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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA
COLEGIADO DE ENGENHARIA CIVIL

JOÃO MARCOS ARAUJO SOARES SANTOS

PROJETO DE INSTALAÇÃO ELETRICA RESIDENCIAL

FEIRA DE SANTANA-BA

2019
JOÃO MARCOS ARAUJO SOARES SANTOS

PROJETO DE INSTALAÇÃO ELETRICA RESIDENCIAL

Memorial descritivo apresentado pelo


acadêmico João Marcos Araujo Soares
Santos, como metodo de avaliação parcial da
nota do semestre da disciplina de Instalações
Eletricas Prediais, no curso de graduação em
Engenharia Civil da Universidade Estadual de
Feira de Santana.

FEIRA DE SANTANA-BA
2019

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................01

1.1 OBJETIVO GERAL....................................................................................01

1.2 MATERIAIS UTILIZADOS.........................................................................01

2. PROCEDIMENTO..................................................................................................02

3. CÁLCULOS MATEMATICOS................................................................................03

3.1 CÁLCULO DA MEDIA................................................................................03

3.2 TABELA DE DADOS.................................................................................04

3.3 CÁLCULO DE DESVIO PADRÃO DA MEDIDA........................................05

3.4 CÁLCULO DE DESVIO PADRÃO DA MEDIA...........................................06

3.5 HISTOGRAMA...........................................................................................06

3.5.1
Frequências..................................................................................06

3.5.2 Gráfico..........................................................................................07

3.5.3 Área do
Histograma......................................................................08

3.6 EQUAÇÃO DE
GAUSS..............................................................................08

3.6.1 Gráfico..........................................................................................09

4. RESULTADOS.......................................................................................................09

5. CONLUSÃO...........................................................................................................10

BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................10
1

1. INTRODUÇÃO

O presente memorial descritivo tem por descrever, as soluções


encontradas e impostas para a instalação de um sistema elétrico de baixa
tensão, em uma residência unifamiliar, cuja as representações gráficas estão
presentes em plantas que seguem em anexo ao trabalho, sendo de extrema
importância o conteúdo destas para a compreensão do projeto, de forma que
para as considerações escolhidas no projeto foram seguidas em função das
determinações impostas, pelas normas técnicas vigentes no Brasil e mais
especificamente das normas locais impostas pela concessionária de energia
da Bahia a COELBA, onde as mais relevantes que nortearam o
desenvolvimento do projeto foram NBR5410:2008- Instalações elétricas de
baixa tensão e NOR.DISTRIBU-ENGE-0021-Fornecimento de Energia
Elétrica em Tensão Secundária de Distribuição a Edificações Individuais.

1.1 CARACTERISTICAS DA EDIFICAÇÃO E CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A edificação escolhida para a execução do projeto caracteriza-se como um


sobrado, assim sendo uma edificação de dois pavimentos, onde está possui área
total igual a 160,95 m², dividida igualmente para cada pavimento, ao todo a mesma
possui como locais, Garagem, Área de Serviço, Cozinha, Lavabo, Área de
Circulação, Sala de Estar e Escadaria divididos no primeiro pavimento, enquanto
que no segundo pavimento esta área é dívida em seguintes cômodos: Quarto 01,
Quarto 02, Suíte, Closet, Hall de distribuição, Banheiro e Banheiro da Suíte.
2

2. DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE INSTALAÇÕES ELETRICA

Após a escolha da edificação e conjuntamente com sua planta o


levantamento de suas características, foram executadas seguintes etapas no
processo de produção do projeto elétrico residencial, descrito neste memorial.

 Levantamento de Cargas de Iluminação e de Tomadas de Uso


Geral
 Levantamento de Cargas de Tomadas de Uso Específico- TUE´s
 Calculo de Demanda para a Escolha do Padrão de Alimentação
da Edificação
 Potência do Circuito de Distribuição
 Divisão dos Circuitos de Instalação e Cálculo de Corrente
Nominal
 Cálculo das Correntes de Projetos e Dimensionamento dos
Condutores
 Dimensionamento dos Eletrodutos e dos Disjuntores r e
Disjuntores Termomagnéticos
 Distribuição das Fases entre os circuitos

