Unidos mudou Pata produtos dos paises vizinhos? As conclusdes dos autores estdo re~ gistradas na figura 7.18. urs paises da tat ergone Rees suldabsa wo 200. . a sss conte uve a as 9 3 ’ Seaee Sune be ban wm pera 218 Coa de mercado pe imports de vest pelo tad Unies, 1990-1998 (Gepradaro, om permis, de Evans Hategan, Anorcon Ezonosc Ress; 208). No lugar de seis curvas amontoadas em um tinico grafico, os autores deram a cada curva um painel préprio. As curvas sao facilmente compa- riveis porque os painéis estéio desenhados exatamente no mesmo formato. Sugito a seguinte mensagem como acréscimo & legenda. Dramética mudanga na importacdo de vestuario petos Estados Unidos, com México ¢ Caribe ganhanelo espaco da Asia, A seguir (7.19), uma apresentacao com uma mensagem na legenda da figura, > Aumento das empresas da NASDAQ A figura 7.19 mostra que a participacfo das empresas da NASDAQ na maior volume de comércio durante 0 perfodo estudado. (A NASDAQ é uma das bolsas de valores americanas com maior volume comercial, na época, do que qualquer outra bolsa de valores eletronica no mundo) 28 ™ Ccrescimento da NASDAQ. “ 20 16 2 3 3 : 3 3 4 i 174 19781982886 198019841998, ano ura 739: Crecente ds empress a NASDAQ (repeedasi, com permis, {do Greemvoot.e Jranovc, Ameren Zeon Review, 199), Um exemple Este é um caso raro de legenda jé com mensagem, que é “o erescimento das empresas da NASDAQ’. Grafico de barras O grafico de barras (gréfico de colunas), a segunda forma de ilustragio mais usada em artigos de pesquisa, geralmente pode ser mais bem ex- press como tabela, Dito isto, vamos examinar seu uso. A seguir, um exemplo de um erro que se vé quase sempre: 0 eixo cortado. > Ideologia de julzes Com que frequéncia um tribunal norte-americano de instancia superior reverte uma decisio judicial tomada por jufzes de primeira instancia com a ideologia dos juizes entrando em questdo? O autor descobritt o seguinte: eee ee — ———— DS 2% pos 215%] 210% 205% 200% 295% 130% 205 208 Taxade reversio ‘Mesma parida esmo i, “Hil com divisdo distrtoseiterentes de partidos Partido do presidente nomeado pelasjurados e do juz distil Figura 720% Tova de veverso por indica do paride do presidente doi dee membros doi do Ine inal eeprodarid, com permizsn, da Northcsern Univer Lv Ries 2011, 105(2. 10), Com essa figura, 0 autor parece estar tentando nos enganar. O tamanko da barra do meio parece ser 0 dobro das outras duas, nao obstante a diferenga fosse de apenas cerca de 10%. 0 autor promoveu esse engano 20 setratar apenas a parte superior das barras (portant, a linha inferior nao € zero). No gréfico redesenhado, 7.21, as barras sio mostradas em toda a sua extensdo. E também vém num tom cinza mais confortével para o olho do que se tivessem sido impressas em preto 100%. 4 29 = 206 ba a ge Figera 221: vero 2 reesnhada do geco a rigal 220, i Tom de reverto porlndleage a do partido do presidente do i Fate dojsis di 3 jute esradade estava 3 apradadamence 11% 4 Ih ©?) mats intinado a verter a sentenica do jk dinrital te extivese ° = Aeliberando com jules do Mesmo url, Ji com disso distrtosaiferentes de partidos Partido do presidente nomeado pelos jurados ‘edb juiz distal esmo partido ‘mesmo paride pliden, desde qu eles perencesser, 4 paride diferente do parte do jis diel Ce Do ponto de vista estatistico, provavelmente a porcentagem (119) € altamente significativa, visto que foram estudadas 30.726 sentencas judiciais. Mas nao temos certeza disso porque o niimero de decisies de cada grupo nao est na tabela, nem no corpo do artigo. Se esse ntimero estivesse disponfvel, wma apresentacdo no formato de tabela teria sido preferivel, na qual se pudessem incluir porcentagens com valores de P, ‘ov, melhor ainda, com intervalos de confianga. A apresentacdo também | poderia ter sido feita por extenso. ‘As barras so supérfluas? Veja isto: > © aninhamento de uma espécie de pato Os autores estudaram, entre outras coisas, 0 aninhamento do maior | pato-marinho no Delta do Yukon-Kuskokwim, no Alasca.O que eles des- cobriram esta a seguir. 10 Exto de aninhamento on ; oo. 195219931994 19951986 1997 1998 18992000 Ano Figure 722: Eni xo de anishameso do mio patomsrinho a Dele Yom Kush, ht 1992200 (epee con pera, de haa, Wij Menara 208) Em lugar de usar gréficos de barra para indicar os valores médios, os autores usaram simbolos marcadores (¢). Agora, vamos tentar fazé-lo com barras. ee i L | i | | “lbs 7 1852 1953 1994 1505 1996 | Toe 1998 | 1999000 Figuea 2 igi lteratvs da grea original (722) Puristas (eu son um deles) vaio dizer que as harras sfo supérfluas em casos como esse (7.23). Mas os leitores as entenderao facilmente. Além disso, um grafico de barras poderia fazer as medianas ou médias se des- tacarem, Portanto, escolha a alternativa que vocé pessoalmente considere dara o melhor resultado. A seguir, a mensagem principal com um comentario: ‘© sucesso de aninhamento do maior pato-marinho variou muito no decorrer do tempo, indo de 7 a 61%; a maior parte dessa variagao provavelmente resultou das diferencas das taxas de predacio. Depois desse desvio para um leiaute alternative, retornemos aos graficos de barra originais. > Roedores