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Unidade III – Aula 7

Unidade III - Planejamento, condução da aula e relacionamento


professor/aluno

Planejamento da aula

Plano e Planejamento
Plano é um vocábulo do latim, em uso no português contemporâneo, mas que deu
origem também a uma outra palavra utilizada em nossa língua: chão. Aprendemos com
essa reflexão filológica que “plano” traz implícita a idéia de “chão”. Quando vamos elaborar
um planejamento devemos ter os “pés no chão” para olhar o tempo e o espaço que estamos
vivenciando e as condições de que dispomos para a realização do que pretendemos.

O planejamento deve se materializar em um plano: documento formal escrito, em que


se especificam basicamente: objetivos (onde queremos chegar); meios (o que temos para
atingir os objetivos); prazos (em quanto tempo devemos atingir os objetivos). Plano é a
materialização sistematizada de um planejamento.

Para levar o aluno ao aprendizado, o professor deve ter um plano de aula


estruturado. Cada conteúdo apresenta um ou mais elementos da dança e dá à criança
oportunidade de experimentá-los e usá-los, entendendo que aquele ou aqueles elementos
são os objetivos para cada dia.

Elaborando o planejamento de uma aula

- Duração
O tempo de uma aula deve ficar em torno de cinqüenta minutos, o que significa que
as crianças devem se manter seguras e entusiasmadas com a dança por quase uma hora!
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- A definição do tema
Para planejar suas aulas, inicialmente defina um tema:
- Escolha um ou mais elementos da dança a serem trabalhados;
- Especifique um conteúdo; e
- Encontre um auxiliador.

O tema de uma aula é o conjunto de elemento, especificado pelo conteúdo e conduzido


pelo auxiliador.

Os elementos da dança você já conhece: corpo, espaço, força e tempo.

Conteúdo refere-se ao item específico do elemento a ser trabalhado e se constitui


no foco das atividades. Por exemplo, se o elemento escolhido for Força, o conteúdo
poderá ser fluxo ou ataque. Se o elemento for Tempo, o conteúdo poderá ser acento ou
duração.

Auxiliador é um recurso didático que ajuda a entender o movimento dançado,


tornando a atividade e a exploração do conteúdo mais interessante e divertida. O auxiliador
é um veículo através do qual o elemento será usado. Uma aula sem um auxiliador corre o
risco de não ser interessante, clara e ativa.

Procure planejar a aula, relacionando o interesse dos alunos com o estudo do


elemento. Decida pelo elemento, levando em conta: como as crianças respondem a ele, as
necessidades de cada faixa etária, as necessidades individuais de alguns membros do
grupo, ou o que for mais natural em seqüência ao conteúdo já trabalhado em aulas
anteriores. Depois de definidos, os elementos e conteúdos serão constantes, mas os
auxiliadores que você seleciona poderão variar.
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Não se preocupe quanto à repetição da atividade. Cada conteúdo tem que ser
construído sobre o que o precedeu e, apesar dos elementos se repetirem mais e mais
vezes, a forma com a qual as crianças usam os elementos mudará sempre. Às vezes elas
mesmas pedem para repetir um conteúdo de alguma aula passada, principalmente quando
é um grupo iniciante, ainda um tanto inseguro.

Na seqüência, ainda dentro de Planejamento, estudaremos as partes


constituintes de uma aula e como ela deve ser estruturada. Exemplos de
conteúdos e auxiliadores, e suas articulações com cada um dos
elementos básicos da dança, nós veremos na Unidade IV, quando
estudarmos as sugestões de aulas práticas.
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Elaborando o planejamento de uma aula


- As três partes da aula
A estrutura da aula se apóia em três partes:
1. Apresentar o tema a ser ensinado
2. Explorar as possibilidades do tema
3. Dar forma artística ao tema

Vamos estudar um exemplo de aula utilizando essa estrutura.

1. Apresentar o tema a ser ensinado: movimento “balançar”


Nesta parte da apresentação do elemento a ser ensinado, é bom usar recursos
visuais, palavras, material, tudo o que puder facilitar o entendimento. Pode-se apresentar
um pêndulo, um iô-iô, elástico, plumas. Mostrar ao vivo ou em fotos, janelas, relógios,
bandeiras, ou qualquer outra coisa que possa realizar o movimento a ensinar.

Em seguida perguntamos: “Como o corpo balança? Que partes do corpo podem


balançar? O que se movimenta com balanço? Como o movimento de balanço acontece no
espaço?”

2. Explorar as possibilidades do tema


A criança deve experimentar, fazendo o movimento em pequenas proporções, depois
ocupando todo espaço, com diferentes partes do seu corpo. Deve tentar caminhar e
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balançar, usando diferentes níveis e direções. Deve experimentar sozinho e em par com um
colega. Essa é, sem dúvida, a parte mais importante da aula.