2.1 LEVANTAMENTO DE CARGA DE ILUMINAÇÃO E DE TOMADAS DE USO


GERAL

2.1.1 Iluminação

A NBR 5410 determina, que em qualquer cômodo deve existir a presença de


um ponto de luz fixo no teto, ligado em interruptor, onde como critério para
determinação da potência atribuída a lâmpada que será instalada, a norma prevê
que para os primeiros 6m² de área do cômodo a potência da lâmpada seja de 100
VA (Volte-Amperes), de forma que a cada 4m² inteiros seja acrescido mais 60 VA à
potência da lâmpada a ser instalada. Assim sabendo-se das áreas de todos os
cômodos foram determinadas as potências das lâmpadas a serem instaladas nos
pontos de luz.
3

Tabela 1-Levantamento de Carga de Iluminação

Carga de
Ambiente Área(m²)
Iluminação(VA)
Garagem (Térreo) 14,42 220
Sala de Estar (Térreo) 21,9 280
Despensa (Térreo) 5,7 100
Escadaria 7,38 100
Circ (Térreo) 1,86 100
Suíte (1º andar) 9,1 100
Closet (1º andar) 5,42 100
Quarto 01 (1º andar) 14 220
Quarto 02 (1º andar) 16,6 220
Hall de Distribuição (1º andar) 7,3 100
Áreas Molhadas    
Cozinha (Térreo) 9,3 100
Área de Serviço (Térreo) 9,1 100
Lavabo (Térreo) 1,56 100
Banheiro Suíte ( 1º andar) 5,7 100
Banheiro ( 1º andar) 4,75 100
  TOTAL PARCIAL 2040

Assim pode se determinar um total de 2040 VA, de carga a ser


instalada para a Iluminação.

2.1.1 Tomadas de Uso Geral

A NBR 5410, define que o perímetro do cômodo é quem define a quantidade


mínima de tomadas a serem instaladas neste cômodo, onde desta forma fica
previsto que em salas e dormitórios devem ser previstos pelo menos um ponto de
tomada para cada 5 m, ou fração, de perímetro, devendo esses pontos ser
espaçados tão uniformemente quanto possível. Quando se trata de áreas molhadas
como cozinhas, copas, copas-cozinhas, área de serviço, lavanderias ou locais
semelhantes deve-se prever uma tomada para cada 3,5 metro ou fração do
perímetro. Em banheiros, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada,
próximo ao lavatório. Para varandas, se adota pelo menos um ponto de tomada,
próximo do seu acesso. Para demais comodidades, com menos de 6 m² adota-se
pelo menos um ponto de tomada e com mais de 6 m² vale a regra para salas e
dormitórios.
4

Ao que se refere a potência instalada; a NBR 5410 define que para cada uma
das tomadas de uso geral que não se encontrem em áreas molhadas (banheiros,
cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos), a
potência instalada desta deve ser igual a 100 VA, enquanto que para estas áreas
molhas a NBR 5410, que deve-se adotar no mínimo a potência de 600 VA, limitando
essa condição para a te três tomadas, de forma que para o excedente de tomadas,
cada tomada deve possuir a potência de 100 VA. Assim sabendo-se de todas as
áreas e perímetro dos cômodas da edificação foi possível executar tal levantamento,
porem foi considerado que no Hall de Distribuição (1º andar) e na Área de
Circulação (Térreo), a não instalação de tomadas, após a análise das plantas ambos
pavimentos.

Tabela 2 - Levantamento de Cargas de Tomadas de Uso Geral

Perímetro Carga
Ambiente Área(m²) QTD. De Tomadas
(m) TUG
Garagem (Térreo) 14,42 15,9 2 200
Sala de Estar (Térreo) 21,9 19,3 4 400
Despensa (Térreo) 5,7 9,8 1 100
Escadaria 7,38 14,7 0 0
Circ (Térreo) 1,86 5,5 1 100
Suíte (1º andar) 9,1 12,1 3 300
Closet (1º andar) 5,42 9,5 1 100
Quarto 01 (1º andar) 14 15,6 4 400
Quarto 02 (1º andar) 16,6 16,4 4 400
Hall de Distribuição (1º andar) 7,3 10,8 0 0
Áreas Molhadas        
Cozinha (Térreo) 9,3 12,2 4 1900
Área de Serviço (Térreo) 9,1 12,1 3 1800
Lavabo (Térreo) 1,56 5 1 600
Banheiro Suíte ( 1º andar) 5,7 9,8 1 600
Banheiro ( 1º andar) 4,75 9,9 1 600
    SUB - TOTAL (W): 7500

