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A IMPORTÂNCIA DA INSTRUMENTALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL


NO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PRADO, Ariene Cristina Silva1


FERREIRA, Rafael Lopes2
VERONEZE, Renato Tadeu3

RESUMO

Este artigo objetiva fazer uma reflexão sobre a importância da educação ambiental no
processo de gerenciamento de resíduos sólidos, no sentido de desenvolver uma nova
mentalidade de responsabilidade e gestão ambiental. A educação ambiental possui um papel
importante na luta pela preservação do meio ambiente. A participação atuante da comunidade
é fundamental para a implementação e êxito do processo de gestão de resíduos sólidos.

Palavras-chave: Serviço Social, Meio Ambiente, educação.

Introdução

Atualmente a preocupação com a questão ambiental é de ordem mundial. É natural do


ser humano estabelecer relações com seus semelhantes e com a natureza, porém, à medida
que se estabelece, interage com o meio ambiente tornando-se cada vez mais de modo
dominador e destrutivo. Essa adaptação cultural causa mudanças irreversíveis ao ecossistema.
Para Silva (2010), somos seres que se distingue dos outros seres da natureza somente
pelo fato de constituir-se socialmente. Porém, com o passar do tempo às pessoas estão ficando
cada vez mais distantes dessa natureza que hoje só é vista como um reservatório de matéria-
prima.
O capitalismo é um sistema econômico baseado no consumismo, fator este causador
dos maiores danos à natureza. Com o intenso processo de industrialização e do crescimento a
qualquer custo, montanhas de resíduos formam-se dificultando, assim, a alocação deste
material.
Pesquisadores classificavam estes resíduos como subprodutos que deveriam ser
alocados fora das cidades de forma a não prejudicarem as relações sociais como constam nos
estudos de Demajorovic (1996). Porém, o destino desses resíduos tem prejudicado
substancialmente o meio ambiente.
Os movimentos de educação ambiental na atualidade vêm ganhando visibilidade em
todos os tipos de sistemas econômicos e políticos. Trata-se de um trabalho de percepção
ambiental que parte da premissa de entender o ciclo da poluição.

1
Bióloga Licenciada e Bacharelada (UFSJ, 2009), Especialista em Gestão Ambiental e Sustentabilidade
(UNINTER, 2012) e estudante do 7º período do curso de Serviço Social (UNIFEG, 2013). Email:
ariene.prado@hotmail.com
2
Graduado em Tecnologia em Gestão Ambiental (Faculdades Integradas Camões/PR, 2008), Especialista em
Biotecnologia (PUC/PR, 2010) e Docente do Grupo UNINTER (2013).
3
Assistente Social (UNIFEG, 2007), Especialista em Educação, Didática e Metodologia no Ensino Superior
(UNIFEG, 2009), Especialista em Filosofia Contemporânea (PUC/MG, 2011), Mestre em Serviço Social
(PUC/SP) e Docente do curso de Serviço Social do UNIFEG. E-mail: rtveroneze@hotmail.com
2

