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FRACASSO ESCOLAR

Rodrigo de S. Gadini

Thiago de Almeida
(www.thiagodealmeida.com.br)
FRACASSO ESCOLAR
 O Fracasso escolar é hoje, o
assunto mais estudado e
discutido por profissionais
da área da pedagogia e
psicopedagogia.

 O assunto vem em função da


procura de quem vem a ser
quem seriam os culpados
pelo efeito do fracasso
alguém que possa assumir
sozinho esta situação, pela
qual o pais vivência no
contexto escolar.
O QUE É FRACASSO ESCOLAR?
 “Fracasso escolar é difícil de ser definido e compreendido por se
tratar de um fenômeno que não é natural, mas resultado das
condições de interação entre a proposta de ensino, a assimilação do
aprendizado por parte dos alunos, os modelos de ensino e de
avaliação, além do contexto escolar e familiar”(Giúdice*, 2009)

*Fonte:
http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=revista_e
ducarede.especiais&id_especial=405
•CONCEITUALMENTE, O FRACASSO ESCOLAR É
ENTENDIDO COMO UM DESAJUSTE PRODUZIDO EM
ALGUM PONTO DO SISTEMA EDUCATIVO, EXEMPLOS:
NA FORMAÇÃO DO DOCENTE, NA EXIGÊNCIA DOS
CONTEÚDOS, NA FRAGMENTAÇÃO CURRICULAR
OU, AINDA, NAS POSSIBILIDADES OFERECIDAS AOS
ALUNOS PARA O APRENDIZADO.
 Temos momentos em que profissionais culpa a criança, ora a
família, em outros uma determinada classe social, ora todo um
sistema econômico, político e social.
 Segundo Sales e Silva (2008), em busca de respostas, os educadores
voltam ao cenário brasileiro da década de 60, cujos princípios
estavam alicerçados em teorias da escola nova desenvolvidas nos EUA
e Europa. Em contraste ao ensino tradicional.
 Já na década de 70 preocupou-se pela qualidade do ensino como
forma de minimizar a questão do fracasso escolar.
 Em todavia na metade da década de 80, pesquisas atribuíam aos
professores a responsabilidade pelo insucesso dos educandos.

 Mas será que existe mesmo um culpado para a não- aprendizagem?

 “A culpa, o considerar-se culpado, em geral, está no nível imaginário”


(FERNANDEZ, 1994) e coloca que o contrário da culpa é a
responsabilidade.

 Podemos dizer que ao redor do contexto escolar, são varias forças que
circulam ao redor de uma influência sobre os alunos e professores.

 Forças estas que encontramos no convívio das pessoas em meio a


sociedade. O contato particular de cada um, com sua rede social.
 Para Meira (2002); Sales e Silva (2008); Costa (2009) os
exemplos de forças influenciadoras são:

 Pais que não ligam para o desenvolvimento do ensino para


com seus filhos;
 Crianças com má estruturação familiar;
 Crianças que trabalham para auxiliar nas despesas de casa;
 Professores com má formação;
 Escolas com estrutura precária, para o desenvolvimento do
ensino;
 Dificuldade de relacionamento com o corpo da direção de
escolas(entre professor , psicopedagogos e direção).
 Costa ainda menciona que outro fator que contribui
com o fracasso escolar, é a iniciação sexual dos
adolescentes/jovens.

 Que cada vez estão iniciando mais cedo sua vida


sexual e acabam se tornando pais e mães muito
jovens, sem uma boa orientação.

 O que acabam tendo que assumir responsabilidades de


pessoas adultas antes do tempo.

