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ANALISE TEXTUAL

MATEUS 6.13

13 Καὶ μὴ εἰσενέγκῃς ἡμᾶς εἰς πειρασμόν Ἀλλὰ ῥῦσαι ἡμᾶς ἀπὸ τοῦ πονηροῦ
⧼Ὅτι σοῦ ἐστιν ἡ βασιλεία καὶ ἡ δύναμις καὶ ἡ δόξα εἰς τοὺς αἰῶνας Ἀμήν⧽

13 e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o
poder e a glória para sempre. Amém]!

Há um problema manuscritológico neste versículo, pois muitos manuscritos


alexandrinos e ocidentais, bem como comentários a respeito da oração do "Pai
nosso" feitos pelos Pais da Igreja concluem a oração em πονηροῦ, [do mal, do
maligno] enquanto outros manuscritos trazem conclusões mais longas como
πονηροῦ. ἀμήν [do mal, amém] ou πονηροῦ ὅτι σοῦ ἐστιν ἡ βασιλεία καὶ ἡ
δύναμις καὶ ἡ δόξα εἰς τοῦς αἰῶνας ἀμήν [pois teu é o reino, o poder e a glória
para sempre, amém] ou (a mais longa de todas) πονηροῦ ὅτι σοῦ ἐστιν ἡ
βασιλεία καὶ ἡ δύναμις καὶ ἡ δόξα τοῦ πατρός καὶ τοῦ ὑιοῦ καὶ τοῦ ἁγίου
πνηύματος εἰς τοῦς αἰῶνας ἀμήν [pois teu é o reino, o poder e a glória ao Paí,
e ao Filho e ao Espírito Santo para sempre, amém).

A PRIMEIRA VARIANTE:

Interpretação: Tem [A] πονηροῦ O grau de certeza – para a comissão o texto


representa a leitura original.
Testemunhas:
OS MANUSCRITOS: UNCIAIS Maiusculos; Χ eacpr Sinaíticus sec IV, B eacp
Vaticano sec IV, D condigo de Beza ea sec V, Z e dublinense sec VI, e no codice
0170 e Princeton V/VI. MINÚSCULOS; família do minusculo1(f¹) e sec X-XIV, o
minusculo 205 er sec X-XV, LECIONARIOS; I 547 e sec XIII. VERSÕES: Latina
Antiga; da versão Itala; itª 3 e Vercelli sec IV, itaur 15 e Estolcomo sec VII, itb 4
e Verona sec V, itc 6 ea Paris sec XII/XIII, itff1 9 e S. Petersburgo sec VIII , ith 12 e
Roma sec V, itI 11 e Berlim sec VIII, vg Vagata sec IV/V. Copta; copmeg ea Médio-
egipicia sec IV/V. e em parte da versão copbopt eacpr Boaírica sec IX,Diatessarão sir
Comentário de Efraim o Sírio ao Diatessarão de Taciano em língua siríaca
PAIS DA IGREJA: Orígenes por volta de 253/254, Cirilo de Jerusalémduv ( cuja atribuição
é duvidosa) . Gregório-Nissa por volta de 394. Cirilo; Tertuliano depois de 220, Cipriano
por volta de 258. Ambrosiastro depois de 384. Ambrósio por volta de 397. Cromácio
por volta de 407. Jerônimo 5/6 por volta de 419/420. (o que cita 6 vezes Mateus
6.13 em seus escritos, sendo que em 5 dessas citações, ele apoia esta
variante mais curta. Agostinho por volta de 430.
A SEGUNDA VARIANTE:

Interpretação:(πονηροῦ. ἁ μ́εν): Esta variante que apenas acrescenta o


"amém" à oração do Pai-nosso é encontrada em
Testemunhas: Minusculos 17, Vgcl,Versão da Vulgata de Clemente, Jerônimo1/6,
que em apenas uma, das seis citações que faz deste texto, apoia esta
.
variante.