vivendo as margens de estradas Estradas podem afetar a fauna. Os autores estudaram o efeito das estra- das sobre duas amostras de roedores ameacados em uma ilha do Mar do Caribe. Eles escolheram um habitat atravessado por duas estradas, A fica sob investigacio estava dividida em tés parcelas de amostragem, sendo: (1) canto, localizado na jungao da estrada delimitada por estradas 62 comocscrevers ilustrar um artige cientifes em ambos os lados; (2) margem isolada, com estrada apenas de um lado; 8) interior, sem estradas adjacentes. Resultados parciais dos estudos de uma das duas espécies de roedores esto na figura 7.24 100 080 8 Proporgie de grupo 3 920 6.00 canto Margem isolada Inceror Quadeante Figura 724 Fix trie popono staal do Ory ees coma. JP) ems jovens smachosjovens FA, femens cults: MA, maces adultes, Leas diferentes rdicam dferenes sgmicatas cote quadrants (rproduaio, crm permit, de fsraal of Arnel Ely, 2000 78: 657563). 0s segmentos das barras desta figura tém um tom cinza quase uniforme € no sfo facilmente distinguiveis. No grafico redesenhado, esses proble- mas sfo resolvidos pelo tom mais escuro do segmento situado no ponto mais baixo e depois com o uso de tons menos escuros (hachureados ou pontithados) para os outros segmentos, caminhando para 0 branco. 0 segmento mais escura se situa na hase, porque a posicéo mais alta daria a impressfio de a colina estar desequilibrada. Perceba também que as barras sdo mais largas que 0 espaco entre clas. As abreviaturas na chave esto escritas por extenso, assim como os valores de P. A andlise incluiu 234 individuos, mas 0 artigo nao explicita o critério de divisio de cada um dos trés lugares de amostra. Sendo assim, temos de aceitar como seguros esses valores de P. ee 1 Ferme oves - Macks ovens 5 FY remeasadus & og 3 Bu é Macho adultes a oo f Canto Mary Interior isolacs Area de amestagam Figuen 125: Esposiho alternation do rfc ginal (728, Contudo, 0s tinicos valores perfeitamente legiveis numa barra subdivi- dida so 05 segmentos com uma linha de fundo fixa, ou seja, as de tom mais escuro (e, nesse caso, talvez também os segmentos com uma linha superior fixa, ou seja, as brancas). Vamos, entfo, dar a todas as barras uma linha de fundo fixa. as Ti wachos autos EE] machos ovens Fémeas adultas [[] Fémeas jovens op E Poo B os 3 — P<0,001 — 8 B 04 on oo Margemisolada Interior ‘rea de amostragem Figura 226; Outs eibigi alernatin do gio original (24) ‘oma legends rigs] ranafrmada no MEAS: Entre a especies Oryszomys outs cozumela, or machos adelos cram siguifictivmente mais mumeronn nex quadeantes miargen lads «feeror. aie cee eer eee eee eee eceee Esse tipo de ilustragao é chamado de grdfico de colunas agrupadas; esse gréfico propriamente tem quatro categorias em cada grupo. Embora seja mais facil de ler, os puristas certamente prefeririam ter nfo mais que duas ou trés categorias em cada grupo, como no exemplo a seguir. > Tratamento de mulheres As chances de sobrevivéncia em hospital para mulheres que softeram infarto agudo do miocdrdio eram menores quando comparadas as dos homens, provavelmente porque as mulheres nfo receberam o mesmo tratamento que eles. on i theres TO tiomens a 2 oa oa * 7 45 so 55-64 on 25 Figura 227: isco de vida comunidad covonarana pésinteracso com dingnstic inl de Infero do miciedo(aependo, om permis, de Care tl, Brsth Medal Journal, 1994), A chave separada nesse grafico poderia ser removida para classificar diretamente 0 primeiro grupo, por exemplo: of ° aaa A legenda inteira poderia ser transformada numa mensage cee cece eee eee Morreram muito mais mutheres internadas em consequéncia de infarto agudo do miocérdio do que homens internados pelo mesmo motivo. Um problema com o uso de barras em colunas (7.28) € que 0 espaco restrito de uma coluna de revista em papel (cerca de Bem) s6 passibilita aincluséo de poucos itens num gréfico de colunas. > Ruptura traumatica do diafragma Aruptura do diafragma provocada por um trauma brusco originado, por exemplo, por um acidente de carro, estava associado a multiplas lesbes, como a seguir: s S ® 5 . | ew 23% Ei» es s um ® : 2% 2% ° TuptureContusio Rupture Rupture Rupture dos Rupture do voles dofgado doing “rns. pancreas igre 728: Lexis ita shdominss socndas a vupura rama do difgma (fepoduid, tom pers, de Sua cK, Annalt Chirurgie Gynec, 1995) Este gréfico (7.28) beira a superlotagao; abaixo das duas colunas da extrema direita, os dois textos separadas est&o quase colidindo; ruprura dos ruptura... Um problema assim pode ser superado ou com o aumento do espago entre as cohunas, se possivel, ou com o uso de barras horizon- talmente orientadas (7.29). A eee eee Sree caesar see , A Rupture dobago Contusde 23% Ruptura do figado ae Ruptura do intestine uy Rupture dosrins |] 7% 2% ° 2B 50 Figura 229: Enbiioelternatva d pic original (728). Para entender por que o grafico a seguir (7.30) nao esta cumprindo sua fungdo de grafico, preciso descrever mais detidamente a pesquisa por trds dele. > O anticanon No decorrer do tempo, umas poucas sentencas exaradas pela Suprema Corte norte-americana foram questionadas. Quando a corte se refere a essas sentengas (como um argumento