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DANIEL
E
APOCALIPSE
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Disciplina: Escatologia e Apocalipse/Daniel -
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VISÃO DO ITEDAN
“Ser reconhecido nos lugares onde atua como o mais excelente em formação eclesiástica e
profissional”.
MISSÃO ITEDAN
PALAVRA DO PRESIDENTE
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A Escola ITEDAN tem como meta principal, oferecer um programa de cursos que visa
aperfeiçoar e beneficiar a todas as pessoas independente de sua crença ou denominação, sendo
inteiramente fiel ao seu supra objetivo: “formar verdadeiros pensadores e líderes”, que sejam
capazes de, com muita destreza, desintoxicar da mente humana o veneno das heresias. Nosso
principal interesse não é simplesmente ensinar, mas, transformar seus alunos em grandes seres
pensantes e verdadeiros líderes. Não somos uma instituição filosófica até porque em alguns
momentos faremos uso desta ferramenta para o aperfeiçoamento do aluno em certa área do
saber. O foco é capacitar de forma inteligente, através da ferramenta conhecida como
“Teologia” ou porque não dizer uma teologia sistematizada, cujos temas nos remetem a uma
profunda investigação das Sagradas Escrituras, para desta maneira, influenciar intensa e
positivamente a vida do aluno; tornando-o mais consciente das verdades e erros que dizem do
DEUS todo poderoso. Venha fazer parte da escola ITEDAN e seja uma das sementes regadas
com o conhecimento oferecido desta instituição.
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DANIEL E APOCALIPSE
Quando Daniel recebeu a profecia das 70 Semanas, (Dn.9:20-27) seu povo estava
cativo na Babilônia. Nabucodonosor tinha desolado totalmente a Cidade de
Jerusalém (IICr.36:17-21). Segundo as profecias essa desolação deveria durar
setenta anos (IICr.36:21; Jr.25:11; Dn.9:1,2). Conforme determinava a lei de Moisés
(Lv.25:2-7) a terra deveria gozar de um sábado, um ano de descanso, a cada sete
anos. Era um período especial de instrução sobre a lei de Deus (Dt.31:10-13). Por
desobediência a este preceito da lei, sobreveio a Israel o castigo divino, 70 anos de
cativeiro babilônico, período que corresponde aos anos nos quais o povo judaico
deixou de observar o ano sabático (II Cr.36:21). O profeta Daniel, percebeu pelo
estudo dos livros que os 70 anos estava chegando ao fim (Dn.9:2). O Dr. Ryrie diz
que os 70 anos, que teve início em 605 A.C., teve seu fim em 535 A.C. 1 Mas Daniel
tinha em mente os 70 anos do cativeiro babilônico (Jr. 25:11; Zc.7:5). Quando estava
orando o Anjo Gabriel trouxe-lhe novas revelações sobre as 70 semanas. Disse-lhe
o anjo: "Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo..."(Dn.9:24).
Esta profecia não tem nenhuma relação com os 70 anos do cativeiro babilônico que
já se cumpriram. O cativeiro durou 70 anos, esta profecia acrescenta 490 anos de
desolação sobre Israel. A palavra hebraica traduzida por semanas, aqui em Dn.9:24,
é shabua que significa sete. Este sete se refere há sete dias ou sete anos,
conforme o calendário judaico, o período de uma semana. Portanto a tradução literal
deste texto seria: "setenta setes estão determinadas..." Para os judeus uma
semana poderia ser "uma semana de dias" ou "uma semana de anos"2 . O Dr.