2.2 LEVANTAMENTO DE CARGAS DE TOMADAS DE USO ESPECIFICO

As Tomadas de Uso Especifico (TUE), são aquelas que são exclusivamente


designadas para aparelhos que resignam uma corrente nominal maior que 10 A, de
forma que a carga do ponto dessa tomada deve ser iguala a potência da carga do
aparelho a ser utilizado, não havendo assim critérios para o número de tomadas
TUE a serem instaladas, somente definida pela quantidade de aparelhos que se
apresentam para tal condição. No projeto foi escolhido a utilização de 6 tomadas
5

TUE, para a instalação de 3 Ar condicionados de 12000 Btus nos quartos e na suíte,


2 chuveiros elétricos nos banheiros e 1 Máquina de Lavar na Área de Serviço. As
potências dos aparelhos utilizadas como previsão no projeto foram retiradas da
Norma de Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária de Distribuição
a Edificações Individuais (NOR.DISTRIBU-ENGE-0021-) fornecida pela
concessionaria de energia COELBA. O Levantamento de cargas TUE pode ser visto
na tabela 03.

Tabela 3-Levantamento de Cargas de Tomadas de Uso Especifico (TUE)

Ambiente Descrição Carga(W)


Area de Serviço Máquina de Lavar 1500
Quarto 01 (1° andar) Ar-condicionado 1400
Quarto 02 (1º andar) Ar-condicionado 1400
Suíte (1° andar) Ar-condicionado 1400
Banheiro Suíte (1º andar) Chuveiro Elétrico 4400
Banheiro (1º andar) Chuveiro Elétrico 4400

O Valor total de Potência requerida para a instalação destes aparelhos


é igual 14000 W.

2.3 CALCULO DE DEMANDA PARA A ESCOLHA DO PADRÃO DE ALIMENTAÇÃO


DA EDIFICAÇÃO

Para a determinação do padrão de alimentação (Monofásico, Bifásico


ou Trifásico) é feito o cálculo da demanda de carga, em KW (Quilowatts), a
ser instalada na edificação, o cálculo é feito fazendo-se a soma das cargas
totais de iluminação e das cargas totais de tomadas TUG e TUE, onde cada
uma destas cargas totais deve ser corrigida em função de um fator de
potência adotado, onde para a carga de iluminação, o fator de potência
adotado foi igual a 1, para a carga de TUG’s foi adotado um fator de potência
igual a 0.8, enquanto que para as cargas de TUE’s as cargas dos aparelhos
já vieram corrigidas.

Demanda=D iluminação∗FP1 + DTUG∗FP 2+ DTUE

Demanda=2040∗1+7500∗0.8+14500

Demanda=22540W =22,54 KW
6

Logo para a esta edificação é demanda a instalação de 22,54 KW, o


que justifica a escolha de um sistema de alimentação Bifásico.

2.4 POTÊNCIA DO CIRCUITO DE DISTRIBUIÇÃO

Após a determinação da carga demandada e da escolha do padrão de


alimentação é feita-se o cálculo da potência do circuito de distribuição, ou seja, a
potência em KW, que estará ligada ao quadro de medição e de distribuição. O
cálculo é feito aplicando-se fatores denominados de fatores de demanda, sobre as
cargas totais de iluminação, TUG e TUE, onde estes fatores demandas são
tabelados em função de uma faixa de carga, possuído duas tabelas uma para carga
de TUE e cargas de iluminação e TUG somadas, as tabelas podem ser vistas nas
figuras 01 e 02 e posteriormente somado os resultados encontrados e dividindo-se
por um Fator de Potência Geral igual a 0,95.

Figura 1 - Fatores de Demanda

Fonte: Mundo da Elétrica (2019)


7

Figura 2 - Fatores de Demanda TUE

Fonte: Mundo da Elétrica (2019)

Assim sendo a carga de iluminação total igual a 8040 W, o fato de demanda


adotado foi igual a 0,31 e para a carga de TUE igual a 14500 W o fator de demanda
adotado foi igual 0,65 já que existe 6 circuitos de TUE.