 Ainda existem aqueles que se prostituem para ganhar


dinheiro de forma fácil, iludidos com a promessa uma
vida melhor que nunca chega, e por estes motivos
acabam abandonando a escola.
ENVOLVIMENTOS POSITIVOS
 A família, por sua vez, é responsável pela
aprendizagem da criança, já que os pais são os
primeiros ensinantes e as “atitudes destes frente às
emergências de autoria do aprendente, se repetidas
constantemente, irão determinar a modalidade de
aprendizagem dos filhos”(FERNÁNDEZ, 2001 citado
por MEIRA, 2008).
 Entendemos que uma boa formação dos professores é
indispensável na educação, para melhorar o
rendimento na aprendizagem;
 Para buscar uma eficiência maior em relação a
informação a ser passada;
 Possibilitando uma maior compreensão dos jovens
com determinados assuntos.
 Sendo que a aprendizagem é um processo vincular, ou
seja, que se dá no vínculo entre ensinante e
aprendente.
APRENDIZAGEM X FRACASSO ESCOLAR

 Ao falarmos de fracasso escolar, além de


tentarmos analisar os fatores que
contribuem para seu surgimento, é
necessário conceituar aquilo que viria a ser
seu oposto: a aprendizagem.
 Já mencionamos que a aprendizagem é um
processo vincular, ocorrendo portanto
entre subjetividades.
 Para aprender, o ser humano coloca em
jogo seu organismo herdado, seu corpo e
sua inteligência construídos em interação e
a dimensão inconsciente (MEIRA, 2008).
 O aprender passa pela observação do
objeto, pela ação sobre ele e pelo desejo.
 O conhecimento é o resultado de uma
construção do sujeito na interação com os
objetos (PIAGET).
E o saber é a apropriação desses
conhecimentos pelo sujeito de forma
particular, própria dele, pois implica no
inconsciente.
 A partir disso, podemos definir aprendizagem como uma
construção singular que o sujeito vai fazendo a partir de sua
interação com o meio e com os objetos.
 E assim ele vai transformando as informações em
conhecimento, deixando sua marca como autor e vivenciando
a alegria que acompanha a aprendizagem.
 Este processo se difere bastante do fracasso escolar que
pode evidenciar uma falha nesta relação vincular ensinante-
aprendente.

 No fracasso escolar “a criança não tem um problema de


aprendizagem, mas eu, como docente, tenho um problema
de ensinagem com ele”(FERNANDEZ*, 1994 citado por
Meira, 2008).

 Competência em psicologia os traços de personalidade que


permitem ao indivíduo atingir determinada realização ou
desempenho. A habilidade não deve, no entanto, ser
confundida com o desempenho em si, que pode variar com a
motivação.
*Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Compet%C3%AAncia_(psicologia)
A BUSCA DE COMPETÊNCIA
 Para Meira (2002); A sociedade
busca cada vez mais o êxito
profissional, a competência a
qualquer custo e a escola
também segue esta concepção.

 Podendo aqueles que não


conseguem responder às
exigências da instituição sofrer
com um problema de
aprendizagem.

 A busca incansável e imediata


pela perfeição leva à rotulação
daqueles que não se encaixam
nos parâmetros impostos.
 Para Meira (2002), quando falamos em
fracasso escolar, é definido por ela como
um mal êxito.
 Mas, mal êxito em que? Com quais
parâmetros vemos o desenvolvimento
escolar ser classificado como um
fracasso? E o que nossa sociedade defini
como sucesso?
Ver vídeo
IDEB- O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA
EDUCAÇÃO BÁSICA
 Foi criado pelo Inep em 2007 e representa a iniciativa pioneira de
reunir num só indicador dois conceitos igualmente importantes para
a qualidade da educação: fluxo escolar e médias de desempenho nas
avaliações. Ele agrega ao enfoque pedagógico dos resultados das
avaliações em larga escala do Inep a possibilidade de resultados
sintéticos, facilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de
qualidade educacional para os sistemas. O indicador é calculado a
partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo
Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Saeb –
para as unidades da federação e para o país, e a Prova Brasil – para
os municípios.
http://www.publicacoes.inep.gov.br/arquivos/%7B9C97699
0-7D8D-4610-AA7C-
FF0B82DBAE97%7D_Texto_para_discussão26.pdf
ATUAÇÃO ATUAL DE PROFESSORES E PROFISSIONAIS
DA ÁREA EM RELAÇÃO AO ENSINO
 “Entendemos que uma boa formação dos professores é indispensável
na educação, para melhorar o rendimento na aprendizagem...
pois, sabemos também que não existem caminhos
certos, mas, podemos melhorar nossa postura como educador, nos
adequando ao novo, mesmo nas situações mais conflituosas e que
devemos refletir sobre os erros, e juntos sem culpar
ninguém,devemos buscar no seio da escola e da sociedade, ações
que tornem o ensino acessível a todos” (COSTA,2009).
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/23750/1/O-Fracasso-Escolar-e-
as-Deficiencias-na-Formacao-do-Professor/pagina1.html#ixzz1Kq9O9oTr

