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Manual
0366
Plano de Marketing
Índice
CAPÍTULO 1
Plano de marketing – necessidades e princípios
Criar uma empresa só tem sentido se se conseguir vender. Mas para conseguir
vender é necessário que os potenciais clientes tenham conhecimento da
existência da empresa e este aspeto, apesar de universal, é sobretudo
importante para uma nova empresa. Esta é a finalidade de um Plano de
Marketing.
O Plano de Marketing tem como objetivo explicitar a forma como irá ser feita a
abordagem ao mercado, isto é, estruturar o modo como a empresa se vai
posicionar de forma a dar aos clientes a imagem que se pretende. Ao Plano de
Marketing está sempre subjacente o Diagnóstico Estratégico e o seu
desenvolvimento deve ser efetuado com base nos conceitos do Produto, do
Mercado e Clientes, dos Preços, da Distribuição e da Promoção e Comunicação.
Cada empresa tem assim uma fatia de mercado medida pelo quociente, em
percentagem, entre o seu próprio volume de negócio e o conjunto do volume
de negócios do setor. É a quota de mercado.
Número de Concorrentes
Linha de produtos e/ou serviços
-10 10 - 20 +20
Produto 1
Produto n
Grau de
Linha de produtos e/ou Nome dos Quota
agressividade Obs.
serviços concorrentes %
1 2 3 4 5
Produto 1
Produto n
Classificação da escala: 1 – Muito fraca; 5 – Muito forte
Segmentar o mercado
Estando a estratégia da empresa orientada para o mercado, surge a
necessidade de segmentá-lo. Ou seja classificá-lo num certo número de
subconjuntos homogéneos quanto a hábitos, necessidades e gostos, para
permitir à empresa adaptar melhor as suas políticas de marketing.
• Acessível - Deve ser possível, com facilidade, dirigir as suas ações sobre
o segmento escolhido.
• Substancial – Deve valer a pena desenvolver, relativamente a esse
segmento, uma política de segmento marketing específica, isto é, os
consumidores a abordar devem ser em número suficiente e apresentar,
por exemplo, concentração geográfica.
• Rentável - As políticas a desenvolver devem permitir à empresa a
obtenção de lucros a curto ou médio prazo. Por exemplo, não é
substancial nem rentável fabricar bolas de râguebi em Portugal para
equipas portuguesas.
• Estável - Não é interessante serem explorados segmentos que surgem e
desaparecem rapidamente. Exemplos: cubo mágico, ioió, lojas dos 300,
etc.
Muitas empresas optam por não definir planos de marketing, o que as “obriga”
a tomar decisões de aplicação imediata, em cima da hora, face às diferentes
situações com que se deparam numa ótica de curto prazo. Contrariamente, no
plano de marketing a antecipação, a formalização e a conjugação e articulação
das diferentes decisões constituem as características chave do planeamento.
Quem faz: Regra geral cabe aos gestores das atividades de marketing a
responsabilidade de elaborar o plano de marketing.
CAPÍTULO 2
Operacionalização do plano de marketing
Necessidades fisiológicas
Estas necessidades constituem o nível mais baixo de todas as necessidades
humanas e que são vitais para o indivíduo. Neste nível estão as necessidades
de alimentação (fome e sede), de sono e repouso, de abrigo (frio ou calor) e o
desejo sexual. Estas necessidades são fundamentais para a sobrevivência do
indivíduo e para a propagação da espécie.
Quando alguma destas necessidades não está satisfeita, todo o
comportamento do indivíduo é dirigido para a sua satisfação.
Estas necessidades fisiológicas influenciam de tal maneira o comportamento
humano que, o único objetivo do trabalho, é o dinheiro que é pago, em sua
troca, e que serve para comprar o necessário para a sua satisfação.
Necessidades de segurança
Uma vez satisfeitas as necessidades fisiológicas, a pessoa procura satisfazer a
necessidade de se sentir protegida e livre de perigo.
Quando o indivíduo é dominado por necessidades de segurança, todo o seu
comportamento é dirigido para essa procura. A pessoa é orientada para
trabalhar numa organização que disponha de um bom sistema de segurança
social, que supra as necessidades, em caso de doença e acidentes.