Mc'Clain dissertando sobre o período de jejum de Daniel, escreve: "É significativo
que aqui o hebraico lê 'três setes de dias'. Se no nono capítulo o escritor quisesse
que entendêssemos os 'setenta setes' como de dias, porque não empregou o
mesmo modo de expressão adotado no capítulo dez? A resposta é evidente: Daniel
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(6) Após a 69ª semana o outro príncipe que há de vir (o Anticristo) fará uma aliança
com a nação de Israel por uma semana. Aqui temos a última das 70 semanas, a
septuagésima semana de Daniel (vv.26,27). (7) No meio da septuagésima semana o
príncipe violará a aliança com Israel: "fará cessar o sacrifício..."(v.27). (8) Ao findar
as Setenta Semanas haverá um tempo de muitas bênção para a nação de Israel
(v.24).
o rei Artaxerxes subiu ao trono em 465 A.C. Desse modo seu vigésimo ano é 445
A.C. Para encontrar o final das sessenta e nove semanas, temos que reduzi-las a
dias. Desde que as 69 semanas de sete anos cada uma, e cada ano tem 360 dias, a
equação à qual chegamos é 69 x 7 x 360 = 173.880 dias. Começando com 14 de
Março (mês de Nisã) de 445 A.C., este total nos leva até 6 de Abril de 32 A.D., a
data em que Jesus entrou em Jerusalém. Este dia é aquele profetizado no Salmo
118:24-26, que apontava para a entrada triunfal de Jesus, quando os judeus
clamavam "Bendito é o rei que vem em nome do Senhor"(Lc.19:38; Sl.118:26).
Porque Eles rejeitaram o seu Rei (Lc.19:42), as benção do reino Messiânico que
deveria trazer a paz, ficou adiada para o futuro (Is.9:6,7; Zc.9:9,10). Para provar que
os 173.880 dias são equivalentes ao período de 14 de Março de 445 a.C. até 6 de
Abril de 32 A.D., é necessário fazer o cálculo pelo nosso próprio calendário:
445 a.C. até 32 A.D. = 476 anos
476 anos x 365 dias = 173.740 dias
173.740 + 116 dias (aumento de anos bissextos) = 173.856
173.856 + 24 dias (período de 14 de março de 445 A.C. até 6 de abril de 32 A.D.) =
173.880.
Este período de tempo do nosso calendário (476 anos = 173.880 dias) equivale
aos 483 anos das 70 Semanas (7 + 62 = 69 e 69 x 7 = 483 anos). A profecia
menciona 70 semanas, isto é 490 anos, mas somente 483 anos foram cumpridos.
Resta ainda sete anos (490 - 483 = 7), e este período restante é a septuagésima
semana de Daniel, que se cumprirá na Grande Tribulação. Se esta última semana
ainda não se cumpriu, então é porque há um intervalo entre a 69ª e a 70ª semanas.
Desse modo a interpretação da profecia não é contínua, mas fica estabelecido o
fenômeno do cumprimento parentético.
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expressão: "um ano, dois anos e metade de um ano", o que equivale a três anos e
meio. Esta mesma expressão também é usada em Apocalipse para se referir ao
tempo da perseguição de Israel: "...e foram dadas à mulher (Israel) as duas asas da
grande águia, para que voasse até o deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada
durante um tempo, tempos, e metade de um tempo, fora da vista da
serpente."(Ap.12;14). Este mesmo período é identificado ainda como sendo 42
meses (Ap.13:5) ou 1.260 dias (Ap.12:6). Este período é a segunda metade da
tribulação, quando o Anticristo (o príncipe romano) 8 se assentará sobre o trono do
Messias "estabelecendo a abominação desoladora"(Dn.12:31; Mt.24:15; IITs.2:3,4).
Deve-se notar que a profecia é clara em afirmar que antes da septuagésima semana
"haverá guerra; desolações são determinadas."(Dn.9:26). Isso deixa claro que a
septuagésima semana ainda não se cumpriu, pois até agora Israel continua
buscando a paz (Sl.122:6-9; Jr.23:5,6; Lc.19:42). A paz só virá quando Jesus o
Príncipe da Paz retornar com poder e glória (Mt.24:29-31).
