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Dirige a Escola dos Saberes. Faz palestras e consultorias em todo o Brasil.É um dos autores no
livro: BNCC na prática e do livro de literatura infantil: Chico, o corajoso.
site: www.profdiegomoreira.com.br
Entramos a semana batendo recordes de mortes diárias, 1840 pessoas vitimas da Covid
-19 segundo dados divulgados pelo Consórcio dos Veículos de Imprensa em 03 de
março de 2021. Até o momento que escrevia esse texto os números chegavam a
259.271 óbitos. Os especialistas apontam que bateremos mais de 2.000 mil mortes
diárias podendo chegar a 3.000 vidas perdidas por dia.
Entre tantas outras, estamos diante de três grandes crises que assolam diretamente o
cotidiano da população brasileira: a crise da saúde, da economia e da educação. E para
nenhuma delas temos lideranças aptas para gerir a situação que se agrava a cada
instante. O país sofre por não ter estadistas.
Sobre a crise da saúde temos o Ministro mais incompetente que já vimos na história do
país sob a liderança de um Presidente da República pequeno para a cadeira que ocupa.
Pazuello não consegue organizar sequer a compra de vacinas, nem a aprovação na
agência de vigilância sanitária e tampouco acerta o envio de vacinas para os estados.
Ele confunde Amapá com Amazonas. Além da notável incapacidade de gestão soma-se
o mau caratismo negacionista que leva milhares a morte diariamente.
No campo da economia o país dia a dia mergulha no que podemos chamar de abismo.
Os indicadores de desemprego crescem exponencialmente, os preços dos itens básicos
estão cada vez mais inflacionados e a gasolina bate recordes de aumento. Ainda não
podemos deixar de comentar sobre o aumento de gastos públicos com compra de
picanha e cerveja, além da conta (escondida) do cartão corporativo da presidência. Uma
imoralidade em qualquer país sério.
E cadê as ações do Ministro na condução do setor diante da mais grave crise do século?
Os estados e municípios precisam decidir sozinhos como lidar com a crise de educação
e saúde. Não existe norte. Nenhum direcionamento.
Semana passada em mais uma investida do governo para estabelecer teto de gastos
para educação, o Ministro não apareceu. Emudeceu. Não fez nem a defesa do setor que
representa. É uma vergonha!
Cadê o Ministro da Educação para explicar um projeto que diminui recursos e coloca em
jogo o futuro das crianças e adolescentes?
Cadê o Ministro da Educação para explicar que a pesquisa no Brasil tem cada dia
menos investimento e isso impacta diretamente na soberania e no desenvolvimento?
Cadê o Ministro da Educação para dar respostas sérias, reais e responsáveis para os
prefeitos e secretários de educação sobre saídas conjuntas nacionalmente.
Cadê o Ministro?
Cadê o Ministro que não lidera nenhum projeto de relevância nacional, que não possui
articulação com os estados e nem com a iniciativa privada.
Por ora, me parece que se esconde atrás de púlpitos pelo interior do país, falando para
fiéis que pouco sabem sobre os rumos que o país tem tomado. O Ministério da
Educação é o triste quadro que representa todo esse governo.
Sem direção cada estado tende a resolver com os elementos que têm em mãos, em São
Paulo a Secretaria Estadual de Educação, cometeu grave erro em decidir manter as
escolas abertas. Não faz sentido nem com a justificativa técnica e nem com a
justificativa política que as escolas permaneçam abertas no período de maior
agravamento da crise de saúde.
O governo paulista empurra a classe docente para a beira do abismo com a decisão de
manter o funcionamento das escolas nesse cenário. O maior estado da federação se
apequena com a decisão e sacrificará vidas por esse erro.
A ausência de lideranças capazes de gerir a crise no âmbito nacional faz o povo sofrer.
Não temos estadistas comprometidos com o bem público, com o bem comum e com a
garantia e melhoria de vida das pessoas.
A história nos ensina que as Repúblicas suportam estadistas fracos desde que
mantenham uma democracia pujante e instituições consolidadas. O Brasil ainda não tem
nenhuma das duas, e ficamos a mercê de espectro de Presidente.
O genocídio que estamos presenciando será escrito nos livros de história, a crise da
saúde, economia e educação não serão apenas números em jornais. A ausência de
estadistas no governo deixará a marca da morte nesse período e entraremos mais uma
vez para a história sem honrar as vidas que se foram.