O professor deve pensar bem em todas suas perguntas e provocações, além de


promover a interdisciplinaridade com os demais elementos. É claro que há elementos
impossíveis de serem trabalhados sem alguns outros, mas com vistas a uma simplificação
do ensino, deve-se considerar cada elemento separadamente, antes de combiná-lo com
outro.
Seguindo o exemplo usado, o balançar, poderíamos pensar nas diferentes combinações
de trabalho com os elementos básicos da dança:

Corpo: “Que partes do corpo balançam? Vocês podem balançar e dobrar? Balançar e
alongar? Balançar e sacudir? Vocês podem balançar enquanto fazem o skip, o gallop ou
uma corrida?”

Espaço: “Façam uma forma em nível baixo. Vocês podem balançar? Em quais direções
vocês podem balançar? Vocês podem mudar o seu foco enquanto balançam? Vocês podem
balançar enquanto fazem uma curva no espaço?”

Força: “Seu balanço pode ser forte? Pode ser tenso? Vocês podem balançar e achar
uma nova posição de equilíbrio?”

Tempo: “Vocês conseguem balançar bem lentamente? Mostrem-me um balanço dentro


de um ritmo marcado”.

Ao esgotar todas as possibilidades de exploração, é importante estruturar o trabalho


de cada criança em uma pose, e daí então incentivar movimentos com pares ou em grupo.

Para fazer uma frase (nome que se dá, na dança, a uma seqüência de movimentos)
baseada no movimento da respiração, por exemplo, peça às crianças para que façam várias
formas de movimentos de respirar, ou seja, ritmos diferentes de inspiração e expiração.

Podem ser movimentos que elas imaginam, como os de uma bexiga esvaziando, ou
de um vento soprando...Então peça: “façam uma pose inicial.” Ponha uma música e peça
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que dancem. Após aproximadamente 20 segundos, peça: “façam uma forma final”. As
poses não podem parecer de pessoas comuns e sim de dançarinos.

As poses do começo e do final da dança darão mais segurança à criança sobre


cada um desses momentos. Esses movimentos deverão ser comentados e elogiados.

Esta segunda etapa das atividades com as crianças é a principal da aula, pois aqui
as crianças exploram as possibilidades criativas a partir do tema sugerido. O professor pode
ajudar, lembrando-as, mesmo enquanto dançam, que elas sempre podem trocar de nível,
de velocidade, de direção, pensando sempre no enriquecimento dos seus movimentos.

3. Dar forma artística ao tema


Nesta última etapa da aula, as crianças irão transformar o tema trabalhado em uma
obra de arte. Você perceberá que está na hora de finalizar quando as crianças não
conseguem pensar em mais nada diferente ou interessante para fazer.

Nesse momento, elas devem sempre apresentar uma forma que determine o final da
atividade. Você deve enfatizar e valorizar a dimensão criadora e estética dessa finalização,
pois assim estará mostrando à criança que todo investimento que ela fez na composição de
seu movimento não significou apenas um trabalho corporal ou lúdico, pois resultou em uma
possibilidade de expressão artística.
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Nas primeiras aulas, ou com as crianças menores, você deve sempre determinar o
momento do final, evitando repetições tediosas. Quando necessário, facilite para os menos
habilidosos, para que todos estejam em condições de finalizar junto a atividade.

Quando solicitada uma repetição, não há necessidade de que haja memorização da


seqüência, pois é uma improvisação. As crianças devem sim perceber que a sua dança é
resultado da união das três etapas (Apresentação/Exploração/Criação Artística).

Vamos estudar um outro exemplo de aula, utilizando a mesma estrutura.

1. Apresentar o tema a ser ensinado


2. Explorar as possibilidades do tema
3. Dar forma artística ao tema

1. Apresentar o tema a ser ensinado: estruturando uma idéia

As idéias podem vir dos alunos, ou ser apresentadas por você. Interdisciplinaridade é
a palavra de ordem, mais uma vez, para relacionar imagem e movimento.

Por exemplo, se a idéia for a de uma árvore, primeiro se encontra uma pose inicial e
aí se tenta descobrir se as árvores são grandes ou pequenas, balançam com força ou
suavemente, se dobram, se seus galhos fazem movimentos curvos ou retos no espaço. É
muito grande a quantidade de movimentos que se pode escolher para uma árvore, sem
pensar ainda em termos de sensação.
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2. Explorar as possibilidades do tema

Três caminhos podem ser usados na expansão de ambos, movimento e idéia.