Na primeira metade, quando haverá uma paz aparente, o evangelho será
pregado à todas as nações (Mt.24:14). As duas testemunhas, proclamarão a
mensagem da salvação (Ap.11;3). Provavelmente os 144.000 serão evangelistas
nesse período (Ap.7:9-14: 14:1). Há muito mais que poderíamos comentar sobre as
70 Semanas de Daniel, mas as passagens que foram aqui examinadas, cremos, são
suficientes para demonstrar a veracidade daquilo que chamamos de cumprimento
parentético, ou que Delitzsch chama de "apotelesmática, isto é, vê logo em
seguida o próximo grande evento da história, a culminância do fim". 9
“1. Ora no segundo ano do reinado de Nabucodonosor, teve este uns sonhos;
e o seu espírito se perturbou, e passou-se lhe o sono. 2. Então o rei mandou chamar
os magos, os encantadores, os adivinhadores, e os caldeus, para que declarassem
ao rei os seus sonhos; eles vieram, pois, e se apresentaram diante do rei. 3. E o rei
lhes disse: Tive um sonho, e para saber o sonho está perturbado o meu espírito”.
Daniel 2.1-3
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“31. Tu, ó rei, na visão olhaste e eis uma grande estátua. Esta estátua, imensa
e de excelente esplendor, estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível.
32. A cabeça dessa estátua era de ouro fino; o peito e os braços de prata; o ventre e
as coxas de bronze; 33. As pernas de ferro; e os pés em parte de ferro e em parte
de barro. 34. Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de
mãos, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou. 35. Então
foi juntamente esmiuçados o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se
fizeram como a pragana das eiras no estio, e o vento os levou, e não se podia achar
nenhum vestígio deles; a pedra, porém, que feriu a estátua se tornou uma grande
montanha, e encheu toda a terra. 36. Este é o sonho; agora diremos ao rei a sua
interpretação”. Daniel 2.31-36
Uma questão que por muito tempo o homem vem tentando buscar resposta é a
cerca do futuro da raça humana na face da terra. Questão que os cristãos em parte
sabem pelas Escrituras. Em II Pedro 1:19, é nos revelado que as profecias bíblicas
são tão importantes como a chegada da luz em um local escuro.
O Sonho de Nabucodonosor
pois além de ter sido um sonho totalmente diferente, ele também se esqueceu do
sonho que teve. Então Nabucodonozor manda chamar todos os sábios,
encantadores, os magos, os adivinhos e os feiticeiros de seu reino para tentarem lhe
falar qual era o sonho que ele tinha sonhado e também lhe dar a interpretação do
mesmo, mas nenhum deles pode realizar tal proeza. Enfurecido Nabucodonozor
manda matar todos eles, porém quando o capitão do Rei chega até a pessoa de
Daniel para o matar, juntamente com seus amigos, conhecidos por Sadraque,
Mesaque e Abdnego, Daniel lhe diz que ele voltasse ao rei e lhe pedisse tempo, pois
ele iria pedir a Deus que lhe concedesse a revelação e a interpretação do sonho. O
sonho que Nabucodonozor havia tido era o descrito nos versículos 31 a 36 e então
após contar para o rei qual era o sonho que ele havia tido, Daniel cheio do poder de
Deus também lhe revela qual seria o significado de seu sonho.
Significado do Sonho
“32. A cabeça dessa estátua era de ouro fino”;... (ver vs. 37 e 38).
Esta declaração torna evidente que a cabeça de ouro simbolizava o grande e
poderoso império babilônico, mas ainda com toda a sua grandeza, Babilônia deveria
passar, e viria outro grande império depois dele, porém não tão grande como o
império babilônico, simbolizado pelo peito e braços de prata.
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"Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com
semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se
mistura com o barro". Daniel 2.43
Houve uma tentativa de unir esses reinos para então se formar um quinto reino
universal, mas foi fracassada. Quando se deu a 1ª Guerra Mundial, quase todos os
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reis ou monarcas da Europa eram parentes, pois veja só. A rainha da Inglaterra, a
Rainha vitória, também era chamada a "avó da Europa", pois quase todos os
outros reis pertenciam à sua dinastia, por exemplo, o rei da Inglaterra, o czar da
Rússia, o rei da Espanha, o imperador da Alemanha, eram todos parentes brigando
entre si nesta guerra, e o resultado de tudo isso foi que quase todos os reinos
caíram e foram substituídos por Repúblicas. Também temos exemplos de outros
governantes que tentaram unir a Europa e também fracassaram, como Adolf Hitler
da Alemanha, Napoleão Bonaparte da França, Carlos V da Espanha e outros
como Luiz XIV, Carlos Magno, mas a profecia se mantinha inabalável, não se
ligariam um ao outro como o ferro não se une ao barro, era o que estava escrito.