Necessidades sociais
As necessidades sociais só surgem quando as fisiológicas e as de segurança se
encontram relativamente satisfeitas.
Dentro destas necessidades, podemos destacar as de associação, participação,
de amizade, de afeto, amor e aceitação por parte dos companheiros.
Quando estas necessidades não estão suficientemente satisfeitas, o indivíduo
torna-se hostil e agressivo na relação interpessoal.
Quando as necessidades de amor e de afeição são frustradas, o sujeito tende
para a solidão e tem dificuldades de adaptação social.
O indivíduo, sendo um ser social, tem necessidade de afiliação ou associação,
gosta de pertencer a grupos e de ser aceite pelos seus elementos.
O indivíduo sente necessidade de estar com alguém que partilhe das suas
ideias.
A satisfação desta necessidade produz sentimentos de autoconfiança, de
prestígio, de poder e favorece as relações interpessoais.
Necessidades de estima
As necessidades de estima estão relacionadas com a maneira como o indivíduo
se vê e avalia. Estas necessidades envolvem os sentimentos de
autoapreciação, autoconfiança, necessidade de aprovação social e de respeito,
de status, de prestígio e de consideração.
A satisfação das necessidades de estima gera força e prestígio. O prestígio é o
comportamento esperado, pelas outras pessoas; implica uma elevada
valorização de si mesmo. Espera-se ser reconhecido e respeitado pelos outros.
O poder é a capacidade do indivíduo de exercer influência sobre outro.
A não satisfação desta necessidade pode produzir sentimentos de
inferioridade, fraqueza, dependência e desamparo.
Necessidades de autorrealização
As necessidades de autorrealização são as necessidades humanas mais
elevadas. O conceito de autorrealização é difícil de definir, mas parece estar
relacionado com a competência e a realização.
Componentes
Personalidade
Podemos definir personalidade como o conjunto das reações estáveis e
coordenadas de um indivíduo face ao seu meio envolvente. A hipótese
subjacente é que o comportamento, as atitudes, as opiniões de uma pessoa
estão sob influência, pelo menos parcial, de um «eu» central e integrado,
caracterizando-a. Definir este elemento e as suas variantes é objeto de
preocupação desde a antiguidade. Cattell (conhecido sociólogo) divide a
história das teorias da personalidade em três períodos: o primeiro (da
antiguidade até ao meio do século passado) é literário e filosófico e
desenvolve-se sobretudo a partir da intuição dos autores; por exemplo,
Hipócrates pensava que se podia classificar a ser humano por quatro
«humores», segundo a fisiologia do seu comportamento. Assim o «sanguíneo»
é mais caloroso e ativo; o fleumático, lento e isolado; o melancólico,
depressivo; e o colérico, impulsivo. O segundo período (que se prolonga até à
Segunda Guerra Mundial) apoia-se em observações mais estruturadas e numa
teorização elaborada. Destacam-se as contribuições de Freud, Horney,
Ricsman e Erikson. A terceira, dominante nos nossos dias, é experimental e
quantitativa e põe em relevo a noção de traços de personalidade (constituído
por um questionário relativamente longo e permite fornecer notas sobre as
dimensões da personalidade dos indivíduos estudados).