Caminho 1: Uso de contrastes


Por exemplo, se uma criança escolhe fazer uma dança sobre o vento do inverno, e estamos
em uma região muito quente, tropical, praticamente sem inverno. Pode-se pedir então que
elas façam a brisa suave, lenta e gostosa da beira do mar no verão. Em seguida, elas
crescem violentamente para um vento forte e frio, até congelarem. Por contraste, as
crianças fazem o movimento do vento do inverno mais forte, dando-lhe a forma de dança.

Caminho 2: Controle do espaço


Quando, mais uma vez através de um exemplo, uma criança escolhe dançar imaginando
uma rena, o caminho pode ser: primeiro todos, parados nos seus lugares, devem
experimentar como sentiriam suas cabeças se tivessem aqueles chifres enormes e como
fariam para esticar e dobrar as suas longas pernas. Então galopariam e trotariam por sobre
os telhados, até chegar a hora de voltarem para o Pólo Norte, quando teriam os arreios
tirados, para então descansarem. A seqüência será desenvolvida através de um ponto no
espaço, deslocamento no espaço, e a volta, com a parada em outro ponto do espaço. Em
cada um desses pontos é dado um tempo para que os alunos, após uma seqüência de
imagens fornecidas, possam senti-las no corpo.
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Caminho 3: Extensão da idéia


Utilizamos a extensão da idéia para ajudar a por em movimento uma idéia escolhida pelas
crianças. De repente uma criança escolhe uma pasta de dente como idéia para dançar!
Primeiro eles farão os movimentos suaves, silenciosos e longos da própria pasta de dente,
então passam para o tubo cheio, enrolando à medida que esvazia. E aí se passa para a
extensão da idéia: “e se a pasta de dente fosse mágica e pudesse escorregar para fora do
tubo, pela sala toda e voltasse para dentro outra vez?”

3. Dar forma artística ao tema


Para dar forma artística a uma idéia, usa-se a mesma seqüência usada nos
elementos: pose, movimento, pose, que é a maneira de construir uma célula mínima de
criação. As crianças organizam seus movimentos, incluindo-os entre uma pose inicial e uma
final. Em alguns casos, é estratégico usar pouco tempo para percorrer essa seqüência:
quando as crianças são muito pequenas ou quando, embora mais velhas, estão hiperativas.

Tão importante quanto planejar as atividades é planejar o uso das


instalações onde acontecem as aulas e cuidar da apresentação do
professor e dos alunos. Na próxima aula trataremos desse assunto e de
como atuar durante a aula.
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Na sala de aula

A sala de aula
A sala de aula deve ser um lugar limpo, com boa circulação de ar, mobiliário
organizado e material de apoio separado de acordo com a faixa etária. Enfim, um lugar
agradável que sirva de referência e que seja reconhecido como a sala de aula de dança.
Dentro da mesma idéia de conforto, os alunos devem ter acesso a banheiros limpos e bem
equipados. Fotos ou desenhos nas paredes são bem vindos. Pode-se sugerir que as
próprias crianças fiscalizem a limpeza e arrumação da sala. É divertido e imprime
responsabilidade.

Em toda sala de aula de um curso de dança é recomendável que exista pelo menos
um aparelho de som, alguns CDs com diversos estilos de música, além de algum
instrumento de percussão, como tambor, pandeiro, agogô ou outros. A música é um
componente essencial em uma aula de dança. O ideal é que na sala de aula tenha também
um espelho.

Agogô

Apresentação das crianças


- Roupas
As roupas para usar nas aulas de dança devem ser confortáveis e leves. Em academias
ou clubes em geral, se usa uniforme, que sempre consta de leotard. Em outros ambientes,
principalmente em se tratando de Dança Criativa, as crianças estão livres para vestir o que
quiserem. No caso especial de meninos, deixá-los escolher as roupas é sem dúvida a
melhor decisão.
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Os agasalhos muito quentes e/ou volumosos devem ser tirados, não só porque
impedem que a pele respire, mas também porque podem tornar a aula extremamente
desconfortável pelo calor. As opções ficam então nos shorts, bermudas e calças de malha,
acompanhadas de camisetas ou corpetes (no caso das meninas). O recomendado são
malhas quentes e justas ao corpo, mas muito finas e maleáveis, porque é importante que o
professor possa ver bem todos os movimentos das crianças.

- Calçados
Os calçados (sapatos, sapatilhas, tênis, sandálias, etc) assim como as meias não são
bem-vindos.
É importante que as crianças estejam descalças, tenham contato com o chão e
possam mover livremente pés, tornozelo e pernas, sem risco de escorregar. Devem sempre
tomar cuidado para não machucar os pés dos colegas.
Algumas crianças não gostam de tirar as meias, aí então é melhor que fiquem
calçadas, porque é grande o risco de escorregar. Mas, podemos mostrar a elas que
dançarinos não usam meias para dançar. Dançarinos usam calçados ou dançam descalços.

