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Centralidade e marginalidade da

comunicação e seu estudo

Apresentação

Um importante centro de pesquisas futuras permanece fora da comunicação - no final da


comunicação e em suas interseções com outras práticas políticas, econômicas e culturais. Agora é
um bom momento para considerar como os estudos de mídia e comunicação podem ser diferentes.

(Jensen, 2010, p.165)

A frase citada como epígrafe aparece no final de um livro do pesquisador dinamarquês Klaus
Bruhn Jensen, que tem se destacado nos últimos anos em fóruns acadêmicos internacionais dedicados
aos estudos de comunicação e mídia por suas contribuições empíricas e teórico-metodológicas e pela
sistematização conceitual e ética do campo, em seu caso a partir do pragmaticismo de Charles Sanders
Peirce (1991) e de um amplo (“convergente”) resgate de contribuições muito diversas.

Com base na revisão de propostas como esta, vindas de diferentes latitudes e baseadas em
diferentes tradições intelectuais, pressupõe-se a necessidade de refletir - com o maior nível de
profundidade possível - sobre as mudanças de referentes e as condições de pesquisa em comunicação,
que sirvam como um estímulo a algum debate produtivo sobre “como os estudos de mídia e
comunicação poderiam ser diferentes” (talvez mais consistentes e relevantes) no México e na América
Latina, sem desconsiderar sua localização nos processos globais (ou pelo menos "internacionais") de
comunicação e seus estudo, a partir de uma perspectiva sociocultural.

Passar desse debate para a “ação” - para a reestruturação das práticas e programas de ensino
e pesquisa - teria que ser, desse ponto de vista, objeto de um acordo complexamente condicionado
de “fins” nas esferas acadêmicas, onde as tensões constitutivas originais somam-se as urgências para
definir se —e formular— a comunicação; e seu estudo pode ocupar uma posição “central” ou
permanecer na “marginalidade” entre os fatores intelectuais e sociopolíticos vigentes na construção
contemporânea do futuro. Nesse sentido, é possível resgatar desde o início duas "questões
inquietantes" socioculturais formuladas há alguns anos por Jesús Martín-Barbero:

Como temos conseguido passar tanto tempo tentando entender o significado das
mudanças na comunicação, inclusive as que acontecem por meio da mídia, sem nos
referirmos às transformações do tecido coletivo, à reorganização das formas de viver,
trabalhar e brincar? E como transformar o “sistema de comunicação” sem assumir
sua espessura cultural e sem políticas que busquem ativar a competência
comunicativa e a experiência criativa das pessoas, ou seja, seu reconhecimento como
sujeitos sociais? (Martín - Barbero, 2002, p.224).
A proposta de reflexão assumida sobre o estado atual e futuro do campo acadêmico da
comunicação encontrou uma esplêndida oportunidade de concretização durante o semestre janeiro-
maio (primavera) de 2011 no Instituto Tecnológico e de Estudos Superiores do Oeste (iteso), através
da figura da Cátedra de Estudos Socioculturais, modalidade de atividade acadêmica instituída como
resposta à necessidade de diversificar os espaços de reflexão, análise e discussão em torno dos
processos, problemas, práticas, cenários que configuram, cruzam e marcam a sociedade
contemporânea. Por iniciativa do Programa Formal de Investigação do Departamento de Estudos
Socioculturais, este espaço curricular multinível, centrado na investigação e na produção académica
original, concretiza-se através do esforço de um docente que expõe em sessões de ensino ao longo de
um semestre, as reflexões, os avanços, teorias, resultados organizados em torno de um eixo temático
que responde à sua especialidade.