em um julgamento que esteja sendo feito), primeiro o faz positivamente. Mas na medida em que o tempo passa e a opinigo publica muda, algo que pode levar décadas, as citagdes vdo se tornando cada vez mais frequentemente negativas. Esses sio 0s casos chamados de o anticanon, ou seja, 0 antiprecedente juridico. O autor decidiu estudar quatro casos tidos como fortes candidatos a0 anticénon. Os casos recebem os nomes dos impetrantes seguidos, entre Gece ere a pparénteses, dos anos em que as decisées da Suprema Corte foram lavra- das. Os quatro casos estudados sao: Dred Scott (1856): escravos nao eram pessoas, mas propriedades, uma sentenga que pode ter contribuido para a eclosao da Guerra Civil Americana. Plessy (1896): os negros no tinham o direito de se sentar perto de quaisquer pessoas. Lochner (1905): nenhuma Lei do Trabalho poderia aumentar a jornada didria, porque o direito de comprar € vender mao de obra € uma liberdade fundamental. Korematsu (1944): 0s nipo-americanos tinham de obedecer & ordem de guerra de abandonarem suas casas ¢ irem viver em um campo de concentracio. 0 autor examinou os protocoles para ver a frequéncia e 0 momento em que esses quatro casos eram citados positiva ou negativamente. O que ele descobriu esta na figura 7:30. Dred scott Plessy PPESPIEL PLL EEP ES | a ae ver wo oo Wo 1 UI 10 mNegativo = Positive Negative = Positivo tachner Korematsu : ae ee 2 1th egatvo = Positive TBNegativo ® Positvo Figura 730; Caces posit X cages neguivas Suprema Cace america — res Candis Gepodual com permis, de Gren Harvard Lav Rei 211) —_ te Os painéis deste gréfico séo incomparéveis. Os niimeros no eixo vertical de um painel véo de 0 a 7, em outro, de 0'a 14. As datas do eixo horizontal de um painel vao dos anos 1850 aos anos 2000, dos anos 1940 aos anos 2000. A excegdo dos nomes dos candidatos, 0 texto é pequeno demais, é ilegivel. Redesenhar 0 gréfico foi extremamente dificil, porque supunha tornar os painéis ndo apenas compardveis, mas também legiveis. A figura 731 € 0 registro de minha tentativa. Os painéis esto desenhados no mesmo formato; os dados foram reduzidos ao minimo. 2 Dred Scat a wabel LL ° 2 Plessy : Figura 731 Yesdo rics J co ‘al 30), : cones ie Indlindo aseginte — Lochner Mins das ces ' suites tees Sob cnr Seems : ces) Soren Eeeenencn por peasy 5 ‘tos arent fora contonees » saa, ‘Rare dos anes Korematsu 1860, Dred Sea : Peary ¢ Lackner — Stador mito mala . eesti oe patos 0 pati doe anos 1950, | Spon pow et 2850 1800 880 200° apse ona {espeto Koren cece eee eee a No exemplo a seguir (7.32), a mensagem principal jé aparece na legenda original. 0 estudo € uma espécie de revisio, nao exatamente um esforco de pesquisa, » Acondigao do oceano s autores pretendiam fazer uma revisio dos estudos sobre os ecossis- temas ocednicos e, portanto, fizeram uma pesquisa sobre a literatura nesse campo, Os resultados so 0s que estiio na figura 7.32. 2 Némeros cdo atu so 12591588 1989-1588 1585-2008 Décadas 20 unser edie tania on rn pn i ri on angle de cna par aan (ar cnzt on ocean [JO mime os estas tears sent ste ees (Oren ee i ca eds) quate ‘shreds quant cn eu ladon no conte deb para cea no obo rode com permit de Boe Worn, rn of Anal Bos: 2009 O bom dessa apresentagio € que a mensagem principal foi dada na le- genda original, logo depois do titulo. Asegui alguns comentarios sobre o restante da apresentacao, O miimero de estudos encontrados no primeiro perfodo (1959-1988) esta registra- do no gréfico, Para ser consistente, o ntimero dos estudos encontrados durante 05 outros dois perfodos também precisa ser dado. Porém, em momento algum do artigo esses mimeros aparecem. Na figura redese- mega nhada, esses ntimeros desconhecidos seriam indicados entre parénteses acima das barras. Marcas de tique do eixo vertical esto escritas na horizontal — como de praxe. Embora as barras sejam explicadas na legenda, a gravura & mais facil de ser lida com as barras explicadas, em vez de elas virem em uma chave situada dentro da figura, como mostrado na versio redesenhada. 400 Bh even Descendants id 200 imeros de estudos 100) oO oo of 19591968 1989-1998 1985-2008 Décadas Figura 753: Versi redesenade do gre ogo (72) ‘A mensgem pracpl fora dada nalegenda original Mesmo assim, 0 grafico refeito ainda traz incorregdes. O periodo estuda- do primeiramente representa trés décadas, a0 passo que os outros dois perfodos representam uma década cada. A seguir (7.34), um raro caso de legenda que em uma tinica frase conta a historia toda, > Guerras globais O autor examinou a duracao das guerras durante seiscentos anos, do inicio do século XV em diante, incluindo o século XX. As guerras mais ongas ocorreram no século XVII. ae Duragio médiaem anos 6X SEAM — SECM Séc.XVIN SEC.XM Se. Figura 734 Draco él dor oailio pe sel, com a deensreio de qu" guerts mais ong eoveram mais sca XVI do que em gualgr outa pes nos mos seicenos ation De rece, ‘alent Confit gure 1 (epadsio, com perio, de Par, American Hiri! Review 208), Esta é uma excelente legenda. A prépria figura é sedutoramente simples. Quais so os valores por trés das colunas? O artigo a partir do qual essa figura aqui foi redesenhada trazia