- Cabelos
Os cabelos não devem incomodar. Se forem compridos é bom que estejam presos
com presilhas ou elásticos. As crianças que tiverem cabelos picotados em torno do rosto
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devem usar uma faixa, de preferência de malha, para prender bem os cabelos, evitando que
caiam no rosto todo o tempo.

Apresentação do professor
Preste muita atenção às roupas que você vai usar, à sua maneira de falar e ao tom
da sua voz. Atente também para algo mais que poderá prender a atenção do aluno. A
criança precisa estar envolvida com alguém antes de se envolver com alguma atividade.

A busca por uma estética do belo deve ser uma constante na dança. O professor
deve sempre usar roupas leves, confortáveis e limpas, que deixem ver seus movimentos, e
que tenham um equilíbrio estético em sua composição.
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Orientação ao professor sobre a condução da aula

A aula começou...

- Cumprimente os alunos e ouça seus comentários, sem, porém, estender-se demais para
não tomar muito tempo da aula. Se você é um professor novo na turma, ou se é o primeiro
dia de aula das crianças, há necessidade de um tempo maior de apresentação, de
conversa, para que se encontrem interesses e sentimentos comuns.

- Peça para que tirem os sapatos, meias e roupas excedentes. Como em um ritual, os
sapatos e agasalhos devem ser tirados e acomodados em um local apropriado na sala que
não atrapalhe os movimentos, onde ficarão até o final da aula. Faça com que as crianças,
mesmo as menores, aprendam a tirá-los, identificá-los e colocá-los de volta, sem ajuda.
Criar independência é bom para a autoconfiança.

- Dê às crianças um tempo para se expressarem verbalmente e interagirem.

- Apresente a aula, detalhando as atividades e o que se espera dos alunos.

- Mostre, de uma forma interessante, os objetivos da aula. Você pode usar apelos visuais
para explicar os elementos básicos da dança, como gravuras, bonecos, bolas, instrumentos,
brinquedos, etc.
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- Diga sempre às crianças o que está acontecendo e explique o que elas vão aprender com
cada atividade!

- Dê atenção aos alunos. As crianças gostam de atenção. Não raro ouvimos delas: “Olha
pra mim!”

- Ensine com variedade. Às vezes faça tudo muito rápido, cheio de surpresas, outras
vezes devagar e suavemente, com profundidade. Esteja pronto para escutar, observar e
contestar. Esteja sempre preparado para mudar, combinar ou acrescentar algo ao que foi
planejado para a aula.

- Não se entedie com as crianças nem as deixe se entediar com você.

- Observe as crianças. Por ser um método experimental, baseado em tentativas e erros, a


dança requer do professor uma atenção especial aos sinais emitidos pelas crianças.
Quando você percebe que algo não está indo bem, então está na hora de fazer uma
mudança estratégica. Convide-os: “Venham sentar junto de mim!”. “Todos sentados na
parede das janelas!”.

- Chame cada aluno pelo nome. Nunca se refira a um aluno como “ele” ou “ela”. Utilize
apelido apenas quando você tem certeza de que é bem aceito pela criança.
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Orientação ao professor sobre o comportamento dos alunos

Trate a criança como um ser único


As crianças nos mostram de muitas maneiras quando querem nos contar algo em
particular e não em grupo. Atenda a essa necessidade. Sempre que você puder, converse
com as crianças individualmente. Todos estamos ávidos para ser tratados como pessoas
únicas e não como membros de uma turma. Você pode estabelecer um momento em que
cada um, individualmente, apresente sua performance, e aí dizer, por exemplo: “Você
consegue girar, enquanto faz esse salto?”. Ou apóia-lo: “Você pensou em esticar o seu pé
enquanto fazia o movimento de costas! Que interessante!”.

Ajude as crianças a se manterem concentradas


É muito importante que as crianças mantenham corpo e mente juntos enquanto
dançam. Fazer concentração é tão importante quanto fazer dança. Quando está difícil para
um determinado grupo, pode-se pensar em técnicas alternativas, como relaxamento, yoga,
sensibilização e até mesmo jogos.

Faça as crianças vivenciarem o papel de espectador e de artista


Quando você perceber que os alunos estão conseguindo uma certa forma particular
de movimento, utilizam combinações de vários elementos e conseguem usá-los em suas
poses com numa nova percepção, está na hora de separar a turma em dois grupos, para
que se observem.

As danças devem ser curtas e bem estruturadas, os grupos devem ser grandes o
bastante para apoiar os que apresentam maior dificuldade.
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Há crianças que se recusam a se apresentar, e outras que se impacientam em


assistir. Nesses casos, usa-se a estratégia de elogiar aqueles que estão se apresentando e
de valorizar os que estão atentos assistindo.