Potencia=(Carga ¿ ¿ Ilum ; TUG∗FD1 +Carga TUE∗FD 2 )/FP geral ¿

8040∗0,31+ 14500∗0,65
Potencia=
0,95

Potencia=12545 W ≅ 12,54 KW

Logo a Potência do circuito de Distribuição calculada foi igual a 12,54 KW.

2.5 DIVISÃO DOS CIRCUITOS DE INSTALAÇÃO E CALCULO DE CORRENTE


NOMINAL

Em um projeto recomenda-se dividir a instalação elétrica de uma


residência em certa quantidade de circuitos terminais, para que futuros
processos de manutenção sejam facilitados. A NBR 5410 recomenda que a
divisão dos circuitos deve ser feita de seguinte forma:

 Os circuitos de iluminação devem ser separados dos circuitos de


pontos de tomadas de uso geral ou específico;
 Todos os pontos de tomada de cozinhas, copas, copas cozinhas, áreas
de serviço, lavanderias e locais semelhantes devem ser atendidos por
8

circuitos exclusivos, bem como nos pontos de tomadas de uso


específico.
Assim seguindo-se essas instruções, pode-se dividir a instalação da
residência em 16 circuitos, onde apresentou 4 circuitos de iluminação, 6 de
Tomadas de Uso Geral e 6 de Tomadas de Uso Especifico, em relação as
tomadas de uso geral fez se a utilização de que a área de serviço e a cozinha
fossem aportadas com circuitos exclusivos, para cada uma, devido ao alto
valor de carga elétrica que vai ser destinada a essas duas áreas.
Devido ao padrão de alimentação escolhido ser bifásico, foi
considerado que os circuitos de iluminação e de tomadas de uso geral serão
ligados na menor tensão, igual a 127 V com esquema de armação Fase e
Neutro, enquanto que os circuitos de tomadas de uso especifico serão ligados
na maior tensão igual a 220 V, com esquema de armação Fase e Fase.
O cálculo das correntes nominais pode ser feito, dividindo-se a
potência a ser instalada para cada circuito peça tensão a qual o mesmo está
ligado. A divisão dos circuitos e o valor das correntes nominais calculadas
para cada podem ser vistas nas tabelas 4,5 e 6.
Tabela 4 - Distribuição dos Circuitos de Iluminação

DISTRIBUIÇÃO DOS CIRCUITOS DE ILUMINAÇÃO


Carga de Iluminação Corrente Total
Ambiente Circuito Corrente(A)
(VA) (A)
Garagem (Térreo) 220 CIL-1 1,73
Área de Serviço (Térreo) 100 CIL-1 0,79
4,09
Despensa (Térreo) 100 CIL-1 0,79
Cozinha (Térreo) 100 CIL-1 0,79
Escadaria 100 CIL-2 0,79
Circ (Térreo) 100 CIL-2 0,79
4,57
Sala de Estar (Térreo) 280 CIL-2 2,20
Lavabo (Térreo) 100 CIL-2 0,79
Suíte (1º andar) 100 CIL-3 0,79
Closet (1º andar) 100 CIL-3 0,79
Banheiro Suíte ( 1º andar) 100 CIL-3 0,79 3,15
Hall de Distribuição (1º
andar) 100 CIL-3 0,79
Quarto 01 (1º andar) 220 CIL-4 1,73
Quarto 02 (1º andar) 220 CIL-4 1,73 4,25
Banheiro ( 1º andar) 100 CIL-4 0,79
9

