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ITEDAN - INSTITUTO TEOLÓGICO PASTOR DANIEL ALVES ALENCAR


Disciplina: DANIEL E APOCALIPSE
Professor (a): ____________________________________________________

DANIEL
E
APOCALIPSE

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Disciplina: Escatologia e Apocalipse/Daniel -
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Balsas - MA, 2021

VISÃO DO ITEDAN

“Ser reconhecido nos lugares onde atua como o mais excelente em formação eclesiástica e
profissional”.

MISSÃO ITEDAN

“Desenvolver talentos e verdadeiros líderes e pensadores”

PRINCÍPIOS E VALORES DO ITEDAN

Respeito as pessoas e suas classes sociais Responsabilidade socioambiental Ética


Transparência Excelência de desempenho Interdependência Flexibilidade

PALAVRA DO PRESIDENTE

O Instituto Bíblico da Assembleia de Deus em Balsas - MA – ITEDAN, originou-se da


necessidade constatada por seu Diretor Geral, Pastor Flávio Carvalho de Araújo, de construir
uma instituição de ensino que tivesse por objetivo a preparação e formação de líderes
religiosos. Assim, o ITEDAN foi criado para o estudo da Teologia junto à comunidade onde
se encontra inserido, dando as possíveis possibilidades dos conhecimentos bíblicos; uma vez
que os seus objetivos para o futuro, não sendo restrito apenas a uma visão meramente
eclesiástica, mas com a perspectiva de continuação dos estudos em nível Fundamental, e
Médio, e crendo em Deus, Superior no que tange o secular num futuro bem próximo. Outro
objetivo da nossa instituição ITEDAN é de difundir esses estudos dentro das diversas e
diferentes denominações religiosas, uma vez que o objetivo sempre foi a inclusão de mentes
pensadoras independente de sua cor, raça, meio social, religião e outros. Acredito que muito
em breve o ITEDAN será uma das escolas teológica de referência na nossa cidade, e também
no nosso Estado e em lugares mais longínquos. Venho encorajar a todos meus companheiros
do ministério e amigos a fazerem parte dessa luta pela educação, DE FATO, O ESTUDO,
segundo Salomão é ENFADONHO; MAS, AS EXIGÊNCIAS DA VIDA SEMPRE NOS
LEVARÃO AO ENCONTRO DOS ESTUDOS E DO CONHECIMENTO.

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PRESIDENTE: Pr. Flávio Carvalho de Araújo.

PALAVRA DO DIRETOR PEDAGÓGICO

A Escola ITEDAN tem como meta principal, oferecer um programa de cursos que visa
aperfeiçoar e beneficiar a todas as pessoas independente de sua crença ou denominação, sendo
inteiramente fiel ao seu supra objetivo: “formar verdadeiros pensadores e líderes”, que sejam
capazes de, com muita destreza, desintoxicar da mente humana o veneno das heresias. Nosso
principal interesse não é simplesmente ensinar, mas, transformar seus alunos em grandes seres
pensantes e verdadeiros líderes. Não somos uma instituição filosófica até porque em alguns
momentos faremos uso desta ferramenta para o aperfeiçoamento do aluno em certa área do
saber. O foco é capacitar de forma inteligente, através da ferramenta conhecida como
“Teologia” ou porque não dizer uma teologia sistematizada, cujos temas nos remetem a uma
profunda investigação das Sagradas Escrituras, para desta maneira, influenciar intensa e
positivamente a vida do aluno; tornando-o mais consciente das verdades e erros que dizem do
DEUS todo poderoso. Venha fazer parte da escola ITEDAN e seja uma das sementes regadas
com o conhecimento oferecido desta instituição.

DIRETOR PEDAGÓGICO: Pr. Sidiney Figueredo Pinheiro.

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DANIEL E APOCALIPSE

I - As Setenta Semanas de Daniel

Quando Daniel recebeu a profecia das 70 Semanas, (Dn.9:20-27) seu povo estava
cativo na Babilônia. Nabucodonosor tinha desolado totalmente a Cidade de
Jerusalém (IICr.36:17-21). Segundo as profecias essa desolação deveria durar
setenta anos (IICr.36:21; Jr.25:11; Dn.9:1,2). Conforme determinava a lei de Moisés
(Lv.25:2-7) a terra deveria gozar de um sábado, um ano de descanso, a cada sete
anos. Era um período especial de instrução sobre a lei de Deus (Dt.31:10-13). Por
desobediência a este preceito da lei, sobreveio a Israel o castigo divino, 70 anos de
cativeiro babilônico, período que corresponde aos anos nos quais o povo judaico
deixou de observar o ano sabático (II Cr.36:21). O profeta Daniel, percebeu pelo
estudo dos livros que os 70 anos estava chegando ao fim (Dn.9:2). O Dr. Ryrie diz
que os 70 anos, que teve início em 605 A.C., teve seu fim em 535 A.C. 1 Mas Daniel
tinha em mente os 70 anos do cativeiro babilônico (Jr. 25:11; Zc.7:5). Quando estava
orando o Anjo Gabriel trouxe-lhe novas revelações sobre as 70 semanas. Disse-lhe
o anjo: "Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo..."(Dn.9:24).
Esta profecia não tem nenhuma relação com os 70 anos do cativeiro babilônico que
já se cumpriram. O cativeiro durou 70 anos, esta profecia acrescenta 490 anos de
desolação sobre Israel. A palavra hebraica traduzida por semanas, aqui em Dn.9:24,
é shabua que significa sete. Este sete se refere há sete dias ou sete anos,
conforme o calendário judaico, o período de uma semana. Portanto a tradução literal
deste texto seria: "setenta setes estão determinadas..." Para os judeus uma
semana poderia ser "uma semana de dias" ou "uma semana de anos"2 . O Dr.
Mc'Clain dissertando sobre o período de jejum de Daniel, escreve: "É significativo
que aqui o hebraico lê 'três setes de dias'. Se no nono capítulo o escritor quisesse
que entendêssemos os 'setenta setes' como de dias, porque não empregou o
mesmo modo de expressão adotado no capítulo dez? A resposta é evidente: Daniel
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só empregou shabua, quando se referia à bem conhecida 'semana de anos', uso


costumeiro, que todo judeu entenderia; mas, no capítulo dez, ao falar das 'três
semanas' de jejum, ele as especifica como 'semanas de dias' a fim de distingui-las
das 'semanas de anos' no capítulo nove. E se as 'semanas' do capítulo nove fossem
compostas de dias, não haveria nenhuma razão de ele ter mudado a forma hebraica
no capítulo dez".3 A ideia de 'semana de anos' soa um tanto estranho aos nossos
ouvidos, mas é algo com que os judeus estavam bem familiarizados. Lemos em
Gênesis que Jacó trabalhou sete anos por Lia e, depois, mais sete anos por Raquel
(Gn.29:21-30). Note que neste texto Labão fala dos sete anos de trabalho de Jacó
como sendo semanas: "Decorrida a semana desta, dar-te-emos também a outra,
pelo trabalho de mais sete anos que ainda me servirás."(Gn.29:27). Outro texto
bíblico onde aparece a expressão 'semanas de anos' encontra-se em Levítico:
"Contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos; de maneira que os
dias das sete semanas de anos te serão quarenta e nove anos."(Lv.25:8). Há
ainda outra profecia, que nada tem a ver com as setenta semanas, mas serve
também para esclarecer esta questão. Trata-se da profecia do exílio proclamada
pelo profeta Ezequiel: "Porque eu te dei os anos da sua iniquidade, segundo o
número dos dias... Quarenta dias te dei cada dia por um ano..." (Ez.4:5,7).
Notamos aqui que cada dia representa um ano. Se uma semana tem sete dias,
então uma semana de anos tem sete anos. Portanto a profecia de Daniel fala de um
período de 490 anos (setenta setes, ou seja, 70 x 7 = 490).
Essas passagens demonstram claramente que as 70 Semanas de Daniel são
semanas de anos. Mas se são semanas de anos, qual será a duração de cada ano?
Há evidência suficiente na Bíblia que demonstra que o ano judaico é equivalente a
um período de 360 dias, ou doze meses de 30 dias. Mais uma vez citaremos os
argumentos apresentados pelo Dr. Mac'Clain:
"O primeiro argumento é histórico. Conforme a narrativa de Gênesis, o dilúvio
começou no décimo sétimo dia do mês segundo (7:11), e terminou no décimo sétimo
dia do mês sétimo (8:4). Isto é precisamente um período de cinco meses e
felizmente a duração do mesmo período é dada em dias - 'cento e cinquenta dias'
(7:24; 8:3). Assim o primeiro mês conhecido na história bíblica era de 30 dias, e
doze meses nos dariam um ano de 360 dias. "O segundo argumento é profético e
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absolutamente conclusivo, porque se baseia numa medida incluída na própria


