Processos de perda e da separação nos processos de desenvolvimento.
Elaboração do processo de luto, fatores de risco
Trabalho para composição de nota da matéria Tanatologia
Professora Léa P. de Arruda Oliveira
Aluna: Denise Aparecida da Rocha
RA 21801338
São Paulo - 2021
Separação e sofrimento traumático no luto prolongado: o papel da causa da
morte e o relacionamento com o falecido.
Os fatores que afetam o processo de luto incluem o significado e as
circunstâncias da perda, a oportunidade da morte, o sistema de apoio do enlutado, as crenças espirituais, os valores culturais, o estágio de desenvolvimento da pessoa e os conflitos existentes no momento da morte.
O luto é o processo normal de reação à perda. As reações de luto podem ser
sentidas em resposta a perdas físicas (por exemplo, uma morte) ou em resposta a perdas simbólicas ou sociais (por exemplo, divórcio ou perda de um emprego). ... O luto é o período depois de uma perda durante o qual a dor é a experiência e o luto ocorre.
As pessoas lidam com a perda de um ente querido de várias maneiras. Para
alguns, a experiência pode levar ao crescimento pessoal, embora seja um momento difícil e penoso. Não existe uma maneira certa de lidar com a morte. A maneira como uma pessoa sofre depende da personalidade dessa pessoa e do relacionamento com a pessoa que faleceu. O modo como uma pessoa lida com o luto é afetado pela formação cultural e religiosa da pessoa, suas habilidades de enfrentamento, sua história mental, sistemas de apoio e seu status social e financeiro.
As reações de luto podem ser sentidas em resposta a perdas físicas (por
exemplo, uma morte) ou em resposta a perdas simbólicas ou sociais (por exemplo, divórcio ou perda de um emprego). Cada tipo de perda significa que algo foi tirado da pessoa. Quando uma família passa por uma doença cancerosa por exemplo, muitas perdas são vivenciadas e cada uma desencadeia sua própria reação de luto. O luto pode ser experimentado como uma reação mental, física, social ou emocional. As reações mentais podem incluir raiva, culpa, ansiedade, tristeza e desespero. As reações físicas podem incluir problemas de sono, mudanças no apetite, problemas físicos ou doenças. As reações sociais podem incluir sentimentos sobre cuidar de outras pessoas na família, ver a família ou amigos ou voltar ao trabalho. Tal como acontece com o luto, os processos de luto dependem da relação com a pessoa que morreu, da situação em torno da morte e do apego da pessoa à pessoa que morreu. O luto pode ser descrito como a presença de problemas físicos, pensamentos constantes sobre a pessoa que morreu, culpa, hostilidade e uma mudança na maneira como a pessoa normalmente age.
O tempo gasto em um período de luto depende de quão apegada a pessoa era
pela pessoa que morreu e de quanto tempo foi gasto antecipando a perda.
O luto é o processo pelo qual as pessoas se adaptam a uma perda. O luto
também é influenciado por costumes culturais, rituais e regras da sociedade para lidar com a perda.
O trabalho de luto inclui os processos que um enlutado precisa completar antes
de retomar a vida diária. Esses processos incluem a separação da pessoa que morreu, a readaptação a um mundo sem ela e a formação de novos relacionamentos. Para se separar da pessoa que morreu, a pessoa deve encontrar outra maneira de redirecionar a energia emocional que foi dada ao ente querido. Isso não significa que a pessoa não foi amada ou deva ser esquecida, mas que o enlutado precisa recorrer a outras pessoas para obter satisfação emocional. Os papéis, a identidade e as habilidades do enlutado podem precisar mudar para se reajustar a viver em um mundo sem a pessoa que morreu. O enlutado deve dar a outras pessoas ou atividades a energia emocional que uma vez foi dada à pessoa que morreu, a fim de redirecionar a energia emocional. As pessoas que estão sofrendo muitas vezes se sentem extremamente cansadas porque o processo de luto geralmente requer energia física e emocional. A dor que sentem não é apenas pela pessoa que morreu, mas também pelos desejos e planos não realizados para o relacionamento com a pessoa. A morte geralmente lembra as pessoas de perdas ou separações passadas. O luto pode ser descrito como tendo as seguintes 3 fases:
O desejo de trazer de volta a pessoa que morreu.
Desorganização e tristeza.
Reorganização.
Fases do luto
O processo de luto pode ser descrito como tendo 5 fases:
Negação acompanhada de Choque e dormência: os membros da família têm
dificuldade em acreditar na morte; eles se sentem atordoados e entorpecidos.
Raiva acompanhada de Desejo e busca: os sobreviventes
experimentam ansiedade de separação e não podem aceitar a realidade da perda. Eles tentam encontrar e trazer de volta a pessoa perdida e sentem frustração e desapontamento contínuos quando isso não é possível.
Negociação acompanhada de Desorganização: e desespero: os membros da
família sentem-se deprimidos e têm dificuldade em fazer planos para o futuro. Eles se distraem facilmente e têm dificuldade de concentração e foco.
Depressão acompanhada de profunda tristeza: e desejo de desistir, nada faz
sentido. O luto não é algo a ser curado, afinal, é um processo natural, porém, para algumas pessoas a dor da perda é muito intensa, esse processo é muito difícil levando a pessoa a precisar de ajuda para seguir em frente, ir além da depressão.
Aceitação acompanhada de Reorganização: A dor da perda passa a não
tomar mais todo o espaço da vida. Já há vontades e entusiasmo para novas atividades, consegue-se seguir em frente e superar a perda. Superar o luto é fundamental. É igualmente importante que a perda não seja reprimida. Do contrário, pode se manifestar posteriormente como algum outro sintoma. O luto não é considerado uma condição patológica. É comum que haja mudanças temporárias no estilo de vida. Diminuição do interesse pelo convívio social e pelas atividades do cotidiano.
A esperança é o sentimento mais comum a todos os estágios do luto. Até os
mais conformados esperam por uma possibilidade de cura. Nesse momento, é fundamental o papel do médico, conservando no paciente a esperança e tentando salvá-lo para que ninguém se entregue. Afinal, a ausência de esperança é o prenúncio do fim.
Hoje, é mais frequente percebermos os hospitais, a medicina e a própria
sociedade dando passos para a tão necessária humanização da morte, que não deixa de ser uma maneira de encontrar um sentido para a vida. De qualquer maneira, é importante perceber a dimensão emocional da perda, pois há lágrimas que têm de ser choradas e gritos que precisam ser gritados. Nossa condição humana pede e nossa saúde mental exige. Entender a morte com mais naturalidade, entretanto, é tão necessário quanto valorizar a vida.
No entanto, nem todas as pessoas conseguem atravessar naturalmente todas
essas fases. A aceitação de uma perda e elaboração dela pode levar anos. Nesse momento, como um psicólogo pode ajudar uma pessoa em processo de elaboração do seu luto?
O psicólogo tem o papel de ajudar o indivíduo enlutado a encontrar ferramentas
internas para se emancipar do luto. Juntos, paciente e psicólogo, irão trabalhar na elaboração da perda. Irão construir a ponte para o fortalecimento do paciente e encontrar ferramentas para enfrentar as frustrações e dores causadas pela morte.