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As origens da arte e as Razões do homem

O Neolítico começou há cerca de 10.000 anos com o passar da era do gelo e


a chegada de um clima mais quente e úmido, que facilitou a expansão
humana pela Terra. O único hominídeo remanescente que iria aproveitar o
novo ambiente era o Homo sapiens, ou homem moderno. O desenvolvimento
de novos métodos agrícolas no Neolítico permitiu que os homens se fixassem
em terras permanentes e, além disso, também houve um grande aumento da
população. Em contrapartida, no Paleolítico, com início há cerca de 2,5
milhões de anos atrás, os hominídeos caçavam para sobreviver e, durante a
era do gelo, dependiam da população de gado que habitavam as savanas.

As transições dos hominídeos até o Neolítico


A arte no período paleolítico é considerada a arte mais antiga da humanidade,
majoritariamente desenvolvida pelos povos primitivos durante o paleolítico
superior. Note que essas primeiras manifestações artísticas da humanidade
foram localizadas por meio de escavações arqueológicas realizadas a partir do
século XX sobretudo na Ásia, África e Europa.

Em grande parte, a arte nesse período era produzida nas cavernas, local onde
os homens nômades, caçadores e coletores, se protegiam das intempéries e
dos animais selvagens.

No entanto, além das pinturas, eles também produziram objetos decorados e


esculturas de formas humanas, sobretudo de formas femininas volumosas
(supostamente indicando a fertilidade), feitas com rochas, ossos ou madeira.
Acredita-se que as formas femininas eram utilizadas em rituais associados à
fertilidade e à sexualidade. Outros tipos de figuras abstratas foram
encontradas, por exemplo, riscos e linhas emaranhadas.

Chamada de Arte Rupestre os homens desse período utilizavam resíduos


vegetais, sangue, carvão, argila, terra ou excrementos humanos, para fazer
impressões nas pedras, seja figuras (humanas e animais), relevos ou desenhos
abstratos (riscos, símbolos, etc.). Era comum encontrar figuras de homens
caçando os animais (bisontes, cervos, cavalos, etc.).
Note que a arte no paleolítico está intimamente relacionada ao campo
espiritual, de modo que os homens já buscavam explicações sobrenaturais
para a vida na Terra. Segundo pesquisas, o artista era considerado um “ser
superior”, que possuía poderes mágicos, o qual fazia uma mediação entre a
realidade e a arte divina.

Embora tenha havido a substituição do homem neandertal pelo homo sapiens


no paleolítico superior, o homem do paleolítico ainda não conseguia distinguir
muito bem a realidade do sonho, mesclando assim, a vida e a arte. Em resumo,
a arte fazia parte da vida dos homens paleolíticos e possuía uma finalidade
mágica.

Destarte, a arte representava um "ritual de iniciação", ou seja, os homens


representavam cenas de caça nas paredes das cavernas, acreditando que, de
alguma maneira, aquilo iria se tornar realidade e, portanto, permitir a
sobrevivência do grupo.

Da mesma maneira, as esculturas femininas podiam trazer a fertilidade,


garantindo assim, a reprodução humana, da qual a mais conhecida é a "Vênus
de Willendorf", encontrada na Áustria. Em resumo, a arte nesse período
possuía um objetivo, finalidade ou propósito de interação do homem e da
natureza e, por esse motivo, apresentava características realistas e
naturalistas.

No entanto, importante destacar que essa arte distingui do conceito que


aceitamos hoje, pois não tinha um objetivo de contemplação e/ou adorno.
Assim, acredita-se que os homens do paleolítico não estavam preocupados
com os valores estéticos dos objetos artísticos, e sim com a sua capacidade de
atuação no mundo sobrenatural.

Embora já fosse possível encontrar algum tipo de técnica ou especialização na


arte paleolítica, no período seguinte (Período Neolítico ou Idade da Pedra
Polida), visto as importantes transformações ocorridas em nível geológico e
societário, a arte torna-se mais abrangente apresentando assim, novos estilos.

A rudimentar escrita cuneiforme


Não adiantava o registro feito na Pré-História, posto que poucos o
compreendiam, ou quem sabe apenas seu autor. Só que a mensagem tinha
que ser entendida por todos da comunidade, já que só assim a finalidade seria
alcançada.

E foi nesse contexto que, aproximadamente no ano 3000 a.C., surgiu a


primeira forma de se escrever: a cuneiforme. Seu aparecimento se deu entre
os sumérios, na região da antiga Mesopotâmia, dando início à história da
escrita.
Esse estilo se dá através de desenhos, por isso também chamada de
pictográfica. É como os desenhos da Pré-História, só que aqui havia símbolos
fixos, e não aleatório como antes. Era por volta de 2000 símbolos, grafados da
direita para a esquerda.

Por 3000 anos a escrita cuneiforme foi usada por muitas tribos de diferentes
línguas. Há representação sua na Síria, na Suméria, na Pérsia, entre tantas
outras.

Só que paralelamente à disseminação escrita cuneiforme, uma outra forma de


expressão gráfica surgia. Era chamada hieroglífica, como ocorreu no Egito e na
China, iniciando outro capítulo da história da escrita.

Hieroglífica dos egípcios


Não há consenso sobre o local e o tempo de surgimento da escrita egípcia.
Mas se sabe que sua base está justamente na escrita cuneiforme.

Na escrita hieroglífica, entretanto, certos sinais passaram a ter uma


representação fonográfica. Podia ser tão só uma letra, ou então palavras
inteiras. Era uma escrita bem difícil, posto que utilizada nos templos para
descrever cenas religiosas.

Embora a escrita hieroglífica seja a mais conhecida, o Egito teve outras. Houve
a Hierática, empregada em texto literário ou jurídico. Ocorreu igualmente a
Demótica, da mesma forma empregada no registro dos textos jurídicos.

A bela e complicada escrita chinesa


Nessa história merece especial destaque também a escrita produzida na
China. Ela surgiu por volta de 1200 a.C. e até hoje é utilizada com poucas
alterações.

Não é uma língua fácil para um acidental aprender, posto que tem por volta de
50 mil caracteres. E há caracteres que representam apenas palavra, num
contexto, ou um conceito inteiro em outro.

A representação fonética do alfabeto


Foi na Fenícia que se percebe um salto na história do registro escrito da
humanidade. Foi lá que surgiu a representação fonética. Eles sintetizaram tudo
em 22 sinais, sendo que os gregos posteriormente acrescentaram vogais.

Com a evolução linguística, as letras se estabilizaram em número de 24 sinais.


O português surgirá bem mais tarde, originando no sistema greco-romano.

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