III - Apocalipse
A mensagem do livro
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Este livro foi inicialmente endereçado aos cristãos que estavam suportando o
martírio na época do apóstolo João. Houve grandes perseguições nos primeiros
séculos contra a igreja: 1) Nero (64 d.C); 2) Domiciano (95 d.C); 3) Trajano (112
d.C); 4) Marco Aurélio (117 d.C); 5) Sétimo Severo (fim do segundo século); 6)
Décio (250 d.C); 7) Diocleciano (303 d.C). Este livro foi destinado não apenas aos
seus primeiros leitores, mas a todos os cristãos durante esta inteira dispensação,
que vai da primeira à segunda vinda de Cristo. O livro foi escrito por João quase no
final do governo de Domiciano, quando foi banido para a Ilha de Patmos.
a) A interpretação preterista
b) A interpretação futurista
faz justiça ao livro que foi uma mensagem atual, pertinente e poderosa para todos os
cristãos em todas as épocas. Esse livro não tinha nenhum conforto para a Igreja
primitiva nem para nós. Transfere o Reino de Deus para o futuro milenar.
c) A interpretação histórica
a) A corrente Pós-Milenista
Crê que o mundo vai ser cristianizado e que teremos um grande e poderoso
reavivamento e o crescimento espantoso da Igreja ao ponto da terra encher-se do
conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar (Hc 2:4). Essa corrente foi
forte no século XVIII e XIX quando as missões estavam em franca expansão.
Homens como Jonathan Edwards, Charles Hodge e Loraine Boetner foram
defensores do Pós-Milenismo. Muitos missionários foram influenciados por esta
interpretação, bem como muitos hinos foram escritos inspirados por esta visão.
b) A corrente Pré-Milenista
d) A idéia de que a Igreja não passará pela grande tribulação (a Igreja será poupada
da ira de Deus (thymos e orge), mas não da tribulação (thlipsis). A tribulação não é
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a ira de Deus contra os pecadores, mas, sim, a ira de Satanás, do anticristo e dos
ímpios contra os santos. (Gundry).
O livro do Apocalipse deve ser visto não como uma mensagem que registra os
fatos em ordem cronológica, mas temos no livro sete seções paralelas e
progressivas. Cada seção descreve todo o período que compreende da primeira à
segunda vinda. Cada sessão descreve uma cena do fim. A cena do fim vai ficando
cada vez mais clara e até chegar ao relato apoteótico da última sessão. Essas sete
seções estão divididas em dois grandes períodos (1-11) e (12-22). A primeira
descreve a perseguição do mundo e ímpios e a segunda a perseguição do dragão e
seus agentes.
Encontramos aqui Jesus uma descrição do Cristo que morre, ressuscita e vai
voltar (1:5-7). A morte e ressurreição de Cristo é o começo da era cristã, e o juízo
final é o término da era cristã
- O senhor e sua Igreja e o que lhes sucede no mundo, o juízo final, os redimidos e
os perdidos. As trombetas são avisos antes do derramamento completo das taças
da ira de Deus. Antes de Deus punir finalmente, ele sempre avisa.
Essa seção mostra o Reinado de Cristo com as almas do santos no céu e não
o milênio na terra depois da segunda vinda. O capítulo 20 começa na primeira vinda
e não depois da segunda vinda. Então temos a descrição do juízo final (20:11-15).
Após isso, vemos os novos céus e a nova terra e a Igreja reinando com Cristo para
sempre.
b) A idéia de que ele é um livro que fala de catástrofe, tragédia e caos - Esse é
o significado da palavra hoje. Tornou-se sinônimo de tragédia. Mas Apocalipse não
fala de caos, mas do plano vitorioso e triunfante de Cristo e da sua Igreja.