 Segundo Sales e Silva(2008), as atividades que podem


serem desenvolvidas em sala de aula em busca de
melhores resultados são:
 Atividades abertas e diversificadas através de
pesquisas, registros escritos, falados e debatidos.
 Onde todas estas atividades possibilitem os jovens
poder desenvolver melhor um raciocínio e um
conhecimento dentro de um contexto, que
possivelmente ele venha á se deparar em sua vida.
A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
 A atuação do psicopedagogo deve buscar o que significa o
aprender para esse sujeito e sua família, tentando descobrir a
função do não aprender.
 Segundo Fernández(2001 citado por Meira, 2008), um visão clínica
que se preocupa com o desenvolver do problema do fracasso
escolar, esta vinculado a observação feita dos psicopedagogos, em
buscar fazer uma escuta particular do sujeito, possibilitando
entrar causas do não- aprender e organizar metodologias que
busquem facilitar uma aprendizagem e um melhor
desenvolvimento escolar do aluno.
 As escolas atualmente
desenvolvem projetos, onde
visão aproximar pais,
professores, psicopedagogos
e direção escolar tudo em
busca de melhorar o
desenvolvimento do ensino;
 Propondo aos pais, uma
maior participação do
desenvolvimento imposto a
seus filhos;
 De forma que venha a
auxiliar os professores, no
desenvolvimento da tarefa
do ensinar;
 Procurando ter uma maior
participação, com atuação
mais eficaz na cobrança
com seus filhos mediante as
tarefas impostas pelo
educando.
 Possibilitando desta forma mais conjunta
entre escola, professores, pais e
alunos, tendo objetivos mais concluídos e
alcançados por meio de uma
aprendizagem mais eficaz.
 Portanto, buscar soluções para o fracasso
escolar não consiste em patologizar o
aprendente mas em ampliar este
foco, abrindo espaço para outras
variáveis que também influenciam no
processo da aprendizagem.
 Como a instituição, o método de
ensino, as relações ensinante-
aprendente, os aspectos sócio-culturais, a
história de vida do sujeito, entre outras
(MEIRA, 2008).
FIM!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS
 COSTA, Francisco. O Fracasso Escolar e as Deficiências na Formação do Professor;
publicado em: http://www.webartigos.com 24/08/09, disponível em:
<www.webartigos.com/articles/23750/1/O-Fracasso-Escolar-e-as-Deficiencias-na-
Formacao-do-Professor/pagina1.html> acessado em: 24 de abril de 2011.

 INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira. O que é


IDEB? Disponível em:
<portalideb.inep.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=45&Itemid=5>
Acesso em: 26 de abril de 2011.

 MEIRA, Michelle de Castro. Fracasso escolar: De quem é a culpa? Publicado pela


INESP- Instituto de Ensino Superior de Pesquisa/UEMG- Universidade do Estado de Minas
Gerais. Junho 2002; Disponível em: <www2.funedi.edu.br/revista/revista-
eletronica3/artigo12-3.htm> acessado: 24 de abril de 2011.

 SALES, A. M. B., & SILVA, T. L. da, As causas e consequências do fracasso escolar.


Publicado pela Faculdade de Rolim de Moura – Farol Centro de Pós- graduação Lato
Sensu. Paraná, 2008 disponível em: <sergioetatiane.blogspot.com/2009/01/as-causas-e-
consequncias-do-fracasso.html> Acessado em 24 de abril de 2011.

 http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=revista_educarede.especiais&id_especial
=405

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