Tabela 5 - Circuitos de Tomadas de Uso Geral

DISTRIBUIÇÃO DOS CIRCUITOS DE TOMADAS DE USO GERAL


Ambiente Carga TUG (VA) Circuito Corrente (A) Corrente Total (A)
Garagem (Térreo) 200 CTUG-1 1,57
2,36
Despensa (Térreo) 100 CTUG-1 0,79
Sala de Estar (Térreo) 400 CTUG-2 3,15
Escadaria 0 CTUG-2 0,00
8,66
Circulação (Térreo) 100 CTUG-2 0,79
Lavabo (Térreo) 600 CTUG-2 4,72
Cozinha (Térreo) 1900 CTUG-3 14,96 14,96
Área de Serviço (Térreo) 1800 CTUG-4 14,17 14,17
Suíte (1º andar) 300 CTUG-5 2,36
Closet (1º andar) 100 CTUG-5 0,79
7,87
Banheiro Suíte ( 1º andar) 600 CTUG-5 4,72
Hall de Distribuição (1º andar) 0 CTUG-5 0,00
Quarto 01 (1º andar) 400 CTUG-6 3,15
Quarto 02 (1º andar) 400 CTUG-6 3,15 11,02
Banheiro ( 1º andar) 600 CTUG-6 4,72

Tabela 6 - Distribuição de Circuitos de Tomadas de Uso Especifico

DISTRIBUIÇÃO DE CIRCUITOS DE TOMADAS DE USO ESPECIFICO


Ambiente Carga TUE(W) Circuito Corrente (A)
Área de Serviço (Térreo) 1500 CLAV 6,55
Quarto 01 (1º andar) 1400 CAR-Q1 6,36
Quarto 02 (1º andar) 1400 CAR-Q2 6,36
Suíte (1º andar) 1400 CAR-SU 6,36
Banheiro Suíte ( 1º andar) 4400 CCH-B1 20,00
Banheiro ( 1º andar) 4400 CCH-B2 20,00

2.6 CÁLCULO DAS CORRENTES DE PROJETOS E DIMENSIONAMENTO DOS


CONDUTORES

Para se executar o dimensionamento dos condutores elétricos, ou seja, a


seção mínima do condutor que deve suportar o aquecimento do condutor devido a
passagem da corrente elétrica, primariamente deve se executar o cálculo das
correntes de projetos, a partir das correções das correntes nominais, com a
utilização de fatores de correção denominados de Fator de Correção de
Agrupamentos (FCA) e Fator de Correção de Temperatura (FCT). Os fatores de
correção de agrupamentos utilizados no projeto foram de 0,65 e de 0,8 para
agrupamentos de 4 e 2 condutores no mesmo eletroduto, respectivamente, já que no
projeto somente essas condições de agrupamentos foram impostas; enquanto o
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fator de correção de temperatura utilizado foi igual a 1,0, já que as temperaturas de


referência do ambiente, foram de 30° C no ar e 20° C no solo.

Além da correção da corrente de projeto, para se fazer o dimensionamento


dos condutores elétricos, foram considerados também outros critérios previstos na
NBR 5410 que são: Critério das seções mínimas, a capacidade de condução de
corrente e o critério da queda de tensão admissível, onde o critério que oferecesse a
maior seção para cada circuito, foi o aceito.

2.6.1 Critério das Seções Mínimas

A tabela 47 da NBR 5410, estabelece as seções mínimas a serem adotadas,


a tabela 47 é apresentada na Figura 3.

Figura 3- Tabela 47 NBR 5410

Fonte: ANBT (2004)

2.6.2 Critério da Capacidade de Condução de Corrente

Após cálculo das correntes de projetos, a escolha da seção do condutor foi


feita com base na tabela 36 da NBR 5410, onde esta estabelece a máxima
condução de corrente por seção do condutor, sendo esta maior que a corrente de
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projeto calculada, para isso foi considerado o método de instalação B1, como
referência, que possui seguintes considerações:

 Condutores: cobre e alumínio


 Isolação: PVC
 Temperatura no condutor: 70°C
 Temperaturas de referência do ambiente: 30°C (ar), 20°C (solo)

Sendo os condutores elétricos escolhidos de cobre, a tabela 36 para tal


tipo de condutor apresenta-se representada na Figura 4.

