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Texto 1.
Por Samantha Maia – publicado 28/11/2014 11h58, última modificação 28/11/2014 -12h18
Varejista recebeu 30 autuações e será multada em até R$ 2 mi; 37 funcionários bolivianos que viviam em
condições degradantes e trabalhavam jornadas exaustivas foram resgatados
Cada peça rendia 85 centavos de real ao costureiro. O marcador de tempo foi substituído
neste ano pelo controle por peça produzida, o que estendia o expediente a largas horas.
Trabalhava das 7 da manhã às 9 da noite e nos fins de semana. Um registro de ponto na
parede servia apenas para fraudar a fiscalização.
Tímido, M.S. conta ter chegado ao Brasil em 2012 na esperança de uma vida melhor e
dinheiro para enviar a familiares na Bolívia. Porém, o que ganha mal dá para sobreviver
com a esposa, também costureira, e o filho de 1 ano e meio. O dinheiro que restava depois
dos descontos era retido pela oficina, prática induzida pelo empregador, sob a alegação de
segurança. O pagamento era feito por vales de acordo com a necessidade de gastos do
funcionário. Caso quisessem deixar a empresa, não conseguiam reaver os valores retidos e
a oficina proibia desligamento antes de dois anos de trabalho.
No alojamento de três andares onde viviam cerca de 20 bolivianos, cada família com
crianças ocupava um cômodo, alguns separados por divisórias de madeira. Beliches,
guarda-roupas e televisões compunham o ambiente mofado e com cortinas no lugar das
portas. Botijões de gás estavam em locais de risco com pouca circulação de ar. Na cozinha
coletiva, pequenas baratas andavam perto das comidas. Ratoeiras denunciavam a presença
de roedores no local. “Submeter os trabalhadores a essas condições representa desrespeito
à dignidade da pessoa humana”, lê-se no relatório dos fiscais. Certo dia, os trabalhadores
reclamaram da qualidade da comida, que por vezes vinha com baratas e cabelos. No dia
seguinte, não foi servido o almoço, nem havia mantimentos no alojamento para cozinhar.
O caso Renner indica mais uma vez que cabe às grandes grifes, maiores clientes de
confecções no mundo inteiro, ir além das certificações, hoje burladas, e assumir uma
remuneração pelo serviço que permita a sobrevivência de empresas seguidoras da lei.
(http://www.cartacapital.com.br/revista/828/renner-esta-envolvida-com-trabalho-escravo-1352.html) – aqui
tem gráficos interessantes
Texto 2.
POR O GLOBO
18/06/2014 - 19:19
“O que a equipe encontrou foi uma situação bem chocante”, afirmou o auditor.
“Estamos exercendo nosso direito de defesa”, afirmou Ricardo José Ribeiro dos
Santos, diretor de Expansão, Patrimônio e Relações Institucionais da Marisa.
“As empresas dizem tomar providências para auditar a própria cadeia produtiva e
afirmam ter responsabilidade social. Mas estão com um exército de advogados
questionando a fiscalização” - disse o presidente da CPI, deputado Carlos Bezerra Jr.
(http://oglobo.globo.com/economia/apos-denuncias-de-trabalho-escravo-officer-marisa-afirmam-que-roupas-vinham-de-
terceirizados-12920768)
Charge:
Atividade:
Com base nos textos lidos, você deverá redigir a abertura e o primeiro parágrafo de
argumentação de uma carta dirigida ao representante legal de uma das lojas envolvidas. O
intuito de seu texto é convencê-lo de que a terceirização não isentaria a empresa da qual ele
é o porta-voz da responsabilidade sobre os fragrantes de trabalho escravo denunciados.
Para tanto, utilize, pelo menos, um argumento de autoridade e/ou estatístico.
Segunda proposta:
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/07/usp-tem-caso-de-estupro-e-secretario-quer-
mudar-forma-de-policiar-campus.html
http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/blog-faz-guia-de-estupro-na-usp-
defende-pedofilia-e-xinga-a-oab-1dgu2aaqd5ypwi7ww2zvt427a
http://www.esquerdadiario.com.br/Mulheres-farao-protesto-na-rota-do-estupro-da-USP
http://www.esquerdadiario.com.br/USP-quer-processar-mulheres-que-fizeram-protesto-
contra-estupros
Atividade:
Terceira proposta:
Escrever uma carta argumentativa para o secretário de saúde do município de São Paulo
questionando o não atendimento aos haitianos e defendendo um maior treinamento dos
atendentes dos órgãos de saúde pública para receber o imigrante.
http://www.cartacapital.com.br/blogs/parlatorio/seis-imigrantes-haitianos-sao-baleados-
em-sao-paulo-9027.html
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/08/haitianos-baleados-depois-do-atentado-o-
desprezo-e-o-descaso.html (essa matéria traz a fala da Secretaria de Saúde, a acho mais
interessante que a da Carta).
Quarta proposta:
Escrever uma carta para Fábio Silva, deputado estadual do RJ, refutando os dizeres da lei
por ele proposta que criminalizaria quem ridicularizar qualquer aspecto religioso.
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/08/alerj-vota-projeto-de-lei-que-multa-
quem-ridicularizar-religiao.html (tem uma fala do pai do deputado, também político,
“interessante” na matéria).
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelo-freixo/2015/08/1673105-teologia-da-
intolerancia.shtml#_=_ (O comentarista e também deputado do RJ cita Guimarães, por
citar Grande Sertão já tá valendo! hehehe)