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Semiologia do Sistema

Visual
Prof. Pós-Dr. Alexandre N A Souza

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Considerações iniciais
• Anatomia
• Exame do sistema visual (específico)
• Anamnese
• Sequencia de testes e equipamentos

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Anatomia

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Anatomia

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• Reto dorsal e ventral
• N.oculomotor

• Reto lateral e medial


• N. abducente
N.oculomotor

• Oblíquo dorsal e ventral


• N. troclear
N.oculomotor

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Resenha
• Raça
• Doenças oculares hereditárias. Ex: síndrome
uveodermatológica em cães da raça Akita; síndrome da
ectasia escleral em cães da raça Collie, entre outras.
• Idade
• Ex: catarata congênita e senil; degeneração dos
fotorreceptores da retina.
• Sexo
• Ex: atrofia progressiva de retina ligada ao cromossomo X
em cães da raça Husky Siberiano.

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Anamnese

Secreção ocular? Pisca muito o olho


(blefarospasmo)? Coça com a pata?
(prurido/dor) Aumento de volume
(ex:tumor)ou assimetria (anisocoria ou
glaucoma) ou posicionamento
(estrabismo) opacificação (catarata)?

Obs: lembre-se que o animal


pode enxergar com um olho 15

Exame físico
• Exame físico geral (aula passada)
• Sequência de exames específicos
• Equipamentos
• Ambiente adequado
Sempre deve ser feito o exame dos dois olhos. Quando
a doença for unilateral, deve-se iniciar pelo olho
supostamente normal

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Sequência de testes
• Teste de acuidade visual?
• Sala com obstáculos
• Claro X escuro
Animal não ve objetos e collide (objetos próprios)
necessidade de ambiente escuro/bem iluminado!!! =
sala apropriada

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Acuidade visual

Cones (preto e branco): alterações que causam


cegueira noturna 21
Bastonetes (cores): a luz do dia
Inspeção
• Região periocular = assimetria facial, aumentos de volumes
periorbitais;
• Desvio do eixo visual (estrabismos).
• Secreção ocular
• Alteração de cor (olho vermelho)
• Alopecia periocular
• Corrimentos nasais.
• Verificar se o olho do animal retorna à posição central após
movimentos de elevação, depressão e lateralidade (para
direita e esquerda) da cabeça.
• Em seguida, inicia-se o exame sistemático do olho,
avaliando-se, inicialmente, os anexos oculares, as túnicas
fibrosa, vascular e, por fim, nervosa.
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Sequência de testes
• Teste Lacrimal (Schirmer)
• A tira é colocada no fórnix conjuntival ventral (1min) =
quanto a fita umedeceu?
• Valores de referência: 15-25 mm (cães);10-20 mm (gatos)
(normal entre 3 e 32mm nos gatos)
• Cães: Valores entre 0 e 10 = ceratoconjuntivite seca (10 e 15
suspeita)
Anestesia tópica reduz produção

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Schirmer

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Sequência de Testes
• Cultura e antibiograma? Citologia?
• = antes da instilação de colírios e corantes,
imediatamente após Schirmer
• Se for fazer cito por agulha ou raspado, utilizar
anestésico tópico

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Sequência de testes
• Reflexos
• A ameaça
• Palpebral
• Pupilar
• Consensual e direto
• Teste via visual
• Reflexo vestibular

o N. optico aferente (estimulo visual); ramos do trigêmio (r.


oftalmico e maxilar) = aferente da região palpebral; nervo
facial eferente (pálpebra), nervo oculomotor eferente
(constritor = parasimpatico; dilatador = simpatico)

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Reflexo de ameaça

Teste da via visual


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Reflexo vestibular

Reflexo palpebral

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Exame dos nervos cranianos
(lembram?)
• lI Par – Óptico
• Reflexo pupilar à luz. (aferente)
• Antes de testarmos o reflexo pupilar à luz, devemos
verificar o tamanho e a simetria das pupilas.
• podem estar contraídas =miose;
• dilatadas = midríase
• anisocoria (uma pupila dilatada e uma contraída) =
lesão parassimpático ou simpático.
• A igualdade do diâmetro pupilar chama-se isocoria.
Transiluminador

• Observar pálpebras (placa tarsal, busca de cílos


ectópicos, conjuntiva.
• Retroiluminação: avaliar pupilas, reflexão tapetal,(reto
para este início de inspeção) tb usado para avaliar a
transparência córnea, humor aquoso, lente e vítreo
(alternando ângulos oblíquos mais na oftalmoscopia)
• Aplicado sobre a esclera, próximo ao limbo, para
iluminar estruturas da câmara posterior. A luz passa
pela esclera e contorna o corpo ciliar,
• podendo ser observadas estruturas opacas, como
tumores no corpo ciliar e íris, corpos estranhos ou
exsudatos no interior do olho. Há obrigatoriedade de
esse exame ser realizado em sala escura.

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Aumento de 2 a 3X

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Teste de floculação da lágrima

• Quando necessário
• Avaliar a integridade funcional do filme lacrimal,
observando-se o padrão de distribuição de mucina
sobre a superfície ocular.
• Coletar lágrima com tubo de microhematócrito
distribuído sobre lâmina de vidro
• Em animais normais, são observadas estruturas que se
arranjam em padrão semelhante a folhas de
samambaia.
• Falhas nesse padrão de indicam deficiência de mucina e
consequente falha na integridade funcional do filme
lacrimal.