outra figura com base na qual ‘0 niimero de guerras poderia ser adicionado (Brecke, 1999, conferéncia de apresentacio). Surpreendentemente, 0 século em torno do ano 1700 vivia o mais baixo mimero de guerras. ‘Uma figura que omite informagao significativa pode ser muito bem usada ‘numa apresentago oral na qual a figura possa ser explicada, mas nio em um artigo. Grafico de area Sao dois 0s principais tipos de graficos de rea: a variante empilhada (também chamada de grifico de banda) e 0 gréfico de area agrupado, variante muito menos frequentemente usada, Esses dois graficos sao facilmente confundidos. Quando formos discutir essa questao, me con- centrarei apenas em como esses dois tipos podem ser diferenciados. Grdfico de banda 0 propésito de um grafico de banda é comparar a tendéncia do conjunto (@ linha superior) e seus componentes (as larguras de banda). Padroes =) distintos de reticulas (ou cores) enfatizam a diferenca entre bandas. Esse tipo de grafico se tornou muito comum no campo da energia, provavel- mente por sua capacidade de abrigar muita informacao em um s6 grafico. > Fornecedores de energi Os autores tém & disposicdo varios modelos para estudar a energia glo- bal e para calcular como esses modelos podem afetar a concentrago de gases do efeito estufa. Alguns resultados (@ respeito dos fornecedores de energia) de um desses modelos est na figura 7.35. 1000 Br isiomassa BBetetricidade Micarvio Deis seo seo 100 soo SOT etstes 0 0 200 100 {soo 2005 2020 202520502085 70802055 igus 235: [psinessperior xq, de oma sre de gaat pln Us fal de nega (an) (epeoduide, com permis, de Bond Err 204), Esta figura mostra que aparéncia deve ter um grAfico de banda. Vocé pode ver quanta informagao a figura pode absorver sem ficar sobrecar- regada, (Uma das chaves, Hz = gas hidrogénio, nao é valida para esse painel, mas sim para os outros dois painéis da figura) Na maioria das disciplinas fora do campo da energia, um grdfico de banda €raro por causa de suas desvantagens. Apenas a linha de dados no topo (© total) ¢ a largura da banda na base podem ser avaliados com preciséo. Grafico de dreas agrupadas Na proxima figura, voc€ pode ver num relance que esse no € um gra- fico de banda, porque, por exemplo, o pico em torno de 1880 penetra as eee duas bandas superiores. A figura mostra um grafico de dreas agrupadas, que tém, cada uma delas, séries de datas baseadas no eixo horizontal. » Crime maori O autor compilou um perfil dos crimes dos maoris na Nova Zeléndia, de 1853 a 1920. (Quantidade rrocessos movidesemtvibunais EL CondenagBessumérias ‘Prides Plgura 226, Rees doe rnc sors 153.1020 (certo om permis, de Bul th Jounal of ining, 2008 Ese grafico, em especial, tem um pico que o distingue de um gréfico de banda. Mas quase nunca 0 grafico de 4rea agrupada tem um pico desses. Na realidade, a maioria desses dois tipos de grifico tem exatamente a mesma aparéncia. $6 lendo 0 texto do artigo vocé vai poder determinar de que tipo de grdfico se trata. O problema poderia ser resolvide com 0 two de um gréfico de linha em vez do grafico de érea agrupada. cusagées | | 2000 500 1000 uantidade ws? 16518791881 —«18BS STIS 1813S Figura 237: 0 grfioorlainal (236) wansformado em um gic e nha (formato orginal ot ant para Gata» compara. eee aeeee Essa apresentacdo é incompleta, porque os valores das partes das duas curvas cobertas pelo pico so desconhecidos Usar graficos de drea. Diferentemente do grafico de banda, o grafico de Srea agrupada nao tem espaco nem na publicagao cientifica nem no campo da ilustragdo. A maioria dos softwares nao oferece a opedo de grafico de érea agrupada. Mas, veja, os graficos j4 publicados subsistem na literatura. Grafico de pizza grdfico de pizza, frequentemente usado pelos meios de comunicagio de massa, vem se tornando cada vez mais popular também no campo da publicagio cientifica. Mas qualquer informacao cientifica veiculada por um grafico de pizza pode ser visualizada com maior clareza em uma tabela. Tufte (2001) (veja a secdo “Leicura recomendada”) diz: “Pior do que um gréfico de pizza, s6 um monte deles’. Mesmo que 0 grafico de pizza no possa ser recomendado na escrita Gentifica, mostrarei a voces como € uma pizza bem Feita, para 0 caso de vocés estarem escrevendo para uma revista de divulgacao cientifica. > Quem matou os perus? Os autores investigaram a sobrevivéncia e reproducdo de perus selvagens na regio do Missouri norte-central. No que diz respeito as causas de morte, eles descobriram o seguinte: 5586 5%. Hi rreicio Enarancansaa Seouiera Dlouraos 209%, 66.7% Figura 738: Causa rd (9 ~ 153) de pres svagenschipados em Adit ‘County, Missouri, 1981-1989 (eproduzide, com permissio, de Wife Monographs 1995; 130: 10). a ee Esta pizza parece ter sido feita mais para agradar o olho do que para informar 0 leitor, Separar trés setores dessa pizza tridimensional serve apenas para distrair. As porcentagens s4o hiperprecisas; mimeros redon- dos so mais ffceis de reter. O grafico de pizza funcionaré melhor se 0 formato 3D for deixado de lado e se a pizza for apresentada como peca nica, com os segmentos diretamente clasificados. Outros colhelta on atancailegal ae Predagao 