A TERCEIRA VARIANTE:
πονηροῦ, ʼ̔οτι σõυ ʼεστιν ʼη βασιλ̔εια κἁι ʼη δ̔υναμις κἁι ʼη δοξα εις τους αιωνας.
ʼαμην. (Ver 1 Crônicas 29.11-13).
Interpretação: esta variante mais longa é encontrada em:
Testemunhas: Os manuscritos uncias maiusculo do sec IV, Cesareence LWΛΘ
0233, familia do minusculos 13 (f13), os manuscritos minusculos 28 33 180 565 579
597 700 892 1006 1010 1071 1241 1243 1292 (minusculo 1342 sirc; o manuscritos usa
a versão siríaca curetoniana, omitem κἁι ʼη δυναμις) 1424 1505, os manuscritos
uncias bizantinos que em sua maioria contem os evangelhos Biz [E G Σ], os
lecionarios (l 1016 que contém o evangelho do seculo XII, omite κάι ́η δοξα
concordando com o texto majoritário) (os manuscritos itf, (q) de numero 10 da
Itala, ou seja, versão latina antiga (sendo que em d, com pequenas alterações)
(tanto o manuscrito itg1 de numero 7, os evangelhos da versão Itala, ou seja, versão
latina antiga, quanto a versão seríaca pechita sirp, omitem ʼ̔αμ̔ην) ( o manuscrito itk
de numero 1, os evangelhos da versão Itala, ou seja, versão latina antiga omite ́η
βαχιλ́εια κάι e κάι ́η δ́οξα e αμ́ην) a o uso da versão siríaca heracleana, e da seríaca
pelestina dialeto aramaico escritos em caracteres siriaco, sirh, pal, um parte dos
manuscritos da versão copta Boaírica copbopt (manuscritos da versão copta Saídica
e a versão da copta Faiúmica(vários fragmentos) copsa,fai um documento dos pais da
igreja, Didakê omitem ́η βασιλ́εια κάι) a versão armênia a partir do sec V arm,
versão Etiopie a partir de 500 eti, versão Geogiana a partir do sec v geo, Versão
Eslava Elesiástica Antiga, a partir do sec IX esl.

QUARTA VARIANTE:
πονηροῦ, ́ʼοτι σου εστιν ́η βασιλ́εια κάι ́η δυναμις κάι ́η δ́οξα του πατρ́ος κάι του
ύιου κάι του ʼαγ́ιου πνευματ́ος εις τους αιωνας. Αμ́ην.

Interpretação: das quatro variantes, esta é a mais longa, porém, a menos


atestada, sendo encontrada apenas em:

Testemunhos: Manuscritos minúsculos 157 ( manuscritos minúsculo


1253 omite κάι η
́ δυναμις κάι ́η δ́οξα).

Conclusão. Para a comissão da quarta edição de O Novo Testamento Grego,


é quase certo de que a primeira variante (a mais curta) reflita o texto original de
Mateus 6.13 (A). Isto porque ela é atestada pelos unciais mais antigos
(alexandrinos e ocidentais) e por muitas citações dos pais da Igreja do terceiro
ao quinto séculos. A segunda variante, que apenas insere o "amém" após a
expressão "livra-nos do mal", é pouquíssimo atestada. Ela não se encontra em
nenhum uncial nem em qualquer lecionário da igreja medieval, mas apenas em
um minúsculo do século XV, na Vulgata Clementina e numa única citação de
Jerônimo (sendo essa a ocorrência mais antiga desta variante). A terceira
variante é de longe a mais atestada, pois se encontra em um número
considerável de unciais (embora apenas um deles, o W, seja do século IV/V),
em inúmeros minúsculos entre os séculos IX e XIV, em quase todos os
lecionários e em muitas versões antigas como a Vetus Latina (Ítala), Siríaca
Peshita, Copta, Etíope, etc. Todavia, a comissão que preparou o Novo
Testamento Grego entende ser provável que esta variante mais longa seja uma
inserção de copistas para adaptar essa oração do Senhor ao uso litúrgico da
igreja, visto que ela se encontra em manuscritos mais tardios, apesar de serem
a maioria. A quarta variante, a mais longa de todas, é a menos atestada de
todas, tendo apenas duas ocorrências que, além de poucas, são tardias. É
altamente improvável que seja a leitura original de Mateus 6.13.

LUCAS 2.14
δόξα ἐν ὑψίστοις θεῷ καὶ ἐπὶ γῆς εἰρήνη [καὶ] ἐν ἀνθρώποις εὐδοκίας [εὐδοκία]
Este versículo apresenta três variantes nos manuscritos gregos, sendo que os
manuscritos alexandrinos e ocidentais trazem εὐδοκίας (genitivo singular, "da
boa vontade") e εὐδοκία (nominativo singular, "boa vontade"). A depender da
variante escolhida, a última parte do versículo por ser traduzida por "aos
homens por quem Deus tem boa vontade" (εὐδοκίας) ou "aos homens de boa
vontade". A terceira variante acaba por ser irrelevante adicionando apenas a
conjunção καὶ [e] antes de ἐν ἀνθρώποις εὐδοκία [e aos homens que tem boa
vontade].
A PRIMEIRA VARIANTE:

εν ανθρωπ́οις ευδοκιας
Interpretação: [A] O grau de certeza – para a comissão o texto representa a
leitura original.