Estilo de vida
O estilo de vida refere-se ao modo de vida, entendido na sua aceção mais
lata, de uma sociedade ou de um dos seus segmentos. É, por isso,
determinado por elementos como a cultura, o simbolismo dos objetivos e os
valores morais. Num certo sentido, o tipo de compras e o seu modo de
consumo refletem o estilo de vida de uma sociedade. Apesar de numerosas
outras definições terem sido propostas, pode-se identificar três grandes temas
respetivamente centrados; 1) nos valores pessoais; 2) nas atividades; 3) nas
opiniões. Os valores pessoais são as características de personalidade que
determinam as interações entre o indivíduo e o que o rodeia. Isto compreende
os aspetos psicológicos, tais como a personalidade, e aspetos
psicossociológicos, assim como a perceção feita por cada indivíduo do modo
como os diferentes papeis sociais devem ser desempenhados. Nas atividades,
Imagem de si próprio
A aquisição de certos produtos pode ser para um indivíduo meio de exprimir a
sua posição social. Isto pode ser igualmente um meio de expressão e de
comunicação da personalidade em geral. Com efeito, certos produtos como o
vestuário, o automóvel, o equipamento e a decoração para o lar são, para
uma pessoa, um meio de se apresentar aos outros. Esta apresentação de si
próprio realiza-se, por um lado, através da representação que a pessoa faz
dela própria (o que os psicólogos designam por imagem de si próprio) e, por
outro, através da representação que essa pessoa tem dos objetos que lhe são
propostos (imagem do produto). O produto adquirido é, muitas vezes, aquele
cuja imagem está mais próxima da imagem que o comprador tem de si
próprio. O exemplo do automobilista é, sem dúvida, a este respeito, o mais
característico. Um indivíduo, pai de família, comprará um carro de linhas
sóbrias e sérias, enquanto outro poderá identificar-se com um modelo mais
desportivo e mais jovem. Pode-se, portanto, conhecendo a perceção de um
produto pelo público, saber que tipo de pessoas terão tendência a reconhecer-
se no produto. Isto pode ser particularmente útil para desenvolver uma
política de comunicação eficaz.
Processo de decisão
A tomada de decisão é fundamental no momento em que se efetiva a compra.
Opportunities - Oportunidades
Threats – Ameaças
Análise SWOT
Pontos Fortes
Os pontos fortes de uma empresa são recursos e capacidades de que dispõe e
que a diferenciam de forma positiva da concorrência (aquilo que faz bem,
aquilo em que tem boas performances, aquilo em que gera mais valor), os
quais poderá utilizar como suporte para o desenvolvimento de vantagens
competitivas e otimizar o seu desempenho.
Pontos Fracos
Pontos fracos são características da empresa, correspondentes a
incapacidades, limitações ou deficiências estruturais ou funcionais, tangíveis
ou intangíveis, que podem comprometer o desempenho futuro e por isso
devem ser eliminados ou mitigados. A ausência de alguns pontos fortes em
domínios essenciais ao desenvolvimento do negócio constitui em muitos casos
um ponto fraco. Outros decorrem do modelo organizacional, do perfil dos
recursos humanos, da situação financeira, etc.
Oportunidades
Ameaças
As ameaças são fatores externos que podem vir a perturbar o bom
funcionamento da empresa e afetar negativamente a rentabilidade dos seus
projetos.
O Plano de Marketing tem como objetivo explicitar a forma como irá ser feita a
abordagem ao mercado, isto é, estruturar o modo como a empresa se vai
posicionar de forma a dar aos clientes a imagem que se pretende. Ao Plano de
Marketing está sempre subjacente o Diagnóstico Estratégico e o seu
desenvolvimento deve ser efetuado com base nos conceitos do Produto, do
Mercado e Clientes, dos Preços, da Distribuição e da Promoção e
Comunicação.
A distribuição (Place)
A comunicação (Promotion)
0 peso de cada uma das variáveis muda com o momento económico. Neste
momento, com a recessão que se faz sentir a nível global, o preço é muito
importante, especialmente se o que a empresa oferece não é muito diferente
do que oferece a concorrência. Há, então, que diferenciar os produtos pela
inovação e aproveitar para cobrar um preço mais alto.
Produto
Esta análise consiste em descrever o mais detalhadamente possível, os
produtos e/ou serviços que se vão oferecer. Estes devem ser revistos
periodicamente, pois só desta forma a sua empresa será competitiva. Deve
também ser referida a embalagem, o design e marca, etc., tendo sempre o
cuidado de referir todos os aspetos que vão diferenciar os produtos e/ou
serviços da empresa relativamente aos produtos e/ou serviços oferecidos
pelos concorrentes. O estudo desta oferta deve incluir a sua rentabilidade, a
sua contribuição para o volume de vendas, o seu ciclo de vida, entre outros
aspetos.
Tal como os organismos vivos os produtos e serviços têm um ciclo de vida, ou
seja, nascem, crescem, amadurecem e, depois de uma fase entram em
declínio e morrem. Analisemos essas Fases do Produto:
1. Gestação: Tudo nasce com a descoberta de uma necessidade ou desejo do
consumidor que ainda não foi satisfeito.