65.7% Figura 739: Versio edeenhada do rfc orga (138), Casa marr (2 ~ 153) de pera ehragens chipados ‘Air County, sour, 198, mostrando a predagdo como ator pinepal Noru soma das porcencagens (114) excede os 1008) que te chega por arredandamento, Mas mesmo quando se estiver escrevendo para uma publicagao de divul- gacao cientifica, as regras devem ser seguidas, por exemplo, o nimero de segmentos é importante. > Consethos diretores escalonados Conselho diretor escalonado significa que alguns dos membros sao eleitos alternadamente, em vez de todos serem cleitos simultaneamente. Uma empresa com um conselho diretor escalonado é, portanto, mais diftcil de controlar. Em parte de um estudo, os autores examinaram as fustes de 138 empresas nas quais um conselho diretor era escalonado, mas 0 da outra, no, A empresa resultante frequentemente tinha um conselho diretor escalonado. 7" Porcentagem com consalho CE finicrnio nsclonade Porcentagem com conselha eee oirccatonads Figura 740: A parte que se tomow a empresa combina quando wn paste em ws conslho dete (ecalonado (repredusdo, com permisst, da Hered Law Review, 2010; 23(7) 18811595) Sem que se saiba por qué, as duas partes da pizza esto separadas. Porcentagens, quase ilegiveis no fundo cinza do segmento & esquerda, seriam mais visfveis se estivessem fora da pizza. Mas os dois primeiros decimais precisaram ser removidos porque, repetindo, mimeros inteiros sfo mais facilmente memorizaveis. O excesso de texto das chaves poderia ser encurtado e situado fora de cada setor da pizza. Nido escalonado 3588 Excalonado ome Figura Zt Verso redesenhnda do rificn orignal (240) ee Contudo, toda pizza deveria conter mais de dois segmentos. Mesmo no caso de uma tabela, os dados podem ser muito escassos. Apresenté-los em palavras seria preferivel, mais ou menos como segue: Empresas combinadas tinham conselhos de direcdo escalonados com ‘muito mais frequéncia (escalonados versus no escalonados: 62% versus 38%, P< 0,01) Enquanto dois segmentos apenas so poucos demais num grafico de pizza, dez segmentos so demais (742). > Causa da aposentado de jutzes Os autores analisaram as razBes pelas quais, durante quatro décadas (1970-2009), juizes federais norte-americanos (que tinham mandatos perpétuas) decidiram se aposentar. O que eles descobriram aparece na figura 742 Idade avangada + ndicagéo Es peraoutie fungbo = Insatisfagio 78 salério inadequado ES Figura 742; Causs da aposentadoria de jute federal, 1702008 (report, com peri da Unie of oman aw Reve 2012; 161) 102) Comparar e contrastar muitos segmentos é dificil. Um grafico de pizza ndo deveria ter mais que cinco segmentos. Com mais de cinco, combine 0s segmentos menores para criar o quinto ¢ classificé-lo como “Outros” (figura 743). SPs eect eeee ee eaeeeee ces Outros out Indicagdo paraoutrafungso 3%6 ane Salérioinadequado Ey tal Retomo 8 prética ade avangada 3% Insatisfagdo rivada 78 546 Problema de sade 2% Investigagdo 1% Outre motive 3% Figura 243: Verto redesenhda da figura orignal (72) Visto que o mimero de juizes estudados era de 101, 0 valor numérico em cada categoria é exatamente o mesmo da porcentagem correspondente, exceto para os 54 juizes do grupo “retorno a prética privada”, que se tornow 55% por conta do arredondamento. Portanto, mostrar os resulta- dos com valores numéricos, por exemplo, na forma de uma tabela, daria ideia mais exata (tabela 7:1). ‘Tabela 71: Causas da aposentadoria de jutzes fedcrais, 1970-2009. 0 grupo maior (70 de 101 jutzes) voltou para a pritica privada ou outra colocacao no setor privado, Motivo ‘Namero de juizes Retorno a prética privada Desconhecido Insatisfagao Outro emprego Indicagao para outra Fungo Salério inadequado Tdade avangada Problema de satide Investigaga Outras motives *Um juz aposentad por ateipar. ‘am gran federal veh chs Gmplea de rovivl vant de Perceba que a mensagem principal foi acrescentada ao titulo da tabela. ee Usando graficos de pizza. Usar um grafico de pizza para relatar seus re- sultados a uma revista cientifica pode nao ser uma boa escolha. Mesmo ‘em relatos para revistas de divulgacao cientifica, um grafico de pizza tem Ié suas falhas. Contudo, uma contradi¢ao é que as revistas sempre coptam por uma gravura sobrecarregade com detalhesirrelevantes, como a figura 7.38, porque ela vende mais. Diagrama de caixa 0 diagrama de caixa (0 box-plot) expde ao leitor especializado, num relan- ce, vérios aspectos importantes de um conjunto de dados. Um diagrama de caixa pode aparecer em varios estilos alternativos, ¢ 0 autor precisa descrever a alternativa escolhida. Nao obstante essa descrigao, os leitores nd especializados podem ter dificuldade em interpretar a figura, princi- palmente se no tiverem conhecimento dos principios de um diagrama de caixa. Vou tentar apresentar esses principios de maneira clara. Limite superior Whisker 120% dos ares — —— Tereire quart oe ia metade dos valores — segundo quart @2 ou mediana UL —— primeir quart x Whisker Limite inferior Figura 244: Exbiio mas simples possvel de wm dagen decal com os sibs expla, Qn Na maior parte dos softwares, os diagramas de caixa so uniformes no uso da (a) caixa que representa