Seus olhos não estão inchados, mas são como chama de fogo. Seus pés não estão
pregados na cruz, mas são semelhantes ao bronze polido. Sua voz não está rouca,
porque a língua está colada ao céu da boca, por atordoante sede, mas é voz como
voz de muitas águas. Suas mãos não estão cheias de pregos, mas ele segura a
igreja e a história em suas onipotentes mãos. Seu rosto não está desfigurado, mas
brilha como o Sol. O objetivo do livro de Apocalipse não é nos dar uma tabela do
tempo do fim, mas nos revelar o Noivo glorioso da Igreja, o supremo conquistador. A
Igreja precisa olhar para a supremacia do seu Senhor. O Espírito Santo usou João
para escrever o quarto evangelho, as cartas e o Apocalipse. O objetivo do evangelho
é alertar as pessoas a crerem em Cristo (20:31). O objetivo das cartas é encorajar
os cristãos a terem certeza da vida eterna (5:13). O objetivo do Apocalipse é alertar
os cristãos para estarem preparados para a segunda vinda de Cristo (22:20).
Domiciano arrogou para si o título de Senhor e Deus, baniu João para a Ilha de
Patmos, a colônia penal da costa da Ásia Menor. Mas ao mesmo tempo em que se
achava fisicamente em Patmos, achou-se também em espírito e Deus abriu-lhe o
céu e revelou-lhe as coisas que em breve devem acontecer num tempo em que a
Igreja estava sendo massacrada e pisada, perseguida e torturada, João recebe a
revelação de que o Noivo da Igreja, o Senhor absoluto dos céus e da terra, está no
total controle da Igreja e da história (1:1.3; 5:5).
trombetas, sete taças, sete espíritos, sete cabeças, sete chifres, sete montanhas. O
número sete significa completo, total. Havia mais de sete igrejas na Ásia Menor. Mas
quando Jesus envia cartas às sete igrejas, significa que ele envia sua mensagem
para toda a Igreja, em todos os lugares, em todos os tempos. Não há nenhuma
indicação nas sete igrejas que elas representem sete períodos sucessivos da
história da Igreja. João escolheu estas sete igrejas para que elas servissem de
representantes da Igreja toda. Jesus é:
a) Como a Fiel Testemunha - Jesus foi fiel durante todo o seu ministério. Nunca
deixou de testemunhar sobre o Pai, mesmo na hora do sofrimento e da morte. "Eu
vim para fazer a vontade do Meu Pai."
b) Primogênito dos Mortos - Jesus foi o primeiro a ressuscitar em glória. Ele está
vivo para sempre. Ele é o primogênito porque é o primeiro. . Uma igreja que está
enfrentando o martírio precisa saber que o Jesus venceu o poder da morte.
c) O Soberano dos Reis da Terra - A Igreja precisa ver Jesus como o presidente
dos presidentes, diante de quem todos os poderosos vão se dobrar. Jesus está
acima de Roma, dos imperadores, ele está acima dos impérios, das nações
soberbas, dos reis da terra e dos presidentes que ostentam o seu poder.
b) Reino - A Igreja é o povo sobre o qual o Reino já veio e que herdarão o Reino
quando ele vier na sua plenitude; mas nesta posição a Igreja é o objeto do ódio
satânico, destinada a sofrer perseguição.