profecia das setenta semanas sob discussão. Dn.9:27 menciona um período de
perseguição aos judeus pelo príncipe vindouro que fará uma aliança com eles.
Desde que esta perseguição começa 'no meio' da septuagésima semana e continua
até o fim da semana, o período é obviamente de três anos e meio. Dn.7:24-25 fala
do mesmo príncipe romano e da mesma perseguição, fixando a duração como
'tempo, tempos e metade dum tempo' no aramaico, três tempos e meio. Ap.12:4-7
fala do mesmo grande regente político e sua perseguição aos santos judaicos,
durando 'quarenta e dois meses'. Ap.12:13,14 se refere à mesma perseguição,
declarando a duração nos mesmos termos exatos de Dn.7:25 como 'tempo, tempos
e metade dum tempo'; e este período é ainda mais definido em Ap.12:6 como 'mil
duzentos e sessenta dias'. Assim temos o mesmo período de tempo variadamente
apresentado como 3 ½ anos, 42 meses, ou 1.260 dias, de onde se vê claramente
que a duração do ano das setenta semanas da profecia é fixado pelas Escrituras
como 360 dias".4 Esclarecendo ainda sobre a expressão "tempo, tempos e metade
dum tempo" que aparece em aramaico em Dn.7:25, o Dr. Mac'Clain argumenta: "O
livro de Daniel contém uma parte escrita em aramaico (Dn.2:4 - 7:28). Embora a
palavra aramaica traduzida 'tempos' em 7:25 não seja dupla mas plural em forma,
sem dúvida o plural aqui tem o significado de duplo... Isto é confirmado pela
expressão paralela que ocorre em Dn.12:7, 'um tempo, tempos e metade dum
tempo', onde a palavra 'tempos' é dupla na forma hebraica original". 5 Quando lemos
a profecia de Daniel devemos observar alguns aspectos interessantes: (1) Toda a
profecia trata do povo judaico: "Setenta semanas estão determinadas sobre o teu
povo e sobre a tua santa cidade..."(v.24). Veja Também Dn.10:14. (2) Dois
príncipes são mencionados: o primeiro é o Messias (v.25), o segundo é "um príncipe
que há de vir" (v.26). (3) As Setenta Semanas são divididas em três períodos: um
período de sete semanas (v.25), outro de sessenta e duas semanas (vv.25,26), e um
terceiro período de sete semanas (v.27). O primeiro e o segundo períodos juntos
somam sessenta e nove semanas. (4) O início das Setenta Semanas é fixado como
"desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém" (v.25). (5) Ao fim
das sessenta e duas semanas o Messias seria morto 6 e Jerusalém destruída (v.26).
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(6) Após a 69ª semana o outro príncipe que há de vir (o Anticristo) fará uma aliança
com a nação de Israel por uma semana. Aqui temos a última das 70 semanas, a
septuagésima semana de Daniel (vv.26,27). (7) No meio da septuagésima semana o
príncipe violará a aliança com Israel: "fará cessar o sacrifício..."(v.27). (8) Ao findar
as Setenta Semanas haverá um tempo de muitas bênção para a nação de Israel
(v.24).

Uma Profecia para Israel


O texto é bem evidente. A profecia se refere à nação de Israel, o povo de
Daniel, e tem relação com a santa cidade, Jerusalém. Os amilenistas e pós-
milenistas, que recusam a ideia de uma grande tribulação para o povo de Israel,
refutam esta interpretação dizendo que a septuagésima semana se cumpriu nos dias
anteriores à destruição de Jerusalém ocorrida no ano 70 de nossa era, ou então
interpretam-na espiritualmente, dizendo que ela se cumpriu na 1ª vinda de Jesus.
Mas, conforme declara a profecia, as 70 semanas foram dadas: "... para fazer
cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade,
para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia, e para ungir o santo
dos santos." (v.24). Todas estas bênçãos tem relação com Israel sobre quem
vieram as 70 semanas. É claro que nenhuma delas se cumpriu ainda. Quando o
Príncipe mencionado no verso 24, o Messias, veio à Israel, Ele foi rejeitado (Jo.1:11;
Lc.19:14), e Israel tornou-se ainda mais o alvo dos castigos divinos. A iniquidade de
Israel não foi expiada, pois somente o será, quando esta nação reconhecer que o
Jesus que eles rejeitaram é o Messias prometido, e isso só acontecerá no futuro,
quando Jesus voltar (Zc.12:10; Mt.24:30; Os.5:15; Rm.11:25-27; At.2:36; 4:10;
Lc.19:15). Portanto cremos que a última semana (a septuagésima) ainda não se
cumpriu. Isto estabelece um intervalo de tempo entre a 69ª e a 70ª semana de
Daniel.
O Cumprimento da 69ª Semana
Todos igualmente concordam que as sessenta e nove semanas de Daniel já se
cumpriram sobre Israel. As 70 semanas tiveram seu início em 14 de Março de 445
a.C., que foi a data que o rei Artaxerxes deu a ordem "para restaurar e edificar
Jerusalém". Neemias registra o dia no qual essa ordem foi dada: "No mês de Nisã,
no ano vigésimo do rei Artaxerxes..." (Ne.2:1). Segundo a Enciclopédia Britânica
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o rei Artaxerxes subiu ao trono em 465 A.C. Desse modo seu vigésimo ano é 445
A.C. Para encontrar o final das sessenta e nove semanas, temos que reduzi-las a
dias. Desde que as 69 semanas de sete anos cada uma, e cada ano tem 360 dias, a
equação à qual chegamos é 69 x 7 x 360 = 173.880 dias. Começando com 14 de
Março (mês de Nisã) de 445 A.C., este total nos leva até 6 de Abril de 32 A.D., a
data em que Jesus entrou em Jerusalém. Este dia é aquele profetizado no Salmo
118:24-26, que apontava para a entrada triunfal de Jesus, quando os judeus
clamavam "Bendito é o rei que vem em nome do Senhor"(Lc.19:38; Sl.118:26).
Porque Eles rejeitaram o seu Rei (Lc.19:42), as benção do reino Messiânico que
deveria trazer a paz, ficou adiada para o futuro (Is.9:6,7; Zc.9:9,10). Para provar que
os 173.880 dias são equivalentes ao período de 14 de Março de 445 a.C. até 6 de
Abril de 32 A.D., é necessário fazer o cálculo pelo nosso próprio calendário:
445 a.C. até 32 A.D. = 476 anos
476 anos x 365 dias = 173.740 dias
173.740 + 116 dias (aumento de anos bissextos) = 173.856
173.856 + 24 dias (período de 14 de março de 445 A.C. até 6 de abril de 32 A.D.) =
173.880.
Este período de tempo do nosso calendário (476 anos = 173.880 dias) equivale
aos 483 anos das 70 Semanas (7 + 62 = 69 e 69 x 7 = 483 anos). A profecia
menciona 70 semanas, isto é 490 anos, mas somente 483 anos foram cumpridos.
Resta ainda sete anos (490 - 483 = 7), e este período restante é a septuagésima
semana de Daniel, que se cumprirá na Grande Tribulação. Se esta última semana
ainda não se cumpriu, então é porque há um intervalo entre a 69ª e a 70ª semanas.
Desse modo a interpretação da profecia não é contínua, mas fica estabelecido o
fenômeno do cumprimento parentético.

O Intervalo entre a 69ª E A 70ª Semana


Dois eventos deveriam acontecer após a 69ª semana: a morte do Messias e a
destruição de Jerusalém. O segundo evento ocorreu após as sessenta e nove
semanas, e não dentro delas: "Depois das sessenta e duas semanas..."
(Dn.9:26). A história mostra que a destruição de Jerusalém ocorreu no ano 70 A.D.
sob a invasão do general romano Tito. Portanto o segundo evento aconteceu quase
40 anos depois do primeiro, e o primeiro pôs fim a 69ª semana. Aqui há um detalhe
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interessante que deve ser observado. A profecia coloca a destruição de Jerusalém


depois da 69ª semana, bem como a coloca antes da 70ª semana. Com essa
evidência, observamos que a septuagésima semana não segue imediatamente à
sexagésima nona. Há pelo menos um intervalo de 38 anos (entre a morte de Cristo
em 32 A.D. e a destruição de Jerusalém em 70 A.D.), e se há um intervalo de 38
anos, pode então haver um intervalo ainda maior. O período deste intervalo nós não
sabemos quanto tempo durará, mas fica evidente que há esse intervalo de tempo
entre as semanas. Até o nosso momento esse intervalo tem durado quase dois mil
anos. É o período da dispensação da graça mencionada por Paulo (Ef. 3: 2,3), ou a
dispensação do mistério (Ef.3:9; Rm.16:25; Cl.2:2; 4:2), ou período dos gentios
(Ef.3:5,6; Rm.11:25; Lc.21:24; Ap.11:2). Terminando esse tempo, Deus voltará a
tratar com Israel, na última das setenta semanas.

A Septuagésima Semana de Daniel


Sem dúvida nenhuma, a septuagésima semana é o período da Grande
Tribulação (Mt.24:21), que há de vir sobre o mundo (Ap.3;10) e sobre Israel, para
que se cumpra o restante da profecia de Daniel (Dt.4:26-31; Is.13:6-13; 17:4-11;
Jr.30:4-9; Ez.20:33-38; Dn.12:1-4; Jl.3;9-11). É nesse período que o povo de Israel
será, através do sofrimento, purificado dos seus pecados. Então cumprir-se-á a
profecia de Daniel: "... para fazer cessar a transgressão, para dar um fim aos
pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a
profecia, e para ungir o santo dos santos."(Dn.9:24). É nesse período que Israel
sofrerá "dores de parto"7 (Is.66:8), a fim de que o remanescente fiel seja gerado.
Alguns intérpretes relacionam isso a Miquéias 5:2,3 e Ap.12:4,5. A nação de Israel
será perseguida, mas Deus lhe preparará um caminho de fuga (Zc.14:4,5 Ez.20:35;
Ap.12:6). Esta perseguição terá início na metade da septuagésima semana. A
profecia de Daniel diz que "o príncipe que há de vir"(Dn.9:27) fará uma aliança com
Israel, mas no meio da semana romperá com esta aliança. Portanto para
entendermos a tribulação devemos dividi-la em duas partes, como a própria Bíblia o
faz. O período completo da tribulação é de sete anos, divididos em 3 ½ cada parte.
Isto fica bem claro nas profecias. O profeta Daniel menciona este período: "um
tempo, dois tempos e metade de um tempo"(Dn.7:25). Literalmente temos a seguinte
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expressão: "um ano, dois anos e metade de um ano", o que equivale a três anos e
meio. Esta mesma expressão também é usada em Apocalipse para se referir ao
tempo da perseguição de Israel: "...e foram dadas à mulher (Israel) as duas asas da
grande águia, para que voasse até o deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada
durante um tempo, tempos, e metade de um tempo, fora da vista da
serpente."(Ap.12;14). Este mesmo período é identificado ainda como sendo 42
meses (Ap.13:5) ou 1.260 dias (Ap.12:6). Este período é a segunda metade da
tribulação, quando o Anticristo (o príncipe romano) 8 se assentará sobre o trono do
Messias "estabelecendo a abominação desoladora"(Dn.12:31; Mt.24:15; IITs.2:3,4).
Deve-se notar que a profecia é clara em afirmar que antes da septuagésima semana
"haverá guerra; desolações são determinadas."(Dn.9:26). Isso deixa claro que a
septuagésima semana ainda não se cumpriu, pois até agora Israel continua
buscando a paz (Sl.122:6-9; Jr.23:5,6; Lc.19:42). A paz só virá quando Jesus o
Príncipe da Paz retornar com poder e glória (Mt.24:29-31).
Na primeira metade, quando haverá uma paz aparente, o evangelho será
pregado à todas as nações (Mt.24:14). As duas testemunhas, proclamarão a
mensagem da salvação (Ap.11;3). Provavelmente os 144.000 serão evangelistas
nesse período (Ap.7:9-14: 14:1). Há muito mais que poderíamos comentar sobre as
70 Semanas de Daniel, mas as passagens que foram aqui examinadas, cremos, são
suficientes para demonstrar a veracidade daquilo que chamamos de cumprimento
parentético, ou que Delitzsch chama de "apotelesmática, isto é, vê logo em
seguida o próximo grande evento da história, a culminância do fim". 9