metade da metade dos valores ¢ (b) a banda préxima do meio da caixa que indica a medians. Mas 0 compri- mento dos whiskers pode representar varias alternativas possfveis. Uma delas mostrada na figura 7.44: as extremidades dos whiskers mostram 05 limites maximo ¢ minimo. ‘Um formato popular ¢ mostrado na figura 745: 0 comprimento dos ‘whiskers esta dentro de 1,5 do comprimento da caixa; os valores atipicos sdo geralmente registrados como anexos. ° Anexos 00, Este whisker 1,5 malar que comprimento da caixa Este whisker|é era 5 menor do quee comprimente da caiza Figura 745: Em piel o mesmo diageama decait, como ‘gura 24, mar argu ur formato popula Vejamos um exemplo do mundo real > Migragdo do suiriri Na Bolivia, pesquisadores estudaram a migragao do suiriri [Tyrannus ‘melancholicus]. Parte do estudo foi medir 0 peso dos passaros. Como diagrama de caixa, esté bem executado. O tamanho da amostra também esté dado. Mas 0 que os whiskers representam? Nao podemos ‘mais que tentar adivinhar (quando adivinhar no deveria ser necessério). A breviaura AN denota ano da ninhada e indica um individuo em seu primeiro ano de vida. Essa forma abreviada poderia ter sido explicada na legenda e nfo, como foi, na tabela separada mencionada. TWifmise Wieanhecios Misachos Fimeisadllas Adlinsse Allosiachos a ‘at 03) hat decide agua 746: Diagrams de cas da masa copra ess ext do estado papuacona par idade ‘as aeluindo hoes, Nero ne patotecsmctiguets doco x epresentam oazanho da moma Os clos epresentam snimas bolas eels tepresntam o extremos. estaba par kines dos tens (reprodurido com prtaisi,de lvey eae Anat zl, 201), Mesto assim, deve ser possivel informar ao leitor o peso do suiriri de maneira mais simples do que por meio de um diagrama de caixa. Por que nao usar uma tabela? Temos a seguir um exemplo de um diagrama de caixa simples. Suas diversas partes s40 nomeadas (747) diretamente na figura. > Teor de célcio no missculo esquelético Contraco ¢ relaxamento musculares sfo altamente dependentes da regulagao do movimento do cAlcio entre diversos compartimentos do méisculo. Biopsias de miisculos de 12 homens moderadamente treinados foram usadas como amostra em repouso ¢ imediatamente depois do c1ercicio para determinar os niveis de célcio. eee 4“ Peaos es ints = fs 4g 3» is : Bm 5 esto aut Bos dina i i » <4 —! sthtes & ac, Bastéo Figura 747: Diagrama de cana door de clio mitocondal ante depois de exerci, aust de cls 375% do consunio maim de cnn = 12) adeptado, com permisco,de Enibjergera, American Journal f Psa 1996). Exempla tao Explicar assim um diagrama de caixa € melhor do que usar espaco valioso da legenda para essa explicagao, ¢ também fica mais facil de entender. Se vocé usa varios diagramas de caixa, s6 0 primeiro precisa ser explicado. A seguir, a mensagem principal. teor de célcio aumentado em cerca de 30% do repouso a exaustio. No préximo exemplo (748), o diagrama de caixa € descrito numa figura separada que precede 0s 108 (!) diagramas de caixa de doze figuras. A descricao pode ser um pouco complicada para o leitor médio seguir. Usar diagramas de caixa, Um grafico que precise de instrucées para poder ser lido perdeu totalmente seu propésito: mostrar num Unico relance 0 que © autor queria dizer. Por isso, pense duas vezes antes de usar um diagrama de caixa, Mas se for o melhor meio de apresentar seus resultados, escolha tum leiaute simples, por exemplo, os das figuras 7.44 ou 7.45. ee — Um ExplicagSo do diagrama de ca toga cere — Meesceneas ° deQ7s aril de 75% + 1comprimento decane maximo dentro de comprimentos dacaica Comprimento dacana quart de 7596 Comprimento | | @ | ——— valormédio da caixa intervato quart de5036= medina interquarti ‘quart de25% rinime dentro de3 comprimentos dacana Comprimento daca 2 quart de 75% 1 comprimento dacana ° relatos decaso:valoresextremos de pelomenas 1comprimento de aire bao deQ 25 Figura 248: Desig dos dingromas de aus (epredurto, com permis, de Daly ¢Bonnay, “American forma of Obs Gynsoligy 1990), 0 grafico tridimensional Esta seciio discute apenas os tipos mais comuns de figura tridimensional: © gréfico de barras 3D, com dois tipos: o falso e 0 verdadeiro. Grdficos 3D falsos Se vocé viu um grafico de barras 3D, provavelmente viu um falso, porque uma figura 3D com uma terceira dimensao de verdade é extremamente incomum. © primeiro exemplo de uma falsa variante foi extraido da revista mais ranqueada em seu campo, Journal of Marriage and Family. > 0 primeiro filho como um primeiro projeto Se os filhos fossem do mesmo sexo dos pais, eles tenderiam a ter um maior conhecimento das atividades cotidianas dos filhos nascidos depois, dos primogénitos. 