A consciência de que o lixo permanecerá, sem se decompor, por muitos e muitos anos,
apontada por Mendes (2009), é compartilhada por pesquisadores que acreditam na criação de
mecanismos de gestão que possam atenuar os efeitos da retenção desses resíduos na natureza.
Os impactos negativos desencadeados por estes efeitos podem refletir na qualidade de
vida da população, acarretando problemas de saúde como defende Demajorovic (1994), em
especial as populações vulneráveis que vivem da coleta seletiva de recicláveis, acabam por
residir, em grande medida, ao redor dos lixões, sem habitação adequada, saneamento
ambiental e demais necessidades básicas. A repercussão deste assunto é parte integrante do
trabalho de Rocha (2005) que avalia os impactos ambientais desencadeados pelos países em
desenvolvimento.
Em contrapartida a este processo, a criação de uma Legislação Ambiental cada vez
mais rígida ajuda a minimizar a degradação ambiental preservando assim, a qualidade do
meio ambiente e da biodiversidade das espécies.
Os resíduos sólidos oriundos do processo de desenvolvimento e crescimento
econômico devem ser vistos como um problema da sociedade civil, do poder público e
privado. Além do poder destrutivo desses na natureza, seu gerenciamento, até o momento, era
pouco discutido, pois, requer investimento de todas as esferas da sociedade, conforme os
apontamentos de Mendes (2009). Fazem parte do gerenciamento, etapas como a redução,
reutilização e reciclagem dos produtos. (CUNHA JUNIOR, 2005)
O gerenciamento de resíduos sólidos, estabelecida pela Política Nacional de Resíduos
Sólidos - PNRS (PEDROSO; CERUTI, 2009), inclui a coleta, o tratamento e a disposição
correta dos produtos por parte dos geradores, conforme coloca Demajorovic (1994). A Gestão
Integrada de Resíduos Sólidos trata-se de um conjunto de metodologias que visam reduzir a
produção desses resíduos na sua origem e um acompanhamento continuo do ciclo produtivo,
de modo, a minimizar a toxicidade dos produtos, além de dar um direcionamento aos
materiais recicláveis.
Dentre estas metodologias podemos destacar a importância da Educação Ambiental –
EA. Zaneti & Sá (2003) trabalha a Educação Ambiental como uma possibilidade da sociedade
modificar a realidade atual e reconstruir sua história tendo em vista a sustentabilidade social.
Isso significa minimizar os efeitos da degradação ecológica causada pelo excesso de resíduos
e pela falta de consciência ambiental da sociedade.
Neste contexto, o presente artigo tem o objetivo de refletir sobre a educação ambiental
como sendo uma ferramenta de conscientização no processo de gestão dos resíduos sólidos.
Esta metodologia voltada para a questão ambiental tem tido boa aceitação em todas as esferas
governamentais.
A elaboração de programas de educação ambiental, segundo Persich & Silveira
(2011), consegue desenvolver na população uma consciência diferenciada sobre as questões
econômicas e ambientais, transformando-os de geradores a participantes ativos no processo de
preservação do meio ambiente.

1. Histórico Ambiental: interação do humano vesus natureza

A Humanidade vem traçando seu caminho de destruição da natureza há muito tempo.


As consequências deste processo estão evidentes nos níveis de poluição medidos nos grandes
centros, bem como, nos variados efeitos dessa problemática sobre as alterações ambientais
planetárias.
Após a segunda Guerra Mundial, o sistema econômico em questão gerou intenso
processo de urbanização e com ele, a diminuição na qualidade de vida da população e uma
pressão ambiental sobre os recursos naturais (DIAS, 2002).
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Para Sirvinska (2005), a crise ambiental surgiu especialmente no período da


Revolução Industrial do século XVIII, pois, foi quando iniciaram as principais agressões à
natureza. Este período originou grandes aglomerações de pessoas ao redor das fábricas,
propiciando, segundo Cunha (2008), processos geradores de resíduos e efluentes sem
controle. Isso porque as pessoas se deslocavam para os centros industriais atraídos pela oferta
de trabalho.
Hoje esse processo ainda é mais intenso e pode ser sentido em todas as partes do
mundo, conforme as estatísticas de Dias (2002, p. 20): “as cidades ocupam cerca de 2% da
superfície terrestre e possuem um crescimento populacional anual por volta de 70 milhões de
habitantes”.
A degradação causada pelas ações antrópicas, como, utilização inadequada dos
recursos bióticos e abióticos resultam em modificações nas características peculiares dos
mesmos.
Conforme Stern (et. al..., 1993), as alterações globais colocam o planeta num período
de mudanças ambientais que difere dos episódios anteriores, Dias (2002), explica que este
fato tem origem no comportamento humano e é impulsionado pelas tendências de produção e
consumo globais.
[...] Com a aceleração da indústria, o avanço da tecnologia e o desejo do crescimento
econômico rápido, as fontes de recursos naturais, utilizados na produção dos bens de
valor e de troca da humanidade, foram e estão sendo degradadas diante da grande
exploração de suas potencialidades, diminuindo a possibilidade de resiliência do
planeta em renovar-se e absorver as montanhas de lixo produzidas diariamente,
como consequência do consumo exagerado intimamente incentivado pelo sistema
capitalista. (MENDES, 2009, p. 21)