Algumas crianças não se sentem à vontade para se mover livremente diante de uma
platéia. É preciso conversar com elas sobre essa dificuldade. Você pode utilizar a mesma
estratégia de dividir a turma em dois grupos. Um se apresenta enquanto o outro assiste,
eliminando o stress do certo e errado.
As crianças aprenderão a não rir das outras, a se concentrar, a ver as coisas boas
que as outras estão apresentando e a comentar sobre isso.

Estimule as crianças a fazerem por si próprias


Lembre-se de que as crianças precisam aprender por conta própria o que os seus
corpos podem fazer. Em todo trabalho, por mais simples que seja, procure deixar as
crianças fazerem por si mesmas. Evite mostrar o que fazer, pois a criança tem a tendência
de copiar o professor. Esteja atento ao movimento que emana dos alunos, auxiliando
apenas nos casos em que há muito bloqueio.

Avalie o progresso das crianças em relação aos objetivos


A compreensão e o uso dos elementos da dança são os primeiros objetivos da
dança criativa, além do desenvolvimento da concentração, da disciplina e da
responsabilidade. O crescimento das crianças nessas áreas pode e deve ser avaliado.

A avaliação do progresso dos alunos depende da capacidade do professor de se


comunicar e de explicar verbalmente o que se quer das crianças. Além de observar e julgar
o quanto foi realizado e quão longe se chegou em relação aos objetivos.

Primeiro observe se seus corpos estão fazendo os movimentos que você pediu.
Depois observe se suas mentes estão fazendo com que eles façam movimentos com
variedade de nível, direção, velocidade e força. Por fim, observe suas expressões faciais,
para conferir se elas dançam com sentimento, com emoção.
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As crianças não podem pensar que toda ação durante a aula foi meramente
brincadeira. Ao fim de cada performance, são bem vindos comentários como: “O Pedro não
estava bem concentrado”; “O ritmo e as formas foram os mesmos o tempo todo”; “A Beatriz
precisa mudar mais os níveis”.

Quando uma criança tem uma pergunta ou faz uma interferência com relevância
para o conteúdo aplicado, trabalhe mais esse conteúdo com todos os alunos, antes de
passar para a próxima aula.

Estimule as crianças mais talentosas a ajudarem você na composição das danças.


Procure envolver as crianças mais arredias, despertando seu interesse para as atividades.

Elogie !
Procure sempre elogiar algo que as crianças fazem no decorrer da aula. Você pode
também, ao referir-se a determinado aluno, destacar suas qualidades, dizendo “Rute, que
tem muito bom ouvido para música...”, ou “Roberto, nosso saltador...”, ou ainda “Camila,
você que está sempre sorrindo...”. Não faça apenas comentários sobre a dança, mas
destaque outras qualidades pessoais, para que as crianças se sintam especiais e percebam
que você as vê assim.
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Dê às crianças a idéia de estarem desenvolvendo projetos muito especiais. Seduza


as menos suscetíveis apresentando a dança como algo divertido e interessante.

Discipline a turma sem abrir mão da ternura


O controle das crianças é o principal ponto no gerenciamento de uma aula de
Dança Criativa. A disciplina ajuda cada um a ser uma pessoa e um dançarino melhor.

Pode parecer, em uma primeira leitura, que a dança livre, como propõe a Dança
Criativa, pode levar a classe para a desordem ou baderna. Não se deve temer a perda do
controle da classe, pois esse controle vem da estrutura da aula e está inserido na disciplina
da dança. As crianças aprendem a desenvolver esse autocontrole e a liberdade pode ser
usada com sucesso e segurança.

Um erro comum é pensar que as crianças necessitam estar quietas ou em uma


formação organizada para aprender. O professor deve atrair a atenção das crianças e
procurar mantê-las entusiasmadas com o conteúdo que está sendo trabalhado e com as
atividades desenvolvidas

Trate dos problemas de disciplina imediatamente quando ocorrem. Jamais deixe para
depois. A disciplina deve ser exigida para que o bom comportamento garanta a convivência
durante a aula. As crianças devem compor um grupo que dança sob a sua liderança.
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Quando os alunos confiam no professor e dele recebem afeto, os problemas são


minimizados.

Estabeleça limites com clareza


Dite algumas regras, como os locais onde as crianças podem e onde não podem ir
dentro da sala: junto às janelas ou perto do aparelho de som, por exemplo, e explique quais
os perigos. Não permita que masquem chicletes durante a aula. Explique que dançarinos
não mascam chicletes, porque é perigoso engolir ou engasgar. As crianças não podem se
empurrar, se atirar ao chão, gritar ou rir dos colegas.

Faça barulho maior !