7 |_[mPximogénitos |B Nascidos posteriormente w 6 1” cs 2 Conhecimento paternadas atiidaces dos adolescentes n Duplas de ‘do mesmo sexo Ge Senos cistintos dade: 12 Figura 749: lneragte interfamilar ce dem de uescinento ecensclago sexual de {iad de rmaos no conhecimentopredtvo dos pas abre ox comportement e aiid ‘os aolescenes aos 12 anos, primagénir enaridos postevorment eso, ‘cam permis, de ourmaof Mosrage end Fama 2003; 65 08-621) Essa imagem em 3D é uma beleza. Mas ndo estamos em um concurso de beleza, estamos tentando apresentar seriamente fatos dificeis, Os resultados por tras dessa figura ndo tém terceira dimensio; ela esté falsamente introduzida, Além do mais, a um primeiro olhar, a dupla de mesmo sexo das colu- nas (registradas & esquerda) diferiam clara e significativamente de um QR ponto de vista estatistico € nao, como o texto diz, apresentavam apenas viés (P = 0,08) de distingao. Os autores criaram essa iluso mostrando apenas uma fracdo das colunas. (Trata-se do mesmo desenho deficitério da figura 7.20 da seco do grAfico de barras) Além disso, o eixo vertical ndo tem unidade. Ble provavelmente devesse ser expresso em porcentagem, visto que a taxa de atividades dos pais fora estimada segundo um questionério, como esta dito no texto principal 0 grifico redesenhado (7.50) nao € t40 bonito, mas muito mais correto. Para determinar 0 que a figura diz vocé precisa recuar quatro (4!) pi ginas no artigo original. Bi Primogenitos 201 [Bl] Nascidos posteriormente igus 750: Verio vedesenhada do sale orginal (79), legend origi a ‘stata pela ensagem pind: Pals tendiam (P= 0 nfo relevance ‘atndatcamente) & Flos adolescenter ‘ do que de seus primogtaiton 00s 12 fos ~ mas apenas emt relagso 38 ‘luplas de filtos de mesmo sexo Oumelor: [Nio hi diferenea esatiniesmente falevante tre 0 conhedimento fos pais do, (melhor aia ° ‘Armeama coucluszo da sentence Mesmo sexo Sexosmisturados Snteri — em pslaveas apes) Duplas delmsos, 2anos Togo, sem gravera acompanhando. Continent pater tes wthtndex adolescent) ‘Temos, a seguir, outro gréfico 3D (7.51) com uma terceira dimensdo falsa. > Subvencées e democrs A questio estudada era se a assisténcia educacional provida pela Agéncia dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional [USAID] € pelo See cece eeeerieeegeeeeaeeeeceerereeeeeULeEasseg eect Banco Mundial estava vinculada a democracia e a prética de direitos humanos dos estados recipientes na América Latina e no Caribe. O que © autor descobriu esta na figura 751. g a e i sap ‘Banco Munial Melhor clasiicagso Classitcagso media Fiorcteesines Wu enretosturanos UE OShteRones CO Seth ale pos Figura 25t: Quansia média de recursos concedes a projeoseducacinais pela USAID e pelo Banco Mandil de acodo com dasifencio'n pice dr detox hsshauos 8 nao encase ‘mo an em que. asin fi consi [onsante VH2-198 em dares epndanio, om permit, de Broome Delon Ctra! Change 1999, 473) 4) Classificaci em direitos humanos = Data WB vcsie Hess USAID ‘Banco Mundial Figura 752: Verio redeenbada do géfco vigil (1), om legend orginal substulda pela message principal [US AID concedeu mares quontias médias de fundos a projets em pafes commas melhores tavas democriticas,enquanto o Baneo Mundial eonceden fndos equiralentes aqucles com as ploresposiies (Constante cm dlares 1982-1984, periodo eseadado 1982 1987), Observagao de aguias A atividade humana pode perturbar as aguias. Uma dessas atividades € a observacao. HB cxscos ve Pesca Baad 0€ OBSERVAGHO 40} | oredeconee Porcentagem " ri wo S, eG TER CUR Gu. Dia da semana Figura 752: [aide vecreativa porcentgem de dbservates) por ds da seman TeJem Woshington Fay na Sagi Riser Bald Hale Nrurl Ane, Washington (1 (reprodurdo, com permit, de die Monagraphs 1995 37: 146), 0 Na figura original, os rétulos do terceiro eixo esto incorretamente situa- dos num requadro no canto superior esquerdo da caixa 3D, em vez de estarem no lugar aproptiado, ou seja, ao lado do terceiro eixo, & direita. QQ Além do mais, a figura original traz porcentagens de observagies em cada grupo. Contudo, um olhar mais detido para o texto do artigo revela que © ntimero de eventos relacionados ao tréfego a pé era apenas uma fragdio das observagies totais. Ao retraté-los equivocadamente em porcentagens (com o total alcangando mais de 100% em cada um dos trés grupos), as ocorréncias de transito de pedestres parecem muito maiores do que seria de esperar com base em seus valores numéricos, Na figura 754, 0 miimero de episédios € dado para um dia apenas, o sébado. 1000 500 el Barcode Barcode _Trafego Pesca observado ape Sébado Figura 254 Visi realinca de rrentos.0 nimero de vnsakeags de gui ap ert inn eras esnbadnscm bat nn aes frees no ag) Dois estilos de visualizar corretamente esses dados poderiam ser usados: @) um grupo de graficos similar ao da figura 754 apresentado sete vezes (um grupo para cada dia da semana) ou (®) um grafico 3D verdadeiro baseado em niimeros € ndo em porcen- tagens para cada grupo de atividade. aa Visto que qualquer estilo teria sido estranho, vamos tentar como alter- nativa uma tabela. E como os dados brutos estavam indispontveis, criei uma tabela imagindria para mostrar o que eu queria dizer (tabela 7.2) Esta apresentacdo funcionaria, Atente para a mensagem principal acres- centada ao titulo da tabela. ‘Tabela 72: Observacio de éguias. Dois tergos das observagbes acorreram em finais de semana, com as observagdes em barcos sendo as mais comuns, ‘Tipo de atividade Barco de Barco de ‘Tréfego pesca observagio ape Dia da semana @ o) @ Segunda HXX XXX XXX Terga XXX XXX XXX Quarta Xxx XXX XXX Quinta XXX XXX XXX Sexta XXX XXX XXX Sébado XXX XxX XXX Domingo XXX XX x00 Um verdadeiro