Conforme Dias (2002), o nosso conhecimento da sociedade sobre o mundo natural é


mais extenso do que a nossa sabedoria pode utilizá-lo. Não se sabe realmente o que está em
jogo. Portanto, não se pode analisar a sociedade separadamente da natureza, muito menos o
comportamento dos seres humanos descolado da sua natureza, como tem sido ultimamente
entendido.
Zaneti e Sá (2003) discutem a adaptação antrópica ao meio como um movimento
dinâmico, cíclico, em que a inter-relação e a interdependência garantem sua reprodução e
manutenção. Sachs (1998) aconselha que isso, não significa crescer menos ou negar o
desenvolvimento, mas reconhecer que o limite é uma categoria indispensável para planejar
as ações futuras.
A busca por desenvolvimento a qualquer custo gera riqueza, porém, pode levar a
humanidade a atingir seu limiar existencial. Dias (2002, p. 35) destaca que,
[...] estes modelos de desenvolvimento e os padrões de consumo adotados pelos
países ricos e os em desenvolvimento, em consequência dos altos requerimentos
energético-materiais para a manutenção do seu metabolismo, profundas agressões e
alterações na biosfera e cruéis deformações socioambientais (desigualdades sociais,
desemprego, fome, miséria, violência).

As alterações perturbadoras que assolaram o planeta nas últimas décadas, trouxeram


consigo uma consciência de que a natureza não é infinita e que o sistema de produção deve
ser reconsiderado. Trata-se de um debate importante sobre a ótica da “questão ambiental”,
apontando as ações humanas como causa da insustentabilidade.
[...] A expansão dos ecossistemas urbanos é acompanhada por incríveis aumentos de
consumo energético, dissipação de calor, impermeabilidade dos solos, alterações
microclimáticas, fragmentação e destruição de hábitats, expulsão e/ou eliminação de
espécimes da flora e da fauna, acumulação de carbono, poluição atmosférica e
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sonora, aumento da concentração de ondas eletromagnéticas, além de uma fabulosa


produção de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, inconvenientemente despejados na
atmosfera, nos corpos d’água e nos solos. (DIAS, 2002, p. 32)

Assim, neste contexto, a capacidade dinâmica do ecossistema de se recompor é


importante para garantir a sustentabilidade da vida no planeta e requer atenção de todos.
Analisando a crise atual, Teixeira Junior (2004) estabelece uma definição sobre a crise
ambiental, como resultado da somatória das alterações ambientais e que requer uma análise
do tipo multidisciplinar, como a que propôs Cavalcanti (et. al..., 1994), e que dê conta das
referências físicas, químicas, biológicas e geológicas, dentro do que se encaixam as estruturas
da economia.
Faz-se necessário conhecer as situações e criar alternativas que possam minimizar as
vulnerabilidades da população e do meio ambiente, causados pela catástrofe ecológica
reconhecida.
Para Fonseca e Torres (2006), “vulnerabilidade”, define-se por exposição ao risco,
incapacidade de reação e dificuldade de adaptação, sobre os quais estudiosos discutem
metodologias próprias que possam mensurar, seja ela do tipo ambiental ou social.
Temos que entender que tecnologia e humanismo não se contrapõem, mas como
Gadotti (2000) deixa claro, houve exagero no “estilo poluidor e consumista de vida”. Situado
no debate sobre a crise contemporânea, o Desenvolvimento Sustentável é uma alternativa para
o modo de produção capitalista. Reafirmar o compromisso com a procura da qualidade de
vida e o desenvolvimento econômico, social e ambiental sustentável é uma necessidade
imediata e urgente.
O desenvolvimento e as conquistas do humano na contemporaneidade devem salientar
a responsabilidade de cada pessoa na preservação ambiental. Esta responsabilidade deve ser
introduzida no pensamento social e regulamentada em defesa do meio ambiente. Assim, é
preciso argumentar sobre as questões que estão relacionadas ao procedimento educacional,
função da sociedade e do Estado, que em conjunto, no processo de gestão ambiental deverão
participar de forma integrada na implementação de um sistema de gerenciamento de resíduos
sólidos.
Nesse sentido, o/a assistente social, enquanto educador social e envolvido com as
expressões da questão social, pode contribuir com a transformação social, com o
gerenciamento e gestão dos programas e iniciativas de ordem ambiental, públicas e privadas,
bem como em ações e cooperativas de indivíduos que trabalham na maioria das vezes em
condições precárias nos locais mais diversos como lixões e vias públicas, levando sua
metodologia de trabalho, incorporando a questão social e ambiental às ações de recuperação
das áreas degradadas como alternativa de viabilização econômica para esta atividade, no
sentido de possibilitar maiores ações para a preservação e sustentabilidade dos recursos
naturais.