2. Lançamento: O produto é oferecido ao consumidor com o objetivo de o
satisfazer. Contudo esta entrada no mercado é lenta pois o produto ainda
está a ser testado pelo consumido e é pouco conhecido.
3. Crescimento: À medida que o consumidor fica satisfeito, a procura vai
aumentar e as vendas do produto aumentam, assim como a concorrência
começa a aparecer. Nesta fase a empresa começa a gerar lucro e a
amortizar o investimento feito.
4. Turbulência e maturidade: Nesta fase a empresa tem de segmentar para
poder oferecer produtos que ainda satisfaçam mais as necessidades do
consumidor cada vez mais exigente e atento aos concorrentes que
asseguram reproduções e, contrafações por vezes muito bem feitas. É o
momento crucial para fixar o produto e estar sempre atento para melhorar
o produto.
5. Declínio: Devido ao aparecimento de produtos substitutos, e ao cansaço do
mercado, o produto aparece em queda umas vezes mais acelerada que
outras. Está na altura de pensar na sua substituição e encontrar o seu
posicionamento pois, esta situação está afetar as vendas e terá pouco
tempo para procurar novas utilizações ou aplicações do produto.
Preço
A variável preço está intimamente ligada à qualidade e credibilidade do
produto e/ou serviço a oferecer, razão pela qual a sua definição deve ser
objeto de estudo cuidado, tendo em conta os custos da empresa,
determinados no Estudo de Viabilidade, os preços da concorrência e o preço
psicológico.
Deste modo a fixação do preço não se deve limitar à fixação de uma margem
sobre os custos da empresa, mas ter em conta todos estes aspetos.
Distribuição
A análise da distribuição, consiste em descrever de que forma a empresa irá
disponibilizar os seus produtos e/ou serviços aos clientes, assim como, de que
forma consegue a empresa os seus fornecimentos, isto é, o relacionamento
com os fornecedores. Portanto, deve ser feita referência quer à forma como
vai ser efetuada a distribuição física, quer à escolha dos canais através dos
quais se vai proceder à compra e à venda., uma vez que estes são, como
vimos, um fator crítico de sucesso.
VENDA PESSOAL
o Fora da loja
Ao domicílio
Em reuniões
Ambulante
o Dentro da loja
Tradicional
Com máquinas de Autosserviço
Com expositores
VENDA À DISTÂNCIA
o Automática
Máquinas
o Por telefone
Operadoras que oferecem os produtos/serviços
o Eletrónica
Televisão digital
Internet
Telemóvel
o Por meios de comunicação escrita, oral e visual
Catálogo/carta
Imprensa
Televisão
Rádio
Promoção e Comunicação
A publicidade é o ato de comunicar uma mensagem a um determinado
segmento, utilizando vários meios com o objetivo de levar o indivíduo a
adquirir o produto ou serviço.
A promoção é outro aspeto muito importante que não deve descuidar. Ou seja
o conjunto de ações comerciais que deverá levar a cabo com o objetivo de
aumentar as suas vendas. Há várias opções que se podem escolher:
Experimentação gratuita, redução do preço de venda, distribuição de cupões,
descontos sobre quantidade, oferta de uma embalagem, ofertas de amostras,
concursos, jogos e sorteios.
Acontecimentos
Concursos, exposições, feiras, salões, provas desportivas, etc.
Ex: Challenger’s Trophy.
Notícias
Conferências de imprensa, convites para acontecimentos relevantes,
etc.
Publicações da empresa
Relatório anual, brochuras e folhetos, artigos em revistas, jornal
interno, vídeo, cartazes, etc.
Patrocínios
apoio financeiro a manifestações de carácter desportivo, cultural, social,
etc.
Alvos: A empresa deve identificar aqui qual ou quais os segmento (s) -alvo a
que se pretende dirigir.
benefícios distintos dos produtos oferecidos pela empresa para cada mercado
alvo. O grande desafio que se coloca perante a empresa é o de conseguir
ocupar um lugar distintivo na mente do consumidor, que diferencie o produto
ou empresa dos seus concorrentes.
Bibliografia