II - O mistério da estátua de Nabucodonosor

“1. Ora no segundo ano do reinado de Nabucodonosor, teve este uns sonhos;
e o seu espírito se perturbou, e passou-se lhe o sono. 2. Então o rei mandou chamar
os magos, os encantadores, os adivinhadores, e os caldeus, para que declarassem
ao rei os seus sonhos; eles vieram, pois, e se apresentaram diante do rei.  3. E o rei
lhes disse: Tive um sonho, e para saber o sonho está perturbado o meu espírito”. 
Daniel 2.1-3

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“31. Tu, ó rei, na visão olhaste e eis uma grande estátua. Esta estátua, imensa
e de excelente esplendor, estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível.
32. A cabeça dessa estátua era de ouro fino; o peito e os braços de prata; o ventre e
as coxas de bronze; 33. As pernas de ferro; e os pés em parte de ferro e em parte
de barro. 34. Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de
mãos, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou. 35. Então
foi juntamente esmiuçados o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se
fizeram como a pragana das eiras no estio, e o vento os levou, e não se podia achar
nenhum vestígio deles; a pedra, porém, que feriu a estátua se tornou uma grande
montanha, e encheu toda a terra. 36. Este é o sonho; agora diremos ao rei a sua
interpretação”.  Daniel 2.31-36
Uma questão que por muito tempo o homem vem tentando buscar resposta é a
cerca do futuro da raça humana na face da terra. Questão que os cristãos em parte
sabem pelas Escrituras. Em II Pedro 1:19, é nos revelado que as profecias bíblicas
são tão importantes como a chegada da luz em um local escuro.

Nabucodonozor, o rei da Babilônia

Nabucodonozor era filho de Nabupolassar, seu reinado tem início em 604


a.C., ele torna-se o principal soberano dessa segunda fase de Babilônia e a
transforma na "rainha da Ásia". Líder militar de grande energia e crueldade, ele
aniquila os fenícios e obtém a hegemonia no Oriente Médio, com exceção do Egito.
Na segunda metade do século VI a.C., conquista Jerusalém e realiza a primeira
deportação de judeus para a Mesopotâmia, no episódio conhecido como o cativeiro
da Babilônia. Com sua morte, após 42 anos no poder, o reino entra em declínio e,
em 539 a.C., a Babilônia é conquistada por Ciro, rei dos Persas (559 a.C. - 529
a.C.).

O Sonho de Nabucodonosor

Certa noite estava o rei Nabucodonozor em seus aposentos, talvez


preocupado com fatos a respeito do futuro, então pensativo ele pega no sono, e
durante a madrugada ele tem um sonho que segundo a Bíblia o deixou perturbado,
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pois além de ter sido um sonho totalmente diferente, ele também se esqueceu do
sonho que teve. Então Nabucodonozor manda chamar todos os sábios,
encantadores, os magos, os adivinhos e os feiticeiros de seu reino para tentarem lhe
falar qual era o sonho que ele tinha sonhado e também lhe dar a interpretação do
mesmo, mas nenhum deles pode realizar tal proeza. Enfurecido Nabucodonozor
manda matar todos eles, porém quando o capitão do Rei chega até a pessoa de
Daniel para o matar, juntamente com seus amigos, conhecidos por Sadraque,
Mesaque e Abdnego, Daniel lhe diz que ele voltasse ao rei e lhe pedisse tempo, pois
ele iria pedir a Deus que lhe concedesse a revelação e a interpretação do sonho. O
sonho que Nabucodonozor havia tido era o descrito nos versículos 31 a 36 e então
após contar para o rei qual era o sonho que ele havia tido, Daniel cheio do poder de
Deus também lhe revela qual seria o significado de seu sonho.

Significado do Sonho

“32. A cabeça dessa estátua era de ouro fino”;... (ver vs. 37 e 38).
Esta declaração torna evidente que a cabeça de ouro simbolizava o grande e
poderoso império babilônico, mas ainda com toda a sua grandeza, Babilônia deveria
passar, e viria outro grande império depois dele, porém não tão grande como o
império babilônico, simbolizado pelo peito e braços de prata.

“32. o peito e os braços de prata”;... (ver vr. 39).


Este seria o segundo império que viria depois do babilônico. Este reino seria o
Medo-Pérsa, representada pelo peito e braços de prata. Pois em 539 a.C. O grande
imperador Ciro, general Persa, derrotou o império babilônico e estabeleceu a
Segunda potência Universal.

“32. o ventre e as coxas de bronze”;... (ver vr. 39).


Duzentos anos mais tarde, em aproximadamente em 331 a.C. o império Medo-
Persa se desmoronava diante das forças da Grécia, comandadas pelo então
imperador Alexandre, o Grande. Dentre todos os impérios anteriores, este foi o
mais longo domínio que existiu até então. Este império é representado pelo ventre e

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quadris de bronze, visto no sonho de Nabucodonosor, assim como os outros


também daria lugar a um outro império.

33. As pernas de ferro;... (ver vr. 40).


As pernas de ferro simbolizavam o quarto império na interpretação de Deus
através de Daniel. Em 168 aC. ocorreram três campanhas militares, onde Roma
dominou o reino da Grécia e se tornou a quarta potência mundial. Este domínio foi o
que mais durou, sendo o mais extenso e mais poderoso dentre todos. Era então
imperador deste domínio o soberano César Augusto. Foi durante este período, o
período das pernas de ferro que se deu o nascimento de Jesus, e seu
ministérioaconteceu juntamente com o dos seus apóstolos.

“33. ...;e os pés em parte de ferro e em parte de barro”.


34. Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mãos, a
qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou. (ver vr. 41). Este não
era um novo império, mas as divisões do quarto império, pois Roma tornou-se um
reino dividido em dez reinos. Isto realmente aconteceu em 476 dC., quando o antigo
império romano foi atacado pelos povos germânicos, dividindo-se então em dez
poderes distintos, conforme a numeração dos dedos dos pés da estátua. Destas
divisões se formaram os francos que vieram depois a ser a França; os alamanos
que vieram a ser a Alemanha; os anglo-saxões que vieram as ser a Inglaterra; os
visigodos sendo depois a Espanha; os suevos sendo mais tarde Portugal; os
burgundos que vieram a ser a Suíça; os lombardos sendo o norte da Itália e os
hérulos, vândalos e ostrogodos que foram mais tardes todos destruídos. Depois
do quarto império (Romano), não iria se levantar outro império, este império seria
dividido e assim permaneceria. Essa era a definição da interpretação vinda de Deus
a Daniel.

"Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com
semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se
mistura com o barro".  Daniel 2.43
Houve uma tentativa de unir esses reinos para então se formar um quinto reino
universal, mas foi fracassada. Quando se deu a 1ª Guerra Mundial, quase todos os
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reis ou monarcas da Europa eram parentes, pois veja só. A rainha da Inglaterra, a
Rainha vitória, também era chamada a "avó da Europa", pois quase todos os
outros reis pertenciam à sua dinastia, por exemplo, o rei da Inglaterra, o czar da
Rússia, o rei da Espanha, o imperador da Alemanha, eram todos parentes brigando
entre si nesta guerra, e o resultado de tudo isso foi que quase todos os reinos
caíram e foram substituídos por Repúblicas. Também temos exemplos de outros
governantes que tentaram unir a Europa e também fracassaram, como Adolf Hitler
da Alemanha, Napoleão Bonaparte da França, Carlos V da Espanha e outros
como Luiz XIV, Carlos Magno, mas a profecia se mantinha inabalável, não se
ligariam um ao outro como o ferro não se une ao barro, era o que estava escrito.

O Quinto Reino Universal

No versículo 44 e 45, vemos o desfecho do sonho do rei Nabucodonozor, com a


interpretação nas palavras de Daniel, a cerca do futuro, revelado por Deus.
"44. Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será
jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá
todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre, 45. Da maneira que
viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o
ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro; o grande Deus fez saber ao rei o que há de
ser depois disto. Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação".  Daniel 2.44-45
Em seu sonho o rei Nabucodonozor viu uma pedra que esmiuçou os pés da
estátua e toda a estátua, vindo a encher toda a terra, pois esta pedra representa o
Reino de Deus que será estabelecido para todo o sempre, que se dará na segunda
vinda de Jesus Cristo, nos mostrando que todos os governos terrestres serão
aniquilados. Analisando esta passagem bíblica chegamos a conclusão de que
estamos vivendo no tempo representado pelos dedos dos pés da estátua, assim
concluindo que o a chegada do Reino de Deus está muito próximo.

III - Apocalipse

A mensagem do livro

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O tema do livro de Apocalipse é a vitória de Cristo e de sua Igreja sobre


Satanás e seus seguidores (17:14). A intenção do livro é mostrar que as coisas não
são como parecem ser. O Diabo, o mundo, o Anticristo, o falso profeta e todos os
ímpios perecerão, mas a Igreja triunfará. Cristo é sempre apresentado como
Vencedor e conquistador (1:18; 5:9-14; 6:2; 11:15; 19:9-11; 14:1,14; 15:2-4; 19:16;
20:4; 22:3. Jesus triunfa sobre a morte, o inferno, o dragão, a besta, o falso profeta,
a babilônia e os ímpios. A igreja que tem sido perseguida ao longo dos séculos,
mesmo suportando martírio é vencedora (7:14; 22:14; 15:2). Os juízos de Deus
mandados para a terra são uma resposta de Deus às orações dos santos (8:3-5).