O objetivo geral é promover o interesse da comunidade universitária pela pesquisa original e


seu impacto tanto no âmbito acadêmico, social e político, por meio da articulação de propostas,
visões, estratégias que, a partir da universidade, contribuam para a construção de um quadro crítico
e sociedade participativa, informada e comprometida, face à complexidade dos tempos que vivemos.
Objetiva, então, aproximar a produção acadêmica do professor da comunidade universitária, que
compartilha e expõe seu pensamento de forma a contribuir para o desenvolvimento das competências
críticas dos alunos. Em sua terceira edição, coube ao autor deste texto ministrar a palestra, sob o título
Comunicação na perspectiva sociocultural: centralidade vs marginalidade.1 Este livro é fruto da
ocasião, elaborado a partir da gravação e transcrição de as exposições e conversas de cada uma das
sessões, e de um laborioso processo de edição textual, para que o diálogo se prolongue o máximo
possível.2

Com o objetivo particular de documentar e alargar os fundamentos e implicações de uma


concepção sociocultural da comunicação, situada e reflexiva, que permita identificar e partilhar
perspectivas científico-académicas e ético-sociais sobre as dimensões, recursos e possibilidades de
comunicação da vida social, a edição de 2011 da Cátedra de Estudos Socioculturais foi concebida como
um exercício de produção social de sentido sobre a produção social de sentido, a partir da revisão
crítica e do debate de algumas obras publicadas nos últimos anos por autores influentes (Brier, 2008;
Castells, 2009; Jensen, 2010; Martín-Serrano, 2007; Scolari 2008; Wolton, 2006), bem como pelo
titular da cadeira (Fuentes, 1998; 2006; 2008; Fuentes & Lopes, 2001).

No programa apresentado aos participantes, foram formulados oito temas para as respetivas
sessões, de três horas cada, os quais foram previstos para o seu desenvolvimento com bibliografia
complementar e com o apoio de apresentações visuais preparadas pela proprietária. A estrutura das
sessões é preservada aqui como a estrutura dos capítulos:

 A dimensão ontológica: a comunicação como problema, como recurso e como solução.


 A dimensão epistemológica: a comunicação como objeto de conhecimento.

1
Nas edições anteriores, a Cátedra de Estudos Socioculturais foi ministrada pelos colegas Rossana Reguillo
(outono de 2008, com o tema Análise sociocultural contemporânea: acontecimento, biopolítica e emoções), e
Raúl Acosta (primavera 2010, sobre Reconfiguração do social: rumos da pesquisa para fins coletivos). A quarta
edição correspondeu a María Martha Collignon (outono de 2013) como manchete, sobre Identidades Sociais e
Sexualidades Contemporâneas.
2
Entre as muitas pessoas a quem se deve agradecer o apoio estão Susana Herrera, pela coordenação do
Programa Formal de Investigação e entusiasmo por esta edição da cátedra e pela promoção da sua continuidade,
e Alicia Aldrete pela tão eficiente transcrição do gravações originais.
 A dimensão praxeológica: a comunicação como prática, como profissão e como política.
 A dimensão metodológica: a construção de objetos de pesquisa.
 A emergência de um campo acadêmico: a organização social do conhecimento e a identidade
disciplinar.
 A institucionalização da pesquisa em comunicação acadêmica: uma descrição comparativa
internacional.
 A comunicação como projeto de convergência diante da transformação social.
 A comunicação e seu estudo acadêmico, centralidade e marginalidade?

É difícil equilibrar, como foi exigido neste caso, a "leveza" do fluxo discursivo oral e o "rigor" da
exposição escrita. É de se esperar que o julgamento dos leitores seja tão benevolente para com o
autor quanto foi o dos interlocutores presenciais.

Guadalajara, fevereiro de 2015.


A dimensão ontológica: a comunicação como
problema, como recurso e como solução

Saúdo aqueles que expressam com a sua presença a vontade de me acompanhar nesta
aventura académica, que se apresenta formalmente como Cátedra de Estudos Socioculturais, na sua
edição de 2011. Pretendo estabelecer uma conversa sobre um dilema, vou propor que não seja
entendido como tal: a comunicação é uma questão central ou marginal, do ponto de vista
sociocultural? Parece muito abstrato, mas em termos concretos o que este ponto de entrada permite
é distinguir algumas dimensões para tentar compreender, a partir dos seus diferentes aspectos, certos
debates atuais sobre a comunicação, procurando não mexer nos níveis da discussão. Formalmente, o
objetivo será documentar e ampliar os fundamentos e implicações de uma concepção sociocultural
da comunicação, situada e reflexiva, que permita identificar e compartilhar perspectivas científico-
acadêmicas e ético-sociais sobre as dimensões, recursos e possibilidades comunicativas da vida social.