Testemunhos: essa leitura e testemunhada pelos seguintes


manuscritos, uncias os quais na leitura original foi ocorrido no codice
Sinaítico χ*, no codice Alexandrino A, no códice vaticano B* no codice
de Beza D , no códice washingtoniense W, manuscritos das versões:
latina antiga da Itala itd, nas Vulgata White e de Stuttgart vgww, st
Versão Copita Saídica copSA Citação do pais da igreja, a partir de uma
fragmento grego, indicando duas variações, ocorrendo cinco
gr 2/5, Lat
passagens nos escritos origenes Cirilo-Jerusalém, Gaudêncio
existem duas variações e ocorrendo quinze passagens nos escritos de
Jerônimo4/15 indicando duas variações e quarenta e uma passagens nos
escritos de gostinho2/41

A SEGUNDA VARIANTE
(Há uma leitura nos manuscritos latino: Hominibus bonae voluntatis Essa leitura e
testemunhada pelas versões Itala, Antiga Latina ita, aur, b, β, c, e, f, (ff2), l, q, r1 (sendo que em ff¹, com pequenas alterações) na
versão da Vulgata de Clementina vgcl nos pais da igreja na tradução Latina que foi presevada em sua
totalidade apenas na tradução; Irineulat Orígeneslat Atanásiolat ; Hilário Ambrosiastro Ambrósio
Cromácio, indicando 11 variações, ocorrendo em quinze passagens nos escritos de Jerônimo11/15
indicando trinta e nove variações e ocorrendo em quarenta e uma passagens nos escritos de
Agostinho39/41 )

εν ανθρωποις ευδοκια

Interpretação: Essa leitura é encontrada em:

Testemunha: Uncias, esta passagens indica dois corretores dos manuscritos,


Códice Sinaítico corrigido χ2, Códice Vaticano corrigido B2 Códice Régio
L, Códice Sangalense Λ, Códice Koridethi Θ, Códice Zacynthius Ξ, Athous
Lavrensis Ψ, leitura provável no unical 0233vid, manuscritos minusculos das
família minúsculo 1 (f1) e 13 (f13) , , minúsculos 8, 157, 180, 205, 265, 579, 597, 700,
892, 1006, 1010, 1071, 1241, 1243, 1292, 1342, 1424, 1505, leitura da maioria dos
manuscritos bizantino Biz [E G H P], a maioria dos lecionarios Lec, varios
manuscritos na versão siríaca palestina sirpalmss (sirpalmss ευδοκια σου) versão
Copta Boaírica Copbo , versão armênia, versão Etiope ti, Versão Gergiana geo,
Versão Eslava Eclesiástica Antiga esl, Pais da igreja; indicando duas variações e
ocorrendo em cinco passagens dos escritos Orígenes2/5, Ps-Gregório-
Taumaturgo, Eusébio, Ps-Atanásio, Constituições apostólicas, Dídimo, Filo-
Carpasia, Epifânio, Severino, Crisóstomo, Marcos-Eremita, Paulo-Emesa, Cirilo,
Proclo, Teodoto-Ancira, Hesíquio, Teodoreto,

TERCEIRA VARIANTE.
Κάι εν ανθρωποις ευδοκια
Interpretação: Esta ultima variante, a menos atestada a comissão encontrou esta
leitura em:
Testemunha: a comissão comparou o texto em questão, fazendo uma analise na
versão Siríaca herecleana sir(s), (p), h (sendo que em s, e p, com pequenas alterações)
indicando uma variante, ocorrendo em cinco passagens nos escritos de Orignes
Orígenes1/5.

Conclusão Para a comissão a primeira variante é quase com certeza a leitura


original, dado que é atestada pelos unciais mais antigos, e também por se
constituir a leitura mais difícil. Deus não daria sua paz aos homens que tem em
si mesmos boa vontade, mas sim aos homens que pertencem à sua boa
vontade, ou ao seu bom propósito. Ao que parece, Deus está, por meio de seu
Filho, trazendo paz àqueles que fazem parte de sua aliança, aqueles a quem
Ele quer bem.

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