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IX - A Ilha de Patmos
João foi banido para a ilha de Patmos, uma colônia penal romana, onde se
exilavam prisioneiros políticos. Ali esses prisioneiros perdiam todos os seus direitos
civis e toda possessão material. Os prisioneiros eram obrigados a trabalhar nas
minas daquela ilha, vestindo-se de trapos. A ilha ficava no Mar Egeu e tinha 16 km
de comprimento por 10 km de largura, uma ilha nua, vulcânica, com elevações de
até 300 metros. João é preso na ilha de Patmos por causa da Palavra de Deus e do
testemunho de Jesus Cristo (v. 9). Possivelmente João foi acusado de subversão
pelo governador da Ásia por pregar o Evangelho e testemunhar do senhorio de
Cristo, num tempo em que o imperador Domiciano arrogava para si o título de
Senhor e Deus. João é condenado a sofrer humilhações, prisão, fome e trabalhos
forçados por amor à Palavra de Deus. João recebeu esta revelação no dia do
Senhor, dia que a Igreja celebra a vitória do seu Senhor sobre a morte e também o
dia da esperança, que dirigia seus sentidos para a consumação e a renovação do
mundo. Na solidão da ilha, isolado e exilado João ouve uma voz. Roma pôde até
proibir João de ter contato com os seus irmão perseguidos, mas não pôde proibir
João de ter contato com o trono de Deus. A visão começa com uma audição. Por
trás para que João não fosse confundido com vozes paralelas (Is 30:21). A trombeta
fala de uma voz sobrenatural, poderosa, assustadora. Os sete candeeiros são as
sete igrejas, mas o que são os sete anjos (v. 16,20)? Anjos celestes, mensageiros,
pastores ou uma figura da própria igreja? Hendriksen pensa que anjos aqui são os
pastores. Mas este livro usa a palavra "anjos" 67 vezes e em nenhuma delas refere-
se a seres humanos. Assim George Ladd entende que tanto os candeeiros como as
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estrelas falam da Igreja como luzeiros de Deus no mundo. Cristo está não apenas
entre a Igreja, mas a têm em suas próprias mãos. Essas duas figuras, portanto, são
um símbolo incomum para representar o caráter celestial e sobrenatural da Igreja,
seja através dos seus membros, seja através dos seus líderes. João vê dez
características distintas do Noivo da Igreja em sua glória e majestade:
2) Sua Cabeça (v. 14) - Falam da sua divindade, da sua santidade e da sua
eternidade.
3) Seus Olhos (v. 14) - Falam da sua onisciência que a tudo vê e perscruta. Ele é o
juiz diante de quem tudo se desnuda.
4) Seus Pés (y.,1.5) - Isso fala da sua onipotência para julgar os seus inimigos.
Convém que ele reine até que ponha todos os seus inimigos debaixo dos seus pés
(1 Co 15:23).
5) Sua Voz (v. 15) - Isso fala do poder irresistível da sua Palavra, do seu
julgamento. No seu juízo desfalecem palavras humanas. A voz de Cristo detém a
última palavra e é a única a ter razão.
6) Sua Mão (v. 16) - A mão direita é a mão de ação, com a qual age e governa. Isso
mostra o seu cuidado com a Igreja.
7) Sua Boca (v. 16) - Essa Palavra aqui não é o Evangelho, mas a Palavra do juízo.
A única arma de guerra usada pelo Cristo conquistador no capítulo 19 é a Espada
que saía da sua boca (19:5). Essa é a cena do tribunal, onde é proferida a sentença
judicial, e precisamente sem contestação.
8) Seu Rosto (v. 16) - A visão agora não é mais de um Cristo servo, perseguido,
preso, esbofeteado, com o rosto cuspido, mas do Cristo cheio de glória. A luz do sol
supera o brilho dos candeeiros.
10) Sua Vitória Triunfal (v. 18) - João está diante do Cristo da cruz, que venceu a
morte. Ele não apenas está vivo, mas está vivo para sempre. Ele não só ressuscitou,
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ele venceu a morte e tem as chaves da morte e do inferno. Quem tem as chaves
tem autoridade. Jesus recebeu do Pai toda autoridade no céu e na terra (Mt 28:18).
Jesus tem não apenas a chave do céu (3:7), mas também a chave da morte
(túmulo). Agora a morte não pode mais infligir terror, porque Cristo está com as
chaves, podendo abrir os túmulos e levar os mortos à vida eterna.
Esta besta que subiu é um homem que virá do meio político, e o mar significa
povos, tribos línguas e nações (Ap;17,15).
Tribo – Grupo étnico unido pela língua, costumes e tradições e que vivem em
comunidades sob um ou mais chefes. As tribos indígenas no Brasil são
exemplo disso.
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(inválidas, negros, judeus, ciganos, mestiços) sem contar os soldados inimigos que
pertenciam à Inglaterra, França, Polônia, Rússia... O clímax dessa perseguição foi o
“HOLOCAUSTO” aonde seis milhões e duzentos e setenta mil judeus morreram
queimados nos fornos crematórios na Alemanha e na Polônia. O Anticristo será um
Hitler moderno com a tecnologia de ponta ao seu dispor contra os que rejeitarem o
seu governo. Os principais blocos econômicos mundiais da atualidade são: NAFTA,
AELC, UE, APEC, CEI, MERCOSUL, OPEP, ASEAN, COMESA, ALCA.