Figura 4 - Tabela 36 NBR 5410

Fonte: ABNT 5410 (2004)

2.6.3 Critério da Queda de tensão Admissível

Seguindo o que é imposto no item 6.2.7.1 da NBR 5410, foi considerado uma
queda de tensão igual a 5%, assim foi utilizado seguintes equações para o cálculo
da seção.
12

2∗ρ∗∑ ( L∗I )
S= → para circuitos monofásicos
∆ V∗V fn

2∗ρ∗∑ ( L∗I )
S= → para circuitos bifásicos
∆ V∗V ff

2.7 DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS E DOS DISJUNTORES R E


DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS

De acordo com a norma NBR5410, a taxa máxima de ocupação de


eletrodutos em relação à área da seção transversal não deve ser superior a 53%
para um condutor ou cabo, 31% para dois condutores ou cabos e 40% para três ou
mais condutores ou cabos, então desta forma o dimensionamento da seção nominal
dos elotrodutos designados para cada um dos circuitos, foi executada utilizando uma
tabela, que relaciona a quantidade de condutores dentro do eletroduto e a maior
seção de condutor encontrada no mesmo, esta tabela pode ser vista na Figura 5.

Figura 5 - Seção Nominal dos Eletrodutos

Fonte : Prysmian- Cables & Systems (2018)


13

Devido a existência de eletrodutos que passaram pela Laje, vai se fazer a


utilização de dois tipos de eletrodutos de PVC, corrugados simples e corrugados
reforçados, de forma que aqueles que os corrugados reforçados possuem tamanho
nominal mínimo igual a 20 mm.

Para o serviço de proteção da instalação do circuito elétrico foi determinada a


colocação de disjuntores diferenciais (DR), conjuntamente com Disjuntores
Termomagnéticos, para cada um dos circuitos determinados, seguindo o que a NBR
impõe. Os disjuntores DR foram dimensionados de forma que o valor da corrente
nominal (¿) destes fossem maior, que a corrente de projeto calculada ( Ip) e menor
que o valor da máxima corrente suportável pelo condutor ( Iz) de cada um dos
circuitos, seguindo assim seguinte equacionamento:

I p< I n < I z

Para o dimensionamento dos DTM, foi-se utilizado seguinte tabela,


apresentada na figura 6, que relaciona a corrente nominal do disjuntor DR, com a
corrente nominal do DTM.

Figura 6 - Relação IDR x DTM

Fonte: Prysmian- Cables & Systems.

2.8 DISTRIBUIÇÃO DAS FASES DOS CIRCUITOS

A distribuição dos circuitos em respectivas fases, foi feita no intuito de buscar


a melhor formar de equilibrar a instalação elétrica, de forma que cada fase se possui
valores de tensões próximas, assim a respectiva divisão pode ser vista na tabela 7.
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Tabela 7 - Distribuição das fases

Distribuição de Fases
Circuito Potência (VA) R (127 V) S (127V) R+S (127-220 V)

520 520    
1

580 580    
2

400   400  
3

540   540  
4

300   300  
5

1100 1100    
6

1900 1900    
7

1900   1800  
8

1000 1000    
9

1400   1400  
10

1500 1500    
11

1400   1400  
12

1400   1400  
13

1400 1400    
14

4400     4400
15

4400     4400
16

TOTAIS 23640 8000 7240 8800


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3. QUADROS

Seguindo o que é exigido, pela Norma de Fornecimento de Energia Elétrica


em Tensão Secundária de Distribuição a Edificações Individuais (NOR.DISTRIBU-
ENGE-0021) para as instalações com o padrão de alimentação bifásico, diz que é de
responsabilidade do consumidor que o padrão de entrada, possua seguintes
características, que foram retiradas da tabela 4.2 da norma, que pode ser vista na
figura 8:

 Condutor embutido = 16mm²


 Condutor de aterramento = 16mm²
 Eletroduto de PVC = 40 mm
 Disjuntor = 70 A
 Caixa de Medição Polifásica
Figura 7 - Tabela 4.2 da Norma de Distribuição da COELBA

Fonte: COELBA (2019)

Devido a edificação, possuir dois pavimentos foi feita a escolha da utilização


de dois quadros de distribuição de 63 A (após dimensionamento da instalação),
instalados em cada um dos pavimentos, a divisão dos circuitos que ficarão alocados
em cada quadro, podem ser vistos nos Quadro 01 e Quadro 02.
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4. LISTA DE MATERIAS A SEREM UTILIZADOS


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BIBLIOGRAFIA

http://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-resistencia-eletrica.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/Resist%C3%AAncia_el%C3%A9trica

http://www.sta-eletronica.com.br/artigos/como-usar-um-multimetro-digital

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