"O que é comunicação?" É uma pergunta respondida em níveis muito diferentes de abstração;
tudo o que se diz sobre comunicação é difícil de discutir, não por causa das características inerentes à
ela, mas por causa da maneira como a abordamos. É aí que vai o trabalho envolvido em fazer esta
cadeira. O programa está dividido em duas partes: nas primeiras quatro sessões tentarei distinguir
quatro dimensões do debate, ou da problematização da comunicação. A inicial corresponde à
dimensão ontológica: a comunicação como problema, como recurso e como solução. Em seguida,
haverá uma dimensão epistemológica, uma dimensão praxeológica e uma dimensão metodológica. E
nas últimas quatro sessões tentarei ver os problemas, não nesses termos epistêmicos, mas em
algumas de suas concretizações mais importantes.

Tentarei trabalhar com referência a seis livros, muito diferentes entre si, publicados nos
últimos cinco anos; a intenção é saber qual é a discussão mais recente e em que termos ela está sendo
levantada nesta seleção de textos. Não são tudo o que poderia ser, mas sim os que me pareceram
mais interessantes: Cybersemiotics de Søren Brier (2008), um pesquisador dinamarquês pouco
conhecido entre nós, nascido em 1951; o livro mais recente de Manuel Castells (2009), nascido na
Espanha em 1942, Communication Power, que deveria ter sido traduzido como O poder da
comunicação, mas que chamaram de “Comunicação e poder”, que é outra coisa. Este poderia ser um
bom exemplo da dificuldade de se discutir o que é comunicação, porque as traduções e os critérios da
indústria editorial desempenham, em muitas ocasiões, um papel decisivo. É por isso que prefiro a
edição em inglês, também, a língua em que Castells a escreveu. Depois, um livro publicado há alguns
meses, Media Convergence de Klaus Bruhn Jensen (2010), outro autor dinamarquês, nascido em 1956,
cuja obra é muito mais familiar para nós; "Convergência midiática" ou "mídia", que na verdade é mais
sobre comunicação do que mídia; e um duro texto teórico do espanhol nascido em 1940 Manuel
Martín Serrano (2007), Teoria da Comunicação. A comunicação, vida e sociedade, fruto do seu
trabalho há mais de 30 anos nesta linha. Hipermediações. Elementos para uma teoria da comunicação
digital interativa de Carlos Scolari (2008), autor argentino nascido em 1963, o mais jovem dos seis,
que há anos trabalha em Barcelona; e finalmente um ensaio intitulado Let's Save Communication do
francês Dominique Wolton (2006), nascido nos Camarões em 1947.

Também, é claro, mas em segundo lugar, me refiro a quatro livros nos quais se expõe, de certa
forma, o processo pelo qual eu mesmo, um mexicano nascido em 1952, trabalhei na comunicação nas
últimas duas décadas (Fuentes, 1998; 2006; 2008; Fuentes & Lopes, 2001). Meu trabalho em teoria da
comunicação tem sido principalmente o ensino; sou professor desta disciplina há mais de trinta anos
e o meu trabalho de investigação, que é o que mais se reflete nestes livros, tem-se centrado nos
processos sociais de institucionalização do estudo da comunicação, não no estudo de comunicação
propriamente. Também há referências aos meus trabalhos na bibliografia básica desta cadeira, como
seria de esperar. E vou direto para a apresentação do assunto da primeira sessão.