2. A Educação Ambiental no processo de conscientização

A interferência antrópica, ou seja, de agressão à natureza, acontece desde os


primórdios da Humanidade, porém, a importância dada à questão ambiental é bem mais
recente e vem reunindo forças desde meados do século XX.
De acordo com Roseiro e Takayanagui (2004), existem registros da relação homem-
natureza nas indagações de Hipócrates por volta do ano 400 a.C. Esta relação culmina em um
sistema de produção de riquezas e bens de consumo, de modo contínuo e desenfreado, que
hoje, vai de encontro ao processo de sustentabilidade previsto pela Constituição Federal de
1988, que dispõe em seu item específico sobre o Meio Ambiente, cuja regulamentação consta
no Capítulo VI, Art. 225:
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[...] Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público
e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações (BRASIL, 2013, on line).

Outrora esta preocupação com o meio ambiente já fora evidenciada por Patrick
Geddes, segundo Dias (2002), considerado o “pai” da Educação Ambiental que expressou sua
preocupação com os efeitos da Revolução industrial iniciada em 1779, na Inglaterra. Nesta
ocasião a preocupação era com o desfecho do processo de urbanização e suas consequências
para o meio ambiente.
Atualmente essa problemática passa por uma fase de intensa discussão. A globalização
mudou todo cenário mundial, e com isso devemos pensar em como adaptar a educação ao
processo transformador que atingiu as áreas da administração de uma sociedade.
Na era da globalização, Gadotti (2000) mostra que é necessário lidar com as mudanças
do “estado do mundo” pensando globalmente e agindo localmente. Quando falamos em
modificações globais, Dias (2000) proferi que a atenção deve ser dada à correlação
crescimento populacional versus mudanças globais induzidas pelas práticas de uso do solo e
pelas modificações causadas em sua cobertura. Consequências drásticas para a caracterização
inata do meio.
Em razão destes fatos e de outros que são utilizados no processo de adaptação ao
meio, Odum (1997, p. 56) compara o homem a um “parasita”, relatando: “Até a data e no
geral, o homem atuou no seu ambiente como um parasita, tomando o que dele deseja com
pouca atenção pela saúde de seu hospedeiro, isto é, do sistema de sustentação da sua vida”.
Neste sentido, é indispensável que a educação acompanhe o desenvolvimento, baseada
na Educação Ambiental, caracterizando-se como um método para introduzir na realidade de
toda a sociedade, desde as escolas até estabelecimentos públicos e privados a ideia de
sustentabilidade. É intenso o trabalho e, para Barbieri e Silva (2011), um dos desafios é
trabalhar a questão ambiental dirigido a jovens e adultos.
A Educação Ambiental teorizada em vários países e discutida em conferências e
demais encontros sobre o mesmo tema, aplica-se como uma prática da educação, orientada
para a resolução dos problemas do meio ambiente através de enfoques interdisciplinares e de
uma participação ativa e responsável de cada indivíduo e do coletivo (SOUZA, 2003).
No Brasil, a Lei 9.795 de 27/04/99, o artigo 1º dispõe sobre a Educação Ambiental e
define como sendo:

Processos por meio dos quais o individuo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do
meio ambiente, bem de uso comum e do povo, essencial à sadia qualidade de vida
de sua sustentabilidade (BRASIL, 1999, on line).