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pois ele irá dominar quase todas as religiões do mundo, fazendo um movimento
ecumênico do qual ele será o líder supremo, perseguindo e matando a todas outras
religiões e povos que não crerem na sua doutrina (Ap;17,1- 6\Ap;13,15). Atualmente
o Papa Francisco vem liderando a Igreja ecumênica mundial com sede na Suíça,
onde líderes religiosos de várias regiões do mundo assentam-se em uma mesma
mesa para tratarem de assuntos diversos como, por exemplo, o meio ambiente e as
guerras. Estes líderes se esquecem das suas diferenças doutrinárias e aprovam
diversos projetos, entre estas religiões estão: algumas seitas cristãs, hinduísmo,
budismo, jaínismo, taoísmo, confucionismo, espiritismo, xintoísmo, teosofismo...
Entre os maiores sedutores de satanás atualmente estão as seitas orientais e a nova
Era, que são movimentos que estão influenciando muitos cristãos sinceros. Outra
teoria interessante é a de que o anticristo será o Madhin que segundo as profecias
árabes vai governar o mundo por sete anos e vai converter o mundo inteiro para
Aláh, nesse período ele vai perseguir os cristãos, judeus e pagãos e irá exterminá-
los e também vai implantar o Grande Califado na terra, e será apoiado pelo grande
profeta Maomé que terá a incumbência de guiar o Grande Califado e de ser o
grande líder espiritual até que chegue o momento da pedra negra da Cabala em
Meca, falar e ensinar aos muçulmanos os preceitos de Aláh.
O falso profeta mandará fazer uma imagem da primeira besta e esta imagem
irá falar e fará que sejam mortos todos os que não adorarem a primeira besta
(Ap;14,15). Vejamos o seguinte, o diabo não é Onisciente (não sabe de todas as
coisas), e nem é Onipresente (não está em todos os lugares ao mesmo tempo).
Então podemos afirmar que ele usará a tecnologia moderna (Gn;11,6 \ Dn;12,4), o
nome imagem no grego é “Eikon” e no latim é “Ícone”, talvez essa imagem seja um
supercomputador central ligado à rede mundial (Internet) ou um milagre cibernético
ou robótico. Atualmente existe um supercomputador de três andares em Bruxelas
capital da Bélgica, capaz de armazenar dados econômicos e financeiros do mundo
inteiro com um sistema adaptado chamado de código de barras, com o leitor óptico.
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XIII - A marca
Será o meio pelo qual a imagem da besta fará o controle mundial do sistema
globalizado para a veneração do homem do pecado o filho da perdição (2Ts;2,3).
Esse homem fará tudo segundo a operação de satanás (2Ts;2,9) e enganará os que
perecem (2Tss;2,10), engano este que se dará através da sua marca que poderá ser
fruto da tecnologia moderna. Atualmente Em várias partes do mundo está em estado
experimental um pequeno chip de computador do tamanho de um grão de arroz o
qual tem sido implantado na mão direita ou na fronte das pessoas com um sistema
rastreado por satélite (GPS). Este chip tem sido implantado em pessoas ricas para
protegê-las contra sequestros, roubos, e assaltos, e dar a sua localização exata.
Existe também no mundo um cartão inteligente com um micro chip do tamanho da
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XIV - O nome
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O nome sacerdotal atribuído ao Papa, mas isso não quer dizer que ele é o
Anticristo.
V=5+I=1+C=100+I=1+V=5+I=1+L=50+I=1+I=1+D=500+I=1
Total: 666
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V=5+I=1+C=100+I=1+V=5+L=50+I=1+D=500+I=1+I=1+I=1
Total: 666
Ora, existem vários nomes históricos e até atuais que dá 666, o que demonstra
que só será revelado o número do nome do Anticristo somente na Grande
Tribulação. Vejamos o seguinte:
Quem quiser telefonar de Israel para outro país terá que utilizar o código
DDI 666.