Para quem foi destinado este livro

Este livro foi inicialmente endereçado aos cristãos que estavam suportando o
martírio na época do apóstolo João. Houve grandes perseguições nos primeiros
séculos contra a igreja: 1) Nero (64 d.C); 2) Domiciano (95 d.C); 3) Trajano (112
d.C); 4) Marco Aurélio (117 d.C); 5) Sétimo Severo (fim do segundo século); 6)
Décio (250 d.C); 7) Diocleciano (303 d.C). Este livro foi destinado não apenas aos
seus primeiros leitores, mas a todos os cristãos durante esta inteira dispensação,
que vai da primeira à segunda vinda de Cristo. O livro foi escrito por João quase no
final do governo de Domiciano, quando foi banido para a Ilha de Patmos.

Escolas de interpretação do livro de Apocalipse

a) A interpretação preterista

Tudo o que é profetizado no livro de Apocalipse já aconteceu. O livro narra


apenas as perseguições sofridas pela Igreja ataravés dos judeus e pelos
imperadores romanos. O livro cumpriu seu propósito de fortalecer e encorajar a
igreja do primeiro século. Essa corrente falha em ver o livro como um livro profético,
pertinente para toda a história da igreja.

b) A interpretação futurista

Tudo o que é profetizado no livro a partir do capítulo 4 tem a ver com os


últimos dias sem nenhuma aplicação na história da Igreja. Também essa escola não
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faz justiça ao livro que foi uma mensagem atual, pertinente e poderosa para todos os
cristãos em todas as épocas. Esse livro não tinha nenhum conforto para a Igreja
primitiva nem para nós. Transfere o Reino de Deus para o futuro milenar.

c) A interpretação histórica

O livro de Apocalipse é uma profecia da história do Reino de Deus desde o


primeiro advento até o segundo. O livro é rico em símbolos, imagens e números: ele
está dividido em sete seções paralelas progressivas: sete candeeiros, sete selos,
sete trombetas e sete taças. Agostinho, os Reformadores, as confissões reformadas
e a maioria dos grandes teólogos seguiram essa linha.

Visão Milenial do Livro

a) A corrente Pós-Milenista

Crê que o mundo vai ser cristianizado e que teremos um grande e poderoso
reavivamento e o crescimento espantoso da Igreja ao ponto da terra encher-se do
conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar (Hc 2:4). Essa corrente foi
forte no século XVIII e XIX quando as missões estavam em franca expansão.
Homens como Jonathan Edwards, Charles Hodge e Loraine Boetner foram
defensores do Pós-Milenismo. Muitos missionários foram influenciados por esta
interpretação, bem como muitos hinos foram escritos inspirados por esta visão.

b) A corrente Pré-Milenista

Os Pré-Milenistas históricos ou moderados distinguem dos amilenistas em


poucos aspectos no concernente ao Reino e a ressurreição:

a) Distinção entre Igreja e Israel no tempo e na eternidade

b) O Reino de Deus adiado para o Milênio terreno

c) A crença num arrebatamento secreto, seguido de uma segunda vinda visível

d) A idéia de que a Igreja não passará pela grande tribulação (a Igreja será poupada
da ira de Deus (thymos e orge), mas não da tribulação (thlipsis). A tribulação não é

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a ira de Deus contra os pecadores, mas, sim, a ira de Satanás, do anticristo e dos
ímpios contra os santos. (Gundry).

e) A idéia que teremos várias ressurreições

f) A idéia de que haverá chance de salvação depois da segunda vinda de Cristo.

c) A corrente Amilenista ou Espiritual

O livro do Apocalipse deve ser visto não como uma mensagem que registra os
fatos em ordem cronológica, mas temos no livro sete seções paralelas e
progressivas. Cada seção descreve todo o período que compreende da primeira à
segunda vinda. Cada sessão descreve uma cena do fim. A cena do fim vai ficando
cada vez mais clara e até chegar ao relato apoteótico da última sessão. Essas sete
seções estão divididas em dois grandes períodos (1-11) e (12-22). A primeira
descreve a perseguição do mundo e ímpios e a segunda a perseguição do dragão e
seus agentes.

IV - Seções do Livro do Apocalipse

 Primeira Seção (1-3) - Os sete candeeiros

Encontramos aqui Jesus uma descrição do Cristo que morre, ressuscita e vai
voltar (1:5-7). A morte e ressurreição de Cristo é o começo da era cristã, e o juízo
final é o término da era cristã

 Segunda Seção (4-7) - Os sete selos

É o Cordeiro que tem o controle da história em suas mãos (5:5).


Contemplamos sua morte (5:6), mas essa seção encerra com uma cena da segunda
vinda de Cristo (6:6-12 e 7:9-17). Notemos a impressão produzida nos incrédulos
pela segunda vinda (6:16-17) . Agora a felicidade dos salvos (7:16-17).

 Terceira Seção (8-11) - As sete trombetas

Nesta visão vemos a Igreja vingada, protegida e vitoriosa. Havendo começado


com o Senhor como nosso sumo sacerdote no capítulo (8:3-5), avançamos até o
juízo final em (10:7; 11:15-19). Uma vez mais estamos tratando das mesmas coisas
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- O senhor e sua Igreja e o que lhes sucede no mundo, o juízo final, os redimidos e
os perdidos. As trombetas são avisos antes do derramamento completo das taças
da ira de Deus. Antes de Deus punir finalmente, ele sempre avisa.

 Quarta Seção (12-14) - A tríade do mal

Novamente voltamos ao início, ao nascimento de Cristo (12:5). Depois vem a


perseguição do Dragão a Cristo e à Igreja ou Israel (12:13). Ele levanta a besta e o
falso profeta. Finalmente, vem a cena do juízo final (14:8). Em (14:14-20) há uma
cena clara do juízo final.

 Quinta Seção (15-16) -As sete taças

Descreve as sete taças da ira, representando a visitação final da ira de Deus


sobre os que permanecem impenitentes. Uma vez mais a cena começa no céu
relatando o Cordeiro com seu povo. Mas no capítulo 16 vemos uma espantosa
descrição do juízo (16:15,20). Aqui a destruição é completa.

 Sexta Seção (17-19) - A derrota dos agentes do Dragão

Há um relato da destruição dos aliados do Dragão: A meretriz (18:2), a besta e o


falso profeta, os seguidores da besta e em contrapartida a Igreja é apresentada
como esposa de Cristo (19:20). A grande festa da núpcias ocorre; o juízo final
chegou outra vez e a uma grande distinção entre redimidos e perdidos ocorre
novamente. No capítulo 19 há uma descrição detalhada da gloriosa vinda de Cristo
(19:11-21).

 Sétima Seção (20-22)

Essa seção mostra o Reinado de Cristo com as almas do santos no céu e não
o milênio na terra depois da segunda vinda. O capítulo 20 começa na primeira vinda
e não depois da segunda vinda. Então temos a descrição do juízo final (20:11-15).
Após isso, vemos os novos céus e a nova terra e a Igreja reinando com Cristo para
sempre.

Apesar de essas seções serem paralelas, elas são também progressivas. A


última seção leva-nos mais além para o futuro que as outras. Apesar do juízo final já
ter sido anunciado em (1:7) e brevemente descrito em (6:12-17), não é apresentado
detalhadamente senão quando chegamos a (20:11-15).
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V - Uma Mensagem Urgente para a Igreja

a) A idéia de que ele é um livro selado, que trata de coisas encobertas - Na


verdade o livro do Apocalipse é oposto disto. Apocalipse significa tirar o véu,
descobrir, revelar o que está escondido. A ordem de Deus é: "Não seles as palavras
da profecia deste livro, porque o tempo está próximo" (22:10). As coisas que em
breve devem acontecer mostra que há uma tensão entre o futuro imediato e o mais
distante; o mais distante é visto como que transparecendo do imediato. O Cordeiro é
o executor do deve acontecer. Há duas atitudes em relação à segunda vinda: 1)
Quem se acomoda diz: "Onde está a promessa da sua vinda?" 2) "Estai de
sobreaviso, vigiai; porque não sabeis quando será o tempo".

b) A idéia de que ele é um livro que fala de catástrofe, tragédia e caos - Esse é
o significado da palavra hoje. Tornou-se sinônimo de tragédia. Mas Apocalipse não
fala de caos, mas do plano vitorioso e triunfante de Cristo e da sua Igreja.

VI - O Apocalipse é um livro aberto e não fechado

A palavra "Apocalipse" significa descoberta, sem véu. A revelação não é


especulação humana, é a Palavra de Deus e o testemunho fiel (v. 2). Ele revela o
plano vitorioso, triunfante de Cristo e da sua Igreja. Sua vitória absoluta contra todos
os seus inimigos: a Meretriz, a besta, o falso profeta, o dragão, os incrédulos e a
morte. O Apocalipse é um livro aberto em que Deus revela seus planos e propósitos
para a sua Igreja é fundamentalmente a revelação de Jesus Cristo (v.1), e não
apenas de eventos futuros. Você não pode divorciar a profecia da Pessoa de Jesus.
Apocalipse não é a revelação de João, mas a revelação de Jesus Cristo a João.
Cristo veio ao mundo para revelar o Pai (Jo 17:6). No Apocalipse é o Pai quem
revela a Jesus (Ap 1:1). E como o revela? Como o servo lavando os pés dos
discípulos? Como uma ovelha muda que vai para o matadouro? Como aquele de
quem os homens escondem o rosto? Como aquele que está pregado na cruz, com o
rosto cheio de sangue? Como aquele que têm as mãos atadas e os pés pregados na
cruz? Absolutamente não! A revelação do Noivo da Igreja pelo Pai é de um Cristo
glorioso: Seus cabelos não estão cheios de sangue, mas são alvos como a neve.
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Seus olhos não estão inchados, mas são como chama de fogo. Seus pés não estão
pregados na cruz, mas são semelhantes ao bronze polido. Sua voz não está rouca,
porque a língua está colada ao céu da boca, por atordoante sede, mas é voz como
voz de muitas águas. Suas mãos não estão cheias de pregos, mas ele segura a
igreja e a história em suas onipotentes mãos. Seu rosto não está desfigurado, mas
brilha como o Sol. O objetivo do livro de Apocalipse não é nos dar uma tabela do
tempo do fim, mas nos revelar o Noivo glorioso da Igreja, o supremo conquistador. A
Igreja precisa olhar para a supremacia do seu Senhor. O Espírito Santo usou João
para escrever o quarto evangelho, as cartas e o Apocalipse. O objetivo do evangelho
é alertar as pessoas a crerem em Cristo (20:31). O objetivo das cartas é encorajar
os cristãos a terem certeza da vida eterna (5:13). O objetivo do Apocalipse é alertar
os cristãos para estarem preparados para a segunda vinda de Cristo (22:20).
Domiciano arrogou para si o título de Senhor e Deus, baniu João para a Ilha de
Patmos, a colônia penal da costa da Ásia Menor. Mas ao mesmo tempo em que se
achava fisicamente em Patmos, achou-se também em espírito e Deus abriu-lhe o
céu e revelou-lhe as coisas que em breve devem acontecer num tempo em que a
Igreja estava sendo massacrada e pisada, perseguida e torturada, João recebe a
revelação de que o Noivo da Igreja, o Senhor absoluto dos céus e da terra, está no
total controle da Igreja e da história (1:1.3; 5:5).