As modificações ambientais são causadas pelas ações antrópicas de forma direta ou


indireta. Essas alterações são produtos de um sistema que possuem variáveis tanto na esfera
social como ambiental, não podendo ser analisados de forma individualizada.
Segundo Stern (et. al..., 1994) podemos citar algumas variáveis como sendo, as
mudanças populacionais e tecnológicas, o crescimento econômico, as instituições político-
econômicas, as atitudes e convicções pessoais.
É notório que tenhamos que entender as interações entre os sistemas humanos e os
sistemas ambientais, para embasar programas e projetos ambientais preventivos, pois,
segundo Dias (2002), a perda de qualidade de vida é explícita e os impactos gerados difíceis
de prever.
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[...] A essência de um ecossistema natural está na interdependência dos seus


componentes físicos e vivos, mantidos por uma estrutura biofísica, fluxo de energia
e ciclos de materiais, em equilíbrio dinâmico, no âmbito de suas dimensões espaços-
temporais (DIAS, 2002, p. 32)

Segundo consta em Trajber e Costa (2001), o Tratado de Educação Ambiental para as


Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, reafirma em 1992, a educação ambiental,
como um “ato político, baseado em valores para a transformação social”. Parte integrante de
todo um trabalho socioambiental permanente.
A transformação da visão do homem em busca da consciência crítica ambiental é
analisada por vários estudiosos, como Franco (et. al..., 2010) e demais educadores e
investigadores da questão ambiental.
Sob tal aspecto, Trajber e Costa (2001, p. 33) conclui que,
[...] as práticas educativas voltadas para a questão ambiental devem objetivar e ser
perpassadas pela intencionalidade de promoção e pelo incentivo ao desenvolvimento
de conhecimentos, valores, atitudes, comportamentos e habilidades que contribuam
para a sobrevivência, a participação e a emancipação.

Assim, o/a assistente social atrelado aos relatos históricos e baseados na Educação
Ambiental é possível diminuir as calamidades ambientais e estabelecer um senso coletivo
sobre a relação da humanidade com a natureza através da informação, seja ela formal ou
informal, do gerenciamento e gestão do manejo dos resíduos sólidos e recicláveis, do fomento
de cooperativas de catadores de recicláveis, de programas e projetos de preservação do meio
ambiente e de sustentabilidade social, enfim, alternativas viáveis para a preservação do
ecosistema.
Souza (2003) em sua tese coloca parte do texto ratificado na Conferência de Tbilisi,
Primeira Conferência sobre Educação Ambiental, em Tbilisi, Geórgia, 1997 que pode ser lido
abaixo:

[...] Formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com
os problemas que lhe dizem respeito, uma população que tenha conhecimentos, as
competências, o estado de espírito, as motivações e o sentido de participação e
engajamento que lhe permitam trabalhar individualmente para resolver problemas
atuais e impedir que se repitam (UNESCO, 1977, p. 10).