A COMUNICAÇÃO É UMA CONSTRUÇÃO SOCIAL


De início, as problematizações sobre a dimensão ontológica da comunicação podem ser
levantadas em termos muito diferentes. Optei por uma abordagem muito "híbrida" para este
problema, uma vez que não tenho um fundo filosófico - nem estrito, nem mesmo regular - e, portanto,
o que vou propor não é uma discussão rigorosa em termos filosóficos. Mas mesmo que eu tivesse
formação na área, acredito que a discussão pertinente sobre o que é comunicação, o que é “o ser
daquela entidade” chamada comunicação, está longe de ser formulada de forma que possa ser
sistematicamente discutida. Estou muito interessado em destacar, acima de tudo, as dificuldades
práticas de fazer uma pergunta sistemática de um nível de abstração rigoroso e sério. Não duvido que
haja bons exemplos disso, não nego, é claro; digo que não me parecem tão interessantes porque a
minha competência nessa área não os privilegia. Com todo o respeito por aqueles que trabalham com
filosofia ou filosofia da ciência, não vou tentar entrar em contato com eles porque, para começar, sou
incompetente.

O que me interessa são algumas das consequências que esta discussão tem, ao nível dos
debates; a discussão, pensando sobre a comunicação, é muitas vezes confundida nos diferentes níveis
em que pode ser formulada. O que se refere ao objeto construído denominado “comunicação”, em
todos os termos em que é possível fazê-lo - que são muitos - não se distingue claramente do que é o
conhecimento produzido sobre esse objeto, nem das consequências que tem para os diversos tipos
de práticas a esse respeito. É por isso que a fórmula do título: a comunicação pode ser entendida
como um problema, como um recurso ou como uma solução para outros problemas. Na figura 1.1
apresento uma síntese do que proponho.
A pergunta estranhamente feita, nos termos mais simples, “O que é comunicação? ” Tem uma
resposta imediata; não vamos gerar, espero, mais confusão do que já existe. Em outras palavras,
“comunicação”, como qualquer outro termo que se refere a um objeto de conhecimento ou prática,
é necessariamente uma construção social. Este é um postulado de entrada que teria que ser discutido
por conta própria, mas eu me salvo desse processo porque é uma discussão filosófica. O que é
comunicação é o que concordamos que seja comunicação; o problema é que há muito pouca
consistência nesse acordo social.

Vou recorrer a dois autores - entre outros, poderia haver mais - que me dão sentido para
trabalhar nesta linha: os americanos James Carey (nascido em 1934 e falecido em 2006) e James
Anderson, cujas obras incluo na bibliografia complementar para esta sessão. O texto de Carey (1989),
intitulado “Uma abordagem cultural da comunicação”, é um artigo originalmente escrito e publicado
em 1975, embora esteja incluído em um livro publicado doze anos depois, e no de Anderson (1996),
Teoria da comunicação - Fundamentos Epistemológicos, é um livro muito duro, difícil de ler, porque
não estamos acostumados a trabalhar uma comunicação com tanta sistematicidade. Ele levanta esses
“fundamentos”, do começo ao fim, com duas características que os tornam mais interessantes.
Primeiro: esse é um assunto ao qual os professores universitários de comunicação deveriam dar mais
atenção e, na medida em que não o damos, estamos contribuindo para a confusão epistemológica
dos estudos da comunicação. E, em segundo lugar, este é um problema, questão, posição e proposição
pós-moderna. Tende-se a pensar que o pós-moderno está no extremo oposto, formalmente, do
sistemático, do rigoroso, mas não é necessariamente esse o caso. É "pós-moderno" na medida em que
afirma que devemos tentar novamente construir algumas certezas metodológicas para nos referirmos
ao mundo que investigamos, ao qual nos referimos e em que vivemos. Nesse sentido, resgato muito
dessa posição aguda, que não é inocente nem acidental. Essas reflexões referem-se - embora os textos
sejam anteriores ao período de cinco anos mais recente - a essa era pós-pós-moderna. A discussão
filosófica mais frutífera da pós-modernidade acabou. Estamos em um momento pós-pós-moderno.