Em geral as crianças fazem muito barulho durante as aulas, mas o professor precisa
fazer “barulho maior”. Não se trata de gritar mais alto que os alunos, mas de agir de forma
que inspire respeito. Um tambor às mãos ou mesmo a voz podem emitir um comando pré-
combinado. Por exemplo, quando o tambor toca, as crianças se movem e não falam.
Quando você fala, eles escutam. Quando o tambor pára, cessa o movimento. Ou outras
combinações diferentes.

Criatividade & Liberdade


Alguns bons dançarinos podem falhar ao tentar ensinar Dança Criativa. Há várias
razões para isso: não estarem certos dos seus reais objetivos; acharem que devem
apenas ensinar uma combinação de passos; não trabalharem com as crianças o
conhecimento do corpo; confundirem liberdade com bagunça e falta de limites.

Afinal, ensinar criativamente não é mandar as crianças se moverem como elefantes


ou como borboletas, ou simplesmente colocar uma música para tocar. Assim fazendo, as
crianças não sabem por onde começar, riem e se desligam da aula.
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Qualquer que seja a estratégia escolhida para a aula, é bom que se tenha em
mente que liberdade ajuda a criatividade, desde que existam disciplina e planejamento.
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Sugestões de atividades nas aulas


Procure utilizar estas idéias, cumprindo sempre as três etapas que estudamos
anteriormente: 1.Apresentar o tema a ser ensinado; 2.Explorar as possibilidades do tema; e
3.Dar forma artística ao tema

Trabalhando com palavras e frases


• Peça às crianças que escrevam (ou digam para você escrever) algo de que eles gostem
muito, como esporte, animal ou mesmo objetos. Peça, em seguida, para descreverem
movimentos relacionados com essas escolhas.

• Peça às crianças que digam verbos de ação (use a forma mais apropriada de fazê-los
entender do que se trata) que leram em seus livros favoritos, como; lutar, crescer, cair.
Faça o mesmo com advérbios de modo, como: orgulhosamente, alegremente,
loucamente, bravamente. Escreva essas palavras em cartões e faça as crianças
dançarem suas misturas, como: lutar orgulhosamente, crescer alegremente, etc.
• Colecione palavras com rima, como: cantar, jogar, brilhar, lutar, ou corre, morre, serre.
Organize um concurso ou um jogo para o uso do movimento dessas palavras.
• Faça-os juntar todas as palavras que relacionam as ações de um determinado objeto.
Por exemplo: água. Água molha, corre, endurece, destrói, alimenta. Depois junte
advérbios como: agradavelmente, lentamente, velozmente, totalmente. Faça então uma
dança de três combinações, como por exemplo: A água molha agradavelmente – de
repente endurece rapidamente - e destrói totalmente.
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Trabalhando com estórias


Contar estórias em geral é muito bom. Conte ou leia estórias com inflexão dramática
e depois peça para que as crianças respondam com ações. A arte de se comunicar com
gestos dramáticos ou pantomímicos é só uma parte da comunicabilidade do movimento.
Faça uma dança com pedaços das estórias favoritas das crianças.

Trabalhando com animais


Peça às crianças para criarem um animal, real ou não. Estimule-os a mostrar a
forma do animal, como ele se move, em que nível, como ele dorme. Em outras palavras,
aprofunde a idéia de movimento até que a criança faça sua própria interpretação do animal.
A dança deve dar prioridade à sensação e não à mera imitação do animal. No folclore do
México, por exemplo, existe a “dança do veado”. Ao assisti-la, você sente a presença do
animal — é rápida, leve, livre, as formas sugerem um alerta de perigo, uma vulnerabilidade
e a morte, sem em momento algum, haver a imitação dos movimentos do animal.

Trabalhando com animais


- Pássaros
Fale sobre a migração dos pássaros: “Todos fazem isto? Os pássaros seguem um líder ?
Existe uma trajetória determinada? Como os pássaros andam? Como movem suas
cabeças? Por que eles voam?” Pesquise, ensine e depois deixe esse ser o tema da aula ou
da dança do dia.
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Trabalhando com animais


- Cavalos
Traga alguma imagem em movimento de cavalos, especialmente aqueles que dançam,
conhecidos como “Lippizan Horses”1. Estude com os alunos as possibilidades dos
movimentos dos cavalos: os que estão no estábulo, os que puxam carroças, os que fazem
saltos, os que estão em liberdade.

Trabalhando com esportes


Selecione movimentos característicos de esportes, como futebol, voleibol, tênis ou outros
sugeridos pelas crianças. A seguir, peça que reproduzam esses movimentos em câmara
lenta, e depois rapidamente. Faça combinações rítmicas. Misture o uso de força e energia.
Organize os movimentos dos esportes na forma de dança. Mostre para os alunos a
diferença entre dança e esportes.

Trabalhando com esportes


- Acampamento
Selecione movimentos realizados em acampamentos, como cortar lenha, nadar, fazer
canoagem, pescar. Da mesma maneira feita com os esportes, decupe o movimento, ou
seja, decomponha cada ação e analise-a passo a passo, tornando-a dançável.