Desenvolver um trabalho integrado e com compromisso crítico é uma tática


promissora, uma vez que, essa ideia, segundo Trajber e Costa (2001) estimula a criação de
sociedades socialmente justas e ecologicamente equilibradas. Conhecer sobre a questão
ecológica leva o indivíduo a sair da alienação que manipula a situação de acordo com
interesses alheios.
Assim, além da conscientização é de suma importância que haja um processo de
articulação entre as partes da sociedade e do poder executivo, como explicitado no trabalho de
Silveira (2011), que estimula e propicia um melhor desenvolvimento das políticas públicas.
Práticas educacionais baseadas na ótica socioambiental devem fazer parte do
planejamento de ação do órgão executivo, como meio de trabalhar a percepção ambiental das
pessoas. O termo “percepção ambiental” apontado no texto de Franco (et. al..., 2010) é
trabalhado como visão individualizada de uma reação particular e diferenciada. Propostas
pedagógicas apontam para atividades que trabalhem esta visão e que as aproximem mais
daquilo que se espera para o futuro onde o humano possa viver em uma condição sustentável.
Não temos opção, argumenta Dias (2002); “ou, construímos uma economia que
respeite os limites da Terra ou continuamos com o que está aí até o seu declínio e nos
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envolvemos em uma tragédia evolutiva”. Assim, reconhecendo as fronteiras naturais do


planeta e da própria destruição do ser humano.
Além da consciência analista, é preciso que as práticas educativas priorizam o
desenvolvimento de valores e comportamentos que levem a participação contínua e voluntária
no método de gestão ambiental.

3. Questão Ambiental, Educação Ambiental e Gerenciamento de Resíduos Sólidos:


desafios rumo à sustentabilidade

O modelo de produção e consumo característico do sistema capitalista deve ser


analisado e reestruturado, pois, encontra-se passivo de impossibilitar a existência de vida na
Terra.
O século XX foi marco de crescente desordem econômica e social. Para Trajber e
Costa (2001) a administração, a industrialização desestruturada, bem como a pressão
populacional e o colapso ecológico são perigos sem escalas conhecidas.
É necessário que todos os envolvidos no processo de geração de resíduos adquiram um
conhecimento sobre os conceitos de ecologia, sustentabilidade, dentre outros, para que o
trabalho acerca do gerenciamento de resíduos sólidos não se torne uma utopia, com início e
fim.
Demajorovic (1995) evidencia que a importância sobre a dispersão dos resíduos
sólidos - que é bem menor do que a dos líquidos e gasosos - é fácil de mensurar a dimensão
do problema ambiental causado por sua deposição na natureza.
O planejamento sistêmico pode representar uma importante contribuição para a
promoção do desenvolvimento humano sustentável (TRAJBER; COSTA, 2001). Toda cidade
deve adquirir um modelo de planejamento para lidar com os subprodutos e produtos gerados -
sejam eles tóxicos ou não.
O apoio a programas de gerenciamento dos resíduos é crescente, principalmente em
países em desenvolvimento, propiciando, assim, a criação de uma nova cultura e qualificação
para o problema (DEMAJOROVIC, 1995).
Estamos em um momento estratégico, pois, projetos e leis sobre a importância de se
preservar o meio ambiente vêm sendo criados e discutidos de maneira mais abrangente.
Com a aprovação da Lei nº 12.305/10, fica instituído a Política Nacional de Resíduos
Sólidos – PNRS, após anos de discussão no Congresso Nacional. Um trecho do Plano
Nacional de Resíduos Sólidos enfatiza essa discussão como:

[...] O início de uma forte articulação institucional envolvendo os três entes


federados – União, Estados e Municípios, o setor produtivo e a sociedade civil na
busca de soluções para os graves problemas causados pelos resíduos, que vem
comprometendo a qualidade de vida dos brasileiros. (BRASIL, 2010, p. 25)

A Educação Ambiental deve atingir uma visão mais holística e que ajude a estabelecer
uma relação de coexistência do ser social e da natureza. Guiados pelos princípios da
sustentabilidade, homens e mulheres devem garantir para as gerações futuras, segundo
Barbieri e Silva (2011), não somente os prejuízos, mas também, benefícios como os avanços
tecnológicos e outras formas de capital humano e social para lidar com os recursos.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos de 2010 estabelece:

Os princípios, objetivos, diretrizes, metas e ações, e importantes instrumentos, tais


como este Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que está em processo de construção
e contemplará os diversos tipos de resíduos gerados, alternativas de gestão e
gerenciamento passíveis de implementação, bem como metas para diferentes
cenários, programas, projetos e ações correspondentes (BRASIL, 2011, p. 8).
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Esta lei estabelece uma série de compromissos e obrigações a serem cumpridos com
prazos definidos que, aliados à legislação existente sobre resíduos sólidos (SIRVINSKAS,
2011). Nesse sentido, deve aumentar significativamente a pressão sobre os geradores de
subprodutos e a alocação correta do material que não pode ser reutilizado.
Sobre este assunto, Demajorovic (1995), destaca a mudança do termo “lixo” por
“resíduos sólidos”, e sua caracterização que anteriormente eram vistos como subprodutos do
sistema produtivo e hoje possuem valor econômico agregado.
Assim, a PNRS prescreve aos setores da sociedade formas de lidar com a produção
destes materiais, serviços e a destinação final dos resíduos sólidos. O fato de possuírem valor
econômico faz com que careçam de técnicas de gerenciamento, que estimule o
reaproveitamento dentro do próprio processo produtivo, afirma Demajorovic (1995).
Atividades como a coleta seletiva, a reciclagem e a logística reversa formam a base
desta estrutura de gestão, que se fortalece no conceito de responsabilidade compartilhada,
onde todos deverão ter sua parcela de participação. A partir de então, devemos estabelecer
regras civilizadas de convivência e produção.
Isso é de grande valia, porém, deve ser levando em consideração os níveis de
entendimento das pessoas, seus valores e as divergências a cerca da temática socioecológica.
Segundo Gadotti (2000), o simples fato de aprender a economizar, a reciclar, a
compartilhar, a complementar, a preservar, a aceitar a diferença pode representar uma
revolução no corpo do sistema social. A sustentabilidade deve fazer parte da vida de todas as
pessoas e a correria do dia-a-dia não pode atrapalhar essa formação ideológica.
Além disso, os governos perceberam que enriquecer é importante, mas, as ameaças
ambientais são sérias e precisam ser enfrentadas. Preservar o meio ambiente é uma condição
essencial para que no futuro os recursos ainda estejam disponíveis. Portanto: “o
desenvolvimento sustentável vai além da preservação dos recursos naturais e da viabilidade
de um desenvolvimento sem agressão ao meio, implica um equilíbrio do ser humano consigo
mesmo e, em consequência, com o planeta”. (GADOTTI, 2000, p. 35)
Muitos estudiosos dizem que a humanidade deixou de lado o processo de obtenção de
riqueza para atacar a natureza: “Há 50 anos, na Índia, Mahatma Gandhi dizia que a terra era
suficiente para todos, mais não para a voracidade dos consumistas” (MARINHO, 2004, p.
27). Este fato pode ser comprovado pela extinção de ecossistemas inteiros.
O movimento ecológico e a globalização estão abrindo novos caminhos não só para a
educação, mas também para a cultura e a ciência (GADOTTI, 2000). Neste âmbito, o
conhecimento deve ser integrado para que ocorra a diminuição ou eliminação dos problemas
ecológicos.
Um projeto de educação ambiental bem conduzido consegue desenvolver na
população uma consciência diferenciada sobre as questões econômicas e ambientais em que
estão inseridos, transformando-os em partícipes eficientes no processo de sustentabilidade.
Conceito este, baseado nas instâncias da realidade antrópica, sendo contextualizada por
Gadotti (2000) e Dias (2002), nas áreas: ambiental, social, política, cultural, educacional etc.
O maior desafio, para Dias (2002), é utilizar a ética nas mais diversas situações.
Com base na ideia de que a educação é uma ferramenta de modificação neste
momento ambiental, temos que levar em conta que as alterações pretendidas com ela, são
frutos de um longo e incessante processo de modificação de hábitos e de formação de uma
visão analítica do entorno.
De acordo com o posicionamento de Dias (2002), as gerações atuais foram preparadas
por um sistema educacional que as faz ignorar as consequências ambientais dos seus atos e
objetiva torná-las consumidoras úteis e perseguidoras obsessivas de bens materiais. Esses
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valores e conceitos que foram moldados pela cultura que até hoje só desperdiçou e explorou
os recursos naturais.
Gadotti (2000) utiliza o termo ecologizar, como pretexto para trabalhar a integridade
das pessoas através da Educação Ambiental, procurando um equilíbrio entre o ser humano e o
meio ambiente. Esta ferramenta é base indispensável do trabalho de gestão dos recursos
sólidos, pois pode ser utilizada como instrumento de reflexão e maior conhecimento sobre
descarte correto dos produtos (FRANCO, et. al..., 2010).
A educação Ambiental deve corroborar com o desenvolvimento de uma
responsabilidade ambiental, estabelecendo limites sobre a exploração dos recursos,
respeitando o equilíbrio dinâmico da categoria.
[...] A sociedade civil mundial ou global está ainda em formação e abrange uma
grande variedade de sociedades contemporâneas, a leste a oeste, pobres e ricas,
centrais ou periféricas, desenvolvidas e subdesenvolvidas, dependentes e agregadas,
o conceito que se quiser usar. (GADOTTI, 2000, p. 137)