Deus esclarece uns e confunde outros

O livro de Apocalipse é um livro altamente simbológico, é como as parábolas:


esclarece uns e confunde outros. Para a Igreja era uma mensagem clara, mas para
os ímpios uma mensagem indecifrável. Os símbolos não enfraquecem com o tempo.
Em vez de falar do diabo como um ser maligno, falou de um dragão, em vez de falar
de um ditador, falou de uma besta, em vez de falar de um sistema sedutor, falou de
uma Meretriz, Babilônia, a grande.

VII - As Sete igrejas da Ásia Menor

O número sete é um número importante no livro do Apocalipse. Ele aparece 54


vezes neste livro. O livro fala de sete candeeiros, sete estrelas, sete selos, sete
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trombetas, sete taças, sete espíritos, sete cabeças, sete chifres, sete montanhas. O
número sete significa completo, total. Havia mais de sete igrejas na Ásia Menor. Mas
quando Jesus envia cartas às sete igrejas, significa que ele envia sua mensagem
para toda a Igreja, em todos os lugares, em todos os tempos. Não há nenhuma
indicação nas sete igrejas que elas representem sete períodos sucessivos da
história da Igreja. João escolheu estas sete igrejas para que elas servissem de
representantes da Igreja toda. Jesus é:

a) Como a Fiel Testemunha - Jesus foi fiel durante todo o seu ministério. Nunca
deixou de testemunhar sobre o Pai, mesmo na hora do sofrimento e da morte. "Eu
vim para fazer a vontade do Meu Pai."

b) Primogênito dos Mortos - Jesus foi o primeiro a ressuscitar em glória. Ele está
vivo para sempre. Ele é o primogênito porque é o primeiro. . Uma igreja que está
enfrentando o martírio precisa saber que o Jesus venceu o poder da morte.

c) O Soberano dos Reis da Terra - A Igreja precisa ver Jesus como o presidente
dos presidentes, diante de quem todos os poderosos vão se dobrar. Jesus está
acima de Roma, dos imperadores, ele está acima dos impérios, das nações
soberbas, dos reis da terra e dos presidentes que ostentam o seu poder.

VIII - Algumas observações

a) Tribulação - A tribulação é o quinhão do povo de Deus nesta era (Jo 16:33; At


14:22). A Igreja está no meio do conflito entre o Reino de Deus e o Reino das
trevas. A Igreja sempre foi e será atribulada no mundo. Em Mateus 24 Jesus fala
desse sofrimento de forma crescente: Os v. 4-8 descrevem o "princípio das dores",
os v. 9-14 os "tormentos" na forma de perseguição aos discípulos, os v. 15-28 a
"grande tribulação" como o auge, e os v. 29-31 os episódios "após a tribulação” que
culminam na segunda vinda de Cristo. As perseguições desencadeiam traição e
apostasia na Igreja (Mt 24:10-12). Essa perseguição já havia começado no
banimento do apóstolo.

b) Reino - A Igreja é o povo sobre o qual o Reino já veio e que herdarão o Reino
quando ele vier na sua plenitude; mas nesta posição a Igreja é o objeto do ódio
satânico, destinada a sofrer perseguição.
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c) Perseverança em Jesus - Por causa desta perseguição e males a Igrejaprecisa


ter uma perseverança triunfadora. "Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse
será salvo" (Mt 24:13). Ainda não chegou o tempo total das promessas de Cristo. A I
greja ainda aguarda o triunfo final. Os seus olhos estão fixados no Rei que vem. Ela
é a noiva que espera o noivo. Ela vive em grande expectativa! Todas essas
dificuldades, entretanto, é experimentada em Jesus, em união espiritual com ele. Só
existe um caminho entre tribulação e o Reino, entre aflição e a glória, e este
caminho é a paciência ativa.

IX - A Ilha de Patmos

João foi banido para a ilha de Patmos, uma colônia penal romana, onde se
exilavam prisioneiros políticos. Ali esses prisioneiros perdiam todos os seus direitos
civis e toda possessão material. Os prisioneiros eram obrigados a trabalhar nas
minas daquela ilha, vestindo-se de trapos. A ilha ficava no Mar Egeu e tinha 16 km
de comprimento por 10 km de largura, uma ilha nua, vulcânica, com elevações de
até 300 metros. João é preso na ilha de Patmos por causa da Palavra de Deus e do
testemunho de Jesus Cristo (v. 9). Possivelmente João foi acusado de subversão
pelo governador da Ásia por pregar o Evangelho e testemunhar do senhorio de
Cristo, num tempo em que o imperador Domiciano arrogava para si o título de
Senhor e Deus. João é condenado a sofrer humilhações, prisão, fome e trabalhos
forçados por amor à Palavra de Deus. João recebeu esta revelação no dia do
Senhor, dia que a Igreja celebra a vitória do seu Senhor sobre a morte e também o
dia da esperança, que dirigia seus sentidos para a consumação e a renovação do
mundo. Na solidão da ilha, isolado e exilado João ouve uma voz. Roma pôde até
proibir João de ter contato com os seus irmão perseguidos, mas não pôde proibir
João de ter contato com o trono de Deus. A visão começa com uma audição. Por
trás para que João não fosse confundido com vozes paralelas (Is 30:21). A trombeta
fala de uma voz sobrenatural, poderosa, assustadora. Os sete candeeiros são as
sete igrejas, mas o que são os sete anjos (v. 16,20)? Anjos celestes, mensageiros,
pastores ou uma figura da própria igreja? Hendriksen pensa que anjos aqui são os
pastores. Mas este livro usa a palavra "anjos" 67 vezes e em nenhuma delas refere-
se a seres humanos. Assim George Ladd entende que tanto os candeeiros como as
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estrelas falam da Igreja como luzeiros de Deus no mundo. Cristo está não apenas
entre a Igreja, mas a têm em suas próprias mãos. Essas duas figuras, portanto, são
um símbolo incomum para representar o caráter celestial e sobrenatural da Igreja,
seja através dos seus membros, seja através dos seus líderes. João vê dez
características distintas do Noivo da Igreja em sua glória e majestade:

1) Suas Vestes (v. 13) - Falam de Cristo como Sacerdote e Rei.

2) Sua Cabeça (v. 14) - Falam da sua divindade, da sua santidade e da sua
eternidade.

3) Seus Olhos (v. 14) - Falam da sua onisciência que a tudo vê e perscruta. Ele é o
juiz diante de quem tudo se desnuda.

4) Seus Pés (y.,1.5) - Isso fala da sua onipotência para julgar os seus inimigos.
Convém que ele reine até que ponha todos os seus inimigos debaixo dos seus pés
(1 Co 15:23).

5) Sua Voz (v. 15) - Isso fala do poder irresistível da sua Palavra, do seu
julgamento. No seu juízo desfalecem palavras humanas. A voz de Cristo detém a
última palavra e é a única a ter razão.

6) Sua Mão (v. 16) - A mão direita é a mão de ação, com a qual age e governa. Isso
mostra o seu cuidado com a Igreja.

7) Sua Boca (v. 16) - Essa Palavra aqui não é o Evangelho, mas a Palavra do juízo.
A única arma de guerra usada pelo Cristo conquistador no capítulo 19 é a Espada
que saía da sua boca (19:5). Essa é a cena do tribunal, onde é proferida a sentença
judicial, e precisamente sem contestação.

8) Seu Rosto (v. 16) - A visão agora não é mais de um Cristo servo, perseguido,
preso, esbofeteado, com o rosto cuspido, mas do Cristo cheio de glória. A luz do sol
supera o brilho dos candeeiros.

9) Sua Perenidade - O Primeiro e o Último (v. 17) - Ele é o criador, sustentador e


consumador de todas as coisas. Ele cria, controla, julga e plenifica todas as coisas.
Cristo aqui é enaltecido como vitorioso sobre o último inimigo, a morte.

10) Sua Vitória Triunfal (v. 18) - João está diante do Cristo da cruz, que venceu a
morte. Ele não apenas está vivo, mas está vivo para sempre. Ele não só ressuscitou,
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ele venceu a morte e tem as chaves da morte e do inferno. Quem tem as chaves
tem autoridade. Jesus recebeu do Pai toda autoridade no céu e na terra (Mt 28:18).
Jesus tem não apenas a chave do céu (3:7), mas também a chave da morte
(túmulo). Agora a morte não pode mais infligir terror, porque Cristo está com as
chaves, podendo abrir os túmulos e levar os mortos à vida eterna.

X - A besta que subiu do mar (Ap;13,1)

Esta besta que subiu é um homem que virá do meio político, e o mar significa
povos, tribos línguas e nações (Ap;17,15).

 Povo – Grandes ou pequenos grupos humanos cujos indivíduos relacionam-


se pelos traços culturais. Um povo pode viver próximo a outros povos e
dentro de uma fronteira geográfica como é o caso dos curdos que não têm
fronteira geográfica e habitam dentro dos territórios da Turquia, Irã, Iraque,
Síria e Azerbaijão.