gréfico de barras 3D pode, as vezes, ser transformado em um gréfico de linhas, isto é, numa figura 2D. No caso a seguir (7.55), tanto a alternativa 3D quanto a possibilidade 2D apresentaram os mes- mos resultados. > Mercados a vista Os autores estudaram os mercados & vista em Téquio, Londres ¢ Nova York. © que eles descobriram esté apresentado em dois painéis na figura 7.55. ‘Vamos comparar as duas apresentacdes. Frequentemente um grafico 3D é pensado para ser esteticamente mais agradavel. Contudo, em 7.55 (pai- nel inferior), algumas barras esto parcial ou inteiramente ocultas. Por exemplo, as barras dos valores de quarta-feira em Nova York e Londres esto invisiveis, Além disso, alinhar as barras com as escalas das grades nas paredes € dificil ou impossfvel. O grafico de linhas (painel superior), contudo, é facilmente legfvel. eae @ 0.0012 0.0010 0.0008, 0.0006 0.0004 0,0002 0,000 0.0002 0.0008 2 Toqulo 0008 seg eR URS SeK oe ® Figura 255: (a) Retrme bidinensinais de din Sls de segunda a seta era ence os tmercados wists de Tequo, Loads e Nove York (6 Revornos widmensionals de din cs de segui sertefeis ene ox ereadas ia e Tei, Londres e Nora "ork (epee con perme, cle Yo ea, App Baroni 2008), i ee ‘A mensagem? Tenho de confessar que, nesse caso, sou incapaz de for- mular uma mensagem concisa. A seguir, um grafico 3D verdadeiro, que funciona (7.56). > Fatores de risco para acidentes vasculares cerebrais Em parte de um estudo, os autores descobriram que tanto a hipertenséo arterial quanto altos niveis de fibrinogénio eram fatores de risco para AVCs. Figura 756: ncidéncia de AVCs (porcecages cris} segundo os grup elnenos por ‘vis combinagbes de vel sllcos de peso ater e vel de irinoyeno (eprodsid, tom permis, de Wihcbusen al New Egan journal of Medizin, 984) Os autores conectaram as barras de igual avaliagdo. Em vez de um ter- ceiro eixo escrito a parte, eles anotaram o peso das barras com némeros circulados representando as porcentagens nas plataformas criadas pelas barras fundidas. A seguir, a mensagem principal. Quando ambos os fatores eram altos, 0 risco de AVC era de 12%. a = — | Precisamos agora deixar as revistas ¢ ir para uma tese doutoral, para poder encontrar um verdadeiro gréfico 3D, completo (7.55). > Bacteridria assintomatica O doutorando descobriu que a bacteritiria assintomética ocorria mais frequentemente em mulheres com mobilidade reduzida e incontinéncia urindria do que nas que nao apresentavam esses sintomas. Incontinéncia Mobilidade reduzids Figura 257: Reprod com permis, da tee de Nils Rode, Atypon Bacteria ld 2008 Essa figura 3D tem um terceiro eixo e todas as barras sao visiveis. Mas um grafico 3D sé funciona numa situaco tao simples que dispense a figura Usando gréficos aD. Com poucas excegdes, um gréfico de barras 3D é uma mé safda para a apresentacao de seus resultados. Quase sempre ‘as descobertas nao tém uma terceira dimensao. Se tiverem, 0 grafico criado deixa de fora parte delas. idividuais em vez de resumidos Em alguns casos, ver uma série de dados (individuais) brutos em vez de resumidos permite aos leitores julgarem melhor os resultados. Dado: on ee > Melatonina e doenga cardiaca Pelo fato de os estudos animais terem sugerido que a melatonina exerce um papel na doenga corondria em seres humanos, os autores compara- ram a concentracdo de melatonina em sujeitos com e sem essa doenca. 150 100) Melatonian (pg/mU) Controles Pacientes com ddoencas cardio-coronavias, Figura 758: Concentra aos demlatoina (2001) em pies com denen sintiocononiae contols epi, com permiso, de Brugger a, The Lancy 195, Um exemple). Um simples olhar para a figura (antes de ler o texto) permite concluir que os dois grupos diferem significativamente. Essa conclusio € confir- mada pelo texto do artigo, que da os dados sobre medianas, intervalos interquartis ¢ valores de P. Mas a figura se mantém coerente com essa informacio. Nesse relatério sintético de uma sé pdgina, ndo ha necessidade de acrescentar mensagem legenda, porque vocé tem a certeza de que a mensagem se localiza na mesma pagina em que esté a figura. Porém, em um artigo mais extenso, vocé nao pode garantir que a mensagem ¢ a legenda estejam préximas, mesmo que isso aconteca no manuscrito, porque o leiaute final da vers4o publicada pode separé-las Provavelmente ninguém se levantaria contra 0 uso de valores individuais na apresentagdo de to poucos casos (apenas 25 sujeitos) como na figura i eee 7.58. Mas o que dizer de exibir centenas de individuos? Vamos dar uma olhada no exemplo a seguir, com seus 790 sujeitos; > 0 desastre nuclear de Chernobyl De seis para oito anos depois da chuva radioativa de Chernobyl, 0s autores estudaram marcadores de substancias da tireoide em criangas residentes em duas aldeias na €poca do acidente de Chernobyl. Uma aldeia (Hoi- niki) foi pesadamente contaminada, ao passo que a outra (Braslaw) se manteve quase incontaminada. A seguir, as observacies. . «4 Tt) en) ld: lee Zo 5 : \aas Zo) * le : 2 . g - a] ol 4 tal Le Hoiniki —Braslaw Hoiniki_Braslaw igara 259: Ysore individ de toro anveeogobullaa e ariteoperoidas em crangas

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