A partir desta perspectiva, a sensibilização não deve considerar as fontes geradoras


como estáticas, mas sim, como indivíduos, assim descrito por Franco (2010), como seres em
constante mutação.
Toda participação no processo de gestão ambiental deve ser compartilhada e praticada
no sentido de determinar a construção de uma concepção de cidadania e ideologia ecológica,
pautada em decisões éticas e dos Direitos Humanos coletivas garantindo, assim, os interesses
e as necessidades da sociedade e da natureza.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Dentro da temática do saneamento ambiental, a educação ambiental destaca-se como


uma prática de fácil reprodução de informação e muito utilizada no processo de reformulação
do pensamento dos seres humanos sobre o meio ambiente e sua utilização.
Ao analisar a evolução dos processos de gestão de resíduos sólidos, incorporada à
realidade capitalista, fica claro que essa política só alcançará seus objetivos se for trabalhada
paralelamente, projetos e programas sociais abrangentes, contando, sobretudo, com a
participação dos/as cidadãos/ãs na elaboração e execução dos mesmos. Estas atividades
podem trazer melhorias para a relação do ser humano com os fatores bióticos e abióticos,
além de esclarecer que o meio ambiente é fonte esgotável de recursos naturais.
O/a assistente social deve estar atento às novas demandas da sociedade
contemporânea. No que se refere às questões ecológicas e ambientais, a atuação/intervenção
desse profissional, em parceria com a Ecologia, a Biologia, ao Meio Ambiente, aos
movimentos sociais ecológicos, enfim, aos diretamente vinculados a esta questão, deve buscar
lutar para minimizar, ou mesmo, erradicar as expressões da questão social e a defesa
intransigente da ecológica, enquanto inscrita nos princípios do projeto ético-político do
Serviço Social.
Nesse sentido, é fundamental a consciência ambiental e ecológica tanto dos
profissionais de Serviço Social, como de todos e todas de um modo geral, aliada as inúmeras
ações de caráter preventivo, educativo e de manejo, viabilizando a Educação Ambiental
enquanto uma forma de mostrar para a sociedade o seu papel na preservação e conservação da
natureza, utilizando os recursos de forma consciente sem findá-los (PRADO; MENDES,
2011), pois, a destruição da natureza, é a própria destruição do “homem pelo próprio
homem”.

REFERÊNCIAS
10

BARBIERI, José Carlos; SILVA, Dirceu da. Desenvolvimento sustentável e educação


ambiental: uma trajetória comum com muitos desafios. RAM – Revista de Administração
da Mackenzie. Vol. 12, n.º 3. Edição Especial. São Paulo: mai.-jun. de 2011.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil – CF/88. Brasília, 2013.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm, acesso
em junho/2013.

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