Trabalhando com movimentos livres


Convide os alunos a darem pulos, saltos, skips e gallops. Os corpos das crianças
estarão totalmente envolvidos nos movimentos físicos e suas mentes ocupadas em contar e
encaixar os movimentos no espaço. De repente, peça que todos se sentem, de pernas
cruzadas e costas esticadas. A atenção das crianças estará voltada para essa mudança
súbita.
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Continue, então, comandando-os em movimentos simples e ritmados de mãos,


braços e cabeças. Acompanhe com sua voz e seu tambor, quase de maneira hipnótica.

Com essa atividade, as crianças sentem que o estudo dos movimentos é algo
significante e digno. Para isso, o professor deve desenvolver a atividade de modo que a
criança perceba a diferença entre uma simples recreação e um aprendizado envolvente
como o da dança. Nesta, eles estão envolvidos não só física e mentalmente, mas também
emocionalmente.

Trabalhando as apresentações no palco


Divida a turma em grupos e numere-os. Todos começam no palco (ou em outro
local qualquer de apresentação) em uma pose determinada. Todos os de número 1 dançam
(tempo determinado na música) e fazem uma fila no fundo da cena. Seguem os demais
números sucessivamente. Ao fim, fazem juntos alguma movimentação escolhida e juntam-
se no centro para uma grande e bonita pose final.

Outra seqüência coreográfica, que pode servir de base para uma apresentação, é
desenhar trajetórias para movimentos pré-determinados. As crianças entram fazendo skip,
mexendo os braços como quiserem, em um grande “S” na diagonal. Ao final, cada uma vai,
alternadamente, para a direita e para a esquerda do palco, deslizando como quiserem, até
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se encontrarem no fundo do palco, de onde vão para algum lugar determinado de mãos
dadas, andando na ponta dos pés e finalizando com uma pose em nível baixo.

Trabalhando com brincadeiras


Rir e brincar é considerado, didaticamente falando, um solo fértil para o
aprendizado. Quando o espírito da brincadeira e as risadas penetram em uma aula, há uma
grande facilidade ao aprendizado . Use jogos, quando não estiverem em suas salas, ou
quando sobrar tempo, ou em turmas onde o controle está sendo perdido. Você sentirá
quando um jogo emerge do conteúdo da aula desde o começo, e será bom brincar um
pouco como contraponto ao trabalho.

É bom citar aqui Nathalie Schulmann2: “Como assimilar, através de uma


observação pertinente, este “sincretismo corporal”, que é a essência do que serão amanhã
os elementos fundamentais de sua dança?... Quais jogos são possíveis no decorrer de uma
aula que não sejam nem recreação nem baderna? Quais são os jogos que tomam corpo e
quais os que tomam o corpo?”. A seguir serão apresentados alguns jogos com propósitos
bem definidos.

Trabalhando com brincadeiras


- O Super Eu
Algumas crianças que necessitam de uma atenção especial e aquelas muito pequenas
estão a todo momento exigindo muito do professor, com frases como: “É assim? Olhe para
mim!”
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A fim de trabalhar essa situação, pode-se fazer o jogo do “Super Eu”: todos fecham os
olhos. Uma delas é escolhida para ser o “Super Eu” e, na ponta dos pés, se dirige pra um
canto da sala e grita: “olhem para mim”. Todos abrem os olhos e olham para ela. Então ela
diz: “façam como eu”. E todos imitam sua pose como espelhos. Novamente ela fala:
“movam-se como eu”. E todos imitam seus movimentos com detalhes.E por fim diz:
“venham comigo”. Todos correm para ela. O jogo recomeça, e outro “Super Eu” é escolhido.

Trabalhando com brincadeiras


- Será que você consegue?
Esta é uma brincadeira em que cada aluno vai colocar as suas habilidades em
benefício de seu grupo. A turma é dividida em duas equipes para competirem em uma
corrida de revezamento. Peça para que cada grupo crie um nome para si. Determine o
trajeto da corrida. Cada equipe deverá fazer o percurso da corrida utilizando um passo e
fazendo os movimentos especificados pelo professor. Uma criança de cada grupo, por vez,
participa da disputa. Como em uma corrida de revezamento, quando uma criança completa
o circuito, a seguinte de seu grupo continua a corrida, até o último integrante, quando então
será definida a equipe vencedora.

Os passos e movimentos a serem utilizados na corrida podem ser:


- Sacudir o corpo e enquanto faz gallop
- Girar os braços e deslizar de lado.
Unidade III - Aula 11 - Avaliação

- Dobrar e esticar os braços enquanto faz skip


- Arquear as costas enquanto anda nas postas dos pés
- Olhar de um lado para o outro enquanto você pula.

Uma outra maneira de fazer este jogo, seria dar-lhes ordens como em uma gincana:
- Dê um giro, corra, toque na parede, volte e sente.
- Toque o chão com a sua cabeça, pule, e sente
- Salte e gire, faça skip até a parede e sente lá
- Estique a sua orelha, saltite até a porta e se ajoelhe.

Trabalhando com brincadeiras


- Para o final da aula
Há um jogo interessante que você pode fazer, ao final da aula, quando sobrar tempo. Cada
canto da sala ganha um número de um até quatro. Esses números são escritos em pedaços
de papel , ou se possível naquele brinquedo que imita uma roleta. Você vai contar até três
e eles vão se distribuir nos quatro cantos. Daí, sorteamos um número e todos os que
estiverem naquele canto, podem ir calçar os sapatos e se preparar para ir embora. Você
pode utilizar também um dado para sortear os números. Quando cai o número 5 ou 6
ninguém se move. Eles se divertem muito!

Trabalhando com coleções


Selecione o objeto mais valioso de uma coleção trazida pelos alunos ou por você.
Os alunos começarão representando através da dança a textura do objeto escolhido e, a
seguir, suas características.
Esse método de relacionar movimento com objetos de interesse das crianças é uma
boa maneira de mantê-los atentos durante a aula. Quanto mais profundo você for em um
assunto, melhor ele será entendido pelas crianças.

Trabalhando com música


Você pode apresentar uma música com ritmo bem marcado e fazer com que as
crianças marchem ou façam skip acompanhando-a, mudem de nível ou direção a cada
acento ou a cada mudança de frase musical. É muito rico também fazer com que as
crianças acompanhem o ritmo de suas batidas cardíacas. É um exercício que permite a
descoberta do ritmo de cada um.
Unidade III - Aula 11 - Avaliação

- As músicas
A escolha das músicas a serem utilizadas nas atividades é muito importante. Elas devem
ser infantis sem serem óbvias, bobas. As crianças, hoje, têm acesso a todos os meios de
comunicação e logo cedo desenvolvem suas preferências. Não devemos subestimar suas
inteligências e seus gostos. É conveniente que você tenha vários CDs ou fitas com músicas
bem variadas. Desde aquelas mais conhecidas do folclore brasileiros até as mais populares
e atuais.

- O tambor
O tambor é um companheiro inseparável. Primeiro porque as crianças adoram, depois
porque pode dar ao professor a oportunidade de ritmar qualquer idéia imediatamente.

Ao final da aula, você pode permitir que o aluno que conseguiu se arrumar primeiro,
toque um pouco. Não é recomendável deixá-los tocar livremente o tambor antes da aula
começar, para que ele seja visto como um agente de controle da aula.

Uma vez ou outra, quando houver tempo, deixe que todos, de forma organizada, toquem
no tambor. Faça com que todos se sentem em roda. Dê o tambor para uma das crianças e
peça para produzir um som. O grupo procura repetir o toque dado no tambor batendo
palmas. O tambor, então, é passado para a próxima criança, que tocará como quiser, alto
ou baixo, rápido ou lento, e os demais o seguem com palmas.

Quando esse tipo de ação já está bem entendido e definido para as crianças, peça para
que alguém decida de que outra maneira podem acompanhar as batidas do tambor. Uns
Unidade III - Aula 11 - Avaliação

batem com as mãos no chão, em outras partes do corpo, outros ainda batem os pés ou os
cotovelos. Algumas vezes mexem os ombros ou tronco. Quando o tambor muda de mãos, o
líder também é trocado. Uma outra maneira de conduzir é pedir que um toque e outro ou
dois outros dancem fora da roda. Essa maneira de trabalhar com o tambor pode ser
utilizada em qualquer aula.

Também podem ser usados outros instrumentos diferentes que você pode trazer para a
sala, ou ainda estimular as crianças a construírem seus próprios instrumentos. Variedade
em acompanhamento ajuda muito. Adicionar um ou dois sons a mais pode despertar maior
interesse pela atividade.

Terminamos a Unidade III. Após a avaliação, entraremos na Unidade IV,


quando veremos muitos exemplos de aulas práticas, utilizando o que
estudamos até agora.
Links - notas - etc

1
Lippizan Horses é uma raça de cavalos criada principalmente na Áustria. São animais não muito altos, que possuem
muita flexibilidade e uma enorme capacidade de executar comandos, o que os qualifica para os difíceis exercícios de
equitação. São como cavalos bailarinos.

2
SCHULMANN, Nathalie (Professora francesa). “Da prática do jogo ao domínio do gesto” In:PEREIRA, R. e SOTER, S.
Lições de Dança 1, Rio de Janeiro: Editora UniverCidade, 1999

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