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Teste de canulação e lavagem do
ducto lacrimal (só quando necessário)
• Esse teste é empregado para avaliação da patência do
ducto nasolacrimal, e diagnóstico de alterações dos
pontos lacrimais
• Indicado em casos de epífora ou descarga ocular
mucopurulenta crônicas, associadas ao retardo ou à
ausência da passagem da fluoresceína do olho até a
abertura do ducto nasolacrimal, nas narinas (teste de
Jones adiante).
• Em cães e gatos a injeção do fluido é realizada por via
normógrada, ou seja, pelos pontos lacrimais, dada a
dificuldade de identificação da abertura distal do ducto
nasolacrimal. (anestesia geral)

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Sequência de testes
• Tonometria
• mensuração da pressão intra-ocular (PIO)
• anestésico tópico
• região central da córnea

Schiotz (edentação) Tonopen (aplanação)


Uso de tropicamida 45
Em desuso
• A pressão intraocular (PIO) normal é entre 10 a
20mmHG. Há uma variação considerável entre
indivíduos a comparação entre os 2 olhos não deve
exceeder uma diferença demais de 20% cujo maior
valor após essa diferença somado aos achados
podem indicar tb p.ex. Glaucoma
• A gonioscopia é indicada complementarmente qdo
alterada a PIO 46
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Gonioscopia

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Sequência de testes
• Oftalmoscopia
• Midriático = Tropicamida 5%
(após 20min)
• Sala escura
• Método direto = pequenas àreas
sao visualizadas por vez
• Estruturas examinadas:
• retina (translúcida)
• vasos sanguíneos retinianos,
• região tapetal e extra tapetal
(exame em quadrantes)
• Estruturas em dioptrias positivas =
corpo vitreo e lente
• Metodo indireto = maior campo
visual da retina, melhor fonte de
iluminacao
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referencial

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Biomicroscopia com lâmpada de
fenda
• O biomicroscópio ou lâmpada de fenda é um instrumento
para o exame do olho com magnificação e iluminação da
imagem de 12 a 40 vezes com iluminação.
• Detalhes das estruturas extra e intraocular, o que as lupas
comuns não conseguem fornecer. É especialmente útil ao
exame de pálpebras, terceira pálpebra, conjuntiva, córnea,
profundidade de câmara anterior, íris, lente, ou seja, o
segmento anterior do olho.
• Pode também fornecer a largura do ângulo de drenagem
associada as lentes de gonioscopia.
• Pode examinar tb o vítreo e a retina com o fundo de olho

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https://www.youtube.com/watch?v=trF_o6nLINM 56
Ajuste da luz

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Filtro da luz

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dioptrias

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Inspeção de quadrantes

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Sequência de testes
• Corantes
• Fluoresceína =
• detectar úlceras/integridade da córnea; qualidade da película
lacrimal/ patência do ducto nasolacrimal.
• Exame com luz UV
• teste de Robert Jones = 3-5min = corante na narina

o Opção rosa bengala = mais sensível, > desconforto


o Lavagem copiosa

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Corante

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Sequência de testes
• Procedimentos específicos
• gonioscopia (avaliação ângulo iridocorneal);
• biomicroscopia com lâmpada de fenda (exame
do segmento anterior = magnificação da
córnea, íris, câmara anterior e posterior, lente
e vítreo;
• paracentese da câmara anterior = obtenção
de humor aquoso (citologia/microbibiologia);
• eletrorretinografia (função da retina, ex: pré-
op cataratata)
• ultra-sonografia = neoplasias, abcessos (tb
alterações intraoculares mas necessita de
equipamento específico)
• Radiologia = neoplasias, sinusites,
osteomielites (avaliação do crânio)
• TC RM = neoplasias, abcessos, traumas =
lesões em detalhes

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Exemplos de alterações
Não precisa decorar nomes e afecções por
enquanto, já que estão iniciando a
semiologia.
Lembre-se que no momento basta descrever
o que vê!

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Cílio ectópico
• cílio adicional emergindo
através da conjuntiva

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Distiquíase
• cílios adicionais
emergindo das
aberturas das
glândulas de
meibômio

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Triquíase
• Triquíase: cílios e/ou pêlos
faciais direcionados à
córnea e conjuntiva

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Entrópio
• inversão do bordo palpebral provocando contacto
da pele com a córnea

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Protrusão da terceira pálpebra
(cherry eye)
• hiperplasia/hipertrofia da glândula que ultrapassa a
margem livre da terceira pálpebra, apresentando-se
como uma massa rosa no canto medial com
inflamação (conjuntivite, epifora)

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Calázio
• Tecido granolomatoso
(reacional) em
consequencia da
inflamação das glândulas
tarsais
• Jovens

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Catarata
• Definição Classificadas
• opacificação da lente • Causa
por desarranjo do • 1ª ou 2ª
estroma • Localização
• nuclear, cortical, equatorial,
subcapsular, capsular,
zonular, axial e nas linhas de
sutura
• tempo de desenvolvimento
• congênita, juvenil, senil e
adquirida
• Estágio de
desenvolvimento
• Incipiente, imatura, matura e
hipermatura

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Referencias
• 6 Slatter_s Fundamentals of Veterinary
Ophthalmology - 4th Edition
• David Gould. BSAVA Manual of Canine and Feline
Ophthalmology - 3rd Edition
• F. Feitosa. Semiologia Veterinária - A arte do
Diagnóstico 3ª Edição

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