 Tribo – Grupo étnico unido pela língua, costumes e tradições e que vivem em
comunidades sob um ou mais chefes. As tribos indígenas no Brasil são
exemplo disso.

 Língua – Idioma que é o conjunto de palavras e expressões usadas por um


povo. Estima-se que existam no mundo 5.770 línguas principais e até 16.000
dialetos. Teríamos então aproximadamente 21.770 grupos linguísticos
definidos.

 Nação – Estado dotado de território, governo, população e soberania.

Segundo essa corrente escatológica o Anticristo vai governar o mundo todo


num período de sete anos e o país de Israel por apenas três anos e meio ou [1.260
dias ou ainda 42 meses (Ap;11,1-3)]. Neste período os judeus irão pensar que este
político é uma espécie de messias, e por três anos e meio os judeus o tratarão como
se ele fosse o solucionador dos seus problemas. Este período também é conhecido
como a septuagésima semana de Daniel (Dn;9,27). Este homem trará uma solução
para todos os problemas mundiais, e enganará o mundo inteiro. Para os cristãos
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professos pós-arrebatamento ele será o Cristo; Para os budistas ele será a


reencarnação de Buda; para os mulçumanos ele será Mahid que se levantará para
converter o mundo inteiro para Aláh e posteriormente o entregará a Maomé; para os
hindus ele será a reencarnação do deus Brama; para os espíritas ele será a
reencarnação de Alan Kardec; para os judeus ele será o Messias prometido; para a
nova era ele será o Maitreya; para os ufólogos ele será o Iluminado. Enfim ele irá se
passar pelo líder espiritual da Grande Tribulação e a semelhança de Hitler
hipnotizará as massas a seu bel prazer e na metade da tribulação ele se declarará
deus e exigirá a adoração para si mesmo (Ap;13,4,8). Esta besta receberá adoração
dos homens através de uma imagem que irá falar (Ap;13,14,15). A besta vai
perseguir os santos e vai mudar os tempos e a lei: “Proferirá palavras contra o
Altíssimo e os santos lhe serão entregues nas mãos por um tempo dois tempos e a
metade de um tempo Dn:7,25” (três anos e meio). A besta também é chamada na
Bíblia de o Anticristo (1Jo;2,18(a)), o Anticristo será um homem com um nome
humano (Jo;5,23), mas será totalmente dominado pelo Diabo a ponto de se assentar
no trono de Deus em Jerusalém (Mt;24,15) querendo parecer deus (2Ts;2,4).

“Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará e se engrandecerá sobre


todo deus; contra o Deus dos deuses falará coisas incríveis e será próspero, até que
se cumpra a indignação; porque aquilo que está determinado será feito Dn:11,36.
Não terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao desejo das mulheres, Nem a
qualquer deus, porque sobre tudo se engrandecerá Dn:11,37.”

Esta besta terá sete cabeças e dez chifres

Primeira cabeça: 1.570-1.200 a.C. (reino do Egito)

Segunda cabeça: 883-612 a.C. (reino da Assíria)

 Terceira cabeça: 605-539 a.C. (reino da Babilônia)

 Quarta cabeça: 539-331 a.C. (reino da Medo-Persa)

 Quinta cabeça: 331-146 a.C. (reino da Grécia)

 Sexta cabeça: 146-476 a.C. (reino de Roma)

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 Sétima cabeça: Sete anos, (reino do Anticristo) e será após o


arrebatamento da Igreja.

Cinco destes reinos caíram, ou seja, desapareceram da história


provisoriamente, mas que aparecerão novamente no reino do Anticristo na Grande
Tribulação. Estes reinos são: (egípcio, assírio, babilônico, medo-persa, grego-
macedônico), e um existe. Nos dias do Apóstolo João o reino que existia era o
império romano, mas hoje o que sobrou dele foram fragmentos que se
transformaram em Nações modernas. A cidade de Roma é hoje uma das capitais de
um dos países que integram o poderoso bloco econômico chamado de União
Europeia ou os Estados Unidos da Europa, e os teólogos o chamam de o novo
império romano do século XXI (Ap;17,3-11). O sétimo reino aparecerá no futuro
como o novo império romano renascido do Anticristo, e a besta que subiu do mar
será a maior potência econômica, financeira, social, política e industrial (Ap;13,17),
será também a maior potência militar, bélica e nuclear da sua época (Ap;9,18).

Dez chifres (Ap;13,1\ 17,12\ Dn;2,41-44\ 7;7,8,20,21,24,25).

O número dez na Bíblia sempre tem o sentido de totalidade, como é o caso


das dez pragas no Egito, dos dez chifres da besta, dos dez dedos da estátua, dez
virgens, dez drácmas, dez minas, dez mandamentos, dez leprosos, décima parte
(dízimo)... Estes dez reis ou dez presidentes escatológicos de dez nações europeias
ou de dez blocos de nações, exercerão autoridade sobre as demais nações da
Europa inicialmente e, progressivamente sobre quase todo o mundo. Haverá uma
grande globalização no mundo que será exercida nos polos e blocos econômicos e
militares, sujeitando-os ao Anticristo que é visto no Apocalipse como a besta, e em
Daniel como o pequeno chifre que subiu do meio dos dez chifres do quarto animal, o
qual abateu a três chifres (Dn:8,9/ 7,24). Hoje no mundo existem vários blocos e
regiões com tratados econômicos que eliminam entre os países membros taxas
alfandegárias, limites de fronteiras, comércio interno e outras burocracias
internacionais criando assim um comércio livre e fortalecendo as economias dos
países integrantes destes blocos. No ano de 1.968 um grupo de educadores,
economistas, líderes políticos e líderes religiosos de várias denominações como:

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budistas, xintoístas, hindus e vários líderes cristãos e diversas seitas orientais e


ocidentais apoiados por vários empresários do mundo inteiro se reuniram em Roma
e fundaram o clube de Roma. A intenção desse clube é dividir o mundo em dez
regiões econômicas que serão sujeitas ao Maitreya, que nós sabemos, será o
próprio Anticristo (Ap;17,12) a sede desse governo é a cidade de Roma. Segundo
eles o ponto chave para a formação desses blocos é a unificação da moeda
mundial, a eliminação da taxa alfandegária, e futuramente a eliminação do dinheiro,
onde só será possível fazer negócios através do e-money (dinheiro inteligente). O
clube de Roma crer que se o homem eliminar o dinheiro haverá uma redução nos
assaltos, roubos, sequestros, tráfico de entorpecentes, entre outros. Dessas dez
regiões econômicas apenas uma é um barrio de pólvora, o Oriente Médio por causa
dos constantes conflitos existentes na região, entre árabes e judeus por causa da
terra de Israel em especial a cidade de Jerusalém. A profecia diz que a
descendência de Davi (os judeus) iria ser vítima das guerras (2Sm;12,10) e que os
árabes seriam terroristas (Gn;16,12). Essa região só poderá ser criada segundo a
Bíblia pelo príncipe que há de vir (Dn;9,27). O Anticristo surgirá logo após o
arrebatamento da Igreja, o desaparecimento de milhões de pessoas no mundo
inteiro (Oriente e Ocidente) de dia e de noite (Lc;17,34-36) que deixará um vácuo
enorme. O vácuo deixado pelos arrebatados abrirá vagas de trabalho em vários
setores das economias do mundo inteiro, e ficarão também disponíveis ao governo
das nações do mundo; as empresas, comércios, lojas, casas, carros, contas
bancárias, jatos, navios, barcos... O anticristo tomará posse de tudo isso e resolverá
problemas mundiais como a pobreza, o desemprego, a casa própria e outros,
resumindo, ele trará um tempo de paz e prosperidade ao mundo (Ap;6,2) o cavalo é
a falsa paz e o cavaleiro é o anticristo. O anticristo terá uma espécie de governo
semelhante a ONU, que pertencerá aos dez reis ou dez presidentes de dez blocos
econômicos e militares que farão intercâmbio comercial a nível mundial. O anticristo
fará uma aliança com as nações inclusive com árabes e judeus (Dn;9,27) durante
sete anos, e na metade desse período (três anos e meio) a besta quebrará o pacto e
irá se declarar deus, como os judeus não o adorarão como tal (Dt;6,4,5) serão
perseguidos e mortos (Mt;24,15-23), mas Deus não irá desampará-los (Dn;12,1). O
Anticristo será um homem como Hitler, ele com os seus exércitos SS mataram mais
de quinze milhões de pessoas na Europa durante a segunda guerra mundial
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(inválidas, negros, judeus, ciganos, mestiços) sem contar os soldados inimigos que
pertenciam à Inglaterra, França, Polônia, Rússia... O clímax dessa perseguição foi o
“HOLOCAUSTO” aonde seis milhões e duzentos e setenta mil judeus morreram
queimados nos fornos crematórios na Alemanha e na Polônia. O Anticristo será um
Hitler moderno com a tecnologia de ponta ao seu dispor contra os que rejeitarem o
seu governo. Os principais blocos econômicos mundiais da atualidade são: NAFTA,
AELC, UE, APEC, CEI, MERCOSUL, OPEP, ASEAN, COMESA, ALCA.