A visão da construção social da ideia ou conceito de comunicação, do objeto “comunicação”


e da realidade comunicacional a que nos referimos, exige necessariamente colocar essa construção
na sua história. Entre os poucos autores que conheço que desenvolveram essa história da ideia de
comunicação, dois me parecem extremamente importantes: um é o americano (nascido em 1958)
John Durham Peters (1999), que pensa em inglês e se refere especialmente a à construção “anglo” da
história da ideia de comunicação em um livro intitulado Speaking to the Air and the other (nascido na
Bélgica em 1936) está Armand Mattelart (1995), que pensa basicamente em francês e trabalha na
França , autor entre muitos outros livros de The Invention of Communication. Você pensa muito
diferente, qualquer coisa, em inglês do que em francês (ou em espanhol). Embora esses dois autores
se refiram a alguns dos episódios determinantes na história da ideia de comunicação que estão por
trás das discussões contemporâneas, eles levantam duas perspectivas históricas que considero
importante reconhecer e distinguir. Suponho que deva haver obras semelhantes em alemão, mas
minha incompetência em ler alemão - que é absoluta - me impede de saber. Mas aqueles que
escrevem em línguas que eu posso ler não se referem a isso da maneira que eu teria percebido. O que
me surge é uma curiosidade sobre se haverá reflexão sistemática sobre essas questões em chinês, por
exemplo, e em outras línguas. É difícil saber, porque não se tem acesso a essas discussões: existem
mundos de comunicação diferentes construídos de maneiras diferentes.

O que deve ser acordado - são todos postulados de entrada - sobre o que é comunicação, deve
incluir que a comunicação é algo que importa centralmente, fundamentalmente, constitutivamente,
na vida social; Não valeria a pena, pela abordagem mais ampla, fechar a porta dizendo que
comunicação não é nada, comunicação é inconseqüente, comunicação é ociosidade.
Para manter a tensão entre a comunicação - em suas diferentes dimensões - ela se manifesta,
se resolve, é pactuada como questão central ou como questão marginal, tem que ser colocada em
algum lugar, e os autores a quem recorro são o britânico (nascido em 1938) Anthony Giddens (1984),
e sua teoria da estrutura, delineada em A Constituição da Sociedade, e o argentino Eduardo Vizer
(2003), autor de A trama (in) visível da vida social. Comunicação, significado e realidade.

Outra forma de nos referirmos a este ponto é se podemos partir do fato de que a comunicação
é uma experiência humana, e o que falta saber é se é exclusivamente humana. Quase todos os autores
a quem recorro dizem não e muitos deles dizem que não importa; outros dizem que sim, importa;
voltaremos a essa questão. Mas a comunicação é uma experiência, uma prática diária, algo que
fazemos continuamente, permanentemente, porque se não o fizéssemos não conseguiríamos fazer a
pergunta. Em outras palavras, o que estamos fazendo agora é um exercício diário e prático de buscar
uma atualização, uma realização daquilo que nos perguntamos. Não há outra maneira de fazer isso
do que praticar. Esta é uma questão esotérica, que de fato, a maioria dos acadêmicos ou agentes
sociais de comunicação não se importam. É importante para nós nos dedicarmos, de alguma forma, a
refletir e atuar, a atuar academicamente em questões como esta.

Quem se importa em saber o que é comunicação? Bem, aqueles de nós que estudam
comunicação e, em outro sentido, aqueles que se comunicam profissionalmente. O postulado é que
isso deveria ser importante para eles, embora isso não aconteça necessariamente, embora não seja
muito frequente que isso importe para muitos de nós que nos dedicamos academicamente ao estudo
da comunicação. Por isso digo que é uma questão esotérica, uma questão de importância que deve
ser demonstrada, porque na verdade não está estabelecido que esta discussão, esta reflexão, seja
algo a que valha a pena dedicar-se. E sim, requer muita energia.

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