O homem foi criado no sexto dia, devia trabalhar seis dias e seis anos
(Gn;1,27,31\Ex;20,9\Lv;25,2).
O movimento da Era de Aquário (nova Era) decodifica o WWW, Word Wilde Web,
por 666.
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sofrerão muito (Is:29,1-5), e quando tudo parecer que está perdido eles irão clamar
pelo Messias (Zc:12,10-14). Naquele dia em meio a escuridão das trevas
(At:2,19,20), os céus se abrirão e aparecerá o sinal do filho do homem (24,29,30), e
verão aquele a quem eles traspassaram as mãos e os pés (Zc:12,10-14/ Ap:1,7), o
qual descerá literalmente no monte das Oliveiras na presença deles (Zc:14,3-7).
Neste momento o Anticristo se retirará de Jerusalém e se reunirá fora da cidade
para a batalha do armagedom e o Senhor destruirá o seu exército (Ap:16,16/
Ap:14,17-20), e lançará a besta e o falso profeta no lago de fogo (Ap:19,19,20), e
Satanás será aprisionado durante mil anos (Ap:20,1-3). Os anjos de Deus ajuntarão
nos quatro ventos dos céus o povo de Israel (Mt:24,30,31), e então será instalado o
reino milenial na terra com a capital mundial do reino de Deus na cidade de
Jerusalém (Is:2,1-5), e na posição de amigos do noivo os judeus terão a
incumbência de proclamarem o evangelho em toda a terra (Zc:8,20-23). Na
eternidade os judeus habitarão com a Igreja e o Senhor Jesus na nova Jerusalém,
na nova terra: “Mas tendes chegado ao Monte Sião, e a cidade do Deus vivo, a
Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e a universal Assembleia, e a
Igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus o juiz de todos, e aos espíritos
dos justos aperfeiçoados, e a Jesus o mediador da nova aliança... (Hb:12,22,23,24
a).
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Note que Jesus não prosseguiu na leitura do profeta. Ele leu apenas até onde sabia
que a profecia iria se cumprir. Depois Ele fechou o livro (Lc.4:20). O restante da
profecia de Isaías: "o dia da vingança do nosso Deus" (Is.6l:2b), e a restauração
de Sião (Is.6l:3-7), ficaram para o futuro. Aqui temos um caso típico de cumprimento
parentético, pois há um parêntesis de tempo mui longo entre o cumprimento da
primeira porção da profecia e o da segunda. Um outro exemplo de cumprimento
parentético é encontrado em Joel 2:28-32. O apóstolo Pedro aplicou esta profecia à
descida do Espírito Santo, no dia de pentecoste (At.2:16-21). Ao ler o livro de Atos,
todos concordam que já estamos vivendo os últimos dias. Porém ninguém é tolo o
suficiente par afirmar que a parte desta profecia, onde diz que o sol se converterá
em trevas e a lua em sangue, já se cumpriu. Tal previsão está para o futuro (At.2:19-
21; Mt.24:29; Ap.6:12). Uma profecia de grande importância para demonstrar de vez
esse ponto de vista, é a profecia das Setenta Semanas de Daniel.
BIBLIOGRAFIA
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Societies, 1975; 86p.
CLOUSE, Robert G. O Milênio; significado e interpretações. São Paulo, Luz para o
Caminho, 1985; 202p.
ELWELL, Walter A. (ed). Enciclopédia Histórico Teológica da Igreja Cristã. São
Paulo, Vida Nova, 1988; v.2, 600p.
ERICKSON, Millard J. Opções Contemporâneas na Escatologia. 3 ed. São Paulo,
Vida Nova, 1991; 170p.
FIGUEREDO, Cleómines A. de. O Milênio. São Paulo, Cultura Cristã, 1993; 16p.
FRIBERG, Barbara. O Novo Testamento Grego Analítico. São Paulo, Edições Vida
Nova,1987; 860p.
GINGRICH, F. Wilbur et alli. Léxico do Novo Testamento Grego-Português. São
Paulo, Vida Nova, 1984; 228p.
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ATIVIDADE
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