XI - A Besta que subiu da terra (Ap;13,11-18)

Esta besta é um homem que surgirá do meio religioso e será uma


personalidade semelhante ao Papa, ou talvez seja um Papa mesmo, o qual se
levantará na Grande Tribulação. Esta besta terá dois chifres; segundo a Bíblia chifre
é sinônimo de poder, e é a combinação de dois poderes, o político (rei, ou ditador) e
o religioso (sacerdote ou profeta). O político em Roma e o religioso em Jerusalém.
Este homem parecerá um cordeiro, mas falará como um dragão (Ap;13,1). Este
homem se levantará na terra de Israel e parecerá humilde como um mestre
iluminado com o olhar penetrante de uma falsa bondade que será somente
superficial, pois será um grande orador que hipnotizará as massas com os seus
sermões. Ele fará grandes sinais e prodígios a tal ponto de fazer descer fogo dos
céus na presença dos homens, que irão adorar ao Anticristo como se fosse deus
(Ap;13,14). Esta besta não falará de si mesma, mas falará da primeira besta, e isso
é bem compreensível. Esta besta será semelhante ao Papa (rei e sacerdote) e
exercerá o seu poder na presença do Anticristo. Na realidade um se aproveitará do
outro para o apogeu mundial, assim como o fascista Benito Mussolini se valeu do
Papa Pio XI, quando um decreto assinado por ambos o qual se chamava de acordo
de latrão, que permitiu a criação do Estado do Vaticano, e totalmente independente
da Itália. Em troca o Papa persuadiu o poderoso partido popular, forte organização
católica a se dissolver, para não atrapalhar os planos de Mussolini que queria
participar da segunda guerra mundial, e o Papa se tornou rei soberano no Vaticano
em Roma. O falso profeta quando apoiar o Anticristo também terá seus benefícios,

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pois ele irá dominar quase todas as religiões do mundo, fazendo um movimento
ecumênico do qual ele será o líder supremo, perseguindo e matando a todas outras
religiões e povos que não crerem na sua doutrina (Ap;17,1- 6\Ap;13,15). Atualmente
o Papa Francisco vem liderando a Igreja ecumênica mundial com sede na Suíça,
onde líderes religiosos de várias regiões do mundo assentam-se em uma mesma
mesa para tratarem de assuntos diversos como, por exemplo, o meio ambiente e as
guerras. Estes líderes se esquecem das suas diferenças doutrinárias e aprovam
diversos projetos, entre estas religiões estão: algumas seitas cristãs, hinduísmo,
budismo, jaínismo, taoísmo, confucionismo, espiritismo, xintoísmo, teosofismo...
Entre os maiores sedutores de satanás atualmente estão as seitas orientais e a nova
Era, que são movimentos que estão influenciando muitos cristãos sinceros. Outra
teoria interessante é a de que o anticristo será o Madhin que segundo as profecias
árabes vai governar o mundo por sete anos e vai converter o mundo inteiro para
Aláh, nesse período ele vai perseguir os cristãos, judeus e pagãos e irá exterminá-
los e também vai implantar o Grande Califado na terra, e será apoiado pelo grande
profeta Maomé que terá a incumbência de guiar o Grande Califado e de ser o
grande líder espiritual até que chegue o momento da pedra negra da Cabala em
Meca, falar e ensinar aos muçulmanos os preceitos de Aláh.

XII - A imagem da besta (Ap;13,13,14\Dn;12,11,12)

O falso profeta mandará fazer uma imagem da primeira besta e esta imagem
irá falar e fará que sejam mortos todos os que não adorarem a primeira besta
(Ap;14,15). Vejamos o seguinte, o diabo não é Onisciente (não sabe de todas as
coisas), e nem é Onipresente (não está em todos os lugares ao mesmo tempo).
Então podemos afirmar que ele usará a tecnologia moderna (Gn;11,6 \ Dn;12,4), o
nome imagem no grego é “Eikon” e no latim é “Ícone”, talvez essa imagem seja um
supercomputador central ligado à rede mundial (Internet) ou um milagre cibernético
ou robótico. Atualmente existe um supercomputador de três andares em Bruxelas
capital da Bélgica, capaz de armazenar dados econômicos e financeiros do mundo
inteiro com um sistema adaptado chamado de código de barras, com o leitor óptico.

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O código de barras contém as cotações das bolsas de valores do mundo inteiro


como a Nasdaq, Hong-kong, Tóquio, Londres, Nova Yorque, São Paulo... É capaz
de fazer o controle de estoques de produtos industriais e comerciais, balancetes
anuais e arquivar dados de qualquer produto etiquetado, endereços, vencimentos,
fabricação... A imagem da besta será um ícone da informática ligado a um
megacomputador que artificialmente irá falar e fazer com que todos os que não
fizerem parte do sistema mundial do Anticristo sejam mortos. Este computador terá
na sua memória todos os dados pessoais das pessoas como: nome, RG, CPF,
título eleitoral, conta bancária, passaporte, seguro de vida, assistência de
saúde, tipo sanguíneo, cor dos cabelos, cor dos olhos, altura... E isso fará que o
falso profeta saiba do dia a dia das pessoas na terra e os controlem diariamente.
Atualmente existe uma adaptação de intercâmbio de eletroeletrônicos como é o caso
da televisão, do telefone, e do computador em um só aparelho interligados a
Internet. Nos Estados Unidos da América, a TV a cabo é ligada aos satélites de
espionagem, e as pessoas que estão assistindo aos programas de televisão ao
mesmo tempo estão sendo assistidas pelo Pentágono, este televisor é conhecido
pelos teólogos como o “Olho da besta”. Este olho será na Grande Tribulação um
observador a nível mundial. A imagem da besta também será adorada pelos homens
(Ap;11,15) e imporá uma marca global que será implantada na mão direita dos
homens ou nas suas testas para que ninguém possa comprar ou vender senão
aquele que tem a marca, o nome ou o número do seu nome.

XIII - A marca

Será o meio pelo qual a imagem da besta fará o controle mundial do sistema
globalizado para a veneração do homem do pecado o filho da perdição (2Ts;2,3).
Esse homem fará tudo segundo a operação de satanás (2Ts;2,9) e enganará os que
perecem (2Tss;2,10), engano este que se dará através da sua marca que poderá ser
fruto da tecnologia moderna. Atualmente Em várias partes do mundo está em estado
experimental um pequeno chip de computador do tamanho de um grão de arroz o
qual tem sido implantado na mão direita ou na fronte das pessoas com um sistema
rastreado por satélite (GPS). Este chip tem sido implantado em pessoas ricas para
protegê-las contra sequestros, roubos, e assaltos, e dar a sua localização exata.
Existe também no mundo um cartão inteligente com um micro chip do tamanho da

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cabeça de um alfinete e é capaz de guardar na sua memória dados pessoais como:


RG, CPF, título de eleitor, cartão de crédito, cartão de saúde, passaporte,
carteira de trabalho, seguro de vida e outras informações confidenciais. Países
como Inglaterra, Japão, França, Alemanha, Brasil e os Estados Unidos da América
já estão implantando estes pequenos chips nas pessoas em laboratórios
experimentais, o objetivo desta experiência é eliminar os documentos e parte das
burocracias. Quando este micro chip está implantado nas pessoas ele pode ser lido
com um simples scanner, o preço deste chip nos Estados Unidos é de apenas um
dólar. No Japão o menor chip de computador é do tamanho de um grão de areia.
Outra evidencia da marca da besta é o código de barras com o leitor óptico que já
está presente em quase todos os produtos que compramos hoje. Na atualidade as
grandes e médias potências militares observam o mundo através dos seus satélites
de espionagem capazes de fotografar até placas de carro. É com esta tecnologia de
última geração que a besta controlará a humanidade. A bíblia diz que os moradores
da terra serão marcados na mão direita ou na fronte (Ap;13,16). Como a bíblia é um
livro de mistérios simbólicos, talvez a explicação mais correta seja, que a marca na
mão direita demonstre o controle das ações do homem pela besta, e a marca na
fronte demonstre o controle das ideologias do homem na Grande Tribulação pela
besta (1Tm;4,1).

XIV - O nome

Através do nome, a besta irá ganhar popularidade nos órgãos internacionais


como a ONU, OTAN, UNICEFE, OEA, G7, Ongs, FMI, Greem Pearce, CMI, e ainda
outros órgãos de menores portes, e aqueles que aparecerão no futuro por causa das
pragas que sobrevirão ao mundo como: fomes (Ap;6,5,6), pestes(Ap;6,8),
catástrofes ambientais (Ap;8,7-12), guerras e perseguições (Ap;6,4 \ 9,18). A
Bíblia diz que dez chifres levantarão um pequeno chifre e este chifre se torna mais
robusto do que os outros, e ele afasta três chifres dos dez primeiros
(Dn;7,7,8,20,21,24,25\8,9). Ele será intrigante e de feroz semblante (Dn;8,23-25) e
se engrandecerá sobre todos os deuses até mesmo contra Jeová (Dn;11,36), talvez
seja um celibatário (voto de castidade) ou um homossexual (Dn;11,37), ou terá uma
repulsão psicológica pelas mulheres. Em 1Jo;2,18 (b) chama este homem de o
anticristo, que significa “anti”contra Cristo. Na Bíblia ele recebe vários nomes, entre

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os quais estão; a besta (Ap;13,1), abominação da desolação(Mt;24,15), príncipe


que virá (Dn;9,26), pastor indigno (Zc;11,16,17), homem vil (Dn;11,21), iníquo
(2Ts;2,8) e outros. O seu nome será um nome comum (Jo;5,43). Está escrito que
muitos anticristos têm surgido no meio do povo, e ao longo da história apareceram
vários entre os quais estão: Nero, Domiciano, Diocleciano, Cláudio, Cômodo,
Calígula, Sixto VI, Gregório o grande, Carlos Mágno, Guilherme II, Napoleão
Bonaparte, Alexandre Mágno, Kaiser Wilhelm, Benito Mussolini, Adolf Hitler,
Josef Stálin, Nikita Krushchev, Mikhail Gorbachev, Saddam Hussein, Osama
Bin Laden. O certo é que ele virá (Hc;2,3) pois o espírito do anticristo já opera
(1Jo;4,3) aguardando que seja afastado aquele que o detém (2Ts;2,7), e nós
sabemos que aquele que o detém é o Espírito Santo de Deus, que será afastado da
posição de intercessor e consolador da sua Igreja. Pois ele continuará na terra, mas
na condição de convencedor dos corações dos pecadores para Cristo (Zc;12,10), e
o Espírito Santo continuará operando poderosamente na terra através das duas
testemunhas que serão mortas (Ap;11,3-5), e através dos 144.000
(Ap;7,3,4\2Co;1,22\Ef;1,13\Ef;4,30), milhões de milhões e milhares de milhares
serão salvos (Ap;7,9,13,14\Ap;15,2). Quando acontecer o arrebatamento da Igreja, o
Espírito Santo terá acabado o ministério da intercessão (Rm;8,26), então o caminho
para o Anticristo estará aberto para o seu aparecimento (2Ts;2,8).

XV - Número do seu nome

Segundo a Bíblia o número do nome do Anticristo pode ser calculado (Ap;13,18)


e o seu número é 666. Geralmente os teólogos calculam o nome de vários homens
da história, e os compara a besta do Apocalipse. Por exemplo:

O nome sacerdotal atribuído ao Papa, mas isso não quer dizer que ele é o
Anticristo.

VICARIVS FILII DEI= Substituto (Vigário) do filho de Deus

V=5+I=1+C=100+I=1+V=5+I=1+L=50+I=1+I=1+D=500+I=1

Total: 666

VICARIVS GENERALIS DEI IN TERRIS=Substituto (Vigário) geral de Deus na


terra.

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V=5+I=1+C=100+I=1+V=5+L=50+I=1+D=500+I=1+I=1+I=1

Total: 666

Ora, existem vários nomes históricos e até atuais que dá 666, o que demonstra
que só será revelado o número do nome do Anticristo somente na Grande
Tribulação. Vejamos o seguinte:

 O número do banco mundial é 666.

 O cartão de crédito americano tem o prefixo 666.

 Os sapatos fabricados na União Europeia tem uma etiqueta com o


número 666.

 Quem quiser telefonar de Israel para outro país terá que utilizar o código
DDI 666.

 O homem foi criado no sexto dia, devia trabalhar seis dias e seis anos
(Gn;1,27,31\Ex;20,9\Lv;25,2).

 Golias o general filisteu tinha seis côvados de altura e um palmo, sua


lança pesava 600 ciclos de ferro, e sua armadura era composta de seis peças
(1Sm;17,4-7\21,9).

 O título que fica na Basílica de São Pedro no Estado do Vaticano é


VICARIVS FILII DEI= substituto do filho de DEUS, somando as letras dá o total
de 666.

 O número 666 é o número da trindade satânica: O diabo = 6, o Anticristo= 6,


e o falso profeta= 6, ou 666.

 O número 6 é o número da imperfeição ou da intranquilidade, e quando é


repetido três vezes seguido ele denota eternidade ex:

He phren (a mente natural) = 666, eterna intranquilidade.

Teitan (satanás) = 666, eterna imperfeição.

O movimento da Era de Aquário (nova Era) decodifica o WWW, Word Wilde Web,
por 666.

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Muitos candidatos a Anticristo têm surgido no cenário mundial, pois o próprio


diabo anseia por este momento, para que ele use o seu fantoche a seu bel prazer.
Se nós somos a geração do arrebatamento, o Anticristo já está vivo e atuante no
mundo, mas será revelado realmente quando os crentes forem ao encontro do
senhor nos ares (1Ts;4,16,17). Pois o diabo sabe que o arrebatamento será
repentino, e sempre haverá um candidato a Anticristo no mundo, basta somente
observarmos os noticiários diariamente a respeito do misticismo e entenderemos
que o espírito do Anticristo está em operação nos meios sociais, políticos, e
religiosos (2Tm;3, 1-8).

XVI - A derrota da trindade satânica na batalha do Armagedom (Ap;16,12-16)

Está escrito em Apocalipse no capítulo 12 que o dragão vermelho de sete


cabeças e 10 chifres que é o próprio Satanás a antiga serpente o inimigo de Deus,
persegue a mulher que é a nação de Israel (Jr:4,31), e ela foge para o deserto. Este
deserto é o local que na grande tribulação servirá de abrigo para o remanescente
judeu (Rm:9,27), que são os 144.000 (Ap:7,4-8), cremos que este deserto seja a
cidade de “Petra” no monte Seir, na terra de Edom e Moabe. Esta cidade conhecida
como cidade de pedra está localizada ao sudoeste do Mar Morto na Palestina
podendo acomodar 250.000 pessoas. O profeta Daniel diz que ficarão fora da
influência dos povos “Edom, Moabe e as primícias dos filhos de Amom” (Dn:11,41).
No capítulo 17 do livro do Apocalipse o Apóstolo João fala a respeito da prostituta
(Roma) que será despedaçada e queimada pela besta e os dez chifres a
odiarão e a despojarão (Ap:17,16-18). Neste período tribulacional a besta vai
estabelecer a abominação desoladora no templo de Jerusalém (Mt:24,15), o que
vai gerar uma revolta dos judeus os quais se oporão ao governo da besta e este
evento desencadeará uma guerra mundial culminando no armagedom. Neste
momento a besta quebrará o concerto com os judeus e demais povos árabes
(Dn:9,27), o Anticristo vai declarar guerra aos judeus e reunirá um grande exército
(Ap:9,17) e marchará contra os judeus. A besta receberá apoio dos exércitos do
mundo inteiro e sitiarão a cidade de Jerusalém (Zc:12,3), neste momento os judeus
irão lutar bravamente para defenderem a sua terra (Zc:12,6). Israel devorará à direita
e à esquerda e lutará bravamente contra a besta e terão muitas baixas (Zc:14,1,2) e
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sofrerão muito (Is:29,1-5), e quando tudo parecer que está perdido eles irão clamar
pelo Messias (Zc:12,10-14). Naquele dia em meio a escuridão das trevas
(At:2,19,20), os céus se abrirão e aparecerá o sinal do filho do homem (24,29,30), e
verão aquele a quem eles traspassaram as mãos e os pés (Zc:12,10-14/ Ap:1,7), o
qual descerá literalmente no monte das Oliveiras na presença deles (Zc:14,3-7).
Neste momento o Anticristo se retirará de Jerusalém e se reunirá fora da cidade
para a batalha do armagedom e o Senhor destruirá o seu exército (Ap:16,16/
Ap:14,17-20), e lançará a besta e o falso profeta no lago de fogo (Ap:19,19,20), e
Satanás será aprisionado durante mil anos (Ap:20,1-3). Os anjos de Deus ajuntarão
nos quatro ventos dos céus o povo de Israel (Mt:24,30,31), e então será instalado o
reino milenial na terra com a capital mundial do reino de Deus na cidade de
Jerusalém (Is:2,1-5), e na posição de amigos do noivo os judeus terão a
incumbência de proclamarem o evangelho em toda a terra (Zc:8,20-23). Na
eternidade os judeus habitarão com a Igreja e o Senhor Jesus na nova Jerusalém,
na nova terra: “Mas tendes chegado ao Monte Sião, e a cidade do Deus vivo, a
Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e a universal Assembleia, e a
Igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus o juiz de todos, e aos espíritos
dos justos aperfeiçoados, e a Jesus o mediador da nova aliança... (Hb:12,22,23,24
a).

XVII - Cumprimento Parentético


O cumprimento parentético é outro fenômeno que devemos sempre considerar
na interpretação das profecias. Algumas profecias agrupam num só conjunto
diversas previsões, sendo algumas contemporâneas ao tempo do profeta que as
proclamou, ou próximas ao seu tempo, e outras para o tempo futuro. Verifica-se,
nesse caso, um lapso de tempo, um parêntesis, entre o cumprimento de uma
previsão e outra. A este tipo de cumprimento é dado o nome de parentético.
Encontramos um exemplo de cumprimento parentético em Isaias 61:1,2. No
versículo 1 até a primeira parte do versículo 2, até onde lemos "o ano aceitável do
Senhor", encontramos uma previsão da 1ª vinda de Jesus, sendo que o restante do
versículo, só terá cumprimento por ocasião da 2ª vinda de Jesus. Quando o Senhor
leu este trecho na sinagoga de Nazaré, Ele o fez com muita habilidade (Lc.4:18,19).

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Note que Jesus não prosseguiu na leitura do profeta. Ele leu apenas até onde sabia
que a profecia iria se cumprir. Depois Ele fechou o livro (Lc.4:20). O restante da
profecia de Isaías: "o dia da vingança do nosso Deus" (Is.6l:2b), e a restauração
de Sião (Is.6l:3-7), ficaram para o futuro. Aqui temos um caso típico de cumprimento
parentético, pois há um parêntesis de tempo mui longo entre o cumprimento da
primeira porção da profecia e o da segunda. Um outro exemplo de cumprimento
parentético é encontrado em Joel 2:28-32. O apóstolo Pedro aplicou esta profecia à
descida do Espírito Santo, no dia de pentecoste (At.2:16-21). Ao ler o livro de Atos,
todos concordam que já estamos vivendo os últimos dias. Porém ninguém é tolo o
suficiente par afirmar que a parte desta profecia, onde diz que o sol se converterá
em trevas e a lua em sangue, já se cumpriu. Tal previsão está para o futuro (At.2:19-
21; Mt.24:29; Ap.6:12). Uma profecia de grande importância para demonstrar de vez
esse ponto de vista, é a profecia das Setenta Semanas de Daniel.

BIBLIOGRAFIA

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IRONSIDE, H. A. Ira não... arrebatamento! São Paulo, Imprensa Batista Regular,


1958; 57p.
MC'CLAIN, Alva J. As Setenta Semanas de Daniel. 4 ed. São Paulo, Imprensa
Batista Regular, 1983; 64p.

ATIVIDADE

1) As Setenta semanas de Daniel se referem ao período:


( ) 483 anos.
( ) 49 anos.
( ) 490 anos.

2) As Setenta semanas de Daniel faz referência a:


( ) um período de anos.
( ) três períodos de anos.
( ) nenhuma das alternativas estão corretas.

3) A Septuagésima semana de Daniel abrange o período:


( ) de 445 a.C.
( ) de 490 anos.
( ) do período da Grande Tribulação.

4) A estátua que Nabucodonosor abrange os seguintes reinos:


( ) Reino da Grécia e Império Romano.
( ) Reino de Deus.
( ) Babilônia, Pérsia, Grécia, Roma, e o Reino do Anticristo.

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Disciplina: Escatologia e Apocalipse/Daniel -
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5) O Pentecostalismo acredita na interpretação:


( ) preterista.
( ) histórica.
( ) nenhuma das alternativas corretas.

6) A visão Pré milenista acredita:


( ) num milênio após a vinda de Cristo.
( ) antes da vinda de Cristo.
( ) num milênio alegórico.

7) O Apocalipse é um livro aberto ou selado?

8) O número que mais aparece no Apocalipse é:


( ) o 3.
( ) o 12.
( ) o 7.

9) A besta que sobe do mar receberá o poder de quem?

10) O número 666 está relacionado a:


( ) marca da Besta.
( ) a imagem da Besta.